No século XII na região de Genova – Itália nascia o que futuramente
seria chamada de carta de crédito e/ou de letra de câmbio. Era o impulso
inicial para o incremento das negociações de compra e venda sem a necessidade
de pagar e receber em moeda corrente.
O comércio interno dos países estava alavancando volumes cada vez maiores de transações interligando comerciantes e produtos diversos, em uma velocidade que exigia ferramentas que ao mesmo tempo fornecessem segurança contra roubo e garantia de recebimento.
Ainda no século XII em Veneza - Itália surgiu o primeiro banco, que por incrível que pareça conta a história que sua criação se deu para financiar monarcas em suas guerras.
O que se sabe é que o comércio interno e internacional foi o grande impulsionador do desenvolvimento das nações. A superação das guerras de pilhagem e pirataria pela importação e exportação de produtos, além de render mais recursos era mais segura e favorecia o entendimento entre as nações.
O surgimento de pequenos produtores aliado às indústrias naval e ferroviária chamava a atenção dos estudiosos e nesse cenário surge Adam Smith e seu famoso livro "Uma investigação sobre a Natureza e a Causa da Riqueza das Nações".
Ao estudo da produção, distribuição e consumo de bens e serviços deu-se o nome de origem grega e latina de economia. Tornou-se ciência e adotou diversas ferramentas que a tornaram segura e determinante da administração pública, empresarial e pessoal.
Em 1968 foi criado o Premio Nobel de Economia sendo o primeiro premio entregue em 1969 justamente a dois economistas que desenvolveram modelos dinâmicos para análise de processos econômicos. Em 1971 Simon Kuznets ajudou o Departamento de Comercio dos Estados Unidos a criar o a medida do Produto Interno Bruto – PIB.
Milton Friedman em 1976 ganhou o premio Nobel pela sua análise de consumo, teoria monetária e estabilização econômica. Em 1982 George Stigler desenvolveu a teoria de que grupos de interesse e outros agentes políticos usariam seus poderes coercitivos de governo para moldar leis e regulações que lhes fossem favoráveis. Isto parece familiar a vocês?
Poderíamos continuar a citar outros trabalhos e economistas homens e mulheres que criaram, analisaram e desenvolveram metodologias que buscam incessantemente demonstrar que a capacidade inventiva e criativa do individuo aliada à ciência econômica faz a riqueza das nações.
Economia é a ciência que estuda como administrar a carestia e o excesso, os recursos pessoais e públicos, aplicar e gerir bens e serviços, investir e diversificar recursos financeiros, com metodologia e técnicas apropriadas. Uma ciência que como as demais não permite invencionices e planos mirabolantes.
O desenvolvimento econômico de uma nação se dá pela iniciativa de indivíduos que criam negócios, empresas e oportunidades que geram empregos e pagam impostos. Buscar crescimento de outra forma é enganoso e temerário.
Vivenciamos planos econômicos mirabolantes, coercitivos e dilapidadores do patrimônio publico e privado na busca por melhorar as contas públicas e levar a estabilização financeira. Apenas um o Plano Real deu resultado não apenas por sua estrutura e pela forma como foi implementado mas também porque contava com um uma equipe de governo que à época foi firme politicamente.
Atualmente estamos a ser brindados com um "plano" econômico no momento em que o país vive estabilização econômica e financeira. Para que então um novo “plano”? Para gastar mais sem ter a responsabilidade de respeitar o total de recursos arrecadados.
O governo seja ele qual for não gera dinheiro, todo o dinheiro que o governo tem foi tirado do trabalhador que comprou bens e serviços pagando impostos. Gastar mais do que se arrecada gera inflação. Todo aquele que tem conta em banco e gasta mais do que recebe vai entrar o cheque especial e pagar juros, até o ponto que atinge o limite do cheque especial e entra em "default". Vai quebrar. Aí vai entrar a hipocrisia culpando outros pela sua incompetência.
*JOÃO LUIZ CORBETT
Nota do Editor:
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