sábado, 13 de agosto de 2016

A liberdade educa ou a educação liberta?


[...] Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda... (Cecília Meireles)


A vinculação entre os objetivos do processo educacional e os ideais de liberdade e autonomia parece ser um elemento comum e recorrente nos mais variados discursos pedagógicos que marcaram o século XX. 

Bem, Sócrates era um homem livre? 

Um grego que lhe fosse contemporâneo responderia afirmativamente, sem hesitar. Afinal ele era um cidadão ateniense, com direito a voz e voto nas assembleias, podia participar da vida pública, exercia na Praça Pública - na Agora - e nos Ginásios sua liberdade, como seus concidadãos. Era livre porque cidadão de uma polis livre.

Ao comentar essa concepção de liberdade, concebida como uma potencialidade da vida política, Arendt afirma que, para os antigos:
"Antes que se tornasse um atributo do pensamento ou uma qualidade da vontade, a liberdade era entendida como o estado do homem livre, que o capacitava a se mover, a se afastar de casa, a sair para o mundo e a se encontrar com outras pessoas em palavras e ações. Essa liberdade, é claro, era precedida da liberação: para ser livre, o homem deve ter se liberado das necessidades da vida. O estado de liberdade, porém não se seguia automaticamente ao ato de liberação. A liberdade necessitava, além da mera liberação, da companhia de outros homens que estivessem no mesmo estado, e também de um espaço público comum para encontrá-los - um mundo politicamente organizado, em outras palavras, no qual cada homem livre poderia inserir-se por palavras e feitos." 
Claro está que ela está a recorrer à experiência política das polis democráticas para elucidar o sentido da noção de "liberdade" como atributo da vida pública, não está interessada exclusiva ou preponderantemente na apresentação de um dado histórico.

Trata-se de, por meio da análise de um momento histórico, ressaltar uma dimensão do conceito de liberdade que foi obliterada a partir da emergência das noções estoica e cristã de "liberdade interior". Em ambas, em que pesem outras importantes diferenças, concebe-se a "liberdade" como faculdade de escolha de um indivíduo, por exemplo, em face de uma contingência da vida ou de um dilema ético. A liberdade migra, assim, do âmbito da ação política na esfera pública para o do interior da alma humana. Sua experiência deixa de ser ligada ao poder de homens que agem em concerto, para se referir a uma característica do tipo de relação que se estabelece entre um indivíduo e sua consciência ou sua vontade.

Assim, ao desvelar o processo de interiorização da liberdade, Arendt reafirma sua preocupação com a dignidade da ação política, na medida em que esta potencializa a liberdade como faculdade humana de fazer emergir algo inesperado, romper com processos históricos automáticos cristalizados numa ordem política e social herdada para criar o novo, para começar algo imprevisto e imprevisível:
"Fluindo na direção da morte, a vida do homem arrastaria consigo, inevitavelmente, todas as coisas humanas para a ruína e a destruição, se não fosse a faculdade humana de interrompê-las e iniciar algo novo, faculdade inerente à ação como perene advertência de que os homens, embora devam morrer, não nascem para morrer, mas para começar."
Assim, ontologicamente radicada no homem como faculdade, a liberdade se manifesta como fenômeno tangível e público na ação que, ao romper com o passado, cria o novo, dá à luz algo que não se reduz a uma consequência "necessária" desse passado, nem à atualização de uma potencialidade previamente vislumbrada, mas que, como um milagre, interrompe um processo automático de forma inesperada. Há, pois, um inegável sentido programático na distinção por ela proposta entre "liberdade" como condição política e como autonomia da consciência ou da vontade; ainda que tal distinção não vise uma orientação prática imediata de qualquer sorte *.

