sexta-feira, 8 de maio de 2015

Opinião de 3ºs

Bom dia amigos!!!

Nesta 6ª feira seguindo a alternatividade da seção teremos a postagem "Opinião de 3ºs" com um artigo de um(a) amigo(a) deste blogueiro. Na 6ª feira que vem, teremos novamente um artigo meu.


Hoje, para apreciação de vocês posto o artigo da mineira Marilene Marques, aposentada que atualmente trabalha com voluntariado social.
MarileneMG


Brasil, a valiosa pérola atirada aos porcos 

Curiosamente porcos e homens são parecidos. A razão de gostarem tanto de uma lama deve-se ao calor que sentem. Sua pele não suporta altas temperaturas. Não usam protetor solar. O coxo fica de um lado e definem bem suas latrinas. Gostam de brincar igual ao homem, correndo no chiqueiro de um lado para o outro. Homens roncam como porcos ou porcos como homens. E quem com porcos se mistura farelos come, diz o ditado. 

Os porcos pertencem à mesma família dos javalis de macias carnes. Os de orelhas em pé são hostis, bravios, enquanto os de orelhas caídas são dóceis. Encontrado em todo o mundo, o porco é um animal doméstico. Fornece basicamente carne e banha, e come praticamente de tudo, donde seu costume de revirar lixo à cata de alimento significa, também, indivíduo sujo, moralmente baixo, de mau caráter. O diabo. Bebedeira, embriaguez. Sem higiene, sujo. Que ofende a moral, o pudor. Imundo, grosseiro, torpe, imoral, obsceno. Malfeito, feito sem capricho. 

Dotados de certa inteligência no olhar fixo e faro admirável, soltos, livres adquirem pelos maiores que os porcos domesticados. Em países como a China e a Mesopotâmia porcos eram divindades. Já os judeus não comiam dessa carne. Chegou do Velho ao Novo Mundo, através do cozinheiro de Cristóvão Colombo, que deixou escapar alguns de sua panela. Numa vara encontramos o popular “cachaço”, porco não castrado, que serve como reprodutor, liderando. É dono de pelo menos todas as leitoas, enriquecendo o chiqueiro de porcos castrados para servirem de alimento ao homem. 

Portugueses já diziam: “Se queres conhecer seu corpo, mate um porco”. Pois bem, as semelhanças anatômicas estão no trato digestivo, nos dentes, no fígado, no coração e são acometidos de doenças como câncer, reumatismo e artrite. Tal qual o homem, tem apurado faro por alimentos fermentados. No Ceará é comum chamarem bebedeira/embriaguez de “porco”. Em Londres foram encontrados suínos domesticados até em camas, quando se deu a lei de “dessuinização” das casas e estes começaram a fuçar por todos os lados, até em frente ao Big Ben, à procura de comida. 

Serviram de ficção infantil, como nos Três Porquinhos; ao filme "Babe, O Porquinho Atrapalhado na Cidade”, e a muitas outras estórias e fábulas. Animais escolhidos para tomar o poder na fazenda do livro A Revolução dos Bichos. Napoleão e Bola de Neve, a dupla suína de tiranos, foram claramente inspirados nos líderes da Revolução Soviética. 

Economicamente, um engenheiro que viveu na França do século 17 calculou que, em dez anos, um porco pode produzir seis milhões de descendentes e decidiu que não havia modelo melhor para ensinar a uma criança a juntar dinheiro senão em cofrinhos com formato de porcos. O centro financeiro de Nova Iorque deve seu nome (Rua do Muro - Wall Street) a uma paliçada que separava as fazendas de porcos do centro urbano. Sam Wilson, símbolo dos EUA, era um porqueiro. Quem diria Tio Sam?! 

Matematicamente, no Brasil seria um porco sustentado por cinco pessoas. Consideremos a atual carestia, o desgoverno, o aumento de impostos e de gêneros de primeira necessidade, de medicamentos, o caos da saúde, o previdenciário em que os porcos podem ter as mesmas doenças do homem: não deveríamos repensar este índice? Porcos tem faro para o subproduto da cerveja, bebidas fermentadas e se embriagam, embebedam facilmente, como no Ceará. São exímios localizadores de trufas, fungos subterrâneos, cujo quilo chega a 2.200 dólares no mercado de comidas finas. São homens porcos, porcos homens à caça de toda riqueza nacional, que fuçam tudo com seu apurado faro, cavam buracos, deixando verdadeiros rombos no país, dentro de chiqueiros, onde a vara está na lama, mesmo vestida da mais alta costura. Vara alimentada das mais finas iguarias que desfruta de toda sorte de bem estar. 

Uns fazem “o diabo”, outros são como cachaços castrados de capricho, que se embriagam e reproduzem com a imoralidade, com o obsceno, com a falta de pudor. Que fuçam até acharem trufas somente pensando em seu enriquecimento, capazes de adicionar riquezas altíssimas em pouco tempo. Trufas que também são trunfos para impor seus interesses, caso algum da grande vara ouse erguer sua queixada. 

Vara que escala o poder, como o caso do porco de 115 quilos pulando um muro de 1,80m que cercava um abatedouro, ganhando o apelido de McQueen, ou como a famosa leitoa chamada Pig 311, que saltou de um navio no mar. Comparações espetaculares, mirabolantes em contraste com a matemática de cinco homens por cada porco e a grande riqueza de uma vara, muito bem subdividida. Talvez o porco salteador devesse ganhar o apelido de Napoleão e à leitoa cairia bem Bola de Neve, de natureza ditatorial, tirana, revolucionária, malfeitora, que engorda facilmente, causando distrofia ao povo. 

Pig 311 nadou, sendo resgatada pelos donos de uma fazenda, ganhou 272 kg facilmente transformados em cifrões, mas foi estéril. Não venceu nenhum campeonato ou certame. Pig 311 e/ou Bola de Neve caiu na bandeja dos brasileiros sedentários de ilusões, plantadas também por um Napoleão, o porco fujão do “corredor da morte” que teve a vida poupada, após ser encontrado numa mata. Um verdadeiro porco do mato com muitos espinhos, por hora, tornando-se quase intocável como o fugitivo McQueen. De vida pregressa aguerrida, não sustentou nenhum porco, mas, sim, é sustentado pelos brasileiros. 

