quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Feitiço do Tempo



“A única razão para o tempo é para que não aconteça tudo no mesmo instante.” (Albert Einstein)

"Einstein demonstrou que o tempo é relativo, numa dimensão variável conforme o espaço; seja, não é uma linha reta e imutável. Comprovamos essa relatividade na política brasileira assistindo a derrocada do projeto dos vinte anos de poder petista, por si só, implodindo pela incompetência e corrupção.

Esta conjuntura desastrosa foi considerada em editorial do jornal britânico ‘Financial Times’ como um “filme de terror sem fim”. O realismo dos ingleses é tenebroso; tentando a mesma definição da situação nacional, prefiro a versão hollywoodiana de alta comédia através do filme de 1993 dirigido por Harold Ramis, ‘Feitiço do Tempo’.

A produção foi registrada como historicamente significativa pelo National Film Registry dos Estados Unidos. Adoro e recomendo aos amigos. Não me canso de assistír a correta interpretação de Bill Murray e Andie MacDowell.

Já vi umas dez vezes a história do repórter do tempo de canal de TV, Phil Connors (Murray), um chato de galocha que foi fazer a cobertura do Dia da Marmota na cidadezinha interiorana de Punxsutawney. A Marmota é sua homônima, também se chama Phil, e profetiza o fim ou a continuidade do Inverno.

Com a sua equipe, a produtora Rita (Andie MacDowell) e o câmera Larry – que não suportam seu egocentrismo –, grava a cerimônia tradicional, mas fica preso em Punxsutawney por causa de uma nevasca; daí em diante fica repetindo o mesmo dia várias vezes. Sempre que acorda no dia seguinte, não é o dia seguinte, mas a repetição do Dia da Marmota.

A esta situação estranha de déjà vu, comparo com a degringolada do Partido dos Trabalhadores com seus membros e simpatizantes assistindo a cada dia o repeteco dos roubos do Erário pelos seus companheiros, descobertos pelo Ministério Público Federal e a Polícia Federal.

Começou muito antes, mas a nova série – a Lava-Jato – já está na 16ª temporada, no capítulo da Radioatividade, que ultrapassa o assalto e a ruína da Petrobras, com um trailer para a extorsão no setor elétrico, outra versão do ‘Mensalão’ e do ‘Petrolão’. É o começo do ‘Eletrolão’, que já levou um vice-almirante e vários executivos de empreiteiras para a cadeia.

Eu imagino como se sentem os membros da esquerda caviar acordando diariamente às seis horas da manhã com o rádio-relógio repetindo o estribilho da música de Lobão, trazendo notícias de mais corrupção descoberta pela PF.

São pelegos de sindicatos, diretores de fundos de pensão, grandes empreendedores com crédito no BNDES e ocupantes de cargos governamentais com altos salários. Estão no alto dos seus apartamentos de milhões de dólares, de frente para o mar, com a boca escancarada cheia de dentes mastigando slogans socialistas.

Deve ser um pesadelo repassar cotidianamente situações vergonhosas de um projeto que foi deturpado pela ideologia troncha da pelegagem. Não será confortável identificar-se com os ladrões do patrimônio público. Creio ser um castigo reviver situação de acumpliciamento com um partido que se tornou uma organização criminosa.

A cidade de Punxsutawney dos petistas pode ser Pelotas, Ponta Grossa, São Bernardo, Uberlândia, Maceió, Natal, Parnaíba ou Belém… Eles ficam sentados nas suas poltronas, esperando que a Marmota anuncie o fim do Inverno; mas, em vez disso, o animal sapiens sai da toca anunciando que não vai colocar meta.Vai deixar a meta aberta, e quando atingir a meta, dobrará a meta. Ele não entenderá, mas aplaudirá irracionalmente.

Estes extemporâneos esquerdistas deveriam fazer como o repórter do Feitiço do Tempo, que reviu seu egocentrismo. Para escapar da nevasca criminosa do lulo-petismo, precisam repensar a dialética idealista, a gravidez do sectarismo bastardo, o ruminar das idéias de Gramsci e a cumplicidade maléfica com o PT-governo em nome de um tempo que a muito ficou no passado…"

Postado no dia 31.07 no Blog do Miranda Sá

Por MIRANDA SÁ

Miranda Sa Jornalista<br />Foto Argemiro Lima 28 10 2010

-Jornalista;
-Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como a Editora Abril,as Organizações Globo e o Jornal Correio da Manhã;
-Recebeu dezenas de prêmios em função da sua atividade na imprensa, como o Esso e o Profissionais do Ano, da Rede Globo; e
-Atualmente Miranda Sá é membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) para o triênio 2012-2015.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A causa de Dirceu




BRASÍLIA - Nos últimos anos, José Dirceu ainda era tratado como herói por muitos políticos e militantes do PT. Até ser preso, continuou a aparecer nos encontros do partido, onde posava para fotos e ouvia o grito de "guerreiro do povo brasileiro".

