segunda-feira, 30 de junho de 2025

É preciso Amor para poder Pulsar


 

@2025 Beca Casal

Recentemente, vi um vídeo no Instagram em que uma influenciadora falava sobre a importância de escolher a pessoa certa para compartilhar a vida, afinal, é essa pessoa quem irá estar ao nosso lado nos momentos mais difíceis que iremos viver: aqueles em que teremos de lidar com doenças graves ou luto.

Eu conheci o amor muito nova, quando ouvia a minha avó Biga falar sobre o homem que ela amou a vida inteira, o meu avô Izoldino. Quando se casaram, o meu avô já era um homem bem mais velho, viúvo, pai de 10 filhos, avô… e minha avó era uma mulher com seus mais de 30 anos, de gênio forte e determinação inabalável, que assumiu o papel de madrasta e "vodrasta" com muita dedicação.

Mais de uma vez eu ouvi falar sobre os cafés da manhã épicos que a minha avó fazia diariamente na fazenda ou sobre a sua hospitalidade toda vez que as férias chegavam e a fazenda se enchia de visitantes. Mesmo depois que o meu avô faleceu, a minha avó continuou a ser tão hospitaleira e acolhedora como sempre com os meus tios e primos, mesmo depois de tentarem negar a ela os seus direitos na herança.

Mesmo tendo crescido sem conhecê-lo[1], a presença do meu avô sempre foi muito forte na minha infância, seja através dos relatos saudosos da minha mãe, ou dos dias dolorosos em que minha avó se recolhia em seu luto e memórias.

Apenas muito tempo após a morte da minha avó[2], descobrimos que ela teve de romper com o próprio pai para viver esse amor - meu bisavô nunca aceitou o casamento dela com um homem viúvo e pai de tantos filhos. Ele nunca conheceu as próprias netas.

Na minha família é comum que, ao nos casarmos, a gente adote a família de nossos companheiros como parte da nossa. Foi assim com meus avós maternos, Abigail e Izoldino, ou com meus avós paternos, Maria Olinda e David, foi assim com os meus pais, Antônio Joaquim e Lázara Antônia, com meus padrinhos, meus tios, meus primos, meus irmãos e, finalmente, comigo.

Desde o começo do nosso relacionamento, meu companheiro demonstrou compartilhar desses valores - mesmo tendo uma história familiar completamente diferente -, o que me fez ficar encantada por ele desde o primeiro instante.

Mesmo sem precisar fazer isso, no 2º encontro ele já estava me acompanhando e ajudando ativamente nas feiras que eu fazia para vender os biscoitos da minha mãe e, a partir de então, ele passou a abdicar de seus dias de descanso quase todos os fins de semana para me acompanhar.

Depois de sonhar por tanto tempo - quase 34 anos - por um amor como o dos meus avós, eu finalmente encontrei alguém com quem poderia contar em todos os momentos, incondicionalmente, todos os dias.

Há alguns meses descobrimos que minha sogra estava doente e já não poderia mais morar sozinha. Trouxemos ela para a nossa casa onde, entre idas ao médico, cirurgia de emergência, traumas familiares e aperto financeiro, temos fortalecido a nossa união diariamente.

No final das contas, eu descobri que o amor não é sobre saber se a outra pessoa vai correr atrás de nós num aeroporto pedindo pra ficarmos[3], mas sim sobre segurar a mão do outro nos piores momentos de nossas vidas.

REFERÊNCIAS

[1] Izoldino Casal Batista faleceu em 12.11.1980;

[2] Abigail Evaristo Casal faleceu em 13.01.2004; e

[3] Referência: Caju - Liniker (Caju - 2024)


BECA CASAL













Segundo suas palavras:


Escritora e poetisa sul-mato grossense, Beca Casal é romântica e sonhadora.

Formada em Tecnologia em Processos Gerenciais pela UFMS (2021), trabalha com marketing digital desde 2014..