Outrora de falácias extremistas, se tornou manhoso, chorão, sensível, brincalhão. Este que, por “extensão de sentido”, faz “O DIABO” (derivação por extensão de sentido de: “PORCO” - Dicionário Houaiss), não como o “cachaço” que aumenta a produção para o crescimento dum chiqueiro e que leva alimento às mesas de povos, mas, sim, daqueles que se embriagam com a bebida do luxo e luxúria de negócios viciosos e dolosos. Verdadeiramente imoral, desacreditado, orelha em pé, ameaçador, agressivo, voltando às suas origens de pelos enormes. 

Vara revolucionária enriquecida por banqueiros, empresários, empreiteiros, doleiros, contemplando a muitos pela aprovação de leis irregulares para com as finanças do Brasil ou simplesmente a certa Jane que não se deixou apanhar sozinha de cabides, nos mostrando que cabides têm outras utilidades! 

A matemática está incorreta. São homens a perder de vista para o alto sustento de um porco, uma porca e toda a vara, filhos da mentira, com carne e banha entranhadas por ferozes olhares fixos, dentes e faro, que reviram lixos à cata de imundas leis desnorteando este Brasil. Brasil deitado em urnas, sem berço esplêndido, capaz de atirar aos porcos as mais valiosas pérolas e que a cada amanhecer contempla porcinos pisarem suas relíquias com os pés e, voltando-se de um lado para o outro, despedaçam ainda mais, um povo que sangra. 

Quanto pior a situação, quanto mais sangrados, quanto mais farelos comerem os brasileiros misturados aos porcos, melhor para os onívoros que estão sempre à procura de qualquer coisa que possa lhes trazer alguma vantagem. 

Domesticado Brasil, olhe de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez e veja como já se tornou impossível distinguir quem é homem e quem é porco. 

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AVISO: Em virtude de minha viagem para São Paulo para tratamento dentário, não teremos postagens de amanhã até 2ª feira.

Retornamos na 3ª feira. Fiquem com Deus!!

quinta-feira, 7 de maio de 2015

"Melhores Artigos de Blogs que Sigo"


Bom dia amigos!!!

5ª feira em meu blog é dia da  seção "Melhores Artigos de Blogs que Sigo"!!

Sem mais conversa vamos aos artigos que selecionei para hoje:


Transformando fogo e cinzas… em Cidadania!



Oliveirawa

WA OLIVEIRA
Profissional com atividades focadas em negócios/web
Postado no dia 02.05.2015 em https://grupomoneybr.wordpress.com

O Brasil que temos vivido nos últimos tempos, nos traz à lembrança um exemplo de Reconstrução que nos diz muito, ensinado-nos transformar fogo e cinzas em cidadania, também como possibilidade real de MUDAR a sociedade, e fazer de uma tragédia, um exemplo que poderia ser copiado no País Inteiro.

Hoje vivemos a tragédia dos escândalos, da falta de ética, do descaso com a administração dos recursos públicos, fatos que nos levam muitas vezes a caminhar de forma pessimista, e perceber então, o desânimo com que muitos de nós, já cansados, deixamos de confiar no sistema político do país, repleto de promessas partidárias inócuas, ineficientes nos mais diversos setores sociais.

Para contrariar nosso pessimismo, o Instituto Baccarelli aqui em São Paulo, nos dá uma lição de vida, através de seu fundador o maestro, Sr. Sílvio Baccarelli, que em 1996, diante da tragédia ocorrida em Heliópolis( Incêndio que destruiu parte da favela), deixando mais de 800 pessoas desabrigadas e sem alternativas para continuar a viver; que é possível RENASCER das cinzas, quando as esperanças, a boa vontade superam extremas dificuldades, que se apresentam à vezes como insuperáveis.

Assim vive o Brasil de hoje, vítima das tragédias políticas nos mais diversos níveis. Promessas de reconstrução, feitas pelos mesmos partidos há mais de 50 anos no poder, e que pela sua inoperância na apresentação/execução, de um plano habitacional digno, deixou muitas famílias brasileiras à margem da sociedade até hoje, sem inclusão social e sem dignidade, aliás como retrata bem a Comunidade de Heliópolis, e muitas outras em todo País.

Mas o exemplo de tamanha dignidade que vem do Instituto Baccarelli, juntamente com apoio de empresas e da sociedade, nos mostra que é possível sim, ultrapassar a barreira da incompetência, da má gestão, da falta de ação na Responsabilidade Social dos governos, e seguir adiante mostrando ao BRASIL e ao mundo, que a dignidade a partilha e o esforço, em busca da #Ética e da #Cidadania, nos dará um resultado de verdadeira TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.

Esse é um exemplo que podemos seguir para mudar, e transformar o Brasil…Isso é possível! Sem pessimismo algum, confiando em nossos potenciais e capacidades, em nossa força, esforço na construção de um Brasil melhor. Juntos!

PS: visite tb o site do Instituto Baccarelli


Joaquim Levy está petista até a alma!

Sim BRASIL !

Ossami Sakamori
Engenheiro civil, 70, formado em 1968, pela UFPR. Foi professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Paraná. Filiado ao PDT, não militante. Investimentos imobiliários, Mercado financeiro e Perito Judicial
Postado no dia 06.05.2015 em OssamiSakamori.BlogSpot.com



Na segunda-feira, dia 4, assisti o depoimento do Joaquim Levy sobre plano de ajuste fiscal do governo Dilma, neste segundo mandato. Foram horas de esclarecimento do ajuste fiscal para os deputados. Não só não me convenceu mas me assustou sobre o que pensa o ministro da Fazenda Joaquim Levy.

O ponto central do depoimento foi o aumento de impostos sobre forma de contribuições nas desonerações concedidas durante os 12 anos da administração PT. Joaquim Levy fez longo preliminar para os deputados que é preciso recuperar as desonerações concedidas no período Lula e Dilma, as tais "medidas anticíclicas" adotadas como tais pelo novo ministro da Fazenda. 

Para o bom entendedor, as "medidas anticíclicas" que, em tese, seria para enfrentar a crise financeira mundial de 2008, fez o ministro da Fazenda Joaquim Levy estender ao todo período do governo do PT. O ministro da Fazenda entendeu que as "medidas anticíclicas" foram implementadas desde 2003. Em outras palavras, o Joaquim Levy considerou como um "tsunami" as medidas tomadas pelo FHC, para quem ele, Levy, trabalhou como parte integrante da equipe.

Incrível é a conta que ele apresentou para recuperar com os ajustes econômicos do Levy neste segundo mandato da Dilma. Ele citou um número que a mim deixou pasmo. Falou ele de que o volume de desonerações no período do governo PT, nos últimos 12 anos, vão a R$ 130 bilhões por ano. Pelo visto, o ajuste proposto neste primeiro momento que não ultrapassa os R$ 25 bilhões, é apenas o começo de outras séries de medias para correção das "medidas anticíclicas".

