Mais do que ensinar o currículo escolar o inglês, é ensinar em inglês. Essa é mais uma realidade cheia de novidades e informações que estamos vivendo nos novos tempos da educação.
A escola bilíngue chega com força em algumas escolas e os alunos têm contato com matérias curriculares como: geografia, matemática, ciências e tecnologia, história, educação física, arte e apresentam aulas de português e cultura brasileira. Apresentam currículos diversificados e também cursos extracurriculares que desenvolvem culinária, maker, projetos de desenvolvimento socioemocional, jogos digitais, esportes e outros. É uma verdadeira inovação, segundo estudiosos e mentores, tudo isso com a imersão no idioma Inglês. Imersão que promove o aluno ao idioma falado e escrito, de forma mediada e natural permitindo que construa seu aprendizado até atingir a fluência da língua. A proposta da escola bilíngue é ensinar o Currículo Nacional promovendo o ensino de um segundo idioma. Assim, o aluno aprende uma segunda língua ao mesmo tempo em que aprende os conteúdos curriculares estabelecidos pelo MEC.
Tudo muito organizado, moderno e munidos de muita tecnologia. Ainda que uma pequena parte das escolas esteja oferecendo o ensino bilíngue, já se percebe o sucesso de tal empreendedorismo.
A cultura maker também chega incendiando as escolas com a ideia de "mão na massa" e "aprender fazendo". A proposta de criar oficinas de invenções protagoniza o aluno, que desenvolve a colaboração e a criatividade, atitude e autonomia, provendo estímulos interessantes de engenharia, ciências, raciocínio lógico-matemático e outros.
Estamos na era da transformação do ensino-aprendizagem. Sem dúvidas são, cada um deles, mais um valor e um grande diferencial na vida dos alunos e na educação de nosso país.
BNCC, PCNs, LDB, ECA, PPP... são tantas siglas na esfera educacional (e todas fazem muito sentido na formação integral do aluno) e demandas, que busco aqui uma reflexão: Será que estamos (nós, professores) preparados para tantas inovações?
Não é segredo a ninguém que é quase um consenso nacional que em várias pesquisas se faz apontamentos sobre os cursos de formação de docentes que não parecem ser suficientes para o exercício da profissão e que alguns professores buscam cursos de especialização depois da graduação. Seja na rede pública ou privada, há um consenso que os cursos de formação de professores não respondem as expectativas de ensino do nosso país. O que isso tem a ver? Um professor bem formado prepara seu aluno para a vida e o forma integralmente, e cada vez mais se faz necessário a busca por especializações e estudos contínuos na vida do docente.
Do outro lado, as escolas necessitam de professores qualificados para a nova demanda e oferecer formações já que muitos ainda não conhecem alguns fundamentos do passado, que são essenciais para a formação do aluno. Estes buscam agora conhecer e introduzir em suas didáticas os novos conceitos estabelecidos pelo BNCC. As mudanças são rápidas e precisamos acompanhar de perto tudo isso!
O novo tempo busca professores com um trabalho em diferentes contextos educativos, e com novas tecnologias as escolas buscam docentes com novas competências para as tendências na construção de competências dos alunos.
Será necessário mais que uma aula extraordinária. Será necessário colocar em prática o amor, o conhecimento e acreditar que podemos mudar a descrença da profissão, ter atenção às mudanças e apresentar uma educação significativa a tantas inovações relevantes as demandas dos novos tempos.
Com tantas inovações, eu acredito em novos professores!
POR MARIA CRISTINA TOFOLI
POR MARIA CRISTINA TOFOLI
-23 anos na área da Educação;
-Formada em Magistério/ Especialização
em Educação Infantil/ Pedagogia;
-Coordenadora pedagógica em escolas
particulares no segmento da educação
infantil ao ensino médio;
-Assessora autônoma – Implantação do
Programa “Avaliando” com diferenciais
visando crescimento nas escolas;e
-Nos últimos anos atuou como assessora
pedagógica em editoras atendendo
professores, coordenadores e diretores em
SP e interior.
Nota do Editor:
Todos os artigos publicados no O Blog do Werneck são de inteira responsabilidade de seus autores.
Caríssima, ser professor no 🇧🇷é uma tarefa árdua e sem recompensa.
ResponderExcluirNão só no lado financeiro mas também no lado emocional no lado construtivo. Me lembro do orgulho de um professor de outrora que quando um aluno seu tirava nota 10 em provas, entrava para uma faculdade de ponta pelos seus méritos e o agradecia pela tutela.
No caso da língua inglesa penso que falhamos por um motivo que aponto:
Um novo idioma se aprende com prática diária, com contato desde o maternal; e isso nosso sistema de ensino não favorece.
Acredito que um dia alguém irá escutar isso é entender o que precisamos.
Caríssima, ser professor no 🇧🇷é uma tarefa árdua e sem recompensa.
ResponderExcluirNão só no lado financeiro mas também no lado emocional no lado construtivo. Me lembro do orgulho de um professor de outrora que quando um aluno seu tirava nota 10 em provas, entrava para uma faculdade de ponta pelos seus méritos e o agradecia pela tutela.
No caso da língua inglesa penso que falhamos por um motivo que aponto:
Um novo idioma se aprende com prática diária, com contato desde o maternal; e isso nosso sistema de ensino não favorece.
Acredito que um dia alguém irá escutar isso é entender o que precisamos.
Nos tempos atuais em que nos deparamos com esta preocupação, outra nos vem à mente:
ResponderExcluirAinda convivemos com o ensino convencional onde, no Brasil, todos sabemos, e principalmente no ensino publico, os alunos são muito pouco preparados e não recebem muita coisa em matéria de preparação para a vida.
No quesito aprendizado do inglês, os pais que podem, colocam os filhos para aprender o idioma em escolas especializadas neste ensino.
Aí nestas escolas vai caber ao professor que quiser ter sucesso no seu ensino, fazer exatamente o que diz a autora deste artigo, só que de maneira a usar esta postura de modo inverso.
Explico:
Usar a cultura geral do ensino, as experiências do dia-a-dia, relacionar outros aprendizados do aluno e aspectos de atualidade no ensino da língua inglesa, e, mais, fazer isso em inglês e fazê-lo de forma que leve o aprendente a pensar em inglês, raciocinar em inglês, a ir buscar conhecimento em inglês, pesquisar em inglês e expor o que vem construindo em inglês.
Caso contrário será apenas mais um professor de idiomas sem destaque a caminho da frustração.