quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A “morte” na visão da Doutrina Espírita


Adentramos ao século 21 e quantas expectativas foram criadas em torno dessa “simbólica” data do futuro! 

E aqui estamos - no futuro propriamente dito. Em torno de diversos assuntos, discussões e questionamentos que ainda nos norteiam e continuam nos martirizando, alguns sem respostas e outros simplesmente evitados, ainda como tabus em nossa sociedade, como por exemplo, a morte.

No aspecto biológico é algo tão natural e inerente a todos os seres vivos, a morte faz parte do ciclo natural da vida, nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos. Mas e nossa alma, espírito, inteligência, e tantas outras denominações, o que acontece? Para onde vamos? É o fim? A vida cessará no túmulo?

Para a Doutrina Espírita a morte não é o fim!! O significado da morte foi revelado à Allan Kardec pelos espíritos superiores através do “Livro dos Espíritos”: A morte (desencarne) é a passagem, na qual o indivíduo volta a ser Espírito, que ele havia deixado temporariamente, retornando ao mundo dos Espíritos, sem jamais perder sua própria individualidade”.

Necessitamos das experiências terrenas como forma de aprendizados e aperfeiçoamento das nossas falhas e fraquezas. Estamos em constante evolução, seja no plano espiritual ou encarnados, e através das diversas encarnações, temos a oportunidade de recomeçar e nos evoluirmos moralmente. 

Segundo a questão 132 do Livro dos Espíritos, o objetivo da encarnação “tem como fim chegar à perfeição, para uns é expiação, para outros é missão, mas para chegar a essa perfeição, têm que sofrer todas essa vicissitudes da existência corporal, nisso é que está a expiação... além de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação”.

Em outras palavras, a morte além de não ser um fim, é um recomeço de uma nova etapa no plano Espiritual, onde os laços do plano físico, muitas vezes, ainda se fazem presentes. Ao passarmos para o plano espiritual, levamos a bagagem de nossas experiências e de tudo que aprendemos encarnados, e nos adiantamos, seja o mínimo que for, na escalada da evolução rumo à perfeição.

E como maior prova de amor, Deus, com toda Sua magnitude e sabedoria, nos deu a oportunidade da reencarnação, que segundo Kardec, é a marcha necessária ao progresso do Universo. E nessa mesma ação, um meio de progredir e de se aproximar Dele. É assim que, por uma lei admirável de sua providência, tudo se encadeia e tudo é solidário na natureza.


POR JOYCE MILANO









-Educadora Física;
-Pesquisadora e aprendiz da Doutrina Espírita.

Um comentário:

  1. Uma certeza podemos ter:
    Todos os seres vivos estão fadados a morrerem. Uns morrem novos. Outros morrem velhos. Outros nem tanto.
    Essa incógnita que nós humanos carregamos em nossas vidas é o entender e saber se existe a vida após a morte.
    Sempre me pego a pensar se o princípio de vida dos animais são os mesmos que os nossos, eles também tem essa duvida cruel?
    Teimo em não entender como os espíritos entram nesse ciclo se cada ser tem o seu pensamento. Se a individualidade é característica do cérebro do ser humano.

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