Vulnerabilidade é um risco ao relacionamento?

 Autora: Bruna Lima(*)

Dentro dos relacionamentos, uma das maiores dificuldades que os casais encontram é estabelecer e manter uma comunicação saudável e efetiva, especialmente, quando o assunto é sentimentos ou sexo.

Um relacionamento amoroso se baseia em vários aspectos, mas nem mesmo o financeiro é tão controverso quanto o emocional e o sexual. Podemos observar isso quando temos acesso a dados como do site Psicologia Viva, que aponta como 70% dos motivos para a busca da terapia de casal aspectos como perda de intimidade, infidelidade, falta de comunicação e divergências sexuais.

O que leva a esses dados? Segundo a psicóloga Cláudia Morais, a vulnerabilidade é a cola que mantém os relacionamentos, contudo, o que vemos na prática, especialmente, em uma geração pautada na cultura do desinteresse é a necessidade de não se permitir ser acessado pelo outro, mantendo seus reais interesses e fragilidades resguardados e escondidos, muitas vezes, até de si mesmo, levando a cola a não ser usada, mantendo a ligação entre as pessoas frágeis e, em alguns casos, construída através de personagens que vão se dissolvendo com o tempo, revelando as inconsistências, levando a pessoa dentro da relação a enxergar o outro como um estranho ao longo do tempo.

Para resolver isso, muitas questões precisam ser propostas, como a cultura de relacionamento que desenvolvemos hoje, a relação que temos com nós mesmos e o que buscamos no outro, para que, assim, seja possível se permitir mostrar as vulnerabilidades sem a percepção de fraqueza e, em contrapartida, acolher a do outro também, construindo, dessa forma, relacionamento sólido, saudável e que possa prosperar através da comunicação, sem que cada um tenha que abrir mão de si.

* BRUNA LIMA

- Graduação pela Faculdade Pitágoras (2021);

- Pós graduada em sexualidade humana pela Faveni (06/2022);

- Psicóloga, terapeuta sexual e mentora de mulheres;

-Ministra cursos e treinamentos coletivos para empoderamento feminino e voltados para a sexualidade feminina. 

São suas palavras "Acredito que as mulheres podem e devem exercer o seu poder para influenciar e construir uma sociedade mais justa e onde as mulheres possam expressar e experenciar sua própria sexualidade.

Nota do Editor:

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