Sua inocência era defendida até por petistas que admitiam a existência do mensalão. Para eles, o ex-ministro teria sido condenado por agir "em nome da causa". Seria injusto compará-lo a um corrupto clássico, desses que desviam dinheiro público para passear de Lamborghini.

O mito do heroísmo foi estimulado pelo próprio Dirceu, que investiu na confusão entre o julgamento na democracia e a perseguição na ditadura. Essa narrativa ficou insustentável com as revelações da Lava Jato.

O ex-guerrilheiro não voltou à cadeia por negociar votos no Congresso com métodos heterodoxos. Ele agora é acusado de receber "pixulecos" de empreiteiros e lobistas que participaram do saque à Petrobras.

Além de colaborar com a montagem do esquema de corrupção, Dirceu "se beneficiou dele", disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima. O juiz Sergio Moro enumerou ocasiões em que os desvios da estatal teriam ajudado a enriquecê-lo.

Condenado por chefiar o mensalão, Dirceu recebia um "mensalinho" de R$ 80 mil a R$ 90 mil, disse o lobista Milton Pascowitch. Ele também contou que pagou despesas pessoais do ex-ministro, como a reforma de uma casa de campo (R$ 1,3 milhão), a reforma de um apartamento em São Paulo (R$ 1 milhão) e a compra do imóvel de uma filha (R$ 500 mil).

Antes que se questione o delator, a decisão de Moro ressalta que ele apresentou provas do que disse.

A Lava Jato já havia revelado que Dirceu recebeu R$ 39 milhões após deixar o governo. Mesmo assim, ele pediu doações a militantes petistas para pagar a multa do mensalão.

Agora que o ex-ministro voltou à cadeia, alguns participantes da vaquinha podem concluir que a sua causa, na verdade, era a causa própria. 

Postado no dia 04/08/2015 02h00 em
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/bernardomellofranco/2015/08/1664152-a-causa-de-dirceu.shtml

Por BERNARDO MELO FRANCO


J







-Jornalista, assina a coluna Brasília
Twitter: @BernardoMF

Bruxas e cachorros loucos



Agosto chegou, trazendo velhas lembranças do "mês das bruxas", ou "mês do cachorro louco", quando Getúlio se matou, Jânio renunciou, JK morreu. E este agosto de 2015 promete ser um mês chacoalhado por grandes emoções no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Ah! E nas ruas...

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, vem aí! E vem armado até os dentes, testando sua tropa na Casa e mirando a presidente Dilma Rousseff, deve chegar camuflado, ora declarando que não usará o arsenal do cargo contra o Planalto, ora descarregando munição no gabinete presidencial, bem ali do outro lado da rua.

Ele pode disparar projetos-bomba que explodam as contas públicas e empurrem Dilma para o desgaste de vetá-los. Também pode utilizar seus homens-chaves na CPI da Petrobrás para detonar inimigos, adversários ou mero desafetos. E, enfim, ele tem em mãos um potente torpedo: os pedidos de impeachment. Mas Cunha é um guerreiro ferido, que tem voz de comando, mas se arrasta no terreno inóspito da Lava Jato. Se, além da delação de Júlio Camargo, houver provas contra ele, vai ter de economizar munição contra Dilma para se defender. Não será fácil.

Nesse clima, eis que a verdade chega nua e crua: depois de tantos bons serviços prestados ao País no impeachment de Collor, nos "Anões do Orçamento" e nas relações incestuosas entre o juiz Lalau e o então senador Luiz Estêvão, as CPIs não têm mais serventia. Perderam iniciativa e instrumentos para o MP e a PF e ficaram a reboque da internet e da mídia. Pior: se servem para alguma coisa, é para fazer o jogo de interesse dos poderosos de plantão no Congresso.

