sábado, 15 de agosto de 2015

Para-Brisas Ou Retrovisor...?



Como as manifestações de amanhã, 16 de agosto são de grande importância para o futuro de nosso Brasil fica cancelada a postagem de sábado e em seu lugar continuaremos com a Seção Operação "Limpa Brasil".




“A Democracia que eles querem nos impingir, é a democracia antipovo, da antirreforma, ou seja, aquela que melhor atende aos interesses dos grupos a que eles servem ou representam. A democracia que eles querem é para liquidar a Petrobrás; é a democracia dos monopólios privados nacionais e internacionais; é a democracia que luta contra os governos populares e que levou Getúlio Vargas ao supremo sacrifício”.









Esse discurso pode ter sido captado no Túnel do Tempo, uma série de TV dos anos 60, na qual habitantes do presente 2015 viajam para um passado incerto, pois é “a máquina” que decidia o “quando”, porém sem a permissão de intervir ou modifica-lo, ou na série De Volta para o Futuro, na qual os habitantes do passado 1964 viajam para um futuro muito bem calculado de 2015, também sem permissão de intervir ou modifica-lo. Em resumo, é em cima desse discurso que “muita gente” tem viajado politicamente no Brasil nos últimos 55 anos. 

Aliás, esse discurso é tipo um “óleo de peixe elétrico”, (que “nos antigamente” se jurava curar desde unha encravada até câncer no cérebro) e que no passado serviu para um “presumível” comunista defender a memória de seu “pai político”, que foi um ditador mais afinado com o nazismo e o fascismo. Já no presente uma “autodenominada” esquerda, utilizando-se das mais tradicionais práticas oligárquicas, “sentam” na “cabeça do povo” para se banquetear com o manjar dos “deuses políticos”: o dinheiro público.











Ufa! Até que enfim... O texto acima ficou parado na minha tela por mais de uma semana me desafiando na sua continuação. Não porque fosse já um tema completo em si, mas porque me oferecia duas linhas de continuidade. Uma falando dos políticos e os malefícios causados pela tutela histórica, sob o pretexto de “proteger o povo” de si mesmo e a outra falando do povo, que sempre aceitou passivamente essa tutela, quer por comodismo, quer por covardia. 

A que tutela me refiro? Àquela em que a insurgente demanda de um grupo social ameace o “status quo”, este responda com uma “bondade oficial”. Vão-se os anéis, mas ficam os dedos... 

Temos uma quadra especialmente difícil na Democracia Brasileira e não me lembro de tanta crise junta ao mesmo tempo. Crise econômica, crise política e crise de moralidade. Ao mesmo tempo não me lembro de uma mobilização social de parte do “brasileiro comum” tão expressiva como a corrente, nascida lá atrás em junho de 2013.








Do lado dos “brasileiros políticos” vejo crescentemente o ensarilhamento das “armas ideológicas” pela mútua compreensão de que inimigo maior a ser combatido são as oligarquias podres tradicionais, bem como as “novas apodrecidas”

Que 16 de agosto definam se vai continuar a olhar para o retrovisor ou para o futuro.

Postado originariamente na Sala de Proteus no dia 12.08.2015


http://epensarnaodoi.blogspot.com.br/

Por  ANTONIO FIGUEIREDO











-Escritor & Articulista

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Explode Coração Brasileiro da Ordem e do Progresso



Hoje face a importância que representará para  todos os brasileiros os protestos do dia 16 de agosto novamente coloco no  ar a Seção Operação "Limpa Brasil" 


No próximo domingo dia 16 de agosto se realizarão por todo o Brasil manifestações de protesto organizadas por diversos grupos, tais como o VemPraRua.net, o Revoltados On Line e o Movimento Brasil Livre que tem como slogan "Não Vamos Pagar a Conta do PT"!!

E não vamos mesmo!!! O povo brasileiro já se cansou  das mentiras do PT!!

Já se passaram mais de 7 meses do 2º mandato da Sra. Presidente ou Presidenta(não existe tal palavra em nossa língua) como ela quer, erroneamente ser chamada, e todas as suas promessas de campanha de fazer não foram cumpridas ou o foram de forma diversa do prometido.