No primeiro trimestre deste ano, o Tesouro conseguiu o minguado superávit primário de R$ 5 bilhões. O ministro Levy prometeu superávit primário, somente do governo federal, 1% do PIB ou equivalente a R$ 55 bilhões. Pelo visto, vai faltar muito para alcançar a meta do superávit primário deste ano, sem que sejam implementados outros ajustes ainda não anunciados.

Um ponto do seu depoimento que me deixou triste foi o fato dele, Joaquim Levy, não admitir a "pedalada" de R$ 40 bilhões levantadas pelo TCU. Joaquim Levy, simplesmente, tirou o dele da reta. Não admitiu que o Banco Central tem condições de levantar as "pedaladas". Fiquei mito assustado quando ele afirmou que o Ministério da Fazenda não tem condições de saber das "pedaladas" do Tesouro.

Com a formação que tem o Joaquim Levy e ele ter participado na equipe econômico do FHC e ainda por ter sido secretário da Fazenda do governo do Rio de Janeiro, ele sabe sim, cristalinamente, quanto foi e quanto será as "pedaladas" que a Fazenda dá para com os bancos oficiais para cumprir as metas do orçamento fiscal. Resumindo. Joaquim Levy mentiu que desconhece sobre as "pedaladas" dadas pelo Tesouro para cumprir as metas fiscais.

Joaquim Levy não é mais "neo-liberal". Joaquim Levy não é mais tucano. Joaquim Levy não passa de um funcionário do Bradesco que interessa apenas a servir ao governo Dilma. Joaquim Levy do Bradesco não está à serviço do Brasil. Joaquim Levy atende aos interesses da Dilma presidente e ao sistema bancário como todo. 

Joaquim Levy está petista até a alma!

O Progresso Requer Sacrifícios

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Rachel Sherazade
Jornalista e radialista da rádio Jovem Pan


Postado no dia 05.05.2015 em http://rachelsheherazade.blogspot.com.br/


Não é à toa que o PL 4.330 passou dez anos parado na Câmara. O projeto de terceirização é complexo, polêmico e divide opiniões.

Há economistas contra a e a favor da proposta. No Congresso, o presidente da Câmara quer a aprovação, o do Senado garante que vai mudar o projeto.

A presidente Dilma, que mal entende de governo e muito menos de negócios, já que conseguiu afundar uma lojinha de um e 99, se posicionou contra a terceirização.

Para o ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, esse, sim, um especialista no assunto, a resistência ao projeto é demagógica e ideológica. Para o economista, a terceirização é favorável aos trabalhadores e não diminui nem direitos, nem salários.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf diz que, caso aprovada, a lei poderá gerar, no futuro, mais de três milhões de empregos no país.

O impacto nos direitos trabalhistas é uma das questões mais delicadas do projeto. Os defensores dizem que não haverá precarização de direitos, já que as empresas terceirizadas seriam obrigadas a seguir a CLT, assegurando aos subcontratados, todos os benefícios, como férias e décimo terceiro.

De acordo com o projeto aprovado na Câmara, as empresas contratante e terceirizada são corresponsáveis no cumprimento das obrigações trabalhistas.

Para a CUT, que é contra o projeto, a terceirização não só reduziria os salários e benefícios dos trabalhadores, como também aumentaria a carga horária do terceirizado.

Pesquisa da Central Única aponta que o terceirizado permanece quase três anos a menos no emprego que os demais contratados e estão mais sujeitos a acidentes de trabalho, devido à falta de capacitação.

Mudanças nas relações de trabalho sempre geraram muita discussão e até confrontos desde o início da industrialização. Mas, foi graças a esses embates que chegamos até aqui – com mais desenvolvimento, mais geração de empregos, mais lucros e mais direitos trabalhistas.

Independente do que decidir o Congresso Nacional sobre a questão da terceirização, é bom que se diga: toda mudança gera perdas e ganhos. O progresso requer sacrifícios tanto de um lado quanto de outro.


quarta-feira, 6 de maio de 2015

Seleção de Artigos Políticos

Hoje 4ª feira, continuando a alternatividade  é dia de Seleção de  Artigos Políticos!!


Para sua apreciação estes são os artigos selecionados:


Os desajustados

Janio de Freitas
janio de freitas

Artigo postado na Folha de São Paulo
05/05/2015 02h00


A Caixa inova: para a concessão de empréstimo destinado à compra de imóvel usado, o pretendente a conseguir a casa própria tem que entrar com 50% do preço pedido, e não mais 20%. É o primeiro ato notável de Miriam Belchior, petista de raiz, que saiu dos salões do Planalto para a presidência da Caixa. Justificativa da sua inovação: a medida objetiva estimular a compra de imóveis novos, logo, a construção.

Pode-se dizer que é um pretexto. Também se pode dizer que é inverdade. Ou dizer simplesmente: é mentira.

A medida faz parte do arrocho que os desarrochados do governo, com Dilma, chamam de ajuste fiscal. Mais um ato para desajustar a vida dos que começavam a tê-la um pouco menos injusta.

A publicidade vulgarizou o conhecimento de que a venda de imóveis novos é incentivada por melhores condições de pagamento, nem preço influi muito. Reduzir o número dos que comprariam imóvel usado, impondo-lhes uma exigência difícil, para o que interessa aqui é medida antissocial. Parte da política de jogar nos carentes o custo do "ajuste".

Nesse sentido, até que não é mau o título da nova campanha publicitária do governo Dilma: "Ajustar para avançar". A regra publicitária das frases curtas vetou o complemento um pouco extenso: "avançar em cima dos direitos antigos e conquistas recentes do povaréu".

O desemprego está na porta, os preços e outras manifestações da inflação crescente são óbvios para todos, direitos trabalhistas são atacados pelo governo –ainda vale a pena mentir? Isso só tem aumentado a desmoralização do governo e nada fez contra a descrença em Dilma.

Efeitos que Lula teve a oportunidade de perceber no evento de 1º de Maio da CUT. Com o baixo resultado da defesa que fez de Dilma e da conclamação para "dar a mão a ela que está em dificuldade", Lula sentiu que precisava mudar de rumo e de tom, para empolgar. Adotou a velha linha de "ir para a briga" se desafiado, de concorrer em 2018 se provocado, e por aí. Afinal, empolgou.

Dura é a vida dos petistas, dos quais cobram, Lula inclusive, o apoio ao que os usurpa e oprime, porque desta vez vem em nome do PT. Embora por comando do neoliberal Joaquim Levy –o que deveria ser mentira, mas é a verdade do governo.

LEVINHAS

Fernando Henrique no "Globo": "É preciso que a Justiça não se detenha antes que tudo seja posto às claras".

Mas só dos anos 2000 ou pode entrar naqueles silenciados 90?

Na Folha, do repórter Flávio Ferreira: "Delatores da Lava Jato não contam todo o prometido".

E o Ministério Público não quer saber, ou teria exigido e investigado, em vez de preferir o arquivamento conveniente a Aécio Neves.

De Joaquim Levy: "Enem, Pisa e outros índices de saúde pública são bons para saber se o gasto público está produzindo as mudanças que desejamos".

O principal plano de Levy é ficar muitos anos. Mas não é preciso tempo algum para saber a consequência do corte de bilhões da Educação e da Saúde.

CAUSAS

Bem a propósito, o projeto da terceirização foi apresentado em causa própria. Então deputado, no início do governo Lula, Sandro Mabel propôs essa derrubada das garantias dos assalariados quando havia problemas na fábrica dos biscoitos Mabel, da qual se tornou dono por herança. Não faz muito, vendeu-a.

Passados mais de dez anos, o projeto foi desengavetado por Eduardo Cunha, que não fabrica biscoitos, mas tem uma voracidade insaciável.



OKAMOTO TENTA LIVRAR A CARA DO LULA COMO INTERMEDIÁRIO DO BNDES

JORGE OLIVEIRA


Postado em 05.05.2015 em http://www.diariodopoder.com.br/artigo.php?i=25437722782


Roma, Itália - O Lula pediu ao Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, que escrevesse uma carta para a Época (lembra do filme Central do Brasil, na cena em que atriz Fernanda Montenegro usa um banquinho na estação para redigir cartas para os familiares dos retirantes analfabetos? Qualquer semelhança não é mera coincidência). O propósito era reprovar a revista pela matéria que o acusava o seu chefe de intermediar empréstimos para a empreiteira Odebrecht no exterior com dinheiro do BNDES. A Hebe Camargo diria que “é uma gracinha” o conteúdo da carta do Okamoto. Na missiva evasiva, o guardião do esquema – que já foi acusado de pagar contas de Lula na presidência – não fala uma vez sequer o nome da empreiteira e nem se reporta ao grupo anticorrupção do Ministério Público de Brasília que investiga a participação do ex-presidente no desvio de US$ 4,5 bilhões em dinheiro emprestado aos ditadores africanos e latinos.

Como sempre, a carta de Paulo Okamoto não esclarece absolutamente nada sobre a matéria da Época. Apenas diz que o repórter foi apressado na conclusão da reportagem. Aliás, virou mania desse pessoal do PT tentar se comunicar com a população por cartas. Todos alunos do mestre Palocci. Nunca antes na história desse país, um grupo de politico escreveu tanto. No texto, Okamoto tenta explicar o inexplicável para livrar a cara do seu patrão. Quanto ao dinheiro recebido no exterior, veja que delícia de explicação: “O ex-presidente já fez palestras para empresas nacionais e estrangeiras dos mais diversos setores – tecnologia, financeiro, autopeças, consumo, comunicações – e de diversos países como Estados Unidos, México, Suécia, Coreia do Sul, Argentina, Espanha e Itália, entre outros. Como é de praxe as entidades promotoras se responsabilizam pelos custos de deslocamento e hospedagem. O ex-presidente faz apenas palestras, e não presta serviço de consultoria ou de qualquer outro tipo”.


Ora, se as entidades promotoras pagavam os custos de deslocamento e hospedagem de Lula para esses países, que diabo ele fazia quando era fotografado dentro dos aviões da Odebrecht cortando os oceanos pelo mundo afora?.

Veja outra pérola da carta de Okamoto, ditada por Lula: “O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe com frequência dezenas de convites para explicar o êxito econômico e social do seu governo e opinar sobre temas regionais e globais”. 
 

Que “êxito econômico e social do seu governo”, senhor Okamoto, quando é notório que o Brasil passa por uma das mais sérias crises econômicas e social, fruto de um administração petista fisiológica, populista, demagoga, atrapalhada e estabanada que mantém o país dentro do maior escândalo de corrupção da sua história com empresas como a Petrobrás derretida por diretores e políticos ladrões?

Okamoto prefere não falar sobre as denúncias das delações premiadas de alguns deles que afirmaram categoricamente que Lula foi beneficiado pelos empréstimos que intermediou do BNDES para os países africanos e latinos com cláusulas de sigilo e prazo de carência de 25 anos. Agora, a Polícia Federal apura que existia uma lavanderia no pagamento das campanhas do Lula e da Dilma. O dinheiro do BNDES era remetido para os países lá fora e voltava “legalmente” para pagar as campanhas petistas no Brasil.

Okamoto é um verdadeiro patriota. Considera que as viagens do chefe consolidam a imagem do Brasil. Veja que texto fantasioso: “Em todas as agendas do ex-presidente predomina o empenho em consolidar a imagem e os interesses da nação brasileira”. Ora, se fosse assim a Dilma também estaria fazendo essas viagens e liberando dinheiro para esses países. Contrariando os interesses do seu chefe, ela até reduziu drasticamente os empréstimos para os ditadores africanos, depois das denúncias da imprensa de que a dinheirama que era enviada lá pra fora, voltava para remunerar a equipe das campanhas dela e do Lula. Assim, o PT podia se dar ao luxo de pagar somas milionárias aos seus marqueteiros agora sob investigação da Polícia Federal. 


Culpa? Que culpa?

Eliane Cantanhêde


Postado em http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,culpa-que-culpa-imp-,1682005

06 Maio 2015 | 02h 05


Mea-culpa é algo que anda em falta aqui no Brasil de tantas roubalheiras, tantos desvios políticos e tantas barbaridades administrativas. Os erros são abundantes, os pedidos de desculpa são escassos. A culpa nunca é do autor, é sempre dos outros. Ah! E da mídia.

Líderes que são líderes devem se reconhecer humanos e passíveis de errar, tendo a grandeza de admitir o que deu errado e de assumir com clareza e transparência as correções de rumo. Não no nosso Brasil tão varonil. Do PT ao PSDB, mea-culpa não faz parte do dicionário e da agenda dos políticos.

