sábado, 6 de agosto de 2022

Vamos estimular o gosto pela matemática em nossas crianças?

 


Autora: Marcia Stochi (*)

Precisamos conversar sobre o ensino de matemática no Brasil!

Hoje vivemos em um mundo tecnológico, o que fez com que as habilidades necessárias para a vida em nossa sociedade, mudasse drasticamente nos últimos 50 anos, fazendo com que não seja mais suficiente conhecer apenas os conceitos básicos de matemática, pois as exigências para compreender o mundo que nos cerca e atuar no mercado de trabalho são muito maiores. O estudo da matemática desenvolve o raciocínio lógico, a criatividade, o gosto pela investigação e a busca por soluções de problemas. Ela nos ajuda a compreender diversos fenômenos, sendo aplicada em várias áreas do conhecimento. Porém, seu ensino, em alguns casos, se apresenta ainda, de modo repetitivo, desinteressante e extremamente formal. Muitos educadores, em várias partes do mundo, têm estudado questões relacionadas ao ensino da matemática, porém ainda não conseguimos desmistificar algumas crenças, e precisamos da ajuda de todos para que possamos avançar.

No Brasil, segundo o relatório Education at Glance da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o percentual de graduados em áreas de conhecimentos que denominamos de STEM, que significa Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática é de apenas 17%. A grande maioria de graduados estão nas áreas de Administração e Direito. A média nos países ricos é de 24%. O número de mulheres graduadas nas áreas do STEM é ainda menor. É importante ressaltar, que embora tenhamos que considerar as respectivas demandas, há menos concorrência para os formados nessa área de conhecimento, o que contribui para que alguém com conhecimentos em áreas do STEM, tenha maiores chances de se colocar no mercado de trabalho. Assim, se nossas crianças gostarem de estudar matemática, teremos mais brasileiros formados em engenharia, tecnologia, ciências e matemática, suprindo a falta desses profissionais e gerando mais desenvolvimento para o país.

O Ministério da Educação elaborou documentos de boa qualidade para orientar os professores sobre o ensino de várias disciplinas, inclusive de matemática. Além disso, existem políticas públicas, como O mais Brasil, que incentivam os jovens a realizar estudos nessa área de conhecimento. Portanto, se é dado incentivo é porque a formação nessa área é importante para o país. O Banco Nacional de Conteúdos Curriculares – BNCC, foi publicado em 2017 e traz os conteúdos e as habilidades que as crianças e jovens devem aprender e desenvolver, desde seus primeiros anos de vida, em várias áreas do conhecimento. Ele pode ser baixado de modo gratuito no endereço http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ . Nesse documento, você vai encontrar uma lista com os conteúdos a serem estudados e as habilidades que devem ser desenvolvidas, desde os 6 meses de idade, até o final da Educação Básica, entorno de 18 anos.

Não diga a uma criança que a matemática é muito difícil, diga-lhe que a matemática é muito interessante. Não conte a uma criança que você detestava matemática e sempre teve dificuldade em aprender essa disciplina na escola. Conte que em seu tempo, ou na sua escola, o ensino da matemática não era estimulante, mas que você gostaria de ter aprendido mais. Diga a ela que a matemática hoje é ensinada de modo diferente de seu tempo.

Para incentivar o gosto pela matemática, podemos contribuir com algumas atitudes simples em relação às crianças que estão em nosso entorno, sejam elas nossos filhos, sobrinhos, netos, vizinhos, não importa o grau de afinidade, o importante é estimularmos essas crianças. Mesmo antes de frequentarem a escola, as crianças já vivenciam situações que são consideradas como as primeiras noções de matemática como contagem, comparações, relações de ordem, situações que envolvam medições. Com perguntas simples podemos estimular o pensamento das crianças, gerando curiosidade. 

Você pode perguntar:

- Quantas figurinhas você tem?

- Quem é mais alto, você ou eu?

- Quem vai escolher primeiro?

- O que é maior é sempre mais pesado?

Você pode brincar com as crianças de fazer contagens em sequências, onde por uma determinada ordem cada um fala um número. Se fizer isso desenvolverá a atenção e a contagem, além de promover a integração com aqueles que estão brincando. Você pode propor atividades que envolvam medições de comprimento, utilizando o próprio corpo, como palmos, passos e etecetera. Ao final da atividade, você pode perguntar para a criança se o total de palmos medidos com a sua mão será o mesmo que o total medido com a mão dela. Você desenvolverá, contagem, o conhecimento sobre unidades de medidas, trabalhando com medidas arbitrárias, e provocando uma reflexão sobre a necessidade de medidas convencionais.

Veja o quanto podemos aguçar a curiosidade de uma criança, com atividades tão simples. Mas é preciso mostrar a importância, incentivá-la, proporcionar momentos prazerosos, e fazer com que percebam o quanto elas aprenderam!