Entre estas podemos citar a referente ao slogan "Brasil,Pátria Educadora" anunciado quando de sua posse.

Esse slogan só pode ser jogada de marketing do governo, pois não se concebe que um país com essa meta  venha 7 meses depois cortar quase 70 milhões de reais do orçamento do Ministério da Educação. Cremos que houve um equivoco por parte da Presidente e ela, na realidade, quis dizer "Pátria Inducadora". Só pode ser!!!

E, por falar em metas, a Sra. Presidenta deixou os brasileiros confusos ao tentar  desta forma explicar no último dia 29 qual a meta do Pronatec Aprendiz:"Não vamos colocar uma meta: deixaremos em aberto e quando atingirmos ela, nós dobraremos a meta". Alguém entendeu? Não? Acho que nem ela!!

Mas não é só as promessas de fazer que ela descumpre.Até aquelas de não fazer, como a de não mexer nos direitos dos trabalhadores que ela reforçou com mais uma de suas famosas  frases de efeito "nem que a vaca tussa" ela descumpriu nem bem tomou posse, ou seja, três dias depois desta.

A "vaca" ficou resfriada e tossiu e os trabalhadores mais uma vez sofreram os efeitos dessa "gripe" em seus bolsos com o endurecimento de regras para a concessão de benefícios, como o seguro desemprego e a pensão por morte.

Essa Sra. está com 71% de reprovação  e já supera a rejeição de Collor em 1992, está completamente  perdida, sem prestígio e, ainda assim, quer nos enrolar com o jogo de palavras que seu marqueteiro lhe transmite.


Essa Sra. ao invés de ser humilde e  assumir as suas falhas,vem com esse mal orquestrado jogo de palavras nos lançar cortinas de fumaça em sua tentativa de continuar nos iludindo.



Essa "criatura" e o seu padrinho e "criador" estão  desesperados e  numa tentativa de esconder que "a vaca já está no brejo" utilizam-se do expediente da intimidação  e nos ameaçam de uma reunião com seus exércitos MST, UNE e CUT no dia de nossas manifestações.



Essa reunião no mesmo dia está sendo organizada por eles  com o intuito de buscar o esvaziamento de nosso movimento.



Não podemos aceitar esse tipo de provocação.


Eles querem confronto, nós não!


Ah e não venham com a história de que isso é um "Golpe" dos derrotados nas urnas. O percentual de sua rejeição vem bem demonstrar que mesmo aqueles que a elegeram não a querem mais no poder.



Esperamos contar nessa manifestação do dia 16 com o apoio dos políticos de oposição. Mas com eles ou sem eles VAMOS ÀS RUAS!! Estamos cansados de tanta mentira e incompetência!!


O PT e sua turma estão no poder há mais de  12 anos e pouco ou nada fizeram pelo nosso Brasil!!

Chega de desordem e de retrocessos!!

Chegou a hora!!! É agora ou nunca mais!!


Nós só queremos forçar a retirada dessa Sra. e de seus aliados do poder, seja  pelo impeachment ou renúncia porque não aguentamos mais tanto sofrimento!!


Vale a pena aqui repetir o título desse artigo:

ExplodCoraçãBrasileiro da Ordee do
 Progresso




#VamosRecuperarNossoBrasil

#VemPraRua16AGO




Por RAPHAEL WERNECK











-Advogado Aposentado
-Administrador do O blog do Werneck

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Dois pesos, duas medidas


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Não sabemos em que valores se apoiam aqueles que atiram pedras na Presidente Dilma Rousseff, mas são adoradores do deputado Eduardo Cunha.

Fazendo uma análise fria do arranjo, verifica-se que a situação do deputado Eduardo Cunha é bem pior do que a situação da presidente Dilma no que se refere à operação Lava Jato.

Ocorre que o deputado Eduardo Cunha está sendo investigado e pode vir a ser acusado e virar réu de uma ação penal em breve, enquanto a Presidente Dilma Rousseff, por obra e graça do procurador Rodrigo Janot, sequer está sendo investigada.

