sexta-feira, 19 de outubro de 2018

A Verdade do WhatsApp

O nome Whatsapp é um trocadilho com a frase What's Up (O que há? O que acontece?). Essa definição está na página da companhia que diz que a ferramenta é utilizada por mais de 1 bilhão de pessoas em 180 países, e foi criada para permitir e manter contato entre amigos e familiares a qualquer hora, e em qualquer lugar. 

Em 2014, em Barcelona, o fundador e CEO do Whatsapp, Jan Koum, reafirmou no congresso "Mobile World Congress" que a missão da companhia é garantir que as pessoas possam ficar em contato, e isso é basicamente o que a ferramenta faz, e também o seu motivo de sucesso. 

O massivo uso da ferramenta indica que em pleno ano de 2018 é difícil encontrar alguém que não use alguma rede social para se comunicar, e é impossível negar que o poder de comunicação mudou de mãos e transformou a maneira como as pessoas se relacionam, informam e se comunicam (e tem ainda quem ainda não entendeu isso, como a imprensa mainstream, ou simplesmente não quer aceitar). 

Para ilustrar com um exemplo real, meu pai faleceu há um ano e minha mãe nunca tinha usado o Whatsapp, na época em que ele ficou internado foi criado um grupo de filhos, noras e netos, cujo objetivo era revezar os turnos no hospital. Esse grupo se mantém até hoje, minha mãe, uma septuagenária, virou usuária contumaz e utiliza todo dia para dar ao mesmo tempo, de distantes localizações, as notícias de sua rotina e a sua benção. Existem milhares de pessoas que utilizam a ferramenta para estudos, trabalho, comunicação com a família, etc, que ficaram muito baratas e facilitadas pelo uso do canal, além do uso para puro entretenimento. (Quem nunca caiu no gemidão, quem nunca??) 

Faltando 10 dias para o segundo turno das eleições no Brasil, uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo (nos memes que rodam no WhatsApp mais conhecida como Falha de São Paulo, ou Fake de São Paulo) traz uma notícia de que parte da campanha do candidato do PSL se faz valer da ferramenta para difundir mensagens falsas, e que isso precisa parar imediatamente, para isso o tal grupo COMPROVA e seus asseclas propuseram ao TSE medidas no mínimo restritivas (para não dizer CENSURA!) e assim limitarem as comunicações nos grupos, que teoricamente estariam impactando nos resultados, não desejados por eles.
No entanto, existem ainda no Brasil algumas pessoas lúcidas, como o ministro Tarcísio Vieira de Carvalho que afirma que o papel do TSE é buscar "o equilíbrio entre as garantias constitucionais da liberdade de informação e a proteção da veracidade dos dados divulgados ao longo do pleito eleitoral, com vistas a resguardar a manutenção das boas práticas democráticas" e cita o precedente do TRE de Sergipe que diz que não se pode falar em propaganda eleitoral realizada por meio do Whatsapp, uma vez que essa rede social não leva ao conhecimento geral as manifestações nela divulgada, e o que existe é uma mera conversa em grupo restrito. 

George Orwell, o brilhante autor de Revolução dos Bichos e de 1984, imitando as práticas autoritárias do ditador Joseph Stálin criou o Ministério da Verdade encarregado de falsificar registros históricos a fim de permitir a perpetuação no poder.

Em 2018, esses "defensores da verdade" tomam a forma de um Carlos Lupi, presidente do PDT, e ex-ministro de Dilma Rousseff, devidamente enquadrado na Lava-Jato, que já prepara uma ação para pedir à Justiça Eleitoral a nulidade das eleições deste ano, mas qual seria o motivo mesmo? (Ganha um picolé quem souber!) 

Mas para ajudar o tal grupo Comprova, com seu projeto de censura listamos a seguir algumas boas verdades que não serão difundidas por eles: 

A verdade número 1 é que o crescimento orgânico de Jair Messias Bolsonaro foi realizado por pessoas que enxergaram valor na sua proposta, como o empresário Luciano Havan e tantos outros, que fazem uma campanha de graça, que não tem o menor padrão estético ou de linguagem (vamos combinar que não precisa ninguém pagar para enviar uma música ou meme engraçado pros amigos, vai?) 

A verdade número 2 é que os admiradores de Karl Marx nunca conseguiram esse feito, e estão desesperados ao pensar na possibilidade de (ao que tudo indica) de verem um capitão do exército subir a rampa do planalto no dia 01 de Janeiro de 2019. Isso poderá detonar os planos do Foro de São Paulo de criar a "pátria grande"da URSAL. Adeus Cuba! Adeus Rouanet! Adeus regalias! 

A verdade número zero é que todas as "boas ações"do partido dos trabalhadores são amplamente difundidas nos grupos de WhatsApp, e que assim como o "onestão", Fernando Haddad é considerado praticamente um santo poste defensor da coerência, que frequenta missas e comunga, mas também defende o aborto, esculacha evangélicos e anda com gente que odeia a classe média e prega o fim da propriedade e família tradicional, e que o povo tá cansado de tantas mentiras, inclusive da imprensa. 

Em 17 de agosto de 1945, a obra a Revolução dos Bichos foi publicada na Inglaterra contando a história de um grupo de animais que toma o poder dos donos humanos e organiza um regime igualitário, mas não contavam com uma dupla de porcos totalitários que censuraria as comunicações, mas em 2018 o enredo pode estar melhor relatado na obra 1984, sendo que a eleição de Bolsonaro poderá trazer o fim do "ministério da verdade do marketing" e estourar algumas bolhas que provocarão uma explosão de memes no WhatsApp no próximo dia 28 de outubro. Quem viver,verá!


POR NEUSA MARIA ANDRADE












-Paulista da gema;
-CEO da Divisão GO.neCTING AGENCIA WEB;
-Doutoranda em Engenharia de Produção;
-Mestre em Administração de Empesas;
-MBA em Tecnologiapela POLI-USP e

Minhas ideias e ideais podem ser acompanhados no Twitter: @neusamandrade



Nota do Editor:


Todos os artigos publicados no O Blog do Werneck são de inteira responsabilidade de seus autores.

Um comentário:

  1. Exatamente! A bolha nunca esteve tão vulnerável como Agora!O desespero também rsrsrs

    ResponderExcluir