Qual o poder da CPI da Petrobrás? Os procuradores e policiais já estão lá adiante, avançaram para o setor elétrico, rodam o mundo, já têm uma história com início, meio e um fim plausível. A passos de tartaruga, a CPI só passa vexame a cada vez que um delator já está cansado de tanto falar, vai lá e não abre a boca.

Eduardo Cunha, que manda na Câmara e na CPI, parece aproveitar-se disso para fazer investigações, não de interesse da sociedade, mas do seu próprio interesse pessoal. Só isso explica que a empresa de espionagem Kroll esteja focando nos podres do lobista Júlio Camargo. Para tentar desqualificar sua delação contra Cunha? E só isso explica que a CPI insista em convocar a advogada Beatriz Catta Preta. Para ameaçá-la?

Num mundo de grandes criminalistas de cabelos brancos, pagos a peso de ouro, eis que surge aquela mulher, pouco mais que uma menina, e põe o processo, as regras e as tradições de cabeça para baixo ao entronizar esse instrumento tão elementar, mas novíssimo: as delações premiadas. Já são umas 25, 26, e é basicamente isso que torna tudo diferente. Daí vem o fio da meada, que vai se entrelaçando, desvendando, revelando e dando forma à maior roubalheira da história.

Não que Catta Preta seja santa - nem demônio. Por enquanto, ela é um personagem envolto em mistérios. Por que jogou os clientes da Lava Jato para o alto? Por que abandona a carreira no auge do sucesso? Por que a artimanha das insinuações e meias verdades? Em suas entrevistas ao Estado e à Rede Globo, a advogada se limitou a mandar um recado a quem interessar possa. Ela disse que sofre "ameaças veladas", seja por meio da imprensa, seja por membros da CPI. Mas não disse o básico: quem, como, onde e por quê? Deixa um cheiro de pólvora no ar, sem apontar a arma, nem de onde partem os tiros.

E, em agosto, chega finalmente a vez de o Supremo entrar em cena, numa guerra contra o Congresso. Depois de empreiteiros, executivos da Petrobrás, doleiros e paus-mandados de todos eles, a Lava Jato vai pegar os políticos. Isso vai longe e tem potencial explosivo.

É nesse cenário, e com a economia em frangalhos, que o TCU vai julgar as contas do primeiro governo Dilma, e o TSE vai julgar as contas da campanha de Dilma. Ah! E com aquele arremate perfeito: as manifestações do dia 16 vêm aí!

Postado no
02 Agosto 2015 | 03h 00

em http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bruxas-e-cachorros-loucos,1736453


Por ELIANE CASTANHÊDE

Eliane Cantanhêde


-Colunista do Estadão e  comentarista do telejornal Globonews 
Twitter: @ECantanhede

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Qual a definição de consumidor?





A jurisprudência do STJ também reconhece a necessidade de, em situações específicas, abrandar o rigor do critério subjetivo do conceito de consumidor, para admitir a aplicabilidade do CDC nas relações entre fornecedores.


A relação jurídica qualificada por ser "de consumo" não se caracteriza pela presença de pessoa física ou jurídica em seus pólos, mas pela presença de uma parte vulnerável de um lado (consumidor), e de um fornecedor, de outro.

Mesmo nas relações entre pessoas jurídicas, se da análise da hipótese concreta decorrer inegável vulnerabilidade entre a pessoa-jurídica consumidora e a fornecedora, deve-se aplicar o CDC na busca do equilíbrio entre as partes. Ao consagrar o critério finalista para interpretação do conceito de consumidor, a jurisprudência do STJ também reconhece a necessidade de, em situações específicas, abrandar o rigor do critério subjetivo do conceito de consumidor, para admitir a aplicabilidade do CDC nas relações entre fornecedores e consumidores-empresários em que fique evidenciada a relação de consumo.

Em suma: a situação de vulnerabilidade da pessoa física (consumidora) é presumida, ao passo em que a vulnerabilidade da pessoa jurídica (consumidora) deverá ser demonstrada no caso concreto.

A norma consumerista também equiparou terceiros a consumidores, nos artigos: 2º, §único,17 e 29 CDC.

Vejamos, então:

ART. 2º, § único "Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que hajam intervindo nas relações de consumo."