A presidente Dilma está com um índice de aprovação de 8%, isto é, rente ao chão, e sofre todo tipo de críticas com as quais não podemos discordar em sua maioria, enquanto o deputado Eduardo Cunha, contra o qual pesam acusações de delatores de integrar o esquema de corrupção na Petrobras, é endeusado pelos apedrejadores da presidente da República porque se intitulou, de forma oportunista, ser oposição ao governo Dilma.

Onde está a moral daqueles que atiram pedras na Presidente Dilma, porque a consideram mentirosa e corrupta, e, ao mesmo tempo, aplaudem o investigado por corrupção, deputado Eduardo Cunha?

Os pesos e as medidas usados para aferir os atos da presidente Dilma Rousseff são bem diferentes dos pesos e das medidas utilizados para aferir os feitos ou supostos feitos do deputado Eduardo Cunha.

Que tipo de valores têm essas pessoas que uma hora reprovam a corrupção de um, outra hora aplaudem a corrupção do outro?

Desavergonhadamente, são essas mesmas pessoas que explicam o inusitado, dizem que aceitam, aplaudem e apoiam qualquer um que diga estar contra a Presidente da República e o PT, sem, no entanto, se importarem se o sujeito é igual, pior ou melhor que a Presidente Dilma Rousseff.

A imoralidade parece que não é uma exclusividade do mundo político, invadiu parte da sociedade também, e é com tristeza que constatamos isso.

Qualquer bandido que mate outro bandido deve ser perdoado por todos os seus crimes? Que lógica imoral é essa? Que pensamento imundo é esse?

Não é assim que vamos mudar o Brasil.
Enquanto existirem essas pessoas tolerantes com a corrupção, nada mudará, podem tirar Dilma Rousseff da Presidência da República, podem prender meio mundo de corruptos, mas enquanto houver tolerância com a corrupção, sempre haverá novas Dilmas, e novos Lulas, Renans e Cunhas.

A corrupção somente poderá ser seriamente combatida quando deixarmos de ser tolerantes e coniventes com ela e com aqueles que a praticam.

Não podemos desperdiçar a oportunidade de eliminar da vida pública todos esses Lulas, Dilmas, Renans e Cunhas que destroem o Brasil, o momento é este.

Postado no dia 09.08.2015 em  BLOG DA KATIA 

Por KATIA DE OLIVEIRA

Katia

-Advogada e Poeta 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O aliado otimista

Está difícil encontrar um otimista entre os aliados de Dilma Rousseff. Um raro exemplar da espécie pode ser localizado em São Luís, a mais de 2.000 quilômetros da capital federal. É o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B).

Nesta segunda, ele recebeu a presidente para dar impulso à tal agenda positiva. Os dois inauguraram um terminal portuário e entregaram chaves do Minha Casa Minha Vida, que rasteja após um corte bilionário.

Dino diz acreditar em um cenário de estabilização política e "volta à normalidade" a médio prazo. Ele sustenta que a presidente começou a sair do buraco ao retomar as viagens, acenar para os movimentos sociais e virar o disco do discurso econômico.

"Não é torcida nem otimismo metafísico", diz o governador. "Vejo sinais positivos. O governo finalmente começou a anunciar uma agenda para sair da crise. Você não precisa falar a toda hora de corte e ajuste. Isso não mobiliza a sociedade", afirma.

Como exemplos positivos, ele cita a reação do setor exportador, após a desvalorização do real, e a promessa de mais 3 milhões de moradias populares, anunciada em São Luís.

Para Dino, a sensação de que o mandato de Dilma corre risco também tende a "reorganizar a base social do governo". "Os setores progressistas estavam afastados por causa do ajuste. Diante de uma emergência, tendem a se reaglutinar", diz.

Ele admite que as manifestações de domingo serão grandes, mas aposta num esvaziamento das ruas. "Não há vigor para sustentar uma mobilização social continuada, como ocorreu contra o Collor. Sem isso, não vejo como darem um xeque-mate no governo até setembro."