E não é menos potencialmente programática ou persuasiva a clássica concepção da liberdade dos modernos, tal como a propõe Benjamin Constant ao contrastá-la com a dos antigos:
"O que em nossos dias um inglês, um francês, um habitante dos Estados Unidos da América entendem pela palavra liberdade? [...] É para cada um o direito de não se submeter senão às leis, de não poder ser preso, nem detido, nem condenado, nem maltratado de nenhuma maneira, pelo efeito da vontade arbitrária de um ou de vários indivíduos. É para cada um o direito de dizer sua opinião, de escolher seu trabalho e de exercê-lo; de dispor de sua propriedade, até de abusar dela; de ir e vir, sem necessitar de permissão e sem ter que prestar conta de seus motivos ou de seus passos. É para cada um o direito de reunir-se a outros indivíduos, seja para discutir sobre seus interesses, seja para professar o culto que ele e seus associados preferirem, seja simplesmente para preencher seus dias e suas horas de maneira mais condizente com suas inclinações, com suas fantasias. (p. 81, grifos meus)"
Ora, é evidente que, em face dessa formulação do conceito de liberdade, a resposta à pergunta anterior - "Sócrates era um homem livre?" - seria necessariamente outra. Poderia ser objetado que, apesar de cidadão de uma polis, Sócrates não tinha o direito de exercitar livremente sua crítica, já que ela o levou à condenação e à morte, num claro constrangimento à liberdade de consciência, escolha e expressão individual. Ao contrário da noção anterior, na qual a realização da liberdade exige a ação política e, portanto, o encontro entre pares num espaço comum que comporte a pluralidade dos homens, a concepção apresentada por Constant é a da liberdade do indivíduo. Nela a liberdade identifica-se antes com a garantia de limites de interferência nas escolhas individuais do que com o poder de ação conjunta. Trata-se de uma liberdade em relação ao outro, enquanto a dos antigos é concebida como a capacidade de ruptura em relação ao passado, decorrente da autonomia política dos cidadãos. Por isso, muitas vezes a concepção moderna que identifica a liberdade com os direitos civis tem sido definida como uma "liberdade negativa", no sentido de que se realiza por meio das garantias de "não interferência" do Estado em âmbitos fundamentais da vida de um indivíduo. Como destaca Berlin (2002):
"[...] a defesa da liberdade consiste na meta negativa de evitar a interferência [...]. Essa é a liberdade como foi concebida pelos liberais no mundo moderno desde Erasmo aos nossos. Toda reivindicação de liberdades civis e direitos individuais, todo protesto contra a exploração e a humilhação, contra o abuso da autoridade pública, ou a hipnose de massa do costume ou da propaganda organizada, nasce dessa concepção individualista e muito controvertida acerca do homem. )"
É importante frisar que não se trata da mera substituição histórica de um conceito por outro, tido por mais adequado, como no caso do conceito de "movimento" na física moderna em relação à aristotélica. Tampouco de duas concepções que, por incidirem sobre aspectos diferentes da experiência de liberdade, podem ser somadas e harmonizadas sem grandes conflitos. Embora não sejam logicamente incompatíveis, essas concepções de liberdade - como atributo da vida política ou como conjunto de liberdades individuais e direitos civis - representam, historicamente, perspectivas alternativas engendradas por modos de vida distintos e alimentadas por princípios muitas vezes conflitantes.

É evidente que a dicotomia apresentada não esgota a diversidade de perspectivas sobre o tema. Ela busca, tão somente, ilustrar o caráter persuasivo que costuma impregnar a apresentação e difusão do conceito de "liberdade" em discursos políticos, já que, para além da elucidação de um sentido, sua elaboração conceitual se vincula a princípios capazes de inspirar ações e transformar práticas. Assim, a busca pela elucidação das divergências implica uma avaliação dupla, que considere tanto as delimitações teóricas quanto as práticas historicamente associadas a cada uma das perspectivas em disputa.

À primeira vista esse aparente consenso poderia indicar um raro acordo em um campo marcado por disputas teóricas e práticas, em geral fundadas em pressupostos divergentes e que costumam apontar para ideais conflituosos e procedimentos alternativos. 

Vou procurar argumentar no sentido de que essa aparente unanimidade tende a se esvair na medida em que se elucidam os diferentes sentidos atribuídos ao ideal de "liberdade" e que se confrontam os esforços práticos por meio dos quais se busca realizá-lo no campo da educação. 

