Transito entre dois planos opostos, onde a prática é um antagonismo da teoria, onde a ficção teima em sobrepor à realidade. A angústia, minha companheira fiel de labuta, possui caráter ambivalente que hora me conduz à percepção de uma falência sistêmica, hora transforma-se em combustível para continuar a árdua jornada no mundo da educação.
A importância da figura do professor e incontestável, é uma questão meridiana até. Entretanto, a palavra educador constitui-se, atualmente, em termo modista que está presente em quase todo o balbuciar de lábios, principalmente no que tange à figuras públicas. Falar em educação é clichê, é midiático. Pensar na educação é o grande desafio que nem todos estão dispostos a fazer. O tamanho descaso com que à educação brasileira, refletida nas periféricas alusões que a sociedade civil e o poder público demonstra, é, ao meu ponto de vista, o símbolo de uma demagogia social.
Apenas exaltar a figura do professor no dia 15/10 não o torna importante, pois elogios demasiados são palavras ao vento. Não preciso de vossos "parabéns"! Eu e minha prática precisa de ressignificação, de sentido e de valores. Mais significativo que parabenizar-me seria refletir sobre mim e meu mundo.
Postado por REGINALDO CABRAL
-Professor de História e Sociologia
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Precisa ser compartilhado.
ResponderExcluirAdorei.
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