Arengada pelo governador, a plateia maranhense saudou Dilma com o coro de "Não vai ter golpe". Perguntei se ela praguejou muito contra Eduardo Cunha, o articulador do impeachment. "O Lobão estava do nosso lado o tempo todo, então ficou difícil", brincou Dino, referindo-se ao senador do PMDB.

Artigo postado no dia  11.08.2015 em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/bernardomellofranco/2015/08/1667004-o-aliado-otimista.shtml

Por BERNARDO MELO FRANCO

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-Jornalista

Comentários

O texto do artigo não merece reparos. O que deve ser alterado é o seu título.
O título correto deveria ser:O aliado maluco. Só na mente fantasiosa de um maluco é que podem existir tão fantasiosas ideias.

Dilma recorre a Lula e movimentos sociais antes de protestos (Notícia)






Presidente receberá seu antecessor e reunirá entidades como MST, CUT e UNE em ato com mil pessoas no Planalto

BRASÍLIA - O governo vai investir em várias frentes, nesta semana, para evitar que a crise política se torne irreversível e ameace o mandato da presidente Dilma Rousseff. Para reforçar a estratégia nos dias que antecedem os protestos convocados para o domingo por movimentos contrários às gestões petistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcará nesta terça-feira, 11, em Brasília, onde participará da abertura da 5.ª Marcha das Margaridas.

Empenhado em construir uma rede de apoio para defender Dilma, Lula também está conversando com representantes de movimentos sociais, empresários e líderes da base aliada do governo no Congresso. Nessa lista, muitos dos que têm agora audiência com Dilma já passaram antes por um tête-à-tête com Lula.

Na quinta-feira, o Palácio do Planalto abrigará um grande ato político, batizado de "diálogos com movimentos sociais", que reunirá sindicalistas, estudantes, sem-terra, quilombolas, trabalhadores rurais e até religiosos. Foram convidadas mais de mil pessoas de 50 entidades, como Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), entre outras.

Estarão presentes, ainda, dirigentes de centrais sindicais que sempre apoiaram o governo petista, como CUT e CTB.

No dia 20, todos estarão juntos, novamente, desta vez em um "ato pela democracia", com o objetivo de carimbar como "golpe" a tentativa de tirar Dilma do Planalto.

Notícia postada no dia 11.08.2015 EM
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dilma-recorre-a-lula-e-movimentos-sociais-antes-de-protestos--imp-,1741649

Comentários

Essa informação é mais uma tentativa do governo de esvaziar nosso movimento do dia 16.08. 
Não podemos nos intimidar!!

Cutucando o leão




Quando o navio está afundando parece que a inteligência é a primeira a abandonar o barco. Sai antes dos ratos.


Não consigo entender como um partido que alcançou o poder através do marketing e da comunicação, coisa que o PSDB nunca valorizou (o partido é bom de bico só no estado de São Paulo), comete a imprudência de ir para a TV em cadeia nacional com o fez o PT na quinta-feira para falar besteiras e tentar, como sempre, enganar o povo com mentiras, meias verdades e falsidades ideológicas de toda a sorte. Justo às vésperas de uma grande manifestação popular contra ele que acontecerá no dia 16.

Nunca vi tamanha arrogância e burrice.

Rejeitado quase que unanimemente pelo povo, o PT deveria colocar a viola no saco e esconder-se para não levar mais pancada.

Levou pancada e panelaço.

Teria sido melhor fazer boca de siri, admitindo humildemente (humildade é palavra que não está escrita no dicionário do PT) que o sonho acabou e que a fonte está secando, se é que já não secou. E aguantar as bordoadas que fizeram por merecer. Bom cabrito não berra.

Ao invés de afrontar a opinião pública com sofismas que ninguém mais engole, bem que poderiam aproveitar a deixa e ir pra casa desfrutar dos polpudos pixulecos que receberam e dar uma chance ao Brasil de se reconstruir sem a sua nefasta presença no palco dos acontecimentos. Já deu o que tinha que dar.

Se tivessem verdadeiro espírito público, como apregoam ter, sairiam de cena e evitariam que a nação atravessasse um período ainda mais conturbado pelo processo de impeachment da Presidente da República, que, queiram ou não queiram, é inexorável.