Precisamos que os adultos estimulem o gosto pela matemática, das crianças que estão ao seu redor, assim, no futuro, teremos jovens curiosos e adultos que contribuem com o seu conhecimento para uma sociedade melhor!!!

Referências:

Brasil, Banco Nacional de Conteúdos Curriculares - BNCC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ <último acesso em 03.agosto.2022.>


MÁRCIA STOCHI














- Bacharel e Licenciada em Matemática pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1993);

- Mestra em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo  (2003) ; e

- Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade católica de São Paulo (2016).

Nota do Editor:

Todos os artigos publicados no O Blog do Werneck são de inteira responsabilidade de seus autores.

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Crime x Política


 Autor: Otávio Mello(*)

Estamos em mais um ano de Eleições.

Novamente iremos às Urnas Votar.

E, novamente estamos diante de com perguntas que não querem  se calar:

- As Urnas eletrônicas são confiáveis?

- Não há alguém capaz invadir o Sistema das mesmas?

- Porque a insistência/resistência em não editar os votos?

FHC, Lula, e outros já questionaram a segurança das Urnas. Por que só o atual Presidente é taxado de antidemocrático quanto faz o mesmo questionamento?

Tais atitudes só nos mostram que coisas muito erradas acontecendo no processo de votação e na apuração.....

Desde os anos 80 (fim dos governos militares), acompanho nossas vidas mais de "perto": Educação, Saúde, Diversão, Segurança, Profissional, Financeira, Familiar, Social e, infelizmente com o passar das décadas, vejo mudanças muito ruins acontecerem e a degradação da nossa Sociedade. Essas mudanças trouxeram uma "nova constituição", que com apenas 36 anos já está arcaica, ultrapassada, doente; assim como nossas Leis não cumpridas desorganizadamente e principalmente pelos "guardiões" das mesmas.

Infelizmente o que há de mais organizado no Brasil é o Crime, que está infiltrado em todas as Áreas da nossa Sociedade!

O Crime Organizado está destruindo tudo que conhecíamos como "Direitos" de Cidadãos.

A Educação familiar e nas escolas também sofrem com essa "doutrina", essas mudanças ruins; nossas crianças, adolescentes, jovens, universitários não são mais EDUCADOS como nossa Geração ; não há mais valores agregados na formação desses jovens ; o amor à Pátria, o Respeito ao próximo à família, às crianças, às mulheres, aos idosos ; tudo se perdeu com o passar das décadas, com o "acolhimento" da Esquerda.

Além da Educação nosso Povo perdeu o Direito à Saúde e preferiram construir Estádios  à Hospitais.....Não temos Direitos ao lazer a diversão ; a falta de segurança nas Cidades que vivemos está à "espreita" na primeira esquina, em algum semáforo ou até mesmo na porta da nossa casa .

Nos resta o trabalho, para alguns feitos dentro de casa, sem interagir com outras pessoas "fisicamente", e sem termos ou sermos profissionais adequados para tantas Áreas e Profissões carentes de material humano.

" A Política praticada no Brasil é Responsável por tudo que acontece de Ruim ao Povo Brasileiro ", e as coisas boas que teríamos por "Direitos Constituídos" não existem!!!

A Organização que deveria fazer parte do nosso bem-estar dos nossos Direitos de Cidadãos, está do outro lado, está do lado PODRE da nossa Sociedade, está do lado oposto ao nosso Crescimento como pessoas e seres humanos do bem!!!

Nossa Sociedade, nosso País, precisa Urgente de MUDANÇAS: Uma nova Constituição, com leis mais duras e eficientes contra o Crime e Criminosos; Reforma Política; com a diminuição de Parlamentares nos Poderes e Privilégios destinados aos mesmos por todo o Brasil, já seria um bom começo.....A economia feita na redução de gastos com PARASITAS Políticos serviria para melhorar investimentos no Brasil e no bem-estar dos Brasileiros.

Crime e Política estão juntos; onde há Políticas Sociais há Cidadãos felizes; onde Políticos se misturam com TRAFICANTES E CRIMINOSOS, há total inversão de valores; a Sociedade é destruída e até um País pode ser destruído!!!

"Nossos Militares nunca nos prejudicaram, jamais fizeram mal para o País; todas as grandes Obras do nosso Brasil aconteceram sob o comando deles, nunca foram DITADORES"......

"Vivemos sim, há mais de 3O anos uma DITADURA imposta por CRIMINOSOS que só piora a cada dia; tiram nossos Direitos, destroem Vidas e Famílias; destroem Cidades, Estados, e se continuarem no Poder vão destruir o Brasil"!!!

"Brasil acima de tudo e Deus acima de todos"!