A era PT produziu grandes acertos, principalmente na inclusão social, mas também deixou um rastro de corrupção no mensalão e na Petrobrás que jamais será esquecido. Nunca se ouviu um pio de Lula, nem para reconhecer o mínimo dos mínimos: que o mensalão era para favorecer seu governo no Congresso e que suas escolhas diretas para a presidência e diretorias da maior estatal brasileira só poderiam dar no que deram. Sem falar na escolha da presidente Dilma Rousseff...

Dilma fez o que fez na economia, no setor elétrico, na política externa, mas nunca deu uma palavra ou fez um gesto de humildade, reconhecendo os erros e justificando as guinadas. Fez aquele pronunciamento sem sentido no Dia da Mulher, refugiou-se nas redes sociais no Dia do Trabalho e sumiu da propaganda de ontem do PT sem jamais dizer: "Desculpem, errei. Estou tentando consertar".

E o próprio partido, o que tem a dizer? Afora a senadora Marta Suplicy, já de saída mesmo, são poucas as vozes que vêm a público para admitir que há um lado de tragédia em tudo isso e que muitas dessas coisas jamais poderiam ter acontecido. Não fosse para se justificar para a maioria que votou em Lula e em Dilma em quatro eleições consecutivas, ao menos que fosse para dar uma satisfação a 1,5 milhão de militantes.

Na propaganda de TV e rádio, ontem à noite, o PT escondeu Dilma e exibiu Lula, que também não passa incólume pelo desgaste. Mas o mais interessante foi a promessa do presidente do partido, Rui Falcão, de que vai expulsar os que forem julgados e condenados na Lava Jato. Impossível não lembrar: José Dirceu e José Genoino, que o antecederam, foram julgados, condenados e presos pelo mensalão, mas jamais foram expulsos. Pior ainda com Delúbio Soares, o ex-tesoureiro, que saiu e voltou nos braços do povo petista. Como manter Delúbio e expulsar João Vaccari Neto? O que o petrolão tem que o mensalão não tinha?

Assim, até as tímidas tentativas de mea-culpa viram contorcionismo verbal para reduzir o impacto da verdade, fazer o PT de vítima e a mídia de malvada. Outro exemplo: em entrevista ao Estado, no domingo, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, uma das lideranças intactas em 35 anos do PT, falou sete vezes que os problemas do partido se resumem aos financiamentos privados de campanha. A Petrobrás é privada? E o Banco do Brasil? Os R$ 6,2 bilhões da corrupção foram só para campanhas?

Moral da história: assim como insiste em dizer que o mensalão foi "só caixa dois", o PT agora tenta reduzir o petrolão a desvios de empresas privadas para campanhas governistas. A questão é saber se cola.

Do outro lado, a oposição também não é nem um pouco chegada a fazer mea-culpa. O caso mais recente é o do governo do PSDB espancando professores e desfigurando o futuro político do governador Beto Richa no Paraná, sem ele abrir a boca para assumir: "Minha culpa, minha máxima culpa". Não há ninguém na cúpula tucana para criticar isso?

Além do Paraná, há muitas questões mal explicadas do PSDB, inclusive no principal reduto tucano. Em que pé ficou mesmo aquela história mal contada do Metrô de São Paulo? Os tucanos-mor lavaram as mãos, ninguém assumiu, ninguém pediu desculpas. Estão, como Dilma, Lula e PT, esperando o tempo passar, para ver se todo mundo esquece. O pior é que, no Brasil, esquece-se mesmo.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Comentários de Notícias e Artigos Jurídicos

A  3ª feira em meu blog é dia de comentar as principais notícias e artigos jurídicos . 

Meus comentários  serão feitos na cor verde.

Vamos a elas:


Estudo sobre as imunidades tributárias direcionado para as mídias eletrônicas e livros digitais.

Rebeca Soraia Gaspar Bedani


Advogada no escritório BEDANI ADVOGADOS, pós-graduada pela Universidade Cândido Mendes em Direito Tributário, possui diversos cursos de aperfeiçoamento e de extensão, como: Ética e Ciência Política pela USP, Filosofia, Sociologia e Argumentação Jurídica pela FGV. Advogada membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB Valinhos-SP., colunista do Jornal de Valinhos-SP. Autora de diversos artigos jurídicos e Palestrante.


As imunidades tributárias dizem respeito à não incidência da regra jurídica da tributação. Desse modo, segundo ainda o mesmo autor, o que é imune não pode ser tributado, é a limitação da competência tributária.

Nesse sentido se posiciona Carrazza (2011, p. 771): “Noutras palavras, a competência tributária é desenhada também por normas negativas, que veiculam o que se convencionou chamar de imunidades tributárias”.

No entendimento de Carrazza (2011) a imunidade tributária que a Lei Magna confere a determinadas pessoas cria o direito destas exigirem que o Estado se abstenha de lhes exigir gravames fiscais, significa, portanto, que a pessoa imune e vier a ser tributada, terá legitimação ativa para ingressar em juízo e pleitear a invalidade da pretensão estatal, vez que, o direito que a pessoa tem de somente pagar tributo quando previsto em lei, não difere do direito de não ser por ele alcançado quando constante a vedação constitucional.



Ademais, as imunidades tributárias pode-se dizer que impedem de incidir a tributação sobre determinadas pessoas, seja devido a natureza jurídica, seja devido a certos fatos, ou ainda por estarem relacionadas com determinados bens ou situações.

Deve-se atentar com relação à diferença entre imunidade e isenção, na medida em que, a primeira cabe somente a Constituição Federal disciplinar, enquanto que a segunda, vem amparada por Lei Ordinária do ente político, que possui competência para instituir determinado tributo.

Dessa forma, há o que se pode denominar de tipos de imunidades, consagrados na Constituição Federal, mas primeiramente, deve-se atentar para a imunidade recíproca, a qual está relacionada ao fato de que as entidades políticas integrantes da Federação, não podem fazer incidir tributos umas sobre as outras, na medida em que, estão protegidos pela imunidade, o patrimônio, a renda e os serviços dessas entidades, e se de suas autarquias.

   
Vale ressaltar ainda outros esclarecidos de Machado (2008, p. 283):
A imunidade, entretanto, não se aplica ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ao pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente ao bem imóvel. É o que está expresso no art. 150, § 3º, da Constituição Federal de 1988.
    As imunidades tributárias estão no rol do artigo 150, VI, da Constituição Federal, desse modo, no dispositivo citado, na alínea a, está consignado que as pessoas políticas são imunes à tributação por meio de impostos, denominada como imunidade recíproca, decorrente naturalmente do Princípio Federativo, e do Princípio da Isonomia, na medida em que, se uma pessoa política pudesse exigir imposto de outra, acabaria por interferir na autonomia desses entes.