Lembrando Dom Pedro às avessas, o que Dilma deveria ter dito no seu programa de TV é muito simples: “se é para o bem do Brasil e felicidade geral da Nação, diga ao povo que eu saio”.

Dilma deveria renunciar.

Se fizesse isso talvez viesse a merecer citação mais airosa na história que, de outra forma, reserva para ela uma página negra como a presidente mais impopular do país, e que teve que ser defenestrada a força pela vontade popular.

Bem feito.

Locupletaram-se com o poder e agora vão ter que enfrentar a ira dos que iludiram e afanaram descaradamente.

No dia 16 vão levar pancada ainda maior, porque cutucaram o leão com vara curta. O povo encheu o saco e quer mudança. Por bem ou por mal. E não adianta os políticos tentarem colocar panos quentes em cima da panela que está fervendo de indignação porque a mudança virá no bojo da unânime vontade popular, que não vai sair da trincheira até que a batalha seja vencida.

Até parece que estamos revivendo os tempos da revolução francesa de 1798, que derrubou o regime absolutista que obrigava os franceses a pagar impostos extremamente caros para sustentar os luxos da nobreza.

E isso nos enche de esperança porque o Brasil é nosso e não deles, e a nós compete protegê-lo.

Não adianta falar em manutenção das instituições que, do jeito que estão, ninguém quer mais.

O Brasil tem que recomeçar do zero (e não só o PT, como quer Lula) e construir uma nação realmente democrática onde o povo, que é o senhor do fato político, possa participar de um novo Estado que lhe garanta os direitos mínimos de cidadania e que não seja simplesmente o conduto para o enriquecimento ilícito de um monte de figurões que se aboletaram no poder para proveito próprio. Há exceções, é claro, só que não me lembro delas no momento.

Eles têm que aprender que democracia é o governo do povo para o povo, e não o governo deles para eles mesmos.

Mas os puristas hão de dizer: “mas foi o povo que os elegeu”.

Tudo bem, só que o povo se arrependeu, inclusive os que, ludibriados, votaram na Dilma.

Esperem para ver o que vai acontecer no domingo que vem.

Artigo postado em http://www.diariodopoder.com.br/artigo.php?i=29256257550


Por FLÁVIO CORRÊA (FAVECO)

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-Jornalista e publicitário;e
-Presidente da Brandmotion Consultoria de Fusões e Aquisições

Comentário

Assino embaixo. O jornalista disse tudo que está engasgado em muitas de nossas gargantas.
#16.08DiaDeComercarmosARecuperarNossoBrasil

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Comentários ao decálogo do advogado





Ser diferente é ser normal


1- O advogado deve recusar o patrocínio de pleitos contrários à justiça, ao decoro ou à própria consciência. 

Fazendo uma rápida busca no interior de nossos princípios internos de conduta moral profissional, qual seria a sua caso uma das situações acima ocorresse? Qual seria a SUA reflexão para consigo mesmo? 

Certamente muitos diriam que se enquadram nos dizeres expostos sem nenhuma dúvida. Mas não podemos esquecer que falar, até papagaio fala. 

Quantos profissionais estão no mercado recusando o patrocínio de pleitos contrários à justiça se, perguntados de forma clara e simples o que é a justiça poucos saberiam responder (mesmo que conceituadamente)?! 

A questão abordada aqui é pura e simplesmente de ordem anterior ao exercício da advocacia, ou seja, é de ordem social. 

Não podemos recusar (ou aceitar) algo que não sabemos exatamente o que é. Certamente, se o fizermos será prejudicial ao próximo e até a nós mesmos. 

Quanto ao decoro, que no sentido literal da palavra significa: ”respeito de si mesmo e dos outros; decência, dignidade, vergonha”, não ser contrário a isso se tornou uma virtude quando, na verdade, deveria ser inerente de qualquer ser humano. 