ART. 17 ‘’Para os efeitos desta Seção, que cuida da responsabilidade dos fornecedores pelo fato do produto e do serviço, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento"

ART. 29 "Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas"

Desta forma, o CDC reconhece outras pessoas como consumidoras: a pessoa física, a pessoa jurídica e até mesmo a coletividade de pessoas. Assim, se qualquer destas adquirir ou utilizar produtos ou serviços como destinatários finais, ou seja, retirando o produto do mercado e encerrando o processo econômico (a cadeia que se estabelece desde a produção até o consumo), serão considerados consumidores.

O CDC, desta forma, eliminou uma visão clássica de consumidor, trazendo uma perspectiva mais ampla no âmbito daqueles tidos como "equiparados".


Artigo postado no dia 03.08.2015 em JusNavegandi 

  Por Estevão Zizi

Estêvão Zizzi
- Advogado, Mestre em Direito do consumidor


Comentários

A letra da lei está perfeita. As pessoas jurídicas como as físicas se enquadram como CONSUMIDOR!!

Romário “versus” VEJA: quem é o criminoso mentiroso?



A denúncia midiática (revista Veja) é muito grave: Romário teria conta secreta na Suíça, no banco BSI (conta não declarada para a Receita Federal), com saldo de 2,1 milhões de francos suíços (R$ 7,5 milhões) (O Globo 26/7/15: 8). O Ministério Público estaria com o extrato dessa conta, com data de 30/6/15. Manter dinheiro no exterior não é crime, desde que tudo seja declarado para o Fisco (e pagos os impostos legais). Sonegar impostos, sonegar para a Justiça Eleitoral a existência de bens no exterior, sim, é crime. Mais um peixe teria caído na rede da imoralidade? Quem está mentindo: a Veja ou o Romário? A Justiça e o próprio Banco nos devem esclarecimentos urgentes. Romário é um político de confiança ou bandeou para o mundo dos “senhores neofeudais” (que se julgam acima da lei e que mandam e desmandam no País, conforme seus caprichos)?

2. A decepção com a notícia não reside no fato de um político brasileiro ter conta na Suíça (isso não é novidade nas republiquetas cleptocratas). O grave, para a política brasileira, é perdermos a esperança que depositamos em Romário para se converter num baluarte moral, particularmente quando ele cobra profunda limpeza na CBF. Romário acaba de dizer que a solução para a CBF “é a prisão dos corruptos e ladrões que a dominam ou dominaram: Del Neto, Marin e Teixeira” (Estadão 30/7/15: A21).

3. A CPI do futebol foi instalada por iniciativa dele. Mas se verídica a notícia da conta secreta, tudo estará desmoronado. Porque sonegador (que é um ladrão do dinheiro público) não tem moral para investigar os “ladrões do futebol”. Mais um combatente caído? Seria a maldição implacável que persegue a cleptocracia brasileira, dominada pelos “senhores neofeudais”?

4. O mais nebuloso: no princípio Romário não desmentiu a notícia (com aquela veemência que estamos acostumados a ver, sobretudo quando ele fala de José Maria Marin, Del Nero, Blatter, Teixeira etc.). Ao contrário, preferiu ironizá-la: “Obviamente, fiquei muito feliz com a notícia. Assim que possível, irei ao banco para confirmar a posse desta conta, resgatar o dinheiro e notificar à Receita Federal”. “Espero que seja verdade; é possível que tenha sobrado (sic) algum rendimento que chegou a esta quantia; estou me sentindo um ganhador da Mega-Sena”. Depois passou a falar em documentos falsos. Mostrou um extrato com o carimbo “FALSO”. A dúvida continua: quem está falseando a verdade, a Veja ou Romário? Quem é o criminoso (o “vilão”) da história?

5. Eu particularmente não gostei da resposta “malufiana” que Romário deu (no princípio). Ganhar dinheiro (honestamente) não é crime. Ter dinheiro no estrangeiro não é crime. Mas de tudo o Fisco tem que ter ciência (e todos os impostos devem ser devidamente quitados). Político também tem que declarar todos os seus bens para a Justiça Eleitoral, ainda que seja “uma sobrinha” (de 7 milhões!). Estaríamos diante de mais um golaço na carreira do Romário, porém, contra? É triste ver as últimas cartas do baralho da moralidade política serem tombadas sob o efeito dominó. Não está sobrando ninguém. A peste da corrupção, da sonegação, da evasão e da lavagem está derrubando todas as nossas lideranças, incluindo aquelas em quem confiamos. Triste republiqueta cleptocrata! Será que sobrará alguém para apagar a luz deste macabro ciclo histórico que não acaba nunca?