Ela é autopublicada pela Amazon e está em processo de produção do seu próximo livro de poesias.


Nota do Editor:

Todos os artigos publicados no O Blog do Werneck são de inteira responsabilidade de seus autores.

domingo, 29 de junho de 2025

Quatro “I’s” para reelaborar e quatro para construir


 ©2025 Renata de Masi



A experiência analítica é atravessada por mudanças singulares. Nesse percurso, há pelo menos quatro pontos identificáveis dos quais o sujeito precisa reelaborar para possibilitar a emergência de uma posição desejante. Em contraponto, há quatro outros pontos a serem construídos, a partir da assunção da castração, do desejo e do vínculo. Escolhi essas oito palavras e vou desdobrá-los a seguir apenas para compartilhar essa reflexão.

I’s a serem abandonados: posições defensivas e alienações estruturais

1. Imaturidade

A imaturidade configura-se como defesa contra o desamparo estrutural. Enraizada em uma posição binária, sustenta o ego em um funcionamento primitivo, marcado pela cisão, projeção e demanda de completude. O Outro parental é mantido como suporte narcísico, e o sujeito evita o reconhecimento da própria divisão;

2. Injustiça

Quando a lei simbólica não é metabolizada, o sujeito introjeta um supereu feroz que o captura pela culpa. A injustiça vivida nos afetos impede a mediação simbólica e fixa o sujeito a uma posição de dívida e reparação. O amor se confunde com captura, e o desejo do Outro é vivenciado como prisão;

3. Intolerância

A intolerância emerge como resposta à angústia frente à alteridade. O desejo do Outro é percebido como ameaça, e o diferente é vivenciado como intrusão. Incapaz de sustentar a diferença, o sujeito apela à projeção e à segregação psíquica, recusando o enigma do próprio desejo e

4. Ideal

O ideal do eu funciona como suplência narcísica que mascara a castração. Mantido como referência imaginária, impede o sujeito de operar no campo simbólico. A cultura reforça esses ideais por meio de ideologias de sucesso, controle e perfeição. Romper com o ideal é aceitar a incompletude como fundamento subjetivo.

I’s a serem construídos: operações subjetivas em direção ao desejo

1. Inteligência

A inteligência psíquica diz respeito à capacidade de elaborar perdas, sustentar ambivalências e simbolizar experiências. Envolve não apenas o saber, mas a disposição para o não-saber, condição essencial para aprender com a experiência

2. Independência

Independência é o efeito da simbolização da separação. O sujeito que suporta a solidão estrutural torna-se capaz de operar escolhas não determinadas pela compulsão à repetição. Dar conta do próprio estranho é reconhecer o inconsciente como parte constitutiva de si. E a profissão é responsável como boa parte dessa questão;

3. Interesse

Ser interessante e se interessar é ser desejante; não para o Outro, mas a partir do Outro. A autoestima simbólica nasce do reconhecimento e não da validação imaginária. Amabilidade e abertura ao saber operam como efeitos da implicação subjetiva no laço e

4. Intimidade

Intimidade é o espaço onde o sujeito suporta suas verdades, sem recorrer à lógica persecutória. A confiança é efeito de um laço simbólico sustentado na ética do desejo. Onde há intimidade, há espaço para o desejo circular sem captura.

Considerações finais

O processo analítico é um percurso ético no qual o sujeito se desloca das posições defensivas que sustentam o gozo repetitivo e se inscreve como responsável por seu desejo. Os quatro primeiros “I’s” representam formas de gozo alienante; os quatro últimos, operações possíveis de subjetivação.

A clínica psicanalítica não propõe um ideal de cura, mas a abertura de um campo onde o sujeito possa se autorizar a existir, criando um estilo próprio a partir da travessia de suas questões. O sujeito analítico, ao final de um percurso, não é aquele que sabe, mas aquele que sustenta o não-saber como potência.