Recusar pleitos contrários ao exposto nos dias atuais, diante da concorrência (muitas vezes desleal) entre os profissionais, é uma tarefa árdua, eu sei, mas não podemos deixar apagar a “chama da mudança” de quando começamos a cursar o mágico curso de DIREITO, onde enfrentamos vendavais de modelos pessimistas para nos desencorajar. Seja você nos seus ideais, pois como disse o Dr. Ranulfo de Mello Freire: “Perder o idealismo com a idade é falta de caráter”. 

A consciência do ser humano é o motor da sua conduta, seja ela moral, ética ou profissional, consciente ou não. A consciência “inconsciente” é, na minha visão, mais forte do que a própria consciência “consciente”, pois esta você percebe e a “vê”, enquanto aquela é a que reflete quem você é. Trair a sua consciência, seja por qual motivo for, é trair, antes de mais nada, o seu DNA social/moral. 

Em síntese: seja, antes de mais nada, humano consigo mesmo e para com seu cliente, pois animais irracionais erram por não terem o discernimento de pensar. Nós, ainda, temos a escolha. 

2- Deve poupar aos clientes gastos excessivamente supérfluos. 

Um bom profissional sabe o que faz! Pelo menos penso dessa forma. 

O cliente quando procura um advogado é porque já não tem mais pra onde correr para resolver alguma questão de sua vida. Todas as possibilidades que ele tinha por conta própria extinguiram-se. 

Dessa forma, na busca por um profissional ele busca, basicamente, três coisas. Confiança, Cumplicidade e Valor. 

Confiança para poder ter no advogado seu cúmplice e, decorrente disso, saber o valor do serviço a ser contratado. É deste último que o tópico se refere. 

Aqui não está em pauta o valor que o advogado cobra, pois cada um tem seu “preço”, mas sim aquilo que ele faz o cliente pagar sem ter a necessidade de fazê-lo. 

Um bom planejamento para a causa aceita, raramente faz o cliente ter gastos desnecessários que vão gerar um desgaste profissional. Imagine-se no lugar do seu cliente se a cada hora fosse solicitado (e cobrado dele) alguma coisa por não ter sido prevista no início da demanda (o que vai suscitar dúvidas acerca do profissional) ou, por muitas vezes, por capricho do profissional. 

Evitar querer mostrar (falsa) competência com ônus ao cliente, pode ser a garantia de mantê-lo fiel aos seus serviços e, também, adquirir outros por ele indicados. 

Costumo trabalhar em parceria com o cliente fazendo com que ele, também, participe do processo de sua demanda. Muitas coisas que seriam “supérfluas” e gerariam custas para ele, ele mesmo faz sem nada pagar. 

É assim que se constrói uma relação profissional sólida. 

3- Não deve utilizar, nos processos sob seu amparo, meios ilícitos ou injustos. 

“A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos!” (Montesquieu) 

Nenhuma outra definição para este tópico é mais cristalina do que a citação acima. O famoso “jeitinho brasileiro”, que muitos aplicam no cotidiano, jamais pode ser usado para a prática advocatícia. 

Somos operadores do Direito! 

Para os leigos, direito significa: correto; moral; aquilo que não é errado; justo! É esta a visão de quem nos contrata para representá-lo. 

Por mais que tenhamos algum privilégio em alguma situação que nos permita levar vantagem de forma ilícita ou injusta, uma reflexão de tudo que aprendemos na universidade, desde o primeiro semestre quando uma revolução de ideais nos é apresentada, deve ser feita. 

Não podemos perder, com o decorrer do tempo, valores básicos inerentes à nossa profissão. Não devemos sucumbir a um modelo de obtenção de êxito a qualquer custo, hoje (e sempre), tido como irreversível. Não é assim que se opera o direito e, muito menos, se obtém a justiça. 

Se levarmos um pouco ao pé da letra o brocardo de Ulpiano conceituando a justiça 

“Viver honestamente, não lesar a ninguém e dar a cada um aquilo que é seu por direito” 

podemos fazer com que o Direito seja “direito” e que o título deste tópico seja, apenas, uma suposição inexequível. 

4- Tratar das causas como se fossem suas. 

Este é um ponto de suma importância. 