Além disso, no artigo 150, VI, b, da Constituição Federal, os templos de qualquer culto são imunes à tributação, por meio de impostos e representa na verdade uma extensão do direito fundamental da liberdade de consciência e de crença, encontrado nos termos do artigo 5º, VI, VII e VIII, da Constituição Federal.

Nos termos do artigo 150, VI, c, da Constituição Federal, preceitua que são imunes a tributação por impostos, os partidos políticos, das entidades sindicais, e das instituições de educação ou de assistência social, sem fins lucrativos, com aplicação ainda aos artigos 9º, IV, c, e 14, do Código Tributário Nacional, bem como à Lei nº. 3.193/57, e Súmulas nº 724 e Súmula nº 730, do Supremo Tribunal Federal.

Dessa forma, são imunes ainda a impostos, os livros, jornais e periódicos e o papel destinados a sua impressão, conforme artigo 150, VI, d, da Constituição Federal.

Para tanto, afirma Carrazza (2011, p. 860):

Com toda a facilidade notamos que o que a Constituição pretende, neste ponto, é garantir a liberdade de comunicação e pensamento (aí compreendida a liberdade de imprensa) e, ao mesmo tempo, facilitar a difusão da cultura e a própria educação do povo. (...) É interessante notar que a liberdade de pensamento não se limita a permitir que as pessoas exprimam o que pensam. Garante-lhes, também, o direito de difundir suas ideias proferindo conferências, fazendo representar peças teatrais, publicando livros, jornais ou periódicos e assim por diante.


Com isso, deve-se atentar que a imunidade do livro, jornal ou periódico, e do papel destinado a impressão deste, deve ser entendida em seu sentido finalístico, que seria o de garantir a difusão das ideias.

É necessário atentar que devido a evolução tecnológica e também a devastação das florestas o papel vem sendo substituído por outros meios, como o CD-ROM e o próprio DVD, tanto como livros digitais (e-books), como forma para difundir informações em periódicos.

Tal assertiva tem fundamento no próprio objetivo da imunidade prevista no artigo 150, VI, d, da Constituição Federal, o qual seria frustrado com a tributação do livro eletrônico, que, por sua tem a finalidade de difundir a cultura, é do mesmo modo livro, como o confeccionado em papel, assim como o papel imprensa e os materiais utilizados, com a aplicação inclusive da Súmula 657, do Supremo Tribunal Federal.

Para tanto, ilustra Carrazza (2011, p. 878):

Em remate, não só o papel de imprensa, mas tudo o que contribui para o fabrico do livro (ou de seus sucedâneos), do jornal e do periódico é abrangido pela imunidade. Esclarecemos que, em rigor, não são imunes nem o papel, nem o CD-Rom, nem o disquete de computador, nem tampouco, a fita de vídeo, mas, sim, o livro, o jornal, e o periódico, quando veiculados por qualquer desses meios materiais.

Esclarece ainda Carrazza (2011) que determinados livros ou periódicos luxuosos, com encardenação em percalina, iluminuras, papel velino, e por isso mesmo, são caríssimos, servem mais para o deleite que para a divulgação de cultura, também estão abrangidos pela imunidade, entretanto, há um limite, na medida em que, é necessário que o livro ou ainda o periódico não se descaracterize, e não se convertam em verdadeiras joias, como um livro em capa de ouro, incrustações em pedras preciosas e texto muitas vezes de uma só página.

O certo é que a Constituição Federal deve ser interpretada da melhor forma possível a fim de garantir maior efetividade, na medida em que, toda imunidade tem como foco a realização de um princípio que o constituinte considerou importante para a nação, não cabe a aplicação de outros institutos, dada a previsão expressa referente a matéria na Lei Magna.

BIBLIOGRAFIA

CARRAZA, Roque Antonio. Curso de direito constitucional tributário. 27 ed. São Paulo: Malheiros, 2011.

MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 29 ed. São Paulo: Malheiros, 2008.

A nossa legislação está atrasada. 

Ao dar imunidade aos livros e ao papel destinado à sua impressão  teve a intenção de incentivar a cultura e não o papel.

A internet não existia na época e, assim podemos entender que nada mais justo que se continue incentivando a cultura com a extensão do benefício ao livro digital!!


Tributação sobre Bebidas Muda em Maio/2015

Notícia postada em guiatributário.net em 30.04.2015



A partir de 01.05.2015, por força do artigo 14 da Lei 13.097/2015, os importadores e as pessoas jurídicas que industrializem ou comercializem bebidas frias classificadas nos códigos 2106.90.10, Ex 02, 2201, exceto os Ex 01 e 02 do código 2201.10.00, 2202, exceto os Ex 01, 02 e 03 do código 2202.90.00 e 2202.90.00 Ex 03 e 2203, da Tabela de Incidência do IPI (TIPI), o PIS e COFINS serão exigidos na forma da legislação aplicável à generalidade das pessoas jurídicas.

Novas alíquotas do PIS e COFINS das bebidas foram estabelecidas nos artigos 24 a 32.

O IPI terá alíquotas e reduções diferenciadas, além de novas normas e procedimentos, para determinados produtos conforme previsto nos artigo 15 a 23 da referida Lei.

As alíquotas do IPI passarão a ser de:

– 6%, para os produtos classificados nos códigos 2202.90.00 Ex 03 e 2203;
– 4%, para os demais produtos (códigos da Tipi 2106.90.10, Ex 02, 2201, exceto os Ex 01 e 02 do código 2201.10.00, 2202, exceto os Ex 01, 02 e 03 do código 2202.90.00), sem prejuízo de eventuais reduções previstas para os produtos que contiverem suco de fruta, extrato de sementes de guaraná ou extrato de açaí, nos termos da legislação aplicável.

Na hipótese de saída do estabelecimento importador, industrial ou equiparado a industrial, para pessoa jurídica varejista ou consumidor final, as alíquotas citadas ficam reduzidas em:

a) 22%, para os fatos geradores ocorridos no ano-calendário de 2015; e
b) 25%, para os fatos geradores ocorridos a partir do ano-calendário de 2016.

