Autora: Eneila Cerqueira (*)
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.
Para o Conselho Federal de Psicologia, o cuidado à saúde mental deve ser tema de atenção durante todos os meses do ano, e não apenas em momentos pontuais ou em situações extremas. Esse cuidado deve ser múltiplo e transversal – tanto quanto os inúmeros fatores que impactam na saúde física e psíquica das pessoas.
Os transtornos mentais são classificados pelo DSM - Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, que é atualizado e hoje possui mais de 300 transtornos identificados. Ter o diagnóstico correto auxilia na escolha dos estímulos necessários para tratar de cada sintoma.
A OMS reforça os entornos que influenciam a saúde mental, incluindo lares, comunidades, escolas, locais de trabalho, serviços de saúde, precisam ser reconhecidos e valorizados.
Cuidar da saúde mental, é cuidar da nossa capacidade de transformar positivamente a nossa realidade a nossa volta, é manter a capacidade de se reestabelecer, se reequilibrar diante dos desafios.
Os transtornos mentais podem afetar a nossa capacidade de perceber a realidade, estas distorções cognitivas podem dificultar na identificação de oportunidades que estão a nossa volta.
Uma das formas de cuidar preventivamente da nossa saúde mental, envolve também as práticas de autocuidado, que
é um conceito estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tratando-se da forma como a população estabelece e mantém a própria saúde, e como previne e lida com as doenças.
Os pilares do autocuidado são conhecidos (nutrição, atividade física, práticas mente-corpo, relacionamentos e ambiente físico), mas priorizar estas ações é um desafio diário, e muitas vezes necessita de mudanças no estilo de vida das pessoas.
Além disto, é necessário compreender como as situações impactam em nossas emoções, para aprender a lidar com elas, e se necessário, buscar apoio profissional com especialistas da área.
Não buscar ajuda pode contribuir para o agravamento do estado emocional, o que pode levar até a pensamentos suicidas.
É importante se manter atento aos sintomas que antecedem os transtornos mentais, (variabilidade de humor intenso, sono e apetite desregulados, constante ansiedade, lapsos de memória, entre outros), é necessário buscar o tratamento adequado, a Saúde Mental PODE SER REESTABELECIDA! E quando ela está reestabelecida, cada pessoa terá a capacidade de utilizar as suas próprias habilidades para recuperar a harmonia entre pensamentos, ideias e sentimentos.
Referencial Bibliográfico:
Almeida-Filho N. O que é saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2011. 160 p. ;
Conselho Federal de Psicologia. (2010). Práticas profissionais de psicólogos e psicólogas na atenção básica à saúde. Brasília, DF: CFP/CREPOP;
Minayo, M. C. de S., Hartz, Z. M. de A., & Buss, P. M. (2000). Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. Ciência & Saúde Coletiva, 5(1), 7-18. doi:10.1590/S1413- 81232000000100002.; e
Organização Mundial de Saúde (OMS). Declaração de Caracas. Recuperado de URL: <http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/ atuacao-e-conteudos-de-apoio/ legislacao/saude-mental/ declaracao_caracas>
* ENEILA CERQUEIRA DE O.S. ALMEIDA - CRP 03/5016
-Psicóloga graduada pela FTC- Itabuna (2007);
Especialista em Psicologia Organizacional pela Unigrad - Vitória da Conquista (2011)
Mestre em Bioengenharia pela Universidade Brasil - SP - (2020);
- Pós -graduando em Neuropsicologia na Ibpex
-Atua como Gerente de RH em empresa de grande porte, professora de pós-graduação e consultora.
Nota do Editor:
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