Vamos, antes de mais nada, relembrar o que está expresso no artigo 5º, inciso I da nossa Lei Suprema: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”; 

Pois bem, vivemos em uma época, utilizando o título de um livro de Norberto Bobbio, na “Era dos direitos” onde, só olhamos para aquilo que nos interessa. 

Buscamos sempre os nossos direitos nos esquecendo de nossas obrigações, constitucionalmente, estabelecidas na mesma proporção. 

O título deste tópico é a maior prova, na minha modesta visão, de amor à profissão. Quando alguém procura um advogado é porque todas as formas que tal pessoa tinha para resolver a questão, seja ela qual for, esgotaram-se. 

Muitas vezes o advogado é a única esperança para a solução do que aflige aquela pessoa, família, empresa...antes, até mesmo, da justiça. Dai a importância de dar à causa a ”real importância” que ela merece. Pode ser apenas mais uma para você, porém é a única para quem lhe procura. 

O sucesso ou o fracasso de uma demanda andam na mesma linha, mas, apesar disso, nunca andam juntos. Tratar o cliente como você gostaria (e porque não, gosta) de ser tratado, se empenhar na causa dele como gostaria que se empenhassem na sua independentemente do valor cobrado; esfera ajuizada; da comparação com outras demandas que possui é, literalmente, colocar em prática a máxima de “fazer para o próximo aquilo que faz para você”. 

Devemos buscar sempre os nossos direitos e, também, as nossas obrigações. E para que possamos exteriorizá-los, devemos começar pelas nossas obrigações inerentes ao nosso “Eu”, ou seja, valores morais e éticos. 

5- Não poupar trabalho nem tempo para obter a vitória da causa sob seus cuidados. 

Este tópico deveria estar invertido com o tópico 6, pois, na minha visão, você só pode dispender tempo e esforço em um trabalho se o aceitar. 

Observação feita, passemos agora para uma questão muito corriqueira no cotidiano do profissional. O trabalho e o tempo para cada demanda. 

Sempre é pertinente lembrar que para o advogado, a cada causa que pega, é mais uma no curriculum, porém, para aquele que contrata, muitas vezes, é a única. 

Em muitos casos é cobrado um valor que nem sempre é um valor que mereça destaque, mas foi cobrado. É aquilo o que foi acordado e o compromisso foi firmado com o cliente. Ele não tem culpa. E é ai que reside um grande problema que, inevitavelmente, originam-se os dois substantivos deste tópico: trabalho e tempo. 

Não poupar trabalho e nem tempo para cada demanda, nada mais é do que tratar todas as causas de forma isonômica, ou seja, com o mesmo profissionalismo e dedicação independentemente do valor cobrado ou complexidade do caso (o que é subjetivo), pois a vitória, por mais que os caminhos para ela sejam diversos, é sempre única. 

Separar o joio do trigo, neste caso, na minha visão, não é a melhor saída. Só podemos alcançar a busca plena de nossa trajetória profissional (e porque não pessoal) se tratarmos a nós mesmos de forma igual em nossas condutas. 

Muita gente que lê o que aqui escrevo pode estar pensando em Aristóteles: “Tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual”, porém, a questão aqui é taxativa: para um profissional que se preze, no sentindo amplo da coisa, todos os clientes (que aceitou) são iguais! 

6- Não aceitar trabalhos além dos que seu tempo lhe permita. 

Como já exposto no tópico anterior, este deveria ser o “5”. 

Pois bem, se não tem tempo para dedicar-se como o cliente espera que se dedique, não aceite mais trabalhos. Tempo é dinheiro. Se alguém ganha, tem outro alguém que o perde. 

A questão aqui é fazer com que esse outro alguém, no caso o cliente, não o perca sem justa causa. E o advogado quando não aceita o trabalho por não ter possibilidades de se dedicar com afinco na causa, mostra-se, antes de mais nada, um ser humano justo (moralmente). 

7- Amar a justiça e a honra como a menina dos seus olhos

Aqui vejo os profissionais que amam de verdade a profissão que escolheram, colherem os melhores resultados. 

Tudo que é feito com amor, tem sabor diferente. É assim em tudo! 

