segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Estado versus Nação: Tudo é Espiritual


Autor: Luciano Almeida (*)


O Brasil vive uma grave crise. É sempre difícil explicar os momentos de crise? Nem sempre. Os problemas do nosso país decorrem do fato de que não implantamos e não vivemos as virtudes do capitalismo.

Em primeiro lugar: o que é o capitalismo? O capitalismo é o sistema que consagra a livre iniciativa e permite que as pessoas empreendam e busquem seus sonhos, baseado na concorrência, a matriz de todo o progresso, tudo para permitir que a sociedade se beneficie ao comprar produtos melhores e mais acessíveis, gerando renda e impostos, que devem ser utilizados pelo Governo em favor dos mais necessitados. 

Em linhas gerais isso é o capitalismo. É uma construção de pessoas com vista ao conforto e satisfação de outas pessoas (consumidores), com geração de renda e impostos.

Mais precisamente, o Capitalismo é a Nação em movimento.

O nosso país está em crise por que temos uma Nação que tem uma alma capitalista, que deseja trabalhar e progredir, mas que carrega esse corpo obeso e egoísta, que é a máquina pública. O Brasil tem um "corpo" que não quer se vergar à "alma". 

Isso acontece por que toda a nossa estrutura estatal foi criada nos moldes de um sistema socialista / comunista. Veja a desconsideração com que a máquina estatal trata a propriedade particular. Mais um celular foi roubado? Tanto faz. 

A máquina pública desconhece que um celular é uma ferramenta de trabalho. Um celular custa horas e horas de trabalho e ficar sem o celular implicará em horas e horas de trabalho não realizado.

Como se sabe, tudo é espiritual, e o Estado (corpo) quer se impor à Nação (alma). Duvida? Vamos formular algumas perguntas:

Quem são as pessoas mais importantes? São os funcionários públicos. Eles são as autoridades. Hoje todo jovem quer ser funcionário público em detrimento de abrir um comércio ou iniciar uma atividade empresarial, que é o que garante o progresso da Nação.

Como são utilizados os nossos impostos? São utilizados para pagar os funcionários públicos, ativo e inativos. Pouco do que é arrecadado com os impostos é utilizado na construção de uma infraestrutura, tão necessária para o desenvolvimento do capitalismo e do Povo (Nação). 

Quem pode portar armas? Os funcionários públicos. Os cidadãos (Nação) não podem portar armas. Ora, o nosso sistema já é socialista/comunista.

A mensagem que está sendo transmitida aos jovens é muito clara. Passe em um concurso e fique livre de qualquer mudança durante a sua vida. Esqueça os seus sonhos (desista da sua Alma) e garanta o seu salário com estabilidade. 

A mudança, tão temida pelas pessoas que se escondem atrás dos balcões das repartições públicas, está na essência do capitalismo. É fato que tudo pode e deve mudar para melhor. 

O Estado/Corpo tende à inércia. É a Nação/Alma que anseia pela mudança. 

No Brasil a frase "seja dono do seu próprio negócio" foi substituída pela frase "seja dono do seu próprio emprego público". É inadmissível.

Agora um ponto importante: o capitalismo sadio demanda que a atividade econômica seja lícita!

Contrabandista não é capitalista. Ele não paga imposto, não concorre em igualdade com os comerciantes legalmente instalados, não investe em pesquisa e desenvolvimento. 

As empresas que praticam o verdadeiro capitalismo mantêm vínculos duradouros com as suas comunidades. Atlanta, nos EUA, é uma cidade riquíssima, onde há décadas está instalada a sede mundial da Coca-Cola. 

Contrabandistas não mantém vínculo com ninguém, com nenhum lugar e estão prontos para se mudar num estalar de dedos. Essa é a realidade dos contrabandistas.

O que dizer então de traficantes de drogas? Eles fazem imensas fortunas com o sangue e a vida de inocentes. A venda de drogas rende a esses bandidos bilhões de reais, enquanto a comunidade onde estão instalados permanecem na mais absoluta miséria. Favelas com esgoto a céu aberto e milhares de famílias intimidadas por menores armados.

As mudanças demoram. O Poder Público não reage da forma esperada. Tudo é moroso. O que temos a fazer é adotar o "consumo consciente".

Compre de empresas que investem em suas comunidades. Adquira produtos cujo desenvolvimento foi feito em parceria com as universidades. Divulgue nas redes sociais as marcas que você considera socialmente coerