Profª Stela Maris Leite Carrinho de Araujo(*)
Em 2020, estamos sob o impacto de uma pandemia. Não farei aqui considerações sobre a Covid-19, pois quaisquer informações serão de buscas virtuais que, de forma alarmante, nos conduzem às leituras e persuasivas reflexões, de pronto, eivadas das posturas polarizadas que se espalham como os vírus. Querem fazer um teste? Digitem no Google quaisquer sequências de três números e terão suas buscas encaminhadas para uma informação sobre a pandemia. E pasmem, a maioria delas de um teor assustador.
Por esta razão, acima exposta, podemos, como educadores, refletir a respeito da necessidade urgente de mudanças nas matrizes curriculares de formação docente para que entendamos o que subjaz quanto aos processos de recepção de textos nos meios virtuais? Pela obviedade da necessária autonomia de busca de informação, contextualização do conhecimento e leitura crítica dos meios. Leitura, estratégias de leitura, ler além do que está expresso, identificar inferências, não se contentar com o superficial, percorrer os caminhos dos hipertextos para identificar a raiz da informação.
Isto posto, julguei interessante percorrer leituras sobre as epidemias, pandemias que assolaram a humanidade, provocando mudanças em todos os segmentos sociais, científicos, espirituais, econômicos.
Todos nós, certamente, lemos muito sobre o vírus e vimos especialistas degladiando-se em intermináveis "lives" para a análise de medidas assumidas pelo segmento político de gestão mostrariam-se eficazes, ou não. Médicos, biólogos, virologistas tiveram suas biografias expostas à avaliação pública, sendo valorizados, ou confrontados nos debates. Isto reforçou a efemeridade de certas posturas científicas quando Institutos e revistas científicas foram expostas para argumentar sobre suas verdades.
Historiadores, até este ano, consideravam doenças que abalaram a humanidade e esta teve que aprender a enfrentar seus infortúnios para continuar a vida sobre a Terra. A história da humanidade é pontuada por doenças que atingiram a sociedade em diferentes momentos, deixando marcas e aprendizados e, principalmente, ensinamentos de sobrevivência e convivência, devido à tragédia do número de mortos, catalisando transformações significativas e impulsionando o desenvolvimento científico, objetivando a proteção da vida humana na Terra.
As doenças marcantes foram a varíola, sarampo, tifo, febre tifoide,
febre amarela, cólera, Aids, ebola, peste bubônica e diferentes tipos de gripe.
São doenças que atingiram brutalmente a humanidade.
A varíola foi uma das doenças que mais matou seres humanos ao longo da
história, causando epidemias e pandemias em diferentes locais do planeta. É uma
doença infectocontagiosa causada por vírus (também conhecida como bexiga, é
uma doença infecto-contagiosa.
É causada por um vírus "Orthopoxvirus", um dos maiores vírus que infectam seres humanos, com cerca de 300 nanômetros de diâmetro, o que é suficientemente grande para ser visto como um ponto ao microscópio óptico, provocando bolhas e lesões na pele, doloridas que infeccionam grudando em vestimentas e lençóis, causando febre e desconforto tanto na pele quanto nas mucosas.
A doença é transmitida pelas secreções da pessoa infectada e pelo compartilhamento de objetos e contato com as crostas que se desprendem das pústulas que a doença causa.
A varíola foi uma pandemia no Império Romano no século II d.C. Acredita-se que a doença tenha surgido na Índia, na antiguidade, e tenha se alastrado a partir da Mesopotâmia, então um território romano. Era conhecida também como "peste antonina" (nome da família que governava a região na época), chegando a causar a morte de 2.000 pessoas por dia, em Roma, em 166 d.C. Acredita-se que cerca de cinco milhões de pessoas morreram por causa da doença.
A varíola também atingiu o Japão por volta dos anos 735 e 737. Uma expedição japonesa, que voltava da China, trouxe a doença. Há relatos que 1/3 da população japonesa morreu da doença. A longínqua e gelada Islândia também teve surto da doença, levando a óbito 25% da população. Constataram que a doença se espalhou no país advinda de objetos de um islandês que teve a doença na Dinamarca e seus objetos vieram contaminados.
