sábado, 6 de junho de 2020

Os Pilares da Autoestima e a sua Aplicação na Educação


Autora: Tatiana Gagliazzo(*)


Como a autoestima é uma consequência, entendê-la é fazer uma análise dentro de nós, é reforçar atitudes que possam favorecê-la. Entendemos que é também papel também do professor desenvolver e favorecer tanto a sua autoestima como a de seus alunos.

Ao procurarmos entender em que a autoestima se baseia, podemos compreender como cada pilar da autoestima pode integrar-se em nossa vida levando a um aumento da auto-eficiência e auto-respeito. 

Para que possamos analisá-los, podemos classificá-los em atitudes a saber: 

1. atitude de viver conscientemente; 

2. atitude de autoaceitação; 

3. atitude da autorresponsabilidade; 

4. atitude da autoafirmação; 

5. atitude da intencionalidade; 

6. atitude da integridade pessoal (BRADEN, 1995:97-204). 

Atitude de viver conscientemente – Nossa mente tem a capacidade de formar conceitos e pensamentos abstratos; é o que chamamos de consciência. Temos assim a condição volitiva de buscar nosso bem estar e os meios para sobreviver. Quando o nível de conscientização se distancia de nossas atitudes, diminuem o auto-respeito e a auto-eficiência. Sendo nossa mente o instrumento básico para sobrevivência, quando traída, a autoestima sobre. Podemos dizer que a "autoestima é a reputação que adquirimos diante de nós mesmos". Viver conscientemente é ter ciência de nossos valores, propósitos, objetivos e conduzir nossas ações conforme o que vemos e conhecemos (BRADEN, 1995:98). 

Uma vida consciente envolve uma mente ativa, busca fatos relevantes, estabelece sua identidade diante de objetivos e pessoas, interage com o meio ambiente adequando-se a ele, busca o aprendizado constante, tenta corrigir seus erros, conhece tanto a realidade externa quanto a interna, busca retirar de experiências desagradáveis sinais para viver melhor. 

Viver conscientemente é uma postura mental e uma prática de vida. 

Atitude de autoaceitação – A autoaceitação relaciona-se com o que fazemos. Procurando aceita-me, estou a meu favor, identifico meu valor próprio e o compromisso consciente de estar vivo. Quando o indivíduo tem uma baixa AUTOESTIMA, é através do encontro com seu interior que o psicoterapeuta inicia o tratamento. A autoaceitação pode surgir diante de situações desesperadoras, quando no auge da situação, buscamos ajuda. Implica no autoconhecimento; o "eu" é o resultado do corpo, das emoções, dos pensamentos, das ações, dos sonhos. Aceitar-se vai além de reconhecer-se, é vivenciar e absorver minha consciência. Como condição para a mudança e o crescimento, a autoaceitação é o início do processo para o reconhecimento de meus problemas e dificuldades.

Atitude de autorresponsabilidade – É um reflexo ou uma manifestação da autoestima. Ela envolve a responsabilidade em realizar meus desejos, meus atos, minhas escolhas, minha profissão, meus relacionamentos, meu comportamento em relação aos outros, na forma como se prioriza, meu tempo, como me comunico, na escolha de meus valores, na minha forma de vida, na minha felicidade. 

A atitude de auto responsabilidade está continuamente buscando soluções diante dos problemas. Tomar consciência de que a própria pessoa é o agente de mudança, é o impulso necessário para a elevação da autoestima.

Atitude da autoafirmação – Ela busca as minhas vontades, minhas necessidades, meus valores buscando formas apropriadas de expressá-los na realidade. 

Sendo a disposição para ficar ao meu próprio lado, para ser abertamente quem sou, para tratar a mim mesmo com respeito em todos os meus contatos humanos, é o caminho para minha identidade e autenticidade. 

A autoafirmação escolhe o ver, o pensar, estar ciente, direcionar a consciência para o mundo, para dentro de si mesmo, defender pontos de vista, desafiar regras previamente estabelecidas no aspecto positivo, podendo ser traço de personalidade de pessoas idealistas e com elevada autoestima. 

A prática da autoafirmação com lógica e consistência são traços de alguém comprometido com o direito de viver a consciência de que a própria vida lhe pertence e que a felicidade é algo possível. 

A autoafirmação envolve a disposição de enfrentar os desafios da vida fazendo de tudo para vencê-los. Aceitar novas tarefas ou expandir os limites de nossa capacidade de enfrentar situações elevam nosso auto-respeito e eficiência pessoal.

A atitude da intencionalidade – Viver intencionalmente é usar os poderes que temos para atingir os objetivos que selecionamos; é viver de forma produtiva quando traduzindo o pensamento em realidade, estabelecendo objetivos, trabalhando para alcançá-los e transformando em real o conhecimento, os bens e os serviços.

Viver intencionalmente implica em assumir de forma consciente os objetivos e propósitos, identificar os atos necessários para alcançá-los, ser autodisciplinado e observar os resultados identificando se chegamos aonde pretendíamos. No mundo atual, estratégias e táticas novas surgem a todo o momento, devendo ser aproveitadas para o crescimento pessoal.

A atitude da integridade pessoal – É a integração dos ideais, das convicções, dos critérios próprios e do comportamento. A integridade pessoal envolve questões sobre meu caráter, minha honestidade, moral e senso de justiça. A integridade leva a conscientização de nossa conduta, ao autoconhecimento, à racionalidade e à responsabilidade pela nossa conduta. Ocorre uma congruência entre palavras e comportamento.

Viver conscientemente é tanto causa como efeito das atitudes acima descritas. Quanto mais conscientemente procurarmos viver e mais autoconfiantes, maior será minha autoestima e mais feliz serei.


O self que sustenta a autoestima valoriza a vida, o eu, o fato de ser dono de minha vida, ser capaz de ser amado, respeitado e confiável. A consciência da capacidade de aprender, de corrigir-se, de julgar, de recomeçar, de agir são elementos geradores de condutas aceitas, requeridas, ajustadas, vitoriosas e socialmente ajustadas. A auto-satisfação e o autodesenvolvimento conduzirão a auto realização e à felicidade.


A autoestima reconhece que os valores e o bem-estar são superiores aos riscos, o ser humano é um fim em si mesmo devendo ter liberdade de escolha e de ação segundo seus ideais e convicções socialmente aceitos.

*TATIANA GAGLIAZZO DE MACEDO ESPÍRITO SANTO














-Pedagoga pela Universidade Mackenzie com Magistério pelo CEFAM Butantã;e
-Pós-graduada em Educação Infantil pela FMU, Psicomotricidade pela UNIFAI 
São suas essas palavras: "Sou apaixonada por Educação Infantil"
Nota do Editor:

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