Base: Lei nº 13.097/2015 e Decreto nº 8.442/2015

Pelo novo modelo, as alíquotas do IPI e  das contribuições que incidem sobre a fabricação e importação das bebidas frias, serão reduzidas, diminuindo assim a tributação da indústria e do comércio.

Os beneficiados serão. por exemplo no que se refere  às vendas feitas nas distribuidoras que terão como  alíquotas 1,86% para o PIS/Pasep e 8,54% para o Cofins.

De acordo com o jornal Valor Econômico, o novo modelo vai trazer mais equilíbrio ao setor, no que se refere à competição entre pequenas e grandes empresas. A indústria que vender produto mais caro pagará mais impostos e, aquela que vender mais barato, pagará menos.

5 motivos para a pizza (?) do Petrolão

Luiz Flávio Gomes

Luiz Flávio Gomes
Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001).
Postado no dia 04.05.2015 em jusbrasil.com.br


Todas as nações fortes e prósperas (Acemoglu e Robinson, Por que as nações fracassam?), que superaram o subdesenvolvimento, estão ancoradas em 4 cruciais instituições: (1) democracia cidadã (não somente eleitoral), (2) mercado capitalista altamente competitivo (não cartelizado), (3) império da lei (certeza dos castigos) e (4) sociedade civil consciente (mais humanizada que animalizada). No caso petrolão, os primeiros cinco sinais da nossa fraqueza institucional (que sempre favoreceu, sobretudo, a criminalidade das bandas podres das classes dominantes) são os seguintes:

1º) divergências entre MPF e PF: o MPF enviezadamente possibilitou que os políticos investigados por corrupção (no petrolão) não prestassem declarações na polícia federal, sim, na própria PGR (trata-se de privilégio abominável; menosprezo à polícia federal; confirmação de que no Brasil os inimigos são tratados desigualmente como não-pessoas; os cidadãos “amigos” são tratados com igualdade; os “muy amigos” recebem tratamento especial diferenciado, deferências antirrepublicanas). Mais ainda: num determinado momento a PF se dirigiu diretamente ao STF, sem passar pela PGR (isso depois de o ministro Teori ter afirmado que o comando da investigação é do PGR). O ódio e as divergências contínuas entre as duas instituições promovem a alegria da criminalizada organizada (sobretudo a P8, formada por uma Parceria Público/Privada entre Poderosos para a Pilhagem do Patrimônio e do Poder Públicos);

2º) “é natural que as investigações demorem”, disse o PGR: em virtude das divergências institucionais, foram suspensos vários “depoimentos” dos políticos (dentre eles, Renan Calheiros e Eduardo Cunha). É assim que começam as embromações procedimentais! A verdade dos fatos que se dane! O mar da prescrição é formado por vários pequenos e grandes rios. Cada atraso tem o seu valor para o produto final (impunidade). O PGR disse “que é normal que uma investigação demore” (sinais inequívocos de que a massa está sendo preparada para a elaboração da pizza, ao menos no que diz respeito aos políticos). O lado invisível da questão (e do Estado): o sistema de domínio, de poder e de exploração fez com que o PGR, para ser alçado ou reconduzido ao cargo, dependa da aprovação dos políticos (sem agradar os políticos o PGR não vai a lugar nenhum);

3º) prisão domiciliar aos executivos das empreiteiras sem a fixação de fiança: a criminalidade organizada P8 vive (para além das suas atividades lícitas) da pilhagem do patrimônio público. Em troca favorece a preservação no poder do grupo hegemônico de cada momento (pouco importando se é de esquerda ou de direita, PT ou PSDB, democrático ou ditatorial; a ganância das bandas podres das classes dominantes não tem bandeira). O negócio da bandidagem da criminalidade organizada P8 é a acumulação ilícita de capital (equivalente à plus valia dos baixos salários pagos aos trabalhadores). Se a criminalidade P8 (para muito além das suas atividades lícitas) introjetou a regra (aética) da acumulação indevida de riqueza, é evidente que a primeira condição que deveria ser imposta aos executivos das empreiteiras seria uma altíssima fiança, de milhões (em seu grau máximo, no caso). A fiança garante a reparação dos danos. O STF esqueceu por completo da fiança. Mentalidade punitivista antiga (divergente da norte-americana). Subserviência à ideologia do sistema capitalista cartelizado (atenção: o capitalismo é o melhor sistema econômico que o humano já inventou, mas é muito pernicioso quando extremamente injusto e desigual);

4º) relações suspeitas entre executivo da OAS e ministros dos tribunais superiores: recente denúncia midiática afirma que os ministros Dias Toffoli (STF) e Benedito Gonçalves (STJ) teriam relações promíscuas ou suspeitas com um executivo da OAS, que foi beneficiado pela decisão do STF (que o colocou em prisão domiciliar). Juiz que não cuida da sua imparcialidade não é digno do cargo! O voto de Dias Toffoli foi decisivo para beneficiar referido executivo (está dizendo a banda podre midiática). A dúvida sobre a imparcialidade do juiz gera muita descrença institucional. É assim que a Justiça brasileira aprofunda seu distanciamento abismal da sociedade brasileira;

5º) morosidade da Justiça: outro sinal inequívoco de que o petrolão pode acabar em pizza diz respeito ao erro de se admitir que uma sentença criminal somente possa ser executada depois de esgotados todos os recursos (ordinários e extraordinários). A presunção de inocência está prevista no art. 8º da Convenção Americana de Direitos Humanos, que também prevê o duplo grau de jurisdição como garantia impostergável do réu no campo criminal. A presunção de inocência, para os efeitos da execução da sentença, está limitada a dois graus. Concluído o segundo grau, já se deve executar a pena (os casos aberrantes devem ser corrigidos por meio de HC) (tese do ministro Peluzo). Sem a certeza do castigo não existe o império da lei (não é a lei, sim, o império da lei e a certeza do castigo que podem gerar efeito preventivo – Beccaria). Para o STF, no entanto, deve-se esperar o transcurso de todos os recursos. Pimenta Neves ingressou com mais de 20 recursos! Depois de 11 anos iniciou o cumprimento da sua pena (por ter assassinado brutalmente Sandra Gomide). Sem a certeza do castigo e sem o efetivo empobrecimento dos corruptores e corrompidos (no grau máximo proporcional legalmente possível), a roubalheira (particularmente das bandas podres das classes dominantes cleptocratas) sai muito barato! Essa é uma das razões pelas quais essa praga não sai da nossa cultura!

Os motivos são relevantes, mas nem tudo está perdido.
O povo com suas manifestações pode influenciar e fazer com não acabe em pizza.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Momento cultural

Bom dia amigos!! Excelente semana a todos!