Para isso, recorro à análise de algumas das diferentes acepções do conceito de "liberdade", opondo a concepção que nela vê um desígnio político a ser alcançado na vida pública às correntes que a identificam ora com a faculdade subjetiva da vontade, ora com a não interferência na escolha individual. 

Feitas essas reflexões e sabedora da complexidade delas propõe que afirmemos que o processo educacional e revolucionário e libertador, mas a Educação genuína emerge da Liberdade plena."

REFERÊNCIA

*Deve-se destacar que o caráter programático ou persuasivo de uma definição ou conceito depende não de sua formulação, mas do contexto linguístico em que ocorre. Assim, uma mesma formulação linguística pode ter ora um papel programático, ora descritivo ou elucidativo. 

Por SELMA MARTINS


- Publicitária;
- Pedagoga; e
- Apaixonada pela vida
-Frase:Pior que a verdade é a convicção: Nos limita e impede nossa evolução
-Mora Em Capinas, São Paulo

Por PEDRO BENEDITO NETO










- Campinense residente no Chile;
-Formado em Teologia e Ciências Sociais;
-Pós graduado em Economia, História;
- MBA em Negócios e Terceiro Setor
No Brasil tem parceria com o ICEP (Instituto Campinas de Ensino e Pesquisa) e com a Escola Arquimedes trocando experiências e resultados de projetos.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Candidato de um SÓ voto


Sou candidato a Prefeito em SP e tenho apenas um voto:o da minha mãe.Vejam porque:

1° Nenhuma regional seria administrada por políticos. Eu procuraria no serviço público Engenheiros e administradores formados ou formando e se não achasse procuraria na área privada, que tivessem conhecimento da área e que apresentassem um projeto de curto, médio e longo prazo para sanar as mazelas...

Este cargo seria preenchido por dois anos e se as metas não forem atingidas o escolhido cairá fora;

2° Nada seria de graça na minha administração. Quem quiser algum benefício tem ter em mãos notas fiscais provando ser contribuinte;

3° Resgataria o controle das áreas público privadas onde qualquer tipo de invasão, vandalismo ou atentado qualquer ao direito de propriedade seriam punidos com a proibição por décadas a acesso a qualquer benefício como moradia, creche e outros;

4° Todas as compras teriam um parâmetro para aferição dos preços: Preço de referência regional, estadual, federal e internacional;

5º Toda licitação depois de entregues a documentação que prove que a empresa está em dia com suas obrigações e que tenha capacidade técnica comprovada irá a leilão ao vivo e a cores. Sem esse negócio de envelopes marcados. Quem apresentar o melhor preço, seguro e prazos com multas altíssimas leva;

Obs:

Fim imediato de aditivos de contrato.

6° Fim de distribuição gratuita de uniformes, material escolar e outros. Os pais os comprarão e se comprovarem falta de condição financeira serão reembolsados mediante a apresentação das notas fiscais de aquisição;

7° Cada escola terá o seu próprio uniforme de identificação. Aos pais que não tiverem condições financeiras de arcarem com a aquisição serão reembolsados da mesma forma exposta no 6º item;

8° Toda escola municipal terá a mesma infraestrutura de uma escola particular. Fecharei todas as delegacias regionais de ensino. Tudo o que for economizado irá para os professores em forma de prêmios por assiduidade,frequência e objetivos alcançados; 

9° Na área de mobilidade a sociedade tem que entender que não existem milagres. Ou se consegue a rapidez e a agilidade ou se oferece engodos como Wi-Fi e ar condicionado em alguns ônibus como propaganda enganosa;

É possível impactar a mobilidade em 30% com ações administrativas, 25% com ações pontuais, 20% com logística reversa e 25% com ações estruturais que demandam tempo maior que uma década.

