sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Desburocratização das atividades de empreiteiras estrangeiras no Brasil

O Governo deve enviar, nas próximas semanas, um projeto de lei que vai modificar a regulação do mercado de construção civil, tanto imobiliário quanto de infraestrutura, para estrangeiros poderem atuar no Brasil com menos burocracia.

Atualmente, o Crea (Conselho Regional de Engenharia) que é responsável pela regularização dos profissionais, leva em torno de um ano para habilitar um estrangeiro a trabalhar no país, mas o projeto tentará mudar esse tempo pra no máximo três meses ou de forma automática, caso a empreiteira tenha vencido uma licitação pública e o processo de regularização do profissional não tenha encerrado.

Essa proposta de projeto, começou a se desenrolar devido a operação Lava Jato, que descobriu as ‘falcatruas políticas’ em que se envolveram as duas maiores empreiteiras do país, a Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa, que poderão pagar R$ 40 bilhões, cada uma, para repararem os danos por terem se envolvido com os cartéis que fraudavam licitações e levaram sobre preços em contratos com a Petrobrás.

Com as duas maiores empreiteiras barradas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), o país ficou sem poder contar com empresas que suportassem grandes obras, tanto na construção imobiliária como na construção de infraestrutura, fazendo com que o PIB de 2016 chegasse a 16% e o mínimo considerável para se classificar um país em desenvolvimento é o de 25%.

Em um primeiro momento, a atitude do governo, em encaminhar o projeto para ser aprovado pelo Congresso e colocá-lo para se desenvolver, pode abrir as portas para empresas estrangeiras atuarem, com menos burocracia no Brasil, mas os lucros dessas, assim como as de outras estrangeiras, vão para o país sede e não para o desenvolvimento brasileiro.

O projeto de lei, que tem tudo para ser aprovado pelo Congresso, com a desculpa de que o Brasil precisa retomar o desenvolvimento, tem tudo para afundar, ainda mais a economia do país, pois empreiteiras nacionais de médio porte, que poderiam receber os mesmos benefícios fiscais das estrangeiras, estão fechando suas portas e deixando profissionais, nascidos e formados no país, sem emprego.

Diminuir a burocracia é um ato bom, mas colocar empreiteiras estrangeiras no lugar das nacionais, deixar engenheiros estrangeiros desenvolverem trabalhos que os brasileiros tem plena capacidade de fazer e com isso deixar os lucros irem para outras fronteiras, seria o mesmo que permitir que todos aplicassem dinheiro no exterior sem pagar impostos.

POR MÔNICA FORMIGONI














-Radialista e Jornalista; 
-Brasileira, apaixonada pela pátria e lutando por um País livre e grande, como o povo merece.

Nota do Editor:

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2 comentários:

  1. Mônica sou leiga no assunto, mas sou favorável a participação de empresas estrangeiras, isso acontece no mundo todo. Mas quando no Brasil não se tenha recursos. Na verdade falta seriedade nas empresas, no governo e no povo brasileiro. Essa é a questão. Parabéns.

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  2. Neide, a globalização profissional faz todos evoluirem com rapidez, mas no Brasil realmente falta seriedade, pois as empresas chegam com vantagens tributárias muito superiores aos das empresas nativas que tentam expandir e os profissionais nao dividem experiências com os brasileiros, eles apenas desejam a mão de obra bruta, que no Brasil custa muito pouco e isso faz aumentar seus lucros. Obrigada pelo comentário!!!!

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