Basta percebermos nas pequenas coisas que, na maioria das vezes, passam por nós des(a)percebidas. Uma comida feita com amor, por mais simples que seja, tem sabor diferenciado; um beijo da amada, ou do amado, tem muito mais impacto do que um beijo momentâneo em alguém que não nos significa nada; uma conversa com um amigo de verdade tem muito mais “entrega” do que se fosse com um conhecido. É assim, também, na profissão. 

Acordar pela manhã sabendo das grandes responsabilidades do dia e sorrir antes de levantar da cama, não há preço a ser estipulado! É a consagração da satisfação de exercer aquilo que escolheu e, com toda a certeza, milhares queriam estar exercendo em seu lugar. 

Com total segurança posso afirmar que isso faz a diferença pra você e para seu cliente. Amor gera amor, seja ele da forma que for (até rimou). 

Ame a justiça! Ame a honra! Por mais que não saibamos, exatamente, o conceito absoluto de justiça e honra, pois cada um tem o seu, vale a pena amar sua própria justiça e sua própria honra do que não amar coisa nenhuma. 

8- Indenizar o cliente dos prejuízos que, por culpa sua, porventura, venha ele a sofrer

Nada mais ético, moral e profissional do que reconhecer o erro e fazer valer o disposto no título deste tópico. 

Devemos sempre exercer o nosso trabalho de forma impecável, porém, imprevistos acontecem. É nosso dever a cada dia saber mais e mais para dirimirmos as possibilidades de erros e, consequentemente, danos aos nossos clientes e a nós mesmos! 

O profissional que pensa já saber tudo reconhece, implicitamente, que não sabe nada. Reaprender todo dia aquilo que pensa já saber é a pura demonstração da busca pela excelência, seja na vida profissional ou pessoal. 

9- Ser sempre verdadeiro, sincero e lógico. 

Quantas vezes no anseio de adquirir, captar ou fechar um negócio promete-se o que não se pode cumprir? Quantas causas “ganha-se” sem, ao menos, tê-las pego? 

Este é um modelo de profissional que não podemos mais admitir no mercado. 

Às vezes por falta de conhecimento, vivência técnica-jurídica ou, muitas vezes por má-fé consciente mesmo, o profissional promete o que não é capaz de ter a certeza de que pode cumprir, lesando o cliente não somente na esfera financeira mas, também, na esfera moral. 

O tópico se refere à 03 (três) adjetivos intrínsecos de muita valia para o sucesso profissional e, porque não, para o pessoal?! Basta, somente, colocá-los em prática. 

Ser verdadeiro (principalmente consigo) com seu cliente é, antes de mais nada, uma obrigação senão moral/profissional, sendo, portanto, o princípio de uma relação de sucesso independentemente do resultado final da demanda. 

Dizer ao seu cliente a real situação dele quanto aos fatos que lhe são apresentados é, acima de tudo, uma demonstração de eticidade e moralidade muito além da esfera profissional, mesmo que os seus dizeres não sejam, exatamente, o que ele espera ouvir. Não se traia, pois traição de terceiros não podemos evitar, mas a nossa própria traição, esta sim, é evitável. 

Ser lógico é ser racional, ou seja, não há nenhum tipo de magia jurídica que consiga o impossível. Não tem como ser um alquimista da Lei iludindo o cliente com coisas impossíveis ou, pior ainda, fazê-lo acreditar que além de advogado és, também, um mago. 

Lembre-se: 2+2 será sempre 4. Tudo bem, sei que tal operação é uma ciência exata, porém a ciência humana é quem a opera. 

10- Implorar a Deus ajuda para o êxito de suas demandas, pois ele é o primeiro protetor da justiça. 



Como o Estado é laico, vou abster-me de comentar este último tópico. 


Por DENIS CARAMIGO



-Advogado graduado em Direito pela Universidade de Mogi das Cruzes -UMC;
-Pós Graduando em Direito Penal e Direito Processual Penal pela Faculdades Metropolitanas Unidas -FMU;
-Autor de diversos artigos jurídicos publicados em sites e jornais especializados e
-Membro da Comissão do Acadêmico de Direito da OAB/SP..