quarta-feira, 15 de julho de 2015

Nada de novo sob o sol



A moda é concentrar na presidente Dilma o fogo de todos os canhões voltados contra a crise que nos assola. Tudo bem, Madame é a principal figura ostensiva responsável pelas agruras que atingem o país, mais por ter aceitado uma coroa maior do que sua cabeça, menos por faltar-lhe condições para gerir um simples botequim. Mesmo assim, não parece justo deitar sobre seus ombros o ônus da tragédia agora encenada. Há que verificar seus condicionantes e suas preliminares. Ela só chegou à presidência da República por uma decisão imperial do Lula, respaldada pela concordância do PT. Aqui começa a trapalhada. Que o ex-presidente pudesse agir como todo-poderoso csar de todos os Brasís, seria inevitável, mas que o Partido dos Trabalhadores se curvasse a esse ucasse, parece uma aberração.

Acontece que um grande partido não poderia ter sido destruído de fora, antes de ser erodido por dentro. Seu declínio, por haver cedido à imposição de seus donos, teve causa na decadência de seus ideais, após o fim de uma pequena era de esperança. Com a ascensão ao poder, seu mundo ficou velho. Erodiu-se sua ideologia. Os vícios contra os quais lutou passaram a atacá-lo. A classe trabalhadora na qual se afirmava cedeu às tentações e ao exemplo dos poderosos, tendo a destruição começado de dentro para fora. As facilidades da vida fácil fizeram esquecer sua essência. Não foram, os companheiros, conquistados, mas aderindo pelas facilidades ao seu dispor. Misturaram a indignação dos tempos iniciais com as benesses conquistadas depois. Trocaram as agruras de um vida ascética pelo comodismo de exceções futuras. O caráter viril de sua simplicidade cedeu lugar à inclusão na minoria de privilegiados. Desapareceram, aí, suas qualidades. A velha fé na justiça social e na igualdade cedeu lugar ao estoicismo das mudanças em prol de uma sociedade condenada à desigualdade, cientes de que acima de tudo está a conquista do controle dos semelhantes.

Não soube, o PT, proteger a maioria em nome da qual se forjou, por isso tornando-se numa casa vazia cercada pela indiferença e até a indignação. O despotismo interno destrói a disputa pela competição sadia, substituída pelas vantagens e privilégios auferidos pelo exercício do poder. O fracasso do ideal despedaçado preparou o terreno para o desânimo e a ruína. Uma organização de homens livres transformou-se num conjunto de homens vencidos.

Todas essas considerações aplicam-se ao país onde dona Dilma equilibra-se para permanecer onde está, mas basta substituir onde se lê Partido dos Trabalhadores por Império Romano, no caso, com aplauso a Gibbon, para se concluir que nada de novo existe sob o sol...

Artigo postado em http://www.diariodopoder.com.br/artigo.php?i=27992223036

Por CARLOS CHAGAS














- Jornalista


Comentários

Segundo nos esclarece a Wikipédia, a enciclopédia livre. O termo partido é o particípio passado do verbo "partir", que nesta acepção tem o sentido de dividir. Por extensão de sentido, partido significa parte da sociedade representada por um grupo.

E "Partido político é um grupo organizado, legalmente formado, com base em formas voluntárias de participação numa associação orientada para influenciar ou ocupar o poder político".

O PT não se enquadra mais nesses conceitos porque não ocupa o poder e sim o usurpa, vez que apoderou-se dele de forma desonesta e fraudulenta face às urnas eletrônicas Smartmatic que segundo noticiou o blog "ELO DA NOTÍCIA" em 13.11.2014 recebeu R$ 136 milhões para ROUBAR as Eleições Presidenciais em 2014. Clique no link para ler a  íntegra dessa notícia .
Concluo dizendo que não dá mais para considerá-lo "Partido" e sim como uma  organização que está usurpando o poder.

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