* OTÁVIO MELLO




 

 

 

 

 

 

 

 

-Joalheiro, Modelador, Ourives, Designer e Criação:

- Coordenador, Assessor em Indústrias de Joias e Bijuterias;

 - Desportista, Cinéfilo e Apreciador de Política.

Nota do Editor:
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O mais importante é um bom coração


 Luciano Oliveira(*)

O Brasil está vivendo um período de polarização. Quer saber? Não estou preocupado, pois sei que esses momentos sempre são superados.

Afirmo isso porque o nosso Povo tem um coração bom. Essa característica sempre influenciou a nossa política e o nosso legislador.

Desde o Império o Brasil vem concedendo a mais ampla anistia política. Foi assim nas Revoltas da Cabanagem, da Sabinada, da Balaiada e na Farroupilha.

Todas essas revoltas foram vencidas pelas Tropas Legalistas e aos vencidos foi concedida uma ampla anistia.

Esquecimento, esse é o significado jurídico da palavra anistia. Findada a revolta, todos esqueciam o ocorrido voltavam a viver e a conviver em sociedade.

O fato é que os Imperadores cresceram cercados por boas pessoas e receberam a influência do bom coração do nosso Povo. Amas de leite, professores, tutores, enfim, toda essa boa gente influenciou os destinos da Nação e da nossa política.[1]

Como exemplo da superação de diferenças vale lembrar que o Imperador Dom Pedro I nomeou a pessoa de José Bonifácio de Andrade e Silva como tutor do infante Pedro II.

Cumpre destacar que José Bonifácio de Andrade e Silva e Dom Pedro I viviam um grave afastamento, mas quando os interesses do país falaram mais alto, esses dois grandes homens não tardaram a esquecer das suas desavenças.[2] A seguir um pequeno resumo da vida de José Bonifácio:

Tornou-se ministro do Império, mas divergências com D. Pedro I o levaram a deixar o governo e assumir papel de oposição na Assembleia Constituinte. Quando D. Pedro I dissolveu a Assembleia, Andrada foi preso e deportado. Exilado na França, retornou em 1831. Nomeado tutor de D. Pedro II, então com cinco anos, foi afastado do cargo pelo Senado e preso como subversivo, em 1833. Absolvido, morreu em Niterói (RJ), em 1838.

Quantas idas e vindas acontecem na vida dos homens. O que ficou? Ficou o exemplo de que o país está acima de qualquer pessoa e de qualquer desavença política.

A República conservou alguns poucos valores cultivados no Império e a Lei de Anistia (Lei 6.683/79) é exemplo disso. Com a concessão de mais uma anistia o país caminhou para a redemocratização e evitou uma luta fraticida que poderia ter dividido o país.

Enfim, estamos em 2022 e teremos eleições. O clima vai ser quente, o país está novamente dividido, mas acredito piamente que temos uma tradição bem alicerçada no nosso país.

Nossas instituições são fortes. Nossa Democracia está consolidada. Teremos eleições livres e o resultado será aceito pelas pessoas.

Novamente os políticos encontrarão o caminho para a paz e para o entendimento, pois o brasileiro acredita na política como uma ferramenta do progresso que deve ser colocada a serviço da Nação.

O brasileiro não acredita na guerra como forma de solução de conflitos. Pode saber, o nosso Povo tem bom coração.

REFERÊNCIAS

[1] Dom Pedro I chegou ao Brasil com nove anos. Dom Pedro II nasceu no Brasil;

[2] https://www.saopaulo.sp.leg.br/memoria/especial/jose-bonifacio-de-andrada-e-silva-1935/

LUCIANO ALMEIDA DE OLIVEIRA





-Advogado graduado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás(1996);

-Atua na área da propriedade intelectual (Marcas, patentes e Direito Autoral);

-Escreve há mais de 15 anos artigos de direito e crônicas para jornais e revistas.

Nota do Editor:

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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

A luta contra a alienação parental


Autora: Lauenda Moreira (*) 

Houve uma época em que relacionamentos não acabavam, pela imposição da sociedade deveriam permanecer. Em um ciclo de pertencimento onde o pensamento e julgamento dos outros causavam medo ao contrariar os deveres, no entanto, hoje as pessoas buscam a liberdade de maneira a se posicionar sobre os mesmos relacionamentos afetivos.

Fato é, que o divórcio era um "tabu", pessoas separavam seus quartos, mas continuavam casadas no papel. Atualmente o divórcio tornou-se uma situação comum, sendo um assunto de discussão antecipado como uma variável do casamento. Mas, ao ser considerado gera desconfortos, pois diante um relacionamento acabado os frutos aqui intitulados filhos não tem o vínculo por término.

Esse vínculo entre pais e filhos é uma pauta muito discutida, pois no processo de divórcio, muitas vezes, esquecem a proporção dessa nova realidade de pais separados. A resolutividade da guarda dos filhos torna-se um problema, quando o término não é por decisão mútua, prejudicando a relação pais e filhos, tendo como nova discussão a alienação parental. As críticas ao outro genitor podem causar trauma aos frutos e assim o número de processos sob a temática ganham grande proporção.

