sábado, 1 de agosto de 2015

Ética nas Relações Humanas






Lançando um olhar sobre as crises profundas que desestruturam a sociedade, constata-se que a violência tanto física como moral, gerada pela desvalorização à vida, é presença marcante no mundo atual. 

O desrespeito aos princípios éticos que guiam e orientam as relações humanas torna inviável a convivência harmoniosa entre as pessoas. 

Consideramos o fato de sermos uma sociedade globalizada, informatizada e contemporânea, que se apresenta pautada na velocidade, satisfação imediata, rapidez, agilidade, novidades científicas e tecnológicas a todo vapor, nos deparamos por outro lado com uma incapacidade humana de gerenciar , pensar e estabelecer diretrizes para proteção e respeito da própria raça. Característica esta natural do ser humano, pensante, afetivo e emocional que precisa de tempo para processar informações, novidades e se adaptar.

 O substantivo feminino ética, do latim ethos (= minha morada). Designa a reflexão filosófica sobre a moralidade, sobre as regras e códigos morais que orientam a conduta humana. Na Filosofia, a ética é conceituada pela elaboração de um sistema de valores e o estabelecimento dos princípios normativos da conduta humana. 

A universalidade, da ética abrange todos os campos da conduta humana ao longo da história. Uma política que exclui as pessoas, não promove oportunidades de emprego, de escola, de saúde, de distribuição de renda e da terra, a maior parte da população não é ética. 

Para tentarmos erradicar a miséria e sua conseqüência mais perversa a violência , a via é dar condições dignas para um ser humano crescer, desenvolver e ser tratado como gente da raça humana.! Portanto precisa de pais cuidadores humanos como modelo, de educação, de saúde, de trabalho uma organização social que permita a cada pessoa viver com dignidade e exercer conscientemente a cidadania. 

As pessoas necessitam ter acesso as informações dos seus direitos e deveres, informações estas que precisam ser socializadas, pois por enquanto pertencerem a uma minoria .

 Sabemos hoje, que o poder está nas mãos de quem tem a informação mais atual, podendo assim manipular, persuadir, influenciar, mandar, decidir, dividir, ou exercer seus direitos e deveres, promover mudanças de forma conjunta e democrática. 

As reformas estruturais necessárias para mudar o rumo do Brasil devem vir não só de cima, dos governos, das instituições, mas muito da organização e 2 pressão da sociedade, no sentido de repensar toda a política vigente, que divide e exclui, ao invés de somar e integrar. Está em nossas mãos! 

Neste ano eleitoral, principalmente, cabe uma reflexão sobre ética e política no conceito amplo, ligado intimamente à cidadania. Porém precisamos nos mobilizar não só por esta causa, precisamos mantê-la viva, ter espírito de mudança.

 Exercer a democracia não se restringe a votar de quatro em quatro anos, implica participar ativamente de todas as questões da sociedade, propondo, cobrando, pressionando, pois elas interferem diretamente na vida de cada um.

 Uma sociedade participativa é ser organizada, é ter poder de voz e voto, somos um país jovem, e precisamos caminhar para a maturidade, permitir horizontes melhores para nossos filhos, netos, bisnetos. 

Um aprendizado e um exercício de cidadania é frequentar os Conselhos de Direitos, os Conselhos Municipais de nossa cidade, chamados de órgãos de controle social, entendido como controle sobre as ações do Estado pelo conjunto da sociedade organizada em todos os segmentos sociais, visando o benefício do conjunto da sociedade. 

Nestes locais estão sendo discutidos e decididos questões importantes para as mudanças sociais, infelizmente ainda pouco frequentado e representado por pessoas cidadãs interessadas no bem comum. 

Se não aprendermos o que são Direitos Humanos e cidadania, ficará cada vez mais difícil transformar a revolta, a violência, a crise em uma atitude de crescimento e mudança pacífica. 

Todos nós somos seres políticos e precisamos da ética para promover o bem comum; ser cidadão com sentimento ético é ter consciência de seus direitos e deveres. 

Dessa interação, instaura-se uma sociedade democrática humanizada, norteada pelos valores de justiça e solidariedade.

Postado no dia 09.11.2010 em http://www.institutoinclusaobrasil.com.br/instituto

Por MARINA S. RODRIGUES ALMEIDA 

-Psicóloga;
-Psicopedagoga;
-Pedagoga; e
-Consultora em Educação Inclusiva

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