Quem quiser ser enganado com ideias e ideais vencidos e exaustivos de corredores e reclamar que o Metrô está demorando fiquem com seus eternos candidatos de sempre;

10° Na área da Saúde é preciso retomar a medicina preventiva e usar o N° do CPF para evitar fraudes em consultas e medicamentos. É possível aumentar em 45% o número de consultas com especialistas sem um investimento financeiro grande usando apenas tecnologia e logística de atendimento.

Uma empresa de tecnologia premiada no Brasil e no Mundo teve acesso a uma sinopse de um estudo que faço e segundo eles minhas ideias tem fundamento prático. Mas nossos políticos não gostam de praticidade e de redução de custos; e

11° Com 50 milhões anuais a Prefeitura junto com o Estado poderá agir e fornecer ao cidadão uma segurança mais efetiva ,pois, em meu raciocínio Segurança é sinônimo de PREVENÇÃO.

Bem, essas ideias são tolas e provavelmente insanas. Mas garanto que se qualquer uma delas fosse aplicada o impacto real e imediato seria sentido por uma grande parcela da sociedade...

Por  ÁLVARO MARCOS SANTOS









-Microempresário na área de prestação de serviços
-Autodidata formado pela Faculdade da Vida

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

O Melhor Lugar é Aqui



Nós brasileiros temos o costume, e com razão, de reclamar praticamente de tudo o que acontece e do que não acontece em nosso país chamado Brasil. Reclamamos de nossas cidades, de nossas ruas, de nossos hospitais, de nossas escolas, da nossa segurança, de nossos políticos, cada um com uma ideia diferente para mudar e melhorar cada aspecto citado acima, cada um com sua ideologia, cada um com sua tese, mas poucos colocam elas em prática, poucos procuram fazer o que é certo, muitos fazem o mesmo que criticam no outro, muitos só reclamam e nada fazem, mas este é o jeito brasileiro de viver, reclamar e reclamar, na maioria das vezes pelas redes sociais, até eu já fiz isso, a grande maioria já o fez. Sabemos dos problemas do nosso País, dos nossos Estados, das nossas cidades, e é por isso que reclamamos tanto, mas no fundo sabemos que aqui é o melhor lugar do mundo para morar e viver, do nosso jeito brasileiro de ser. 

Nós brasileiros temos que dar graças e agradecer, pois aqui podemos reclamar, podemos xingar, podemos cobrar... Quantos e quantos países proíbem o seu povo de expressar o que pensam e sentem? muitos. Temos que nos orgulhar do lugar em que nascemos, crescemos e vivemos até hoje, mesmo com tantos problemas de infraestrutura, de saúde, segurança, educação, saneamento básico e falta de emprego, temos que viver cada dia pensando no que melhorar para o amanhã, pois quem faz o país somos nós, o povo. Os políticos somente governam e pensam que mandam em alguma coisa, mas na verdade quem manda nesse país é o brasileiro, aquele que acorda cedo para trabalhar e estudar de forma honesta e pacífica, quem manda nesse país é aquele que respeita o próximo e respeita as leis, é aquele que luta por seu país, é aquele que se orgulha em ser Brasileiro.


Por Fernando Bervian
 
    - Administrador do Blog do Bervian;
      - Gaúcho de Ivoti/RS;
        - Ensino Médio Completo;
          - Futuro Jornalista.  

          quarta-feira, 10 de agosto de 2016

          A prática da redução de quantidade dos produtos alimentícios pelos fornecedores


          Em época de variação positiva na inflação, em que o índice IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulou um crescimento de 4,42% nos seis primeiros meses do ano[1], verifica-se que os fornecedores estão reduzindo a quantidade de produtos alimentícios para comercializarem no mesmo valor.

          A estratégia é adotada pelos fornecedores como forma de preservar o preço final do produto, cedendo à alta dos custos de fabricação, mas tentando resguardar sua posição no mercado. No entanto, essa prática é conhecida como “maquiagem de produto”, que se não informada de maneira ostensiva para o consumidor, podem os fornecedores ser multados. 