Em nosso país a doença apareceu em 1563, na ilha de Itaparica,
espalhando-se pela cidade de Salvador. A população indígena foi fortemente
atingida. O último caso de varíola no Brasil foi registrado em 1971, no Rio de
Janeiro.
Outra doença devastadora foi a peste Bubônica. A peste Bubônica é causada por uma bactéria: “Yersínia Pests” que vive nos ratos e é transmitida aos humanos por uma pulga que vive nos roedores infectados. Após um humano estar infectado, pode transmitir a outros humanos por meio de suas secreções.
A peste Bubônica atingiu a Europa, o Norte da África e parte da Ásia, durante o século XIV. Na Europa era denominada peste Negra e levou a óbito 50 milhões de pessoas entre os anos 1347 a 1353.
A peste Negra provocou mudanças profundas na Europa Medieval. É sabido que não foi a primeira vez que tal doença atingiu a humanidade. O surto na Europa, acredita-se tenha surgido, advindo da Ásia Central. Há relatos bíblicos que citam a doença no Livro de Samuel, quando pontua que uma doença causada por ratos atingiu os Filisteus.
Houve também esta peste entre os Bizantinos por volta de 541 e 544, advinda do Delta do Nilo. Segundo estudiosos a doença causou a morte de dez mil mortes diárias. A peste Negra espalhou-se pela Itália trazida por genoveses que fugiam de Caffa no século XIV. A peste provocou significativas transformações nos aspectos sociais, políticos e econômicos no continente Europeu: os laços da servidão enfraqueceram, os salários aumentaram e houve modificações no comércio. Cidades sucumbiram pela incompetência de governantes. Houve transformação quanto à visão humana de sua fragilidade diante da morte iminente e profunda influência nas expressões artísticas.
A peste Bubônica seguiu seu séquito de morte pelo continente europeu e, em 1665, atingiu Londres, matando cerca de cem mil pessoas, num total estimado em 420 mil habitantes. Outro surto ocorreu em Marselha, em 1720, quando um navio vindo da Síria trouxe a doença, levando a óbito cerca de 40 mil pessoas de um total de 90 mil habitantes.
Por volta de 1918 a mutação de um vírus "Influenza" causou muitas mortes até 1919, 1920. Os mesmos sintomas de uma gripe como coriza, dor de cabeça, febre, tosse até complicações mais graves que levavam à pneumonia e à morte. Era a denominada, por forças das circunstâncias da guerra, a Gripe Espanhola.
Como estava o mundo quando a denominada Gripe Espanhola assolou parte da civilização? Primeiro que Gripe Espanhola foi o nome que recebeu uma pandemia de mutação de vírus influenza que se espalhou pelo mundo entre 1918 e 1919. Pela precariedade de recursos da época historiadores e cientistas não sabem com exatidão o local dos primeiros acometidos com a gripe. Há relatos que esta gripe tenha surgido em dois lugares simultâneos: nos USA e na Índia.
Os historiadores e especialistas da área da saúde, até hoje, não sabem o local exato onde esse novo tipo de gripe surgiu. O surto instalou-se no contexto da Primeira Grande Guerra (conflito mundial que foi um marco na história da humanidade, pois foi a primeira guerra do século XX e o primeiro conflito envolvendo nações que mobilizam todos os seus recursos para viabilizarem o combate. O conflito foi de 1914 a 1918, resultando transformações que aconteciam na Europa, as quais fizeram diferentes nações entrar em choque. Como consequência a geração de jovens cresceu traumatizada com os horrores da guerra e num saldo de 10 milhões de mortos. Os desacertos da Primeira Guerra Mundial contribuíram para que, em 1939, uma nova guerra acontecesse). E a gripe espalhou-se rapidamente pelo mundo, causando a morte de cerca de 50 milhões de pessoas, embora algumas estatísticas falem em até 100 milhões de mortos.
A doença chegou ao Brasil por volta de setembro de 1918 e espalhou-se por grandes centros, sobretudo por Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. A cidade de São Paulo, por exemplo, pode ter contado com até 350 mil pessoas infectadas.
