Autora Keity Valim(*)
No dia 1º de Outubro foi
comemorado o dia Internacional do idoso.
Durante esse mês é divulgada a campanha Outubro Prateado, onde são
feitas ações e eventos com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre os aspectos do
envelhecimento e a necessidade de cuidado com a população idosa.
Mas, para você, o que significa
envelhecer?
Para algumas pessoas é algo
doloroso, para outras pessoas é um privilégio. Mas, uma coisa é fato,
envelhecer é algo INEVITÁVEL.
No Brasil 14,3% dos brasileiros
são idosos, o que corresponde a 29,3 milhões de pessoas, segundo o Ministério
da Saúde. Com essa estatística posso dizer que você que lê esse artigo convive
com um ou mais idosos no seu dia-a-dia.
Quando relacionamos o
envelhecimento com as doenças físicas tem-se 24,6% dos idosos com diabetes, 56,7%
tem hipertensão e a principal causa de internações no Sistema Único de Saúde
entre idosos são as doenças do aparelho circulatório. O dado que mais me
espanta, e que provavelmente irá te espantar também, é que 75,3% dos idosos
brasileiros dependem “exclusivamente” dos serviços do SUS.
Entretanto, falar de
envelhecimento é também falar de aspectos não só físicos, mas também psíquicos
que envolvem essa etapa da vida. Não é raro quadros depressivos e ansiosos.
Muitos idosos são deixados pelos familiares ou não são estimulados a
participarem de eventos sociais diante das dificuldades e limitações que
possuem, o que favorece o aumento do isolamento social nesta etapa da vida.
Na Inglaterra onde o percentual
de idoso em 2039 será de 24,3% já existem campanhas para o combate à solidão na
terceira idade. Foi criado também um serviço de 0800 que recebe ligações de
pessoas idosas e solitárias.
No Brasil os diretos dos idosos
foram regulamentados pelo Estatuto do Idoso. Mesmo com o estatuto temos muito o
que melhorar para que essa população possa ter qualidade de vida. Uma das maneiras seria a sociedade se
preparar, diante da mudança populacional que está ocorrendo, para entender que
o idoso não é apenas um consumidor, mas que eles podem contribuir como
colaboradores. Quero dizer que a inclusão é um caminho para beneficiar esse
público que cresce.
Estudos recentes correlacionam
períodos repetitivos de pobreza com o envelhecimento precoce. Ou seja, não só a
genética, estilo de vida e meio ambiente influenciam como e quando
envelhecemos. Pensando no cenário brasileiro, faz-se necessário que os
governantes busquem solucionar questões referentes a distribuição de renda da
população.
Diante das mudanças que estão
ocorrem mantenho a opinião que muito se precisa fazer para mudar o cenário
pouco acolhedor e responsável com o idoso brasileiro.
Fontes de pesquisa
Sociedade Brasileira de Geriatria
e Gerontologia
Estatuto do Idoso (Lei nº
10.741/2003)
-Psicóloga Clínica;
-Especialista em Neuropsicologia pelo CEPSIC-ICHC/FMUSP;
Especialista clínica na abordagem analítica – Unicamp;
Experiência como coordenadora pedagógica, formação de professores e assessoria educacional;
contato: keityteixeirafonseca@yahoo.com.br
Nota do Editor:
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