RENATA DE MASI














-Psicóloga e Psicanalista com atendimento a crianças e adultos em consultório particular em Santo André/SP;
-Psicóloga graduada na UniABC (2011);
-Pós em Psicopedagogia pela UniABC(2012);
-Supervisora clínica;
-Coordenadora do Espaço Rêverie
-Coordenadora do ILPC ABC
E-mail: reverieespaco@yahoo.com
Tel/WhatsApp: (11) 9.8487.6907

Nota do Editor:

Todos os artigos publicados no O Blog do Werneck são de inteira responsabilidade de seus autores.

Cuidar de bebês reborn é diversão ou adoecimento mental?


  ©2025 Juliana Silva




Um assunto que ganhou destaque nos últimos meses é o uso que algumas mulheres fazem dos bebês reborn - bonecos realistas que se parecem com bebês humanos. Esta temática gerou polêmica depois que vídeos mostrando a rotina diária de colecionadoras e seus bebês viralizaram nas redes sociais Instagram e TikTok.

Inicialmente, muitos criticaram o fato de mulheres adultas brincarem com bonecas, mas depois vieram os questionamentos sobre a saúde mental de mulheres que foram além do brincar, tratando os bebês reborn como bebês reais. A questão tem chamado tanto a atenção que recentemente foi destaque de reportagem do jornal norte americano The New York Times e encenação da novela ‘Vale Tudo’, da TV Globo. Diante de tamanha repercussão é importante levantar algumas reflexões do ponto de vista psicológico.

SOBRE O BRINCAR

Há cerca de 10 anos, acontece em espaços públicos o encontro de fãs/colecionadoras de bebês reborn, destinado a troca de experiências das mulheres com seus bebês. O encontro deste ano ocorreu no dia 13 de abril no parque Ibirapuera e foi alvo de chacota por parte de muitos internautas, que diziam que elas não tinham o que fazer e deveriam adotar uma criança de verdade, ou que era falta de homem ou que estavam loucas. No entanto, colecionadores de figurinhas, de camisas de time de futebol, de miniaturas de carros também se encontram, os vídeos também viralizam e - pasmem! - não nos causa estranheza. Vamos refletir um pouco a respeito?

Socialmente, à mulher só é permitido brincar até os primeiros anos da segunda infância, fase que vai dos 6 anos até a puberdade. Depois disso, é comum uma menina de 12 anos ouvir que ela não é mais criança para brincar de boneca. Já ao homem, tudo é permitido. Ele pode soltar pipa em cima das casas mesmo depois de adulto, pode se encontrar com outros homens para trocar figurinhas, pode participar de encontros de colecionadores de carrinhos, de super-heróis, de camisa de time etc. e não ouvirá ninguém dizer que ele não tem o que fazer, ou que está louco ou que lhe falta uma mulher. Ao fazermos tal comparação fica evidente o quanto a mulher é cobrada quando faz algo que a sociedade diz que não é para ela. Neste sentido, uma mulher andar com seus bebês reborn pelas ruas, brincar com eles, ter coleção, trocar as roupinhas ou ir a encontros com outras mulheres que também colecionam, equipara-se a homens que jogam video-game, soltam pipa, colecionam miniatura de carros ou bonecos de super-heróis. Não há nenhum problema, por mais estranho que lhe pareça.

O fato de uma pessoa adulta colecionar bonecas e/ou brincar com elas não é sinônimo de adoecimento mental, é apenas um gosto pessoal que precisa ser respeitado. A questão se torna um problema quando o recreativo cede lugar à desconexão com a realidade, à falta de noção de limites ou ao isolamento social e nesses casos é importante buscar ajuda psicológica.

SOBRE LUTO

Algumas mulheres que passaram por abortos espontâneos, tiveram filhos natimortos ou perderam seus filhos logo após o nascimento (ou alguns meses após) dizem ter encontrado alento nos bebês reborn depois da perda. Embora o uso de objetos simbólicos seja terapêutico em alguns casos, é importante lembrar que o luto é um processo de elaboração da perda. Se apegar a um boneco pode tornar o processo do luto confuso, pois há o risco de a mulher buscar no boneco uma fuga da realidade, deixando assim de elaborar o sentimento de uma dor real e com isso prolongar por mais tempo que o necessário a negação da perda.