          A redução de quantidade dos produtos alimentícios não é ilícita, contudo devem ser respeitadas certas condições. O consumidor deve ser informado da redução na embalagem do produto, de modo visível e destacado, por no mínimo três meses. Além disso, a Portaria nº 81 do Ministério da Justiça, de 23 de janeiro de 2002[2], estabelece que a informação da redução deve constar em área de 20% da embalagem.

          O artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor[3] também ampara os consumidores sobre os possíveis danos, já que prevê a responsabilidade dos fornecedores pelos vícios de qualidade e quantidade dos produtos decorrente das indicações da embalagem.

          A União, através do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, já aplicou R$35 milhões em multas, de 2002 até o fim de 2013[4] por falta de informação ao consumidor sobre a redução da quantidade de produto. Um caso recente aconteceu com a empresa Pepsico do Brasil, que foi condenada a pagar multa de R$47,2 mil por não ter sido informada a redução do volume do produto de forma ostensiva e destacada em embalagem do Toddy Pronto. Esta decisão foi confirmada em segunda instância, através da 3ª Turma do TRF da 3ª Região[5]

          Assim, o consumidor deve ficar atento com as embalagens do produto, preferindo a marca que lhe dê mais vantagem na relação preço x quantidade, e denunciar qualquer prática abusiva do fornecedor quanto à “maquiagem de produto” e propaganda enganosa. Consumidor consciente é aquele que faz valer seus direitos! 

          REFERÊNCIAS

          [1] http://br.advfn.com/jornal/2016/07/ipca-inflacao-acumula-alta-de-4-42-nos-seis-primeiros-meses-do-ano 

          [2] http://www.procon.sp.gov.br/texto.asp?id=2247 

          [3] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm 

          [4]http://oglobo.globo.com/economia/defesa-do-consumidor/peso-de-alimentos-diminui-mas-precos-sao-mantidos-13473152 

          [5]http://www.migalhas.com.br/Quentes/17%2cMI243030%2c81042-Informacao+sobre+redução+do+produto+ 
          em+embalagem+nao+basta+se+leitura

          Por TÁVIA LORENZO MOTA

















          -Graduada pela Faculdade Três Pontas -Grupo Unis
          -Advogada de ReisMattos Advocacia

          terça-feira, 9 de agosto de 2016

          A Lei Complementar em matéria tributária


          A Lei Complementar é de extrema importância no direito tributário. Preconiza o artigo 146 e seus incisos, da Constituição Federal, que compete à Lei Complementar dispor sobre conflitos de competências em matéria tributária entre os entes federados, regular as limitações ao poder de tributar e estabelecer normas gerais, especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição, os respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes, obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários,sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas e sobre a definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte.

          Ademais, as matérias reservadas à Lei Complementar são taxativamente previstas na Constituição Federal, a exemplo do Imposto sobre Grandes Fortunas, de competência da União, nos termos do artigo 153, inciso VII. Caso a União pretenda exercer sua competência e instituir o Imposto sobre Grandes Fortunas, em razão de determinação constitucional, deverá fazê-lo através da Lei Complementar. No mesmo sentido, a competência residual da União, conforme artigo 154, inciso I, da Constituição Federal.

          Quanto à natureza da Lei Complementar em matéria tributária, há duas correntes de pensamento. A teoria dicotômica entende que a Lei Complementar deve dispor sobre normas gerais em matéria tributária, dispondo sobre conflitos de competência e regulando as limitações ao poder de tributar, enquanto a teoria tricotômica entende que a Lei Complementar deve dispor sobre conflitos de competência, regular as limitações ao poder de tributar e estabelecer normas gerais.

          Apesar de não haver hierarquia entre Lei Complementar e Lei Ordinária, há diferenças no aspecto formal e no aspecto material. A Lei Complementar, formalmente, necessita de quorum qualificado para ser aprovada (maioria absoluta nas duas casas do Congresso Nacional), e materialmente, além de sua taxatividade, pode-se concluir que tais matérias reservadas à Lei Complementar são de maior relevância, o que justifica a necessidade do quorum qualificado para sua aprovação. 

