quarta-feira, 15 de abril de 2015

Seleção de Artigos Políticos



A partir dessa 4ª feira, dia 15.04,  estarei postando alternadamente "Seleção de Artigos Políticos" e "Comentários das Notícias e Artigos Políticos".

Iniciando essa alternatividade de postagens vamos à "Seleção de Artigos Políticos" que escolhi para hoje.

EXTERMÍNIO DOS RATOS É SOLUÇÃO?


ROBERTO MICHELOM 
Pensador, filósofo, jornalista e artista plástico internacional
O SERRA-NEGRENSE Março/2015

Presenciamos o agravo em todos os meios possíveis. O desequilíbrio abala o sistema, põe em risco a sobrevivência do homem no planeta. O desmatamento indiscriminado abre novas fronteiras agrícolas e pecuárias. O clima é desregulado pela ação predatória. O efeito estufa causado pelas emissões de gazes. A água da vida está cada dia mais escassa. Mares e oceanos são poluídos aniquilando as espécies. O desrespeito por parte de grande parcela da humanidade que não tem nenhuma noção de preservação ambiental e descarta o lixo e entulhos em qualquer lugar. 


"Porra!!! Michelon, estou ansioso pelo título acima 'EXTERMÍNIO DOS RATOS É SOLUÇÃO?' 

A voz do povo é a voz de Deus. (em off)

O que o povo comete de cagadas é de arrepiar os pentelhos do "rabikuzinho" e ainda batem "parma". 

Na Baixa Idade Média, os gatos foram praticamente todos mortos. A crendice clerical absolutista acreditava que os gatos eram animais amaldiçoados, elemento de bruxaria. 

Acabando com os gatos, houve a proliferação indiscriminada dos ratos. 

Nessa mesma época, por morte epidêmica de 25 a 75 milhões de pessoas vitimadas pela Peste Negra (bubônica). Os ratos infectados portavam a pulga que sugava o sangue contaminado e este, ao picar os humanos, transmitia a peste. A Europa teve de importar gatos contrariando o “clero”.O Tratado de Biologia é explícito: se desaparecer qualquer espécie haverá desequilíbrio. 

O rato tem seu papel de suma importância para o humano, as ratazanas são a principal agente, nas suas andanças pelos esgotos, no vai-vem, isso faz que os esgotos não entupam. 

Desmembrando a espécie “Ratânica”, sem dúvida a mais perigosa e implacável são os Ratões. Sua voracidade é descomunal! São insaciáveis, não tem limites para contê-los. 

Não há o que fazer com os Ratões, eles são "Bambans", Maiorais, Intocáveis.... Ocupam com galhardia seus lugares, são nossos escudeiros e nos representam.O povinho esperneia, grita, geme e peida diante da balburdia instaurada. Esse mesmo povinho exercendo o direito democrático do voto foi quem os escolheu. 

Meu avô, o Bodão Zico Corisco, ex-prefeito de Serra Negra, quando saiu da prefeitura, dizia ter deixado 40 viagens de paralelepípedos, bacias de privada, bidês e outros bichos... Atribuiu a razão do sumiço ao fato de que os “Ratos” tinham comido tudo! PEIDÔ-É... 

REFORMA POLÍTICA DO 'FAZ DE CONTA' DE NADA ADIANTARÁ


Ney Lopes – ex-deputado federal (sem partido); procurador federal, ex-presidente do Parlamento Latino-Americano, jornalista e professor de Direito Constitucional

Diário do Poder - Brasília

Petrobras e financiamento de campanha

IVAN VALENTE
Deputado federal pelo PSOL-SP, integrante da CPI  da Petrobrás
Folha de São Paulo



Nas ruas e nas redes sociais, a bandeira para enfrentar a corrupção é o fim do financiamento empresarial para partidos e campanhas


Todas as pesquisas de opinião tem demonstrado uma enorme rejeição à presidente Dilma Rousseff. A última pesquisa Datafolha não poupa nem o Congresso Nacional, pois 82% não lhe dão credibilidade.

Frente a esses números, a CPI da Petrobras insiste em um caminho perigoso, que pode ser ainda mais danoso à imagem do Legislativo e prejudicar a necessária apuração dos ilícitos e punição dos responsáveis por toda a corrupção.

O primeiro equívoco da CPI foi recusar que os parlamentares que receberam doações das empreiteiras processadas na Operação Lava Jato fossem substituídos. Eles são a maioria na comissão e deveriam estar impedidos de investigar e deliberar matéria que lhes diz respeito.

Com os depoimentos dos principais agentes da corrupção, e com as delações premiadas, fica cada vez mais claro que doações oficiais e propinas estão irremediavelmente entrelaçadas. Empreiteiras não doam, investem. Está aí o cartel das construtoras que não nos deixa mentir.

O segundo erro da CPI foi optar por não convocar até agora parlamentares que estão sob investigação no STF (Supremo Tribunal Federal). A presença "espontânea" de Eduardo Cunha à CPI mostrou do que é capaz o corporativismo parlamentar. A maioria dos partidos e deputados preferiu fazer uma espécie de ato de desagravo ao presidente da Câmara.

Investigado pelo Supremo, Cunha, na ocasião, dirigiu pesadas críticas à Procuradoria Geral da República, soando como intimidação aos que conduzem as investigações.

É absolutamente injustificável também que o alcance da CPI se limite ao período 2003-2015. O depoimento de Pedro Barusco, ex-gerente de serviços da Petrobras, é absolutamente esclarecedor ao apontar que a estrutura criminosa vem de muito mais longe.

Não é aceitável também a seletividade na aprovação das convocações, como tem demonstrado a blindagem feita a Fernando Baiano, Alberto Youssef e a outros doleiros envolvidos, "mulas" e empresários que aceitaram delação premiada.

Além da enorme insatisfação popular com a corrupção, o quadro ganha gravidade com a crise econômica. Aumento de preços, desemprego e mais austeridade para os "de baixo", com ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários patrocinados por Dilma, corroem sua popularidade. Ela está cumprindo a agenda perdedora das eleições, desrespeitando e mentindo sobre suas promessas de campanha.

Afora as saídas econômicas necessárias para que as grandes fortunas paguem a conta da crise, é necessária uma resposta política à corrupção. O povo não se ilude mais.

Estão presos executivos e donos das maiores empreiteiras do país, corruptores que, aliados a dirigentes de estatais, doleiros e agentes públicos corruptos, produziram o maior escândalo já investigado. Entre 2007 e 2014, empresas investigadas na Operação Lava Jato doaram oficialmente R$ 712 milhões para PT, PSDB e PMDB, inclusive em anos em que não houve eleição.

Enquanto salta aos olhos que a raiz da corrupção está no financiamento empresarial dos partidos e das campanhas, a Câmara dos Deputados, na contramão dos fatos e por iniciativa de Cunha e da maioria dos partidos, propõe exatamente o contrário: a constitucionalização do financiamento empresarial.

É o que se tenta votar a toque de caixa e sem participação popular na Comissão Especial de Reforma Política. Um escárnio.

Jogo combinado, o ministro do STF Gilmar Mendes segura há um ano, em ação deliberada, um pedido de vistas, visando impedir a votação, já vitoriosa, da Ação Direta de Inconstitucionalidade da OAB, que acaba com o financiamento empresarial na política.

Nas ruas e nas redes sociais, a bandeira para enfrentar a corrupção é o fim do financiamento empresarial para os partidos e campanhas. Sem isso, eterniza-se o jogo do poder econômico e do desvio de recursos públicos. Ninguém quer reforma política de araque e no escurinho do cinema.

Nenhum comentário:

Postar um comentário