A gripe espanhola recebeu esse nome em razão da forte divulgação do problema na imprensa espanhola. Como foi uma doença que aconteceu num contexto de guerra, as grandes potências ocidentais envolvidas no conflito, cujos meios de comunicação sofriam forte censura – isso porque divulgar as notícias de que a gripe espanhola tinha afetado suas tropas poderia ser muito ruim para o moral dos soldados e poderia espalhar pânico na população. Assim, esses locais passaram a censurar as notícias relacionadas com a doença.
Como a Espanha não estava envolvida com a guerra, não havia necessidade de censurar a imprensa e, assim, as notícias sobre a enfermidade espalharam-se a partir do que a imprensa espanhola noticiava. Foi por essa razão que a pandemia recebeu o nome de gripe espanhola. Existem algumas teorias a respeito dos prováveis locais nos quais a gripe espanhola possa ter surgido: Estados Unidos, China e Reino Unido, India. A teoria mais aceita pelos estudiosos do assunto é de que a gripe espanhola teria surgido em campos de treinamento militar nos Estados Unidos. Isso porque os primeiros casos da doença também foram registrados lá. Esses casos aconteceram em trabalhadores de uma fábrica em Detroit e em soldados instalados em um campo militar no estado do Kansas.
Outro elemento que reforça que a gripe espanhola surgiu nos Estados Unidos é que ela se difundiu pela Europa logo depois que soldados norte-americanos foram enviados para a frente de guerra nesse continente. Assim, o contato de soldados contaminados com pessoas nos mais variados locais permitiu o alastramento da doença pelo continente europeu, principalmente nas frentes de guerra. A gripe espalhou em três ondas de contágio, entre março de 1918 e maio de 1919. Entre essas ondas, a segunda, iniciada em agosto de 1918, foi a pior delas, pois foi a mais contagiosa, causando a morte de milhões de pessoas. Em abril de 1918, as tropas britânicas e francesas registravam os primeiros contaminados pela gripe espanhola e, nos meses seguintes, uma série de países europeus apresentou seus primeiros casos da doença: Grécia, Espanha, Dinamarca, etc. Na segunda onda da doença, que aconteceu entre agosto e dezembro de 1918, Ásia, África, América Central e do Sul foram afetados.
A segunda onda de difusão da gripe espanhola tornou a situação
alarmante em diversas partes do planeta porque a quantidade de infectados
disparou e os sintomas registrados tornaram-se muito graves, o que contribuiu
para que a taxa de mortalidade aumentasse bastante.
Nos casos mais graves, os pacientes apresentavam graves problemas respiratórios, dificuldade para respirar e, até mesmo, problemas digestivos e cardiovasculares. Foram registradas também pessoas que se recuperaram da doença, mas contraíram de novo com sintomas agravados. Os médicos procuravam tratar os pacientes da forma que fosse possível, mas o conhecimento médico na época ainda era muito limitado.
Os médicos e cientistas do período não sabiam o que causava a doença, pois os microscópios não tinham capacidade de enxergar o vírus causador da gripe espanhola. Os microscópios conseguiam observar apenas bactérias, micro-organismos maiores que um vírus. É mister salientar que não havia antibióticos. Alguns locais não tomaram as medidas de prevenção necessárias para combater a gripe espanhola e o resultado foi catastrófico. Um caso muito conhecido é Filadélfia, cidade na costa leste dos Estados Unidos que se recusou a seguir as indicações dos especialistas de evitar aglomerações.
Nessa cidade, em setembro de 1918, um desfile dos soldados que estavam sendo enviados para a Primeira Guerra Mundial foi realizado e mobilizou cerca de 200 mil pessoas nas ruas. O resultado foi a disseminação da doença de maneira violenta e a morte de cerca de 16 mil pessoas em um período de aproximadamente seis meses.
Em mais de um ano de pandemia, estima-se que a gripe espanhola tenha causado a morte de cerca de 50 milhões de pessoas. Algumas estimativas mais alarmistas apontam que esse número possa ter chegado até o total de 100 milhões de mortos. Acredita-se que 1/3 da população mundial tenha sido afetada.