          Por LORENA PROPRENTNER










          -Especialista em direito tributário e
          -Proprietária do escritório Lorena Proprentner - Consultoria e Advocacia tributária
          Tel:(11) 98215-5942

          segunda-feira, 8 de agosto de 2016

          A Melhor Idade e a Plenitude


          Passar dos 60 anos em um mundo tão dinâmico e atingido por tanta violência e epidemias parecia ser um desafio em outrora, porém no decorrer dos últimos anos temos visto crescer demais essa população tão querida por muitos e infelizmente desprezada por alguns seres desprovidos de sensibilidade. 

          Mas esse humilde autor tem necessidade de auxiliar nossos idosos, talvez por gratidão de poder sempre sugar a sabedoria e experiência desses que já viram por muito o sol se por e nascer, ou por amor e afeto pelos que participaram da criação e desenvolvimento desse novo tempo.

          Sim essa população tem crescido e é parte importante da sociedade atual, tem seus valores, produtos exclusivos, gosto próprio. “Envelhecer” é uma arte, porém tenho nesse pouco tempo trabalhando em meio a idosos notado a diferença em pessoas que chegam a 3ª idade. 

          Seria a terceira idade realmente a melhor idade? 

          Talvez para muitos não, porém isso não tem muita relação com a idade em si, mas sim com a forma que as pessoas chegam e aceitam essa idade, muitos acham que passar dos 60 anos é chegar a fase final da vida, não a preocupação em alongar seus anos, encontram conflitos existenciais dentro de si mesmo, que influem em sua saúde psíquica, física e espiritual, essa última que não tem nada haver com a relação religiosa, mas sim com o estado de espírito da pessoa, o tal prazer de viver, sua relação com as pessoas ao seu redor, sua motivação para tarefas diárias.

          Por que não ser um jovem de 60 anos, com expectativa de viver mais de 100? Muitos já conseguiram, depende de como você que lê nesse momento esse texto vai enfrentar essa linda fase da vida.

          Muitos se excluem da sociedade, enclausurado-se dentro de apartamentos e casas, que de tão fazias traz os fantasmas de si mesmo a tona, fazendo pensar se valeu a pena o viver, ou refletindo sobre erros e vivendo remorsos que deveriam ser esquecidos, outros se preocupam em reclamar da grama do vizinho, da felicidade do próximo e até de si mesmo e, outros ainda querem viver loucamente o que nunca viveram ir à famosa “forra”, viver em festas, tornarem-se escravas do álcool e dos abusos em uma idade que o cuidado com a saúde deveria ser observado. 

          Todos esses fatores de risco tem abreviado vidas, daqueles que chegaram aquela que deveria ser a melhor idade. 

          E como ter uma vida plena nessa idade, mesmo com as limitações que corpo impõe? 

          Sim é possível, é na melhor idade que a vida realmente começa! É o momento de realizar, não importa a única limitação e a sua intenção de ser feliz, sorria para vida, seja sim um (a) jovem.Que tal programar umas viagens, arrume sua mala, vá ver sua família, vá conhecer cidades, aposto que com 60 anos não conheceu ainda nem seu Estado, muito menos o seu País, então saia para ganhar o mundo, abra a porta de novas amizades, faça questão de conhecer pessoas, se relacione, hoje são tantas opções, encontros, bailes, aulas de dança de salão atividades esportivas, clubes de leitura, que além de melhorar seu espírito, farão bem a sua saúde física e psíquica e desenvolverá ainda mais vosso intelecto. 

          Talvez você esteja dizendo: 
          - mas tenho  diabetes, ou hipertensão, ou até mesmo não tenho mais forças para essas coisas.

          Deixa eu lhe contar um segredo, a força está dentro de você: se descubra.

          Quanto a essas doenças, que tal acordar de manhã para fazer um exercício, existem várias opções para controlar essa companheiras indesejáveis, fazer caminhadas, aulas de alongamento, atividades rítmicas, e para energizar e revitalizar o corpo pratique o Tai Chi ou o Yoga, encontrando o equilíbrio e energia adequada para viver mais e melhor. 

