A intensidade do progresso
tecnológico na comunidade acadêmica destaca inúmeras reflexões sobre as
atividades de nós docentes. Com o advento da Covid-19 fomos forçados a romper as
paredes da sala de aula de forma repentina, empirista, "que desse resultado" e
nos deparamos com a aceleração com um ambiente virtual de aprendizagem.
Ainda há uma certa desconfiança de professores com relação ao uso das novas tecnologias, afinal todos temos características individuais, com formações diferenciadas, lidando com os alunos de gerações com a Y, a Z que são natos com as inovações tecnológicas, imersos no contexto de total disponibilidade de informações digitais.
Mesmo assim exige-se que o professor deva estar "sintonizado" com as inovações tecnológicas para saber utilizar esses recursos em benefício do processo de ensino e aprendizagem, analisando as linguagens e símbolos, sendo avaliador e orientador dos sentidos desse "“Admirável Mundo Novo".
Esses ambientes digitais nos ajudam, fornecem ferramentas, simultaneidade, mobilidade e velocidade. No inverso, nos traz como dificuldade a superficialidade, fragmentação da informação e a distração.
As novas tecnologias despejam essas mudanças no âmbito do saber e aceitando que são necessárias e que vieram para ficar, deixando bem claro em nossas metodologias que os processos educativos escolares não devem se adaptar às inovações, mas integrar de novas formas de cotidiano e atentando para o perigo do "ineditismo técnico- pedagógico".
Cabe ressaltar que nesse processo
temos que manter nossas funções de tirar dúvidas (e colocar outras), acompanhar
e apresentar possíveis caminhos a serem trilhados pelos estudantes na busca
pelo conhecimento, incentivar a curiosidade e os sonhos em vez de solucionar os
seus desafios prontamente. Citando Paulo Freire "o respeito à autonomia e à
dignidade de cada um é imperativo ético e não um favor que podemos ou não
conceder uns aos outros. [...] O professor que desrespeita a curiosidade do
educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, [...] transgride os
princípios fundamentalmente éticos de nossa existência. ", e nessa mistura dentro
ambiente educacional o estudante precisa ter os seus aspectos cognitivos e socioemocionais
potencializados pelas diversas formas e customizações dessa virtualização do
ensino.
Enfim, seja o ferramental que for, tecnológico ou analógico, cadernos ou notebook, celular ou lousa, defendamos que Educação não é negócio, aluno não é produto, escola não é fábrica e professor não é mercadoria. E assim sendo... ops , aí já é outro assunto.
Bibliografia
FREIRE, Paulo . Pedagogia da
autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra,
2004.
Cortella, M. S. Educação, Escola e
Docência: novos tempos, novas altitudes. São Paulo: Cortez, 2014.
MARCIO CAVALCANTE
-Graduação com Licenciatura e Bacharelado em História - 2012 - PUC – SP;
-Graduação em Licenciatura em Geografia EAD – Facuminas – MG – 2020;
-Pós-Graduação em História
Indígena e Afro Brasileira – Facuminas - MG – 2020; e
-Professor de História F2 e EM Colégio CB/COC – São Roque – SP.
- Ramo de pesquisa: Trabalho:
Saúde, Higiene e Segurança, suas representações e articulações por parte dos
trabalhadores.
Instagram @historia.poiesis
Nota do Editor:
Psor! Nossos jovens foram apresentados às novas tecnologias educacionais tardiamente, viciados em jogos e fofocas😂 teremos que ser criativos para adaptar estes instrumentos ao aprendizado!
ResponderExcluirVai ser duro...
Exatamente camarada Álvaro. Adaptando e trocando experiências, usando tecnologias antigas e novas, misturas e mantendo os conceitos da pedagogia humanista e cooperativa.
ExcluirExcelente texto professor Márcio! A tecnologia nada mais é do que uma ferramenta educacional. O diálogo socrático em sala de aula (ironia e maiêutica), ainda se faz necessário. Quando falamos em diversidade, falamos também em "acaso", pois só um mediador de ensino-aprendizagem, pode ajudar os alunos na construção do conhecimento.
ResponderExcluirAbraçaço.
Lidar com o acaso, com a surpresa, com o momento, é o desafio. Ferramentas sempre teremos, nos adaptando e usando. Vamos trocar experiências
ExcluirQue d+ esse texto. Baita reflexão....lembro de um de nossos papos sobre como a pandemia impactou no aprendizado ...ma aí é que está o pulo do gato como menciona...não foi somente a pandemia que impulsionou a fragmentação da informação e a superficialidade....
ResponderExcluirÉ Ju, nossos alunos/filhos estão em outro momento em relação ao acesso as informações e precisam de orientação pedagógica e humanizada para lidarem com tantas possibilidades e responsabilidades
ExcluirEu gostei muito tá de parabéns 😁😁
ResponderExcluirSobre o assunto super concordo a tecnologia é bem útil para o aprendizado mas ao mesmo tempo o dificulta. Tem muitas informações falsas na Internet dificultando o aprendizado mas acho muito legal aplicativos que te ensinam uma matéria através de um jogo, como por exemplo o Duolingo.