Os historiadores acreditam que a gripe espanhola tenha chegado ao Brasil em setembro de 1918, portanto durante a segunda onda da doença. A princípio, a imprensa brasileira não deu muita importância para o surto, mas à medida que a doença foi se espalhando, os desdobramentos do problema ganharam repercussão.
Tanto no Brasil como em outras partes do mundo, foi necessário improvisar leitos para atender a todos os que contraíam a gripe espanhola. Fala-se que a gripe espanhola chegou ao Brasil por meio do "Demerara", um navio que saiu da Inglaterra, passou por Lisboa e atracou em Recife, Salvador e Rio de Janeiro. O navio chegou ao Brasil na data mencionada (setembro de 1918) e, nesse mês, a imprensa de Salvador, por exemplo, reportou centenas de pessoas doentes. Logo a doença se espalhou pelo país, pois não havia medicamentos que a combatessem. A difusão foi rápida e afetou, sobretudo, as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Apesar de essas terem sido as duas cidades mais afetadas, todo o país foi atingido, inclusive regiões remotas, como a Amazônia.
Como não existia nenhuma forma de curar a doença – os médicos passavam alguns medicamentos para amenizar os sintomas e esperavam o corpo do paciente reagir –, as recomendações das autoridades eram no sentido de que as pessoas evitassem aglomerações, lavassem suas mãos com frequência e evitassem contato físico.
A gripe espanhola impactou severamente a rotina das pessoas no Brasil e causou milhares de mortes. Existem dados que apontam que a cidade de São Paulo possa ter tido cerca de 350 mil casos, o que representava mais da metade da população da capital paulista, e um total de 5.331 mortos. Já o Rio de Janeiro – na época capital do Brasil – registrou cerca de 12.700 mortes, o que representou 1/3 do total de mortes no país.
A quantidade alarmante de casos de gripe espanhola no Brasil fez com que o sistema de saúde brasileiro, que não era público, não suportasse a quantidade de pessoas doentes.
Faltavam leitos e médicos para atender a quantidade de pessoas doentes, sendo necessário improvisar leitos e hospitais para o atendimento das pessoas. Para evitar que a doença se alastrasse mais ainda, a ordem das autoridades foi a de determinar o fechamento de bares, fábricas, escolas, teatros etc.
Todo tipo de aglomeração pública foi evitado pelas autoridades, que foram aconselhadas pelos principais especialistas que o Brasil possuía na época. A quantidade de mortos em pouco tempo também extrapolou a capacidade de enterros que os cemitérios locais poderiam realizar. Não havia caixões suficientes e os coveiros trabalhavam freneticamente.
Até afastamento do trabalho foi ordenado para se evitar a disseminação da gripe espanhola, mas isso era um luxo que pouquíssimas pessoas possuíam no Brasil do começo do século XX.
No Rio de Janeiro, o Congresso e o Senado foram fechados e, em Salvador, a imprensa local repercutia a difusão da doença por toda a cidade. Isso resultou na interdição de alguns serviços públicos, assim como na proibição da realização de eventos públicos, inclusive festividades e cultos religiosos. A gripe espanhola no Brasil afetou até mesmo Rodrigues Alves, vencedor da eleição presidencial em 1918. Doente, ele não pôde tomar posse em novembro de 1918 e acabou falecendo em janeiro de 1919. Estima-se que, ao todo, a gripe espanhola tenha causado a morte de 35 mil pessoas aqui no Brasil.
Em 1981, a CCD, o Centro de Controle de Doenças dos USA começou a registrar um aumento significativo de doenças raras e jovens que, diante de históricos saudáveis apresentavam, de repente, cânceres e pneumonias. Os médicos constataram que o sistema imunológico desses pacientes estava gravemente enfraquecido.
No ano seguinte, os especialistas, após pesquisas constataram que o enfraquecimento do sistema imunológico era causado por um vírus: HIV. Os casos de AIDS (Adquired Immune Deficiense Syndrome) multiplicavam-se, com 75 milhões de infectados (até 2018) e 32 milhões de mortes. No Brasil, quase um milhão de infectados.