          Não há limites e barreiras para quem quer ser feliz, chegou seu momento, ainda há tempo para viver a melhor idade só depende de você fazer do “Envelhecer” um momento mágico e o melhor de todos. 

          Então agora levante dessa poltrona, saia de casa e vá viver pois ainda é um jovem e capaz.A felicidade está aí: a abrace e não a largue mais.

          Chega de desculpas, levanta, sacode a poeira e de à volta por cima… Viva em Plenitude e faça cada dia mais linda sua vida!

          Por SAMIR QUEIROZ RAMOS DE AZEVEDO


           







          -Aluno de Educação Física na FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas);
          -Estagiário no Sesc- SP unidade Santo André;
          -Proprietário da Assessoria Esportiva Bio-Sports;
          -Treinador de futebol com passagens por: 
             -E.C São Bernardo - sub 17;
             -E.C José Bonifácio - Base e
             -Associação Desportiva Araraquara- Profissional;
          -Auxiliar de Preparação Física no Guaratinguetá Ltda-Profissional;
          -Desenvolveu projetos sociais com crianças e adolescentes na Região de Itaquera;
          -Pesquisador das metodologias do futebol;e
          -Atualmente se aplica no entendimento e estudo da saúde e comportamento dos idosos.

          domingo, 7 de agosto de 2016

          Práticas para controlar o sentimento da raiva humana


          Raiva: É a expressão de emoção de sentimentos no homem e nos animais. O que mais gera raiva dentro de nós é o nosso sentimento de impotência, em não controlar o outro, uma situação ou a nós mesmos. É um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração. A raiva varia de intensidade de pessoa para pessoa, mas de todas as formas, não é um sentimento bom, nos faz tanto mal como fumar, a pessoa que sente raiva com frequência tende ter infarto 3 vezes mais do que o outro que consegue lidar de forma mais saudável coma raiva.

          A raiva é sentimento muito presente no meio de nós, estando bem escondida ou exposta agressivamente através de nosso comportamento, e que muitas vezes expressamos na impulsividade, dessa forma ela nos incomoda e provoca a culpa, afinal nenhum de nós gostamos desse sentimento, nem de senti-lo e nem mesmo vendo alguém demonstrando o mesmo. Então proponho a colocar algumas práticas que podemos alinhar as nossas emoções e ajudar a controlar a raiva, iniciaremos primeiramente:

          - Atividades Físicas: Tendo a supor que algumas pessoas que estão desequilibradas mentalmente, estão também desequilibradas fisicamente, não de forma patológica, mas momentânea, mas que se repetir muitas vezes sob um descontrole pode ser patológico(doença) . No entanto uma das formas de encontrar esse equilíbrio: é praticar atividades físicas, pois, através dela iremos equilibrar as substâncias químicas (serotonina, dopamina, noradrenalina, histamina e outras) que mexem com a ansiedade e consequentemente nos levam a um comportamento de impulsividade;

          - Aceite a raiva, e trate-a, uma sugestão seria a psicoterapia;

          - Não culpe o outro, ele pode te estimular, mas não é o motivador, porque se você estiver bem consigo mesmo, não será estimulado e nem terá motivação para tal sentimento;

          - E por último pensa, reflita, analisa porque esse sentimento tem sido constante em sua vida e cuida para que não tenha com frequência.

          Referência Bibliográfica:

          - Myers, David - Introdução à Psicologia; e

          - William Douglas & Rubens Teixeira: As 25 leis Bíblicas do Sucesso

          Por ROSANA PONTES GUERHARD SERPA - CRP 05/32964





















          - Psicóloga Clínica - Psicanalista;
          - Graduada e Licenciada em Psicologia na Universidade Estácio de Sá desde 2005
          Pós graduada em Psicofarmacologia e Saúde Mental;
          Especialista em:
          -Terapia de casais e família e
          em Psicodiagnóstico
          Consultório Clínico(próprio): Rua Demétrio Fragoso, 105 - Imbetiba - sala 201 - Macaé - RJ