Oi guria. É muita distração, muita informação, "tudo ao mesmo tempo agora" e nós professores temos a responsabilidade de filtrar , com uso dessas novas tecnologias, ajudar os alunos a se situarem com responsabilidade no aprendizado e vivência.
ExcluirEu gostei muito tá de parabéns 😁😁
ResponderExcluirSobre o assunto super concordo a tecnologia é bem útil para o aprendizado mas ao mesmo tempo o dificulta. Tem muitas informações falsas na Internet dificultando o aprendizado mas acho muito legal aplicativos que te ensinam uma matéria através de um jogo, como por exemplo o Duolingo.
Grande análise do momento que a educação passou, deixando evidente os problemas sociais e de infraestrutura presentes no Brasil, no qual uma parte dos estudantes não tem acesso à tecnologia, mostrando que o capitalismo deixa até a educação desigual.
ResponderExcluirÉ garoto, se quem tem acesso vive essa situação de hiperinformaçao e dispersão, imagina a luta pra ter o acesso as tecnologias mais antigas, lousa, giz, caderno e sala de aula !!!
ExcluirParabéns Márcio, sempre com excelência nos pensamentos e colocações, fomos alunos juntos, aprendemos muito, agora na época tecnológica e com a falta dela para a maioria dos alunos é que temos que ter pessoas como você, que de uma forma ou outra consegue ensinar e educar, abraços
ResponderExcluirFala camarada. Estudamos e jogamos juntos. As distâncias sociais e econômicas entre condições de escolarização é outro desafio para o processo de escolarização.
ExcluirPrezado! A formação do Professor é dinâmica e novidades, enquanto "meios ou ferramentas" sempre as teremos. Desde que possamos interagir de modo próximo em garantia do bom ensino e da aprendizagem significativa, todos os esforços serão válidos. Ano passado vivenciei a experiência de acompanhar meu neto em processo de alfabetização por meio do ensino remoto. Foi muito válido, dentro das circunstâncias e "tiro o chapéu" aos professores e mesmo as pais e alunos por tamanha dedicação em busca de bons resultados. No entanto, foi desafiador e compreendo perfeitamente quando aponta desigualdades de condições e dificuldades no aprendizado. Educar sempre nos trará desafios e esses devem ser resolvidos por quem de direito e dever. Muito a ser aprimorado. Parabéns!
ResponderExcluirOlá. Essas novidades são muito rápidas , alguns professores e escolas tem tudo dificuldade em se adaptar. Mas os exemplos com êxitos como o seu neto vão pavimentando esse longo e caminho.
ExcluirCaro Professor Marcio.
ResponderExcluirExcelente texto, parabéns pelo seu posicionamento e colocações.
Gostei. 👏👏👏👏👏
Grande rotariano. Grato pela atenção e resposta.
ExcluirGrande Professor, excelente pensamento e admiravel texto.infelizmente as condições e tecnologias não são para todos, porém aos que têm acesso aos seus ensinamentos serão compensados com um aprendizado de excelência e serventia.
ResponderExcluirAbraço,
Adriano de Moura
Grande Professor, excelente pensamento e admirável texto. Infelizmente as condições tecnologias não atende a todos, porém aos que têm acesso aos seus ensinamentos serão compensados com um aprendizado de excelência e de grande importância. Abraço
ResponderExcluirAdriano de Moura
Um Humano fora de série! Excelente abordagem...
ResponderExcluirEi camarada!! Você também deveria escrever para este blog !!!
ExcluirProfessor, excelente texto a tecnologia é sem dúvidas necessário mas tomando por base minha neta no ensino fundamental pouco aprendeu nessa fase virtual, ao passo que quando voltou para o presencial foi um pulo enorme, a tecnologia é necessária mas não o tempo todo. Nada substitui o professor presencial
ResponderExcluirMargaret
Olá Magaghets, tanto você quanto seus netos e os pais estão fazendo o que podem, o que é proposto, o que é novidade, mas mantenham a confiança nos professores e em suas capacitações pedagógicas e complementações diversas.
ExcluirSensacional o texto professor Márcio.
ResponderExcluirExcelente texto, as tecnologias de informação são ferramentas, assim como outras. O maior diferencial ainda é o professor e os livros. Parabéns professor Márcio!
ResponderExcluirExcelente texto Professor!!! Uma grande verdade foi dita sobre o processo de migração para a tecnologia.
ResponderExcluirParabéns! É uma satisfação trabalhar contigo.
Ei profexor, somos ligados as inovações, as tendências, ao materialismo dialético da realidade. Mas sem perder a ternura....
ExcluirTá aí uma análise sóbria, ponderada e realista, algo tão em falta nos meios educacionais da atualidade.
ResponderExcluirAproveito para parabenizar a linguagem clara e direta, sem enrolação, que passa a mensagem sem deixar o assunto enfadonho.
Dois assuntos de suma importância (educação e tecnologia) que cruzados representam o amargo da formação de cidadãos na atualidade. Bem escrito, direto e nem por isso incompleto.
ResponderExcluirUm texto que faltava na pedagogia do momento.