Nos casos em que é indicado o uso de objetos simbólicos para elaboração de perdas, é necessário o acompanhamento psicológico para que o(a) profissional avalie se a interação com o(a) boneco(a) está impedindo o acesso ao luto.

SOBRE TREINOS ANTES DA MATERNIDADE REAL

Semanas atrás vi propagandas de e-books que ensinam mulheres a cuidarem de seus bebês reborn; são guias para criar uma rotina de cuidados como se fosse um bebê real (qual a hora certa de colocar para dormir, trocar fraldas, dar banho etc.). Há quem acredite que tais guias podem preparar a mulher para ter seu primeiro filho, porém é importante lembrar que bebês reborn são o que são: bonecos e portanto, não há como comparar seus cuidados aos de um bebê real. Vale ressaltar que treino de prática é diferente de treino de rotina; há profissionais que usam bonecos(as) para ensinar a forma certa de segurar um bebê, amamentar, dar banho, e essa simulação de prática ajuda no entendimento do manejo correto, diferente da rotina, que depende da individualidade e da relação mãe-bebê.

Via de regra todos os brinquedos vem com pequenos manuais que explicam o que fazer para que o objeto tenha maior durabilidade e esses são os cuidados que uma colecionadora de bebê reborn precisa ter para que ele dure mais. Amar um boneco e tratá-lo como um bebê real, não o torna real e nem próximo disso. Um bebê humano sente fome, sono, chora, fica doente, suja as fraldas e exige cuidados que farão com que a rotina com ele não seja estática como com um(a) boneco(a). Estabelecer práticas com um(a) boneco(a) visando manter os mesmos hábitos quando tiver um(a) filho(a) alimentará expectativas ilusórias sobre a maternidade, o que poderá gerar grandes frustrações e trazer imenso sofrimento à mãe.

SOBRE FALTA DE NOÇÃO DE LIMITES

Há cerca de duas semanas, duas cenas da novela ‘Vale Tudo' envolvendo bebês reborn chamaram a atenção. Na primeira, o personagem César vai com seu amigo até uma lanchonete e, por estar com o bebê reborn no colo, passa na frente das pessoas que estavam na fila. Na hora de pagar a conta, ele coloca o boneco de qualquer jeito sobre o balcão e é questionado por alguém da fila por não ser um bebê de verdade, ao que ele responde que é um boneco de suporte emocional e manda o rapaz pesquisar na internet. Na segunda cena, a personagem Aldeíde chega atrasada no trabalho por dificuldades em carregar a boneca, um carrinho de bebê e bolsa com roupas e fraldas. Ao ser questionada pela colega de trabalho, ela pega a boneca pelo braço e diz que não está doida e sabe que é uma boneca, mas que gosta de fingir que é um bebê. Contudo, no momento que o chefe chega com outro funcionário, ela pede que este fale baixo porque a bebê está dormindo.

Talvez você diga: "ah, é apenas uma novela. Isso não acontece de verdade", mas é importante lembrar que a arte imita a vida e, sim, isso acontece ou pode acontecer na vida real, tanto que nas últimas semanas circularam informações de mulheres que levaram seus bonecos para atendimento de urgência em UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e para tomar vacina em posto de saúde. Após tais ocorrências, deputados protocolaram projetos de lei que proíbem o atendimento de bonecos em instituições de saúde públicas e privadas. Também foram noticiados dois casos envolvendo a Justiça: um sobre uma mulher que tentou processar a empresa que lhe negou o pedido de licença-maternidade para cuidar de bebê reborn, e outro, sobre um casal que entrou em disputa pela guarda de uma boneca.