Perceba que é importante que os pais entendam que a guarda compartilhada definida em juízo, considera estudos científicos, a saúde e bem-estar dos filhos ao ter atenção, não permitindo que o divórcio comprometa a participação dos genitores, pois ambos possuem por lei responsabilidades por aquela criança ou adolescente.

Nesses casos, a lei é objetiva, não tendo referência a tomada de autoridade do outro genitor, o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente discorre sobre a importância de um ambiente saudável, não se opondo ao divórcio. É necessário que esse divórcio não cause ruínas ao menor, incentivando a guarda compartilhada ao permitir que o menor diante a situação do caso concreto não sofra com um abalo emocional da separação.

O processo de direito de família ao envolver menores precisa da manifestação do Ministério Público, para garantir a proteção daquele que legalmente não pode se posicionar. Assim, na alienação parental além da analisar os pais, toda a família é inserida, pois pode se originar dos tios, avós que desferem palavras ruins sobre o outro genitor considerando apenas a ótica marido e mulher.

Uma característica comum no alienador é: dificultar o acesso do genitor, por exemplo, as visitas a criança, com desculpas e contratempos sem fundamento.

Diante a situação descrita faz-se necessário buscar um profissional, um advogado que auxilie e analise a possibilidade de pedir que o menor tenha outro lar como fixo, diferente do genitor que pratica a alienação parental; além do acompanhamento psicológico, uma vez que essas ações podem prejudicar o crescimento da criança e do adolescente, gerando traumas por falsas impressões e o sentimento de culpa ao ser definido como causador do fim do relacionamento.

De tal modo, é perceptível que a guarda compartilhada é uma possibilidade para ambos os pais nessa partilha de momentos, na isonomia na relação entre pais e filhos, sendo um caminho para evitar alienação parental, definir aos genitores responsabilidades e direitos iguais no que compete a vida dos filhos.

*LAUENDA NATIANE MOREIRA DOS PASSOS















-Graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) (2019); 
-Pós–Graduanda em Direito Civil, Empresarial e Processual Civil pela Faculdade LEGALE;
- Especialista em Direito de Família pela Faculdade LEGALE; - Atualmente se especializando em Constelação como forma de trazer a importância da resolução de conflitos para o direito, principalmente o Direito de Família e
 -Atuante nas áreas: Cível, Familiar e Ambiental. 
Contato: (62) 98508-6123 
E-mail: advlauenda@gmail.com 
Instagram: @advlauendamoreira ou @juridicandocomalala 

Nota do Editor:

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quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Caí no golpe, quem me tira?


 Autora: Luciane Roma (*)


Parece brincadeira, mas é sério!

O golpe do boleto tem causado muitas vítimas, pessoas que muitas das vezes utilizam suas economias para pagar uma dívida tão importante, mas infelizmente pessoas mal intencionadas com intento de enganar, procuram suas pessoas para aplicar o famoso "golpe do boleto".

Você deve ter ouvido falar, ou foi vítima do famoso "boleto falso" ou "golpe do boleto"?

Fato é que os boletos falsos têm sido emitidos, e a cada dia mais e mais pessoas, se tonam vítimas desse tipo de golpe.

Mas afinal de contas, de quem é a responsabilidade?

Cada caso é um caso. E por isso deve ser analisado de forma especial e individualizada.

Vamos imaginar a primeira situação: Se você recebeu um boleto de alguma empresa desconhecida ou que os valores descritos são diferentes do que você costuma pagar e mesmo assim você pagou o boleto, dificilmente você poderá pleitear o ressarcimento. Isso porque era possível suspeitar que a cobrança não era verdadeira.

Na segunda situação: Imagine que você é devedor junto ao banco e entrou em contato para pagar um boleto em atraso ou quitar seu débito. Logo após a negociação, você recebe uma mensagem pelo WhatsApp com o envio das informações de sua dívida e boleto com o valor aproximado do que você acabara de negociar por telefone. Detalhe, o boleto estava preenchido com os dados do banco credor e assim você estava certo que o credor havia lhe enviado, efetivou o pagamento.

Contudo, logo depois, para sua surpresa o banco continuou cobrando a dívida e após entrar em contato com o credor, informaram que o boleto pago não fora emitido pelo banco. Agora, como a pessoa poderia suspeitar que se trataria de golpe, visto que todos os dados foram repassados logo após a ligação para o banco ou credor, logo depois de solicitar o boleto para pagamento?

Percebe a diferença nas duas situações?

