O vício em Redes Sociais é uma realidade cada vez mais comum. A frase é utilizada para se referir a alguém que passa muito tempo usando o Facebook, WhatsApp e outras formas de mídias sociais e acaba interferindo em outros aspectos da vida cotidiana.
Vício em jogos online, vício em Twitter, vício em Instagram, vício em sexo virtual, etc. Sem dúvida alguma, o século XXI vai se caracterizar pelas condutas viciantes, repetitivas, geradoras de tolerância. É um fenômeno em crescimento, e novos vícios, especialmente relacionados com a tecnologia, provavelmente vão surgir nos próximos anos. Vale ressaltar que os componentes fundamentais dos transtornos viciantes são a perda de controle e a dependência. Dessa forma, os vícios não se limitam às condutas geradas por substâncias químicas.
Vício geralmente se refere ao comportamento compulsivo que leva a efeitos negativos. Na maioria dos vícios, as pessoas se sentem compelidas a fazer certas atividades com tanta frequência que se tornam um hábito prejudicial, o que interfere em outras atividades importantes, como trabalho ou escola.
A explicação para este fenômeno é que qualquer conduta prazerosa, por puro reforço intrínseco, tende a se repetir. É, por isso, suscetível a se transformar em um comportamento viciante. No entanto, isso só acontece quando a pessoa mostra uma perda habitual de controle ao realizar uma determinada conduta. Além disso, continua com ela, apesar das consequências negativas.
Muitas pessoas gastam muito tempo em redes sociais e podem, no mínimo, descrever a si mesmas como sendo “obcecadas”, se não dependentes. Nos últimos anos, a comunidade de saúde mental tem se tornado cada vez mais interessada no impacto que a tecnologia moderna tem em nossas vidas - tanto positiva quanto negativa. Do lado positivo, tecnologias como Skype, Instagram e Facebook nos permitem ficar em contato com familiares e amigos do outro lado do planeta. No entanto, infelizmente, as pessoas passam horas todos os dias atualizando seu status, fazendo upload de fotos, comentando, jogando no Facebook, lendo atualizações de outros e procurando novos amigos para adicionar.
Nesse contexto, um viciado em redes sociais pode ser considerado alguém com uma compulsão para usar as mídias sociais em excesso - constantemente verificando atualizações de status do Facebook ou "perseguindo" perfis de pessoas no Facebook, por exemplo, por horas a fio.
Pesquisas mais recentes sobre o tema, mostram que o uso de mídias sociais está associado a vários outros problemas psicológicos, incluindo ansiedade, depressão, solidão e transtorno de déficit de atenção / hiperatividade.
Pesquisadores da Universidade de Chicago concluíram que o vício em mídias sociais pode ser mais forte do que o vício em cigarros e álcool depois de um experimento no qual registraram as ânsias de várias centenas de pessoas por várias semanas. Os desejos de mídia ficaram à frente dos desejos por cigarros e álcool.
Na Universidade de Harvard, os pesquisadores realmente ligaram as pessoas a aparelhos de ressonância magnética funcionais para escanear seus cérebros e ver o que acontece quando eles falam de si mesmos, o que é uma parte fundamental do que as pessoas fazem nas mídias sociais. Eles descobriram que a comunicação de auto revelação estimula os centros de prazer do cérebro, da mesma forma que o sexo e a comida fazem.
Se você quiser verificar se corre o risco de desenvolver um vício nas mídias sociais, faça a si mesmo estas seis perguntas simples:
- Você gasta muito tempo pensando em mídias sociais ou planejando usar redes sociais?
- Você sente necessidade de usar as mídias sociais cada vez mais?
- Você usa as mídias sociais para esquecer problemas pessoais?
- Você costuma tentar reduzir o uso de mídias sociais sem sucesso?
- Você fica inquieto ou incomodado se não consegue usar a mídia social?
- Você usa tanto as mídias sociais que isso teve um impacto negativo em seu trabalho ou estudos?
Se a resposta a todas as seis perguntas for "sim", você pode ter ou estar desenvolvendo um vício em usar mídias sociais.
Digo "pode" porque a única maneira de confirmar isso é por meio de um diagnóstico de um psicólogo clínico ou psiquiatra.
Se você respondeu "sim" a algumas dessas perguntas, é mais provável que você seja um usuário habitual de mídia social e que o que você deve fazer é se engajar em estratégias de "desintoxicação digital" que simplesmente permitem reduzir a quantidade de tempo gasto nas mídias sociais. Isso pode incluir etapas simples, como desativar as notificações sonoras e permitir apenas que você verifique seu smartphone a cada 30 minutos ou uma vez por hora.
Outras etapas simples incluem ter períodos no dia em que há tempo de não-tela auto imposto (como durante as refeições) e deixar seu smartphone em uma sala separada de onde você dorme (só assim você não terá vontade de verificar mídias sociais antes de dormir, durante a noite e quando você acorda).
O tipo de tratamento mais bem sucedido para os vícios on-line é a terapia cognitivo comportamental ou TCC que é uma terapia de conversa projetada para ajudar as pessoas a mudar a maneira como pensam e se comportam.
-Formado em Psicologia pela Faculdade Anhanguera Educacional;
-Formação em Professional Coaching Practitioner pela Abracoaching com certificação internacional;
-Curso de Especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Instituto WP;
-Curso MBA em Gestão Estratégica de Pessoas com Ênfase em Coaching pela Faculdade Unopar;
-Atende em consultório, faz consultorias sobre comportamento humano, ministra treinamentos e palestras sobre desenvolvimento pessoal e inteligência emocional;
-Orientação Vocacional/Profissional;
-Processo de coaching on-line ou presencial;
-Participa de serviços e grupos voluntários;
-Projeto Psicologia Social e Para Todos, oferecendo atendimento psicológico acessível e de qualidade, disponibilizando alguns horários para pessoas que desejam e precisam iniciar um processo psicoterapêutico, mas não possuem condições de custear os valores de mercado. -Trabalho para ser um agente de transformação de pessoas, mudando o comportamento e/ou mentalidade.
-Projeto Psicologia Social e Para Todos, oferecendo atendimento psicológico acessível e de qualidade, disponibilizando alguns horários para pessoas que desejam e precisam iniciar um processo psicoterapêutico, mas não possuem condições de custear os valores de mercado. -Trabalho para ser um agente de transformação de pessoas, mudando o comportamento e/ou mentalidade.
Nota do Editor:
Todos os artigos publicados no O Blog do Werneck são de inteira responsabilidade de seus autores.
Me identifiquei com o que foi falado no artigo. Acho que todos somos sem limites com redes sociais e celular de uma maneira geral. Me ajudou a entender e ver um pouco mais o quanto somos dependentes e um pouco escravos de tecnologias
ResponderExcluirMuito legal, ótimo assunto para ser abordado.
ResponderExcluirAtual este tema, abordado de forma coesa!! Parabéns!!!!
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