A informação é um bem, um direito e um elemento essencial à liberdade!
A informação é a essência da liberdade de expressão, mas para ser reconhecida como informação algumas características são fundamentais, dentre elas a mais importante é a veracidade.
Vivemos tempos de abundância de informações, mas não só a quantidade, a rapidez de acesso às informações é fato nos dias atuais e será cada vez mais, entretanto, essa boa notícia não traz somente vantagens, pois se a abundância e rapidez proporcionam conforto na busca por informações, também nos remete a, pelo menos, dois problemas graves, o primeiro deles é a falta de profundidade das informações disponíveis nos meios rápidos e, talvez o problema mais grave seja a falta de credibilidade e "informações falsas", distorcidas ou manipuladas. Esse fenômeno que tomou grandes proporções com a ampliação das relações virtuais e “relações em massa” proporcionadas principalmente pelas redes sociais, tem sido denominada com um terno em inglês, as chamadas "Fake News"ou notícias falsas, em bom português.
Particularmente não gosto do termo escolhido, menos por ser um termo em inglês, mas por ser um termo que reduz o problema a questão dos chamados "boatos" ou notícias inventadas ou totalmente distorcidas.
Na verdade, considero as notícias falsas ou boatos como sendo o menor dos problemas nas chamadas "Fake News", explico: Os boatos são péssimos e podem realmente trazer consequências terríveis de imediato, entretanto, não se sustentam. Como toda mentira tende a gerar desconfiança e são desmascaradas com certa facilidade, uma vez que a própria internet tratou de produzir o remédio, ou seja, foram criados sites que denunciam esses boatos, bastando consultar nos sites de busca. Rapidamente esses sites tratam de desfazer o boato e desacreditar não somente a notícia, mas também a fonte que a produziu.
O grande problema das falsas informações em massa continua concentrada na Grande Mídia! Essas grandes empresas de comunicação adotam uma postura assustadora em relação às informações, embora não produzam os tais boatos, essas empresas detém um poder absurdo de distorcer e manipular às informações de acordo com seus próprios interesses e ideologias.
Enquanto o boato é desmascarado com certa facilidade, as distorções e manipulações feitas por órgãos com poder de mídia são extremamente poderosas, capazes de destruir valores e reconstruir ideias sem qualquer limite. O poder das novelas no Brasil é reconhecido mundialmente como uma ferramenta de reconstrução de valores sociais, tanto para o bem, quanto para o mal.
Os telejornais das grandes redes de TV no Brasil apresentam viés político e ideológico difusos, requerem um filtro de conhecimento que a grande maioria da população não dispõe. Diariamente vemos essas redes apresentarem apenas um lado da notícia, ouvirem apenas o tal "especialista" que replica a opinião dos donos da emissora, sem qualquer contraditório. Mesmo quando entrevistam populares, selecionam as respostas que serão apresentadas sempre de acordo com a posição preferida da emissora. Não é nenhum exagero dizer que as Grandes Mídias no Brasil fazem política descaradamente, distorcendo e manipulando às informações, dando a essas um ar de "credibilidade" muito difícil de ser combatido.
Qual a credibilidade da Rede Globo em noticiar medidas tomadas por Donald Trump?
Na minha avaliação, a credibilidade é tão baixa quanto uma notícia do Site Brasil247 em relação ao Presidente Michel Temer, ou seja, nenhuma!
Se o boato da internet tem algum poder de distração, pouco terá em termos de destruição quando comparado às manipulações feitas pela Grande Mídia no Brasil e no Mundo.
As tais manipulações têm grande poder de minar a credibilidade de pessoas e instituições. São ainda muito mais poderosas que as Redes Sociais que são poderosas nas classes sociais mais elevadas, mas não possuem alcance das massas mais populares.
A má-fé presente nas notícias apresentadas como verdade absoluta por esses meios poderosos que dominam a mídia, sem dúvida é a parte mais perigosa das "Fake News". Quando a Rede Globo e esses grupos vêm publicamente atacar as outras "Fake News", estão na verdade reivindicando para si, uma credibilidade que na verdade essas não possuem. Atacam porque esses boatos muitas vezes contrariam seus interesses e suas ideologias.
O antigo ditado popular "Onde a fumaça à fogo" nunca foi tão importante. Se existe alguma coisa positiva nas "Fake News", fica exatamente no fato de revelar a farsa daqueles que se dizem "senhores da credibilidade", na verdade, chamou a atenção para o fato de que não existe as tais fontes confiáveis, ou seja, toda notícia carece de análise por parte do ouvinte, ou pelo menos, fica clara a necessidade de filtrar as informações, uma vez que não existe a figura do "Dono da Verdade", as informações se escondem em meio às distorções e manipulações à que são sujeitas, cabe a nós o aprofundamento dos dados para que se chegue aos fatos reais, a notícia verdadeira, a informação mais pura e filtrada possível.
Esse fenômeno nos trouxe a necessidade de aprofundar, de ter senso crítico e nesse quesito as Redes Sociais são um instrumento espetacular, que mudou a relação das pessoas com a notícia. Sim, devemos duvidar de tudo à princípio, chega de engolir informações e dados manipulados.
O último grande boato da internet, trouxe uma importante discussão ética sobre os atos da senadora da república Gleisi Hoffmann. Ela deu entrevista a uma grande rede Egípcia, fazendo afirmações absurdas sobre nosso país, algo que partindo de uma Senadora fica ainda mais grave. Se os boatos diziam que ela convocara forças terroristas para ajudar o Lula Preso são um grande exagero, na essência, ela realmente cometeu desatinos e crimes graves que não teriam tomado as proporções que tomaram, não fosse a divulgação do vídeo nas Redes Sociais.
A lição que fica é a de que a mentira e as falsas informações sempre vão existir na sociedade, de forma massificada ou não, mas é melhor sempre ter a Liberdade de Expressão que a repressão às liberdades. Sou contra a repressão às Mídias Sociais, principalmente partindo das mídias tradicionais, que na verdade lutam para manter o domínio da informação, coisa que perderam muito com as mídias sociais. Ainda que existam muitas distorções, boatos e falsidades na internet, tanto melhor é ter as informações que não as ter, ou voltarmos aos tempos em que só uma emissora de TV dominava toda a mídia e a informação, isso nunca mais!
POR ALUISIO NOGUEIRA
-É Escritor, Romancista, Terapeuta, Consultor de Empresas e de Economia e
-Pré-candidato a Deputado Federal pelo PARTIDO NOVO(Pra ser novo tem que fazer o certo)
Nota do Editor:
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Concordo temos que ter cuidado com informações todas tem que ser comprovadas. Pena que a falta cultural do povo limite poder analisar e entender essa realidade.
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