No último caso apresentado, a responsabilidade é do banco ou credor, porque é nítido que houve "vazamento" de informações pessoais do devedor, que o levou a acreditar que aquele boleto era referente a sua dívida, não podendo o banco alegar culpa do consumidor pelo pagamento de boleto oriundo de golpe.

Considerando o caso hipotético apresentado no segundo exemplo, houve falha na prestação de serviços pelo banco ou credor, e por essa falha, os "fraudadores" tiveram acesso a dados cadastrais do consumidor, sem contar a informação especifica do contrato, como inclusive valor da parcela ou do débito em aberto, o que leva a conclusão de que o sistema de dados foi violado e o credor deverá ser responsabilizado.

Esse é o entendimento aplicado em alguns tribunais brasileiros, a exemplo o TJ/MS:

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO INDENIZATÓRIA – BOLETO FALSO – SERVIÇO INSEGURO - RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR PELO VAZAMENTO DOS DADOS DO CLIENTE – DANO MATERIAL COMPROVADO – DANO MORAL CONFIGURADO – RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Na hipótese, houve falha na prestação dos serviços por parte da requerida. Isso porquê, o fato de os fraudadores possuírem acesso aos dados cadastrais do consumidor, além da própria informação a respeito da existência do contrato de financiamento, levam a conclusão de que o sistema de dados da financeira fora violado, o que constitui fortuito interno. Na qualidade de prestador de serviços e fornecedor por natureza, deve responder toda vez que ato atrelado ao seu mister provoque danos a terceiros, conforme estabelece a Súmula n. 479 do Superior Tribunal de Justiça: "As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias." Configurado o ato ilícito, deve a prestadora de serviços apelante indenizar o autor nos danos materiais e morais que tenha suportado. (TJ-MS - AC: 08004055620208120013 MS 0800405-56.2020.8.12.0013, Relator: Des. Amaury da Silva Kuklinski, Data de Julgamento: 21/06/2021, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: 24/06/2021)


Desta forma, é necessário acionar o banco e pedir o ressarcimento, mas nem sempre é simples assim, por isso a necessidade do profissional do direito para analisar cada caso em sua peculiaridade.

No mais, todo cuidado é pouco diante de tantos golpes que surgem a cada dia.

E aí já recebeu algum boleto falso ou conhece alguém que foi vítima? Repasse as informações adiante, pode ajudar alguém que precise!

Gostou do artigo?! Compartilhe agora para que mais pessoas conheçam sobre seus direitos!

*LUCIANE MARIA MARCOS ROMA 

















- Formada em Direito pela ULBRA (2005);
- Pós Graduada “Lato Sensu” em Ciências Criminais pela UNAMA (2008);
- Pós Graduanda em Direito de Família e Sucessões pela Faculdade Legale (2020);
- Associada a ADFAS – Associação de Direito de Família e Sucessões
Área de atuação: Direito de Família e Consumidor na cidade de Cascavel/PR
Facebook: Luciane Roma

Nota do Editor:

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terça-feira, 2 de agosto de 2022

As audiências por videoconferência: o céu ou o inferno na solução de conflitos?


 Autora: Maria Rafaela de Castro(*)


As videoconferências hoje são uma realidade e foram elas que salvaram muitos jurisdicionais, advogados e juízes em tempos de pandemia. Elas já eram previstas antes disso, mas somente nesses últimos meses "viralizaram" como assunto do momento.

Referidas modalidades de audiências foram “a salvação da lavoura” em tempos de pandemia, com previsão no artigo 236 do CPC, aplicável ao processo do trabalho.

Essas audiências devem ser realizadas em tempo real e, para garantia de todos os presentes, gravadas, e, tiveram importância considerável, principalmente, na área trabalhista, em que foi preciso se reinventar.

Apesar disso, nem todo mundo "curtiu" essa nova forma de fazer audiência e do mundo processual girar. Mas houve certo "engajamento" dos advogados que precisavam movimentar processos e de juízes que queriam julgar.

Com todos nós no isolamento imposto pela Covid-19, as videoconferências foram a salvação da lavoura. E se tornou a prática judicial mais festejada por alguns meses.

Claro que havia muitas reclamações até porque sair da zona do conforto incomoda e mudamos os paradigmas rapidamente. Com o avanço da vacinação da Covid-19 e levando em consideração que a pandemia vem cessando, paulatinamente, permitindo o retorno das audiências presenciais, o mundo jurídico passa a se dividir novamente: queremos voltar ao mundo real das audiências?

Particularmente, como Juíza do Trabalho Substituta, sempre gostei da ideia de videoconferência porque realmente acredito que se promove, através delas, o acesso ao Judiciário no sentido mais amplo.

E explico: as videoconferências permitem que as pessoas que, por exemplo, não tenham condições financeiras para pagar a passagem de ônibus possam fazer sua audiência de sua casa ou do vizinho e, acreditem, isso é comum na esfera trabalhista. Ou também permite que aquelas pessoas que moram no interior do estado possam litigar sem pagar as despesas com deslocamento.