A AIDS é disseminada por meio dos fluidos do corpo: sangue e sêmen. Estigmatizou-se grupos cujas relações eram promíscuas, com muitos parceiros, pois a transmissão dá-se por relações sexuais sem proteção, compartilhamento de seringas nos grupos usuários de drogas, transfusão de sangue contaminado e das mães grávidas portadoras do vírus que transmitem para os filhos. Só depois de muitos estudos surgiram os coquetéis que permitem uma vida, evitando-se as doenças oportunistas que atacam o sistema. A Aids provocou um temor que abalou relacionamentos, promoveu a necessidade de programas educacionais sobre DSTs.
Outra doença devastadora foi descoberta na República Democrática do Congo e Sudão: o ebola. Cientistas afirmam que o vírus advém do morcego e que o transmite para outros animais. O ser humano contrai o vírus quando manipula animais mortos infectados., a partir dessa infecção o homem transmite para outros homens por meio de seus fluídos corporais: saliva, leite materno, sangue, suor. É uma doença altamente contagiosa.
Entre 2013 e 2016 um surto epidêmico atingiu a Libéria, Serra Leoa e Guiné. Neste surto mais de 29 mil pessoas foram infectadas e mais de 11 mil pessoas faleceram. Os sintomas são febre alta, muitas dores no corpo, vômitos e sangramentos. Não existe um protocolo de tratamento para a doença, nem cura. Os que sobrevivem, ainda que a doença apresente um alto índice de letalidade, apresentam dores constantes nas articulações, problemas de visão e audição.
O que sabemos, hoje, sobre a pandemia da Covid-19 ainda é muito pouco para definirmos origem, contágio e protocolos de tratamento, mas neste momento fala mais alto nosso instinto de preservação da vida: isolamento, uso de máscaras, higienização, medicamentos possíveis, mas tudo dependerá de como rege nosso organismo e sistema imunológico. É um estado de emergência que move todos os segmentos sociais. A educação tem papel essencial neste contexto: cidadania, disciplina quanto ao respeito às normas e regras, higiene, ecologia, preservação ambiental – principalmente na relação dos animais silvestres com humanos, alimentação, vida saudável, mente e corpos sãos.
Dias atrás li um post no Facebook de um grande amigo Professor Dr da UERJ/FAT, Nelson Tavares Matias, profissional competente, educado, sensato que expunha as conclusões sobre aeronaves que voltavam de combates na II Grande Guerra: "Durante a II Guerra Mundial, os Aliados mapearam os buracos de bala em aviões que foram atingidos por fogo nazista. Procuravam fortalecer os aviões, reforçar áreas fortemente espancadas por artilharia inimiga para poder resistir ainda mais a essas batalhas. Seu pensamento imediato foi reconstruir e reforçar as áreas do avião que tinham mais pontos vermelhos (ou que recebiam mais balas). Teoricamente, era uma dedução lógica. Afinal, estas foram as áreas mais afetadas. Mas Abraham Wald, um matemático, chegou a uma conclusão diferente: os pontos vermelhos representavam apenas os danos nos aviões que conseguiam voltar, que chegaram em casa. As áreas, que realmente deveriam reforçar, eram os lugares onde não havia pontos, pois esses são os lugares onde o avião não sobreviveria ao ser atingido. Este fenômeno chama-se "desvio de sobrevivência". É quando olhamos para as coisas que sobreviveram quando devíamos concentrar-nos nas que não. O que você está olhando nessa crise?” Para pensarmos!!
REFERÊNCIAS
HAYS, J.N. Epidemics and Pandemics Their Impacts o human history. Austin: Texas, 2005;
https://www.facebook.com/nelson.t.matias
https://br.historyplay.tv/noticias/voce-acha-que-o-coronavirus-e-assustador-conheca-3-pandemias-que-mataram-milhoes-de-pessoas;
SILVA, Daniel Neves. "Gripe espanhola"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/i-guerra-mundial-gripe-espanhola-inimigos-visiveis-invisiveis.htm Acesso em 22 de junho de 2020;
SOUZA, Christiane Maria Cruz de. A Gripe Espanhola na Bahia: saúde, política e medicina em tempos de epidemia e
SOUZA, Christiane Maria Cruz de. A epidemia de gripe espanhola: um desafio à medicina baiana.
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