Novamente é 2ª feira e com ela temos o Momento Cultural em meu blog!

Hoje, teremos, as seções: Crônicas do dia - a - dia, Poemas   & Poesia e Música & Letra (esta seção será postada toda semana)!! Espero que gostem!!

Crônicas do dia - a - dia

Uma espécie em vias de extinção
Beatriz Ramos Mesquita - Cronista brasiliense


Beatriz Ramos



As redes sociais, tão eficientes quando se trata de trazer informações que governos autoritários prefeririam manter em sigilo, algumas vezes me bombardeiam com imagens chocantes, sem que eu tenha tempo de me preparar ou proteger delas.

Somente na última semana recebi três posts; o primeiro mostrava um adolescente exibindo, orgulhoso, um pequeno cão crucificado, o segundo pedia minha assinatura em abaixo-assinado pelo fim do costume chinês de fritar vivos cães e gatos – com a fotografia de dois cãezinhos tentando sair da frigideira – e o terceiro, ainda mais terrível, trazia um vídeo postado no Youtube, com depoimentos não legendados de crianças sírias, algumas bastante feridas, em frente às ruínas causadas por uma guerra que já dura quatro anos agravada, agora, com o inexorável avanço do Estado Islâmico.

Chorei com os três e apaguei os dois primeiros imediatamente. O terceiro, mantive e compartilhei. As reações não se fizeram esperar: indignação, impotência, raiva, apelos à ONU, ao Crescente Vermelho, questionamentos sobre como é possível, em pleno século XXI, assistir impassível ao sofrimento de tantas crianças. Uma amiga lamentou a falta de legendas, por não poder entender o que diziam as pequenas vítimas.

Não eram necessárias. Jamais foi tão fácil entender outra língua quanto ao ouvir aqueles pequenos seres desesperados, sofridos e, infelizmente, muito longe de ser as únicas crianças nessa condição no mundo de hoje. Enquanto escrevo, crianças são chacinadas pelo Boko Haran, outras, transformadas em bombas pelo Estado Islâmico, ou queimadas vivas, como mártires.

Nas favelas do Brasil, crianças são aliciadas cada vez mais cedo pelo tráfico, para morrer antes dos dezoito anos no fogo cruzado do jogo real entre polícia e ladrão.

A raça humana, tão frágil em relação às outras, com seus patéticos dedos, unhas e dentes, em comparação às formidáveis garras e presas dos predadores com quem era obrigada a conviver, como terá sobrevivido e chegado onde chegou? O bicho homem conseguiu superá-las e conquistar a condição de espécie dominante graças a uma enorme capacidade de adaptação, uma inteligência privilegiada e por haver entendido que, formando parcerias com alguns animais, a vida ficava mais fácil.

Os cães convivem conosco há mais de 18.800 anos, ou seja, ainda na época em que éramos caçadores e coletores. Essa relação foi essencial para nossa proteção como espécie, em um mundo povoado por feras que poderiam facilmente nos exterminar, não fosse a presença de nossos amigos quadrúpedes. Assassinar cruelmente parceiros tão antigos, revela total falta de empatia e compaixão, e não é um fenômeno restrito a um país, infelizmente.

Durante os três períodos da Pré-História, as crianças eram preciosas e protegidas por todos os integrantes das tribos. Os humanos antigos, ignorantes se comparados aos sofisticados homens modernos, sabiam que sua sobrevivência estava ligada aos pequeninos, sem crianças a família morreria, por não ter adultos que a defendessem no futuro próximo. Uma tribo sem crianças estava fadada a desaparecer, o futuro dependia delas, eram sagradas.

Matar seus filhos é um comportamento patológico, detectado em muitas espécies, quando submetidas e estresse absoluto. Recentemente, vários casos de golfinhos-fêmeas em cativeiro impediram seus filhotes recém-nascidos de chegar à superfície para respirar, no que foi interpretado como um comportamento anormal, de espécie em sofrimento.

Sou mãe e avó, para mim é impossível aceitar que faço parte de uma espécie que mata crianças e animais, destrói a única casa em que vive e se afirma civilizada e evoluída. “Evoluída” em quê, exatamente? Em se desconectar? Em ignorar a pobreza e o sofrimento alheios? Em ostentar e consumir sem se preocupar com quem nada tem?

Desde o século passado cientistas alertam para o descaso com que a humanidade trata o planeta Terra, sem que nossos governantes levem a sério os avisos, ou tomem medidas para amenizar o impacto da desenfreada ocupação humana. Não fomos em frente com a energia limpa, continuamos vivendo como se nossos recursos naturais fossem inesgotáveis e o Banco Mundial não houvesse avisado, em novembro de 2014, que sem ação imediata as mudanças climáticas afetarão drasticamente a Terra em 25 anos.

Já me preocupei muito, agora não tanto, percebo em nosso comportamento social sinais inequívocos do que, para mim, é pura autodestruição. Se continuarmos exterminando ou assistindo passivamente ao sacrifício de nossas crianças, não haverá futuro a salvar, ou população para herdar o que sobrar da Terra. 

Poesias & Poemas

 José
Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987)





E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?



Música & Letra
Tico-tico no fubá c/ Carmen Miranda
Zequinha de Abreu(1880-1935)

Musica



Letra

Tico-tico
Tico-tico
O tico-tico tá
Tá outra vez aqui
O tico-tico tá comendo meu fubá
O tico-tico tem, tem que se alimentar
Que vá comer umas minhocas no pomar

Tico-tico
O tico-tico tá
Tá outra vez aqui
O tico-tico tá comendo meu fubá
O tico-tico tem, tem que se alimentar
Que vá comer umas minhocas no pomar

Ó por favor, tire esse bicho do celeiro
Porque ele acaba comendo o fubá inteiro
Tira esse tico de cá, de cima do meu fubá
Tem tanta coisa que ele pode pinicar
Eu já fiz tudo para ver se conseguia
Botei alpiste para ver se ele comia
Botei um gato, um espantalho e alçapão
Mas ele acha que fubá é que é boa alimentação

O tico-tico tá
Tá outra vez aqui
O tico-tico tá comendo meu fubá
O tico-tico tem, tem que se alimentar
Que vá comer é mais minhoca e não fubá

Tico-tico
O tico-tico tá
Tá outra vez aqui
O tico-tico tá comendo meu fubá
O tico-tico tem, tem que se alimentar
Que vá comer é mais minhoca e não fubá