Seria o céu do acesso à justiça? Seria o céu também aos advogados que não precisariam esperar suas audiências nos fóruns e atrasar o seu labor e atendimento nos seus escritórios, principalmente, quando as audiências se atrasam e precisam ficar à disposição por horas e horas nas dependências físicas do fórum?

Seria, na prática, economia de tempo, de despesas como o estacionamento e combustível que subiu assustadoramente. Seria o céu da comodidade de trabalhar, muitas vezes, sem sair de casa? Veja-se a ótica de quem adota a prática do home office como a " queridinha" da modalidade do trabalho da vez.

As audiências surgem como a terra prometida ou o oásis no meio do deserto. Eu, como juíza, tive experiências positivas e gostei de pertencer a esse grupo em que a tecnologia se mostra o céu para otimizar o trabalho e resolver os processos.

Mas....sempre há o outro lado do "like". E eu respeito todos aqueles que pensam o contrário. Existem os profissionais e jurisdicionados que consideram um inferno fazer audiências virtuais. É o problema da conexão, o stress dos erros operacionais do computador, as pessoas que não possuem habilidade tecnológica, os ruídos externos, as roupas inapropriadas que criam embaraço (eu própria já pedi a várias partes para colocarem camisa porque acho que eles pensavam estar na praia rs) etc.

Enfim, ainda aduzem que é precioso ver o juiz olhos nos olhos e que é importante a sensação de presença do juiz e de todo o tribunal e até do colega da parte adversa. Em suma, para estes, a audiência virtual é o inferno na terra.

Compreendo, contudo, que entre o céu e o inferno há muito a ser dito e vivido. Houve, inexoravelmente, um papel final positivo das audiências virtuais nessa época "crazy" da pandemia.

Mas ....e agora que estamos voltando aos poucos à normalidade, o que faremos com nossa forma de fazer audiência? Nesse ponto, o importante é perceber que o objetivo é propiciar o acesso à justiça ao máximo de pessoas pois essa é a função do judiciário de ser a casa aberta para fazer a justiça.

Ao menos, sabemos que é real a perspectiva e resta-nos compreender e aceitar o modelo mais próximo a isso sem perder nossa essência humana, talvez, o maior dilema dos atuais tempos difíceis.









segunda-feira, 1 de agosto de 2022

E a caravana do Brasil passa...

 


Autora: Ana Paula Stucchi (*)



"Os cães ladram... e a caravana passa". Esse provérbio árabe cai bem nesse momento da economia do nosso país...

O provérbio em si procura expressar uma característica do comportamento humano, que tipo não progride e não quer que o outro progrida. Imprensa iMunda e toda uma classe de gente que nem parece que é brasileiro, porque torcer pra economia ir mal é torcer contra o futuro da própria família... ah, esqueço que esse povo quer destruir a família também pra serem um monte de indivíduos sem nenhum vínculo com passado nem futuro, se viver, viveu, se morrer, morreu... não é saudável para um país, qualquer outro tem um sentimento coletivo de povo de defender do exterior os seus em todos os sentidos. Ladrar/latir significa a manifestação desesperada dos que tentam impedir a passagem da caravana, fazem barulho, mas a caravana não para, a caravana segue adiante. Pode até haver desconforto pelos latidos, mas segue seu caminho, segue em frente. Ou seja, o Brasil é maior que essas pequenas polarizações que tentam diminuir o tamanho do nosso país.

Fiz essa analogia como introdução, porque no começo do ano os profetas do caos esperavam um crescimento pífio ou decrescimento do PIB esse ano de 2022. Porém, até a imprensa iMunda é obrigada a colocar manchetes como: 


Ano passado apostavam que nosso PIB iria crescer menos que 1%. Ora veja... e agora quase dobra? 


Ah, mas o desemprego, a pandemia... pois é... desde 2015 que não tínhamos índice de desemprego com um dígito... só não trabalha e produz quem está ocupado latindo pra caravana...

O Banco Central em nota oficial, afirma que "foi uma surpresa positiva" esse aumento do PIB, que só no primeiro trimestre cresceu 1% (segundo IBGE). Mas... em outra nota, ladram que no segundo semestre haverá desaceleração da economia... jogaram na conta da guerra na Ucrânia, mas como ia ficar feio resolveram, além de projetar o PIB em 2022 para 1,7% , ainda temos mais "boas projeções":

Superávit na Balança comercial (exportações superando importações - aliás sempre escrevo por aqui que o setor exportador nosso nem sentiu crise nenhuma, vai muito bem, obrigado) vai fechar com 3 bilhões a mais que 2021, de U$ 83 bilhões para U$ 86 bilhões;

Aumento no crédito bancário (bancos liberando valores porque a caravana da economia está passando) era de 8,9% subiu para 11,9%, um crescimento considerável;

Mais uma notícia que teve que ser divulgada pela imprensa iMunda:

Ou seja: desde 2007 que o Brasil aumenta a dívida externa. Quem caiu na conversa que a administração anterior pagou a dívida esteve enganado esse tempo todo... o que te disseram é que chegamos num nível onde temos pra pagar. E esse ano de 2022 poderemos novamente viver esse cenário. Passou de U$ 5 bilhões para U$ 4 bilhões a projeção.