Como já dito, ter um bebê reborn e andar com ele pelas ruas não é problema. O limite é justamente apenas portar o boneco. Se alguém gosta de fingir que é um bebê real, precisa ter discernimento de não impor sua fantasia ao outro e nem deixar de cumprir regras sociais/institucionais, como, por exemplo, se atrasar no trabalho sob argumento de cuidados com o boneco, exigir atendimento preferencial nos estabelecimentos ou direitos garantidos a seres humanos.

QUANDO PROCURAR AJUDA

Os eventos noticiados sobre ocorrências com a justiça ou bebês reborn levados para atendimento de saúde, por si só não devem ser vistos como urgência de ajuda psicológica, pois vivemos em uma época em que chamar atenção nas redes sociais gera em algumas pessoas o sentimento de pertencimento e aceitação. Isso quer dizer que alguém pode agir de tal forma para gravar e postar nas redes somente com o intuito de viralizar, ser visto e comentado e então cada caso deve ser analisado individualmente. Não ser caso de urgência para apoio psicológico não descarta, porém, a importância de a pessoa fazer psicoterapia para tentar trabalhar as questões que a levam a agir de forma imprudente e inconsequente, por vezes atrapalhando ou atrasando a vida de quem realmente precisa dos serviços/benefícios.

Além da situação comentada sobre a necessidade de acompanhamento psicológico quando se faz uso de bonecos como objetos simbólicos para elaboração de perdas, cuidar de bebês reborn deixa de ser recreativo e requer atenção quando a pessoa rompe com a realidade ou quando se isola das relações humanas restringindo o contato apenas com o boneco. O romper com a realidade pode ser entendido, por exemplo, como a pessoa acreditar de fato que o boneco sente e/ou tem reações como um bebê humano e nesses casos o acompanhamento é importante para que se avalie se há alguma predisposição psiquiátrica anterior à aquisição do boneco. Importante ressaltar que o brinquedo de maneira independente não causa nenhum transtorno mental.

Outra situação que aponta desconexão com a realidade é quando a pessoa fica intensamente triste, com angústia ou ansiedade quando fica longe do bebê reborn. Neste contexto é importante o acompanhamento psicológico para que a pessoa tenha um espaço de escuta, entenda qual a função do boneco em sua vida e ressignifique esse vínculo.

Em circunstâncias nas quais alguém se isola das pessoas e cria laços somente com bonecos, pode ocorrer a perda da capacidade de conexão com o outro e a pessoa passar a ter um olhar equivocado sobre si. Mais uma vez o acompanhamento psicológico se faz importante para que a pessoa possa ser ouvida em suas frustrações, identifique o que há de tão aversivo nas relações humanas e tenha o suporte necessário para reestruturar/restabelecer relacionamentos interpessoais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora seja repetitivo reitero que o fato de uma pessoa adulta colecionar bonecas e/ou brincar com elas, não é sinônimo de adoecimento mental e sim apenas um gosto pessoal que precisa ser respeitado. Se você ou alguém do seu convívio tem um bebê reborn saiba que você é livre para ter o que quiser, mesmo que outros achem estranho. E se você percebeu que se enquadra nas situações que requerem atenção e apoio psicológico, busque ajuda, fazer terapia é um ato de amor com você mesmo(a). Cuide do bebê reborn com todo amor que você tem para oferecer a um(a) boneco(a) que você ama (e tá tudo bem!) e cuide de você (ou dos seus) como alguém real, que também merece cuidados!

JULIANA SILVA
















- Formada em psicologia pela Universidade Paulista – UNIP (2015) ; 

- Psicóloga clínica sob abordagem Sistêmica / CRP: 06/127380; 

- Atendimento online: adulto – individual, família e casal; 

- Coautora do livro “Vida bem vivida – motivação e bem-estar”. 

Contatos: WhatsApp: +55 (11) 99812-7167 

E-mail: julianasilva.psico@gmail.com 

Instagram: @psi_julianasilva

Nota do Editor:

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