sexta-feira, 17 de março de 2017

O “Politicamente Correto” da Direita?


Primeiramente é preciso definir do que se trata o “Politicamente Correto”, sua força e objetivos:

O termo se tornou comum nos últimos anos, como um novo paradigma da “verdade absoluta das esquerdas”. Trata-se de uma estratégia para impor uma visão de mundo sob a ótica socialista e, trabalha para estabelecer uma “Nova Ordem Social”, nomeada mundialmente como o Globalismo, defendida pela ONU e seus órgãos auxiliares como a UNICEF, numa agenda que se vale dos Direitos Humanos e das causas humanitárias e ecológicas como fontes de persuasão e arrecadação.

Ser “Politicamente Correto” basicamente é aceitar que as ideias da esquerda são absolutas, incontestáveis e as únicas capazes de reproduzir o pensamento social aceitável, portanto, qualquer opinião diferente deve ser refutada, ridicularizada e combatida ferozmente.

A Agenda Globalista se utiliza do “Politicamente Correto” para defender seus interesses e projetos de forma sistemática. Em todo o mundo, ser contra a imigração descontrolada e defender os interesses nacionais dos países ocidentais ou os valores de família, é declarar guerra contra a mídia, portanto, certeza de tornar-se um alvo constante de ataques, ridicularização e acusações sistemáticas, como acontece na França com a candidata Marine Le Pen, classificada pela mídia mundial como uma candidata da “Extrema Direita”.

Rotular de “Extrema-Direita” talvez seja o menor dos problemas enfrentados por Le Pen em sua cruzada antiglobalismo. Atualmente ela sofre processos no Judiciário, acusada de incitação a violência por publicar foto do Estado Islâmico em ação. Le Pen defende que a islamização da Europa, representa um grande risco e um ataque a cultura ocidental. Ela se ampara em pesquisas que apontam que a França será uma República Islâmica em 2039, assim eliminando a Cultura Francesa, uma das mais influentes do Mundo. Teme que o Islã processe sua revolução como fez no Irã em 1979, eliminando qualquer traço de liberdade, igualdade e fraternidade, o grande legado histórico francês.

O “Politicamente Correto” parece inofensivo sob um olhar desatento, mas não é, de fato! A estratégia tem influenciado, sobretudo os mais jovens. Estudantes de todos os níveis de formação, são os alvos prediletos da imposição de ideias. Temas como aborto, ideologia de gênero e temas ligados a minorias, mulheres, negros, LGBTT e outros, são massivamente utilizados para promover a Reengenharia Social Progressista, nome que se dá ao processo de implantação de novos paradigmas sociais e, a consequente destruição dos valores tradicionais, sob os quais estão alicerçadas as nações ocidentais.

As pessoas são levadas a pensar em bloco, tolidas do senso crítico e da capacidade de pensar por si mesmas. Tornam-se seguidoras de uma ideia fixa e absoluta, imposta por um pensamento filosófico que deve se sobrepor aos valores tradicionais. Assim se estabelece uma homogeneidade burra desses grupos, pois defendem um conjunto de ideias que não são suas, mas o fazem como se assim o fossem, tal a força estabelecida pelos meios de comunicação de massa, imprensa, artistas, “intelectuais” e grupos políticos organizados em nome da defesa dos fracos e oprimidos, das minorias que retroalimentam essa rede, com promessas de benefícios e vantagens políticas, cotas e privilégios que dispensem o maior esforço.

O enfraquecimento do Padrão Cultural do Ocidente, do patriotismo e do apego aos valores tradicionais, abre uma grande brecha no chamado Mundo Livre. O Islã como modelo de sociedade patriarcal, com seus valores preservados, embora não tenha condições de se impor ao ocidente pelas armas, o vem fazendo de forma eficiente pela infiltração generalizada, causada pela imigração e crescimento demográfico acelerado.

Vemos, portanto, que essa estratégia tem se mostrado poderosa, minando os valores cristãos de liberdade e igualdade, do Livre arbítrio e do amor ao próximo. 

Enquanto a homogeneidade prevalece na esquerda, a Direita se mostra plural, com diversidade de ideias e pensamentos. Não se pode, entretanto, imaginar que essas diferentes ideias, se assemelhem a ideias da esquerda, isso não acontece!

A pluralidade de ideias dentro da Direita é um dos pontos fortes desses grupos, embora a esquerda tente, a todo tempo e oportunidade, fazer parecer que a Direita esteja dividida ou enfraquecida. Não raramente a esquerda tenta impor sua agenda a Grupos de Direita Organizados, tentando confundí-los. Raramente obtém sucesso nessa empreitada, mas é possível se verificar alguma influência, ainda que por um pequeno espaço de tempo, principalmente através da Grande Mídia, que se utiliza das eventuais falhas de agentes identificados com a Direita, fazendo parecer que essa têm problemas tanto quanto a outra, sem guardar as devidas proporções.

No Brasil temos agentes controversos. Alguns grupos da Direita estão estabelecendo preceitos que chamo de “Politicamente Correto da Direita”, ou seja, são temas dos quais esses grupos estabelecem uma ordem, e assim como a esquerda, estabelecem uma espécie de mantra sob o tema, como se não pairasse qualquer possibilidade de divergência ou discussão sobre qualquer tema, o que é um erro crasso! Além disso, procedem da mesma forma que a esquerda, atacando qualquer agente que se posicione com uma ideia diferente ou que tente se aprofundar sobre o dado tema.

Como exemplos, posso citar temas como: O Fim do Foro Privilegiado e também o Abuso de Autoridade. 

Ambos são temas que merecem aprofundamento. Mas ao sugerir assim, houve grande reação de Grupos da Direito contra o Ministro Gilmar Mendes.

Ora, alguém acreditar que o simples fim do Foro Privilegiado, resolverá o problema da impunidade sobre os políticos, é no mínimo ingênuo!

Suponha que Romero Jucá sem o Foro, será julgado por algum juiz de Roraima onde ele e sua família tem proeminência política e a influência de um Coronel do Norte? 

Imagine que sem punir o abuso de autoridade, como será possível se sustentar um Estado Democrático de Direito? Sem Punição a autoridade será absoluta e, nós estaremos em risco de nossa própria liberdade de expressão.

A Direita precisa se policiar para não contaminar-se com o fascismo da esquerda, pois que diferença haverá entre um fascista de esquerda e outro de direita?

Só a Direita poderá fortalecer as Instituições, pois para a esquerda somente interessa o seu aparelhamento.

A esquerda vive de seus “oráculos”, mestres, filósofos e um bando de malucos populistas, velhos que não se livraram da utopia de Woodstock e doutrinam jovens nas escolas e universidades. 

Durante décadas, se afirmar de Direita era como “sair do armário” para ser execrado, por isso, é compreensível que muitos vícios da esquerda ainda estejam impregnados, mas é preciso se livrar dessas manias. A Direita não pode criar seus “oráculos”, seus mitos e, segui-los cegamente como fazem naturalmente a turma dos homogêneos burros.

A Direita não pode criar mitos ou estabelecer ordem sobre temas, pelo contrário! É preciso se abrir cada vez mais ao dialogo e buscar soluções inteligentes, profundas e capazes de fortalecer os valores que sustentam a democracia e a liberdade, protegendo as nações dos projetos nefastos do Globalismo, caso contrário, será mais do mesmo e, se falharem nisso, estaremos pedidos!

POR ALUISIO NOGUEIRA











-É Escritor, Romancista, Terapeuta, Consultor de Empresas e de Economia

Nota do Editor:


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