Postado no dia 03.08.2015 em JusBrasil 

Por LUIZ FLÁVIO GOMES

Resultado de imagem para Imagem de Luiz Flavio Gomes


-Jurista e professor;
-Fundador da Rede de Ensino LFG e
- Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil.

Comentários


É Luiz Flávio a coisa tá ruça!! Repito aqui o que disse certa vez o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire sobre as saúvas somente substituindo as saúvas por corrupção: "Ou o Brasil acaba com a Corrupção ou a Corrução acaba com o Brasil!!" #Basta

domingo, 2 de agosto de 2015

Como manter a calma em momentos de tensão psicológica


Quem já não sentiu, antes de enfrentar determinadas situações ou tarefas, uma sensação de medo ou um estado de ansiedade e tensão? Até os atores veteranos experimentam ainda momentos de pânico antes de cada representação. Muitas pessoas sentem-se enjoadas, transpiram ou tremem antes de um exame ou uma entrevista importante.

Este tipo de nervosismo, embora desagradável, não é medicamente grave. No entanto, se as crises forem tão fortes que o impeçam de fazer algo relativamente simples ou surgem sem causa aparente, consulte o seu médico.

Se você tem propensão para o nervosismo, esforce-se por levar durante as semanas que precedem um acontecimento que o preocupa uma vida saudável e equilibrada. Coma e beba a intervalos regulares com moderação e evite estimulantes como café forte. Faça exercícios leves regularmente e durma bastante. Arranje tempo para relaxar e se entregar a passa- tempos agradáveis.

Tente vislumbrar o acontecimento. Se você jogar mal num torneio de tênis ou se engasgar num discurso, o seu valor como pessoa não ficará muito afetado; o pior que se pode dizer é que você tentou fazer uma coisa e não foi bem-sucedido, o que acontece a qualquer pessoa. Não permita que o acontecimento que se aproxima assuma proporções desmesuradas.

Trata-se de um acontecimento realmente significativo como um exame, por exemplo —, procure encarar serena- mente hipóteses alternativas se as coisas correrem mal. Talvez você possa fazer o exame novamente em outra ocasião ou prosseguir os seus estudos de outra forma.

Como relaxar

O controle da respiração e os EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO são frequentemente utilizados para ajudar a superar crises de nervosismo. Estas técnicas, parte essencial da IOGA e de vários tipos de MEDITAÇÃO, são ensinadas na preparação para o parto e a doentes que sofrem do coração. Algumas delas são simples e podem ser praticadas a qualquer hora, sem as outras pessoas notarem.

Álcool e tranquilizantes — tomar ou não ?

Uma pequena bebida, por exemplo, pode ajudá-lo a relaxar antes de fazer um discurso, mas, em muitas circunstâncias, entre as quais urna entrevista para um emprego ou um exame de direção, o álcool é claramente contra-indicado. O excesso de álcool prejudica a sua atuação e o hábito de tomar “uma bebidinha para acalmar os nervos” podem conduzir ao alcoolismo.

Nunca tome tranquilizantes ou outras drogas, a não ser por receita médica, e nesse caso só nas doses recomendadas. Se lhe for prescrito um tratamento curto de tranquilizantes, não o interrompa sem falar com o médico e não misture os medicamentos com álcool.

Aprenda a esconder os sintomas

No dia do acontecimento que lhe provoca esse estado de ansiedade, durma uma pequena sesta. Programe o seu tempo para não chegar cedo demais, de forma a não ter possibilidade de ficar remoendo a sua preocupação, nem tarde, ofegante e transpirando. Certifique-se de que você está levando todo o equipamento ou documentos de que vai precisar e que estão em ordem.

Se for necessário falar, tente fazê-lo com clareza e devagar, recorrendo, se for o caso, aos exercícios respiratórios. Não coma as palavras falar depressa demais, poderá perder a sua linha de pensamento.

Muitas pessoas ficam com as mãos tremendo quando estão nervosas, mas, em geral, esse sintoma passa à medida que o acontecimento vai se desenrolando. Nessas horas, agarre de leve os braços da cadeira ou a borda da mesa, se estiver de pé.

Dependendo das circunstâncias, e se achar que isso o ajuda, beba pequenos goles d’água ou chupe uma bala.

Postado no dia 23.03.2012 em http://adilsonnoticias.blogspot.com.br/