Com todos esses fatores, o que mais nos preocupava é a inflação. Mas, com a medida da redução de impostos sobre combustíveis, o preço das mercadorias teve que retroceder, colocando a inflação sob controle e com perspectiva fechar o ano em de 7,96%, percentual projetado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo Boletim Focus, divulgado em 8 de julho pelo Banco Central. O número está abaixo das projeções apresentadas há uma semana (8,27%) e há quatro semanas (8,89%).

Conclusão: Vamos continuar trabalhando, estudando, fazendo a nossa parte porque a caravana do Brasil tem pressa e quem está querendo o bem do nosso país só digo: #vamosemfrente

 * ANA PAULA STUCCHI

-Economista de formação;
-MBA em Gestão de Finanças Públicas pela FDC - Fundação Dom Cabral;
-Atualmente na área pública
Twitter:@stucchiana







Nota do Editor:

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domingo, 31 de julho de 2022

Como os pensamentos afetam nosso dia-a-dia


 Autora: Cristiane Leandro Pinto (*)

Do Latim, Cogito ergo sum, o filósofo descartes traz essa reflexão que no português traduzimos para “penso, logo existo”! Mas afinal, como os pensamentos interferem em nosso cotidiano? Aaron T. Beck, considerado como pai da Terapia Cognitivo comportamental, baseou sua teoria a partir de uma psicoterapia de curta duração, muito voltada para questões do presente e o tratamento se dá a partir da modificação dos pensamentos disfuncionais/distorcidos.

Para ilustrar sobre a importância da organização dos pensamentos, cito uma frase do autor que diz, "Se nossos pensamentos forem limpos e claros, estaremos melhor preparados para alcançar nossos objetivos." (Aaron T. Beck). Quando falamos sobre os pensamentos estarem limpos e organizados, diz respeito a como percebemos nossa realidade.

No modelo cognitivo, é proposto que a forma de perceber a realidade pode estar distorcida em relação à realidade de fato em diversas situações, realizar psicoterapia pode auxiliar no ajustamento e se faz necessário pois, elas podem ocasionar mudanças no humor, comportamento, relacionamentos interpessoais, forma que a pessoa se enxerga, entre outros. Normalmente, essas percepções estão diretamente ligadas às crenças que o indivíduo construiu sobre si ao longo de suas vivências.

A Terapia Cognitivo Comportamental se baseia em três grandes crenças, são elas crenças de desamor, desvalor e desamparo. Cada uma das crenças, traz uma resposta emocional/percepção da pessoa sobre sua realidade.

Trago a seguir exemplos sobre a crença de desvalor:

Uma pessoa que possui sobre si uma crença de desvalor, tende a não conseguir acreditar em sua capacidade, embora às circunstâncias do cotidiano demonstrem o contrário.

Digamos que esta pessoa passou em um concurso público de alta concorrência, ela tende a atribuir esse ato a: sorte, prova fácil, entre outros fatores que não incluem suas habilidades, seu empenho, etc. Bom, apesar de essa pessoa ter uma crença de desvalor, ela obteve uma conquista para sua vida, certo? Como ela pode interferir negativamente nessa pessoa além dos pensamentos que anulam a conquista? Vamos imaginar um cenário em que essa pessoa, precisa concorrer a um processo seletivo interno, dentro desse mesmo local ao qual foi aprovado para o concurso, por desacreditar de si, essa pessoa pode optar por não participar do processo, ou até mesmo participar e não se preparar o suficiente, afinal "não é capaz de passar". Uma vez que tenta, sem ter se preparado o bastante e é reprovado no exame, valida um pouco mais essa crença, e alimenta pensamentos como "eu sabia que não seria aprovado", "sou mesmo um incapaz". Em outro cenário relacionado a essa crença, digamos que a pessoa não possui uma percepção negativa sobre suas habilidades profissionais, mas percebe-se como indigna na área afetiva por exemplo, essa pessoa pode acreditar ser indigno(a) de ser amado(a), e quando interage com alguém que lhe parece bom o bastante, pode sabotar a relação por acreditar "não ser digno(a)" de ser amado(a) por essa pessoa, sente-se inadequado para o outro, e pelo medo de fracassar pode acabar desistindo ou tendo comportamentos que ocasionam o fim das relações.

Em ambos os cenários há uma crença de desvalor, e o indivíduo acaba tendo comportamentos que o prejudicam e validam sua crença.

Um processo importante, é conhecer a si, conhecer a sua realidade e como essa crença foi concebida lhe ajuda a criar estratégias para não permitir que as crenças o paralisem e o impeça de conquistar o que almeja. Trouxe como exemplo essas questões voltadas à carreira e relacionamento afetivo, mas outros diversos âmbitos da vida podem ser afetados pelas crenças construídas ao longo de sua história.

Um terapeuta pode lhe ajudar a identificar suas crenças e traçar estratégias para lidar com elas! Se você começa coisas e não termina, desiste facilmente dos seus objetivos, não consegue construir relacionamentos saudáveis, entre outros…

Busque ajuda de um profissional!

*CRISTIANE LEANDRO PINTO




- Graduada em Psicologia pelo Centro universitário FAESA (2021);

- Pós-graduando  em Terapia Cognitivo Comportamental pelo Instituto Ethos.on







Nota do Editor:

Todos os artigos publicados no O Blog do Werneck são de inteira responsabilidade de seus autores.

O atendimento médico pode causar disfunção sexual?



Autora: Bruna Lima (*)

Recentemente, ao passar pelo procedimento Papanicolau, popularmente conhecido como prevenção, realizado anualmente por mulheres com vida sexual ativa. Confesso que não estava em dia com o meu, pois, por inúmeras vezes evitei passar pelo exame em decorrência do incômodo e constrangimento. No entanto fui, então, impelida pelo compromisso com meu corpo e responsabilidade com a minha saúde.

Em horário e datas agendados na UBS do meu bairro, fui realizar o exame e fui surpreendida com o cuidado e a forma como a enfermeira Leandra, responsável pela realização do exame procedeu.

Além do extensivo cuidado em me deixar à vontade, transcendeu às expectativas ao, apesar da minha idade e histórico não requererem, solicitar que também avaliássemos as mamas, o que necessitava que eu me despisse completamente. Contudo, não me senti envergonhada, avaliada ou julgada por ela, que teve uma postura completamente profissional, mas sem ser gélida, o que também proporcionaria desconforto.

E você pode estar se questionando qual a relevância desse fato, então vou esclarecer.

Eu sou psicóloga, pós-graduanda em sexualidade humana e, coincidentemente, às vésperas do exame, durante os estudos, fui apresentada à IATROGENIA, que se refere às alterações, doenças, efeitos adversos ou complicações causadas por ou resultantes do tratamento médico que, infelizmente, é um causador e agravante de disfunções e/ou doenças relacionadas à vida sexual.

Ao se realizar exames físicos e a anamnese, caso o profissional não tenha posicionamento ético e atento, poderá afetar negativamente a saúde sexual e psicológica do paciente através de expressões faciais, comunicação não verbal, comentários, olhares, dentre outros.

Exemplo disso é o relato que recebi após publicar sobre a minha experiência nas redes sociais. Uma colega contou que ficou por 03 anos sem realizar o Papanicolau após suportar extensas ofensas da médica de seu plano de saúde. Isso, por sua vez, pôs a sua saúde em risco.

Segundo o relato, além de realizar o exame de forma agressiva e lhe causando dor, a médica lhe fez diversas investidas sobre o seu corpo e seus aspectos físicos, adicionando comentários acerca de suas atividades sexuais, minando sua autoestima.

Tudo isso é gravíssimo e atormenta aspectos fundamentais do psicológico de qualquer mulher, devendo ser denunciado aos órgãos, secretarias e instituições responsáveis.

Entretanto, queria deixar outra reflexão.

Qual treinamento ou capacitação referente à sexualidade é direcionado a esses profissionais, tendo em vista que apenas o conhecimento técnico não é, por si só, capaz de garantir excelência no atendimento?

Vale a pena destacar que ter a dignidade assegurada, seja ela física, ética ou moral é um direito básico de qualquer cidadã.

Eu, como mulher e profissional, desejo que relatos assim sejam cada vez mais raros, quiçá, extintos. E para que isso seja possível é preciso que vítimas de profissionais dessa estirpe relatem e denunciem todas as violências que suportarem.

E quando possível for, elogiem. Mensagens boas também merecem ser destacadas.

* BRUNA LIMA

- Graduação pela Faculdade Pitágoras (2021);]

- Pós graduada em sexualidade humana pela Faveni (06/2022);

- Psicóloga, terapeuta sexual e mentora de mulheres;

-Ministra cursos e treinamentos coletivos para empoderamento feminino e voltados para a sexualidade feminina. 

São suas palavras "Acredito que as mulheres podem e devem exercer o seu poder para influenciar e construir uma sociedade mais justa e onde as mulheres possam expressar e experenciar sua própria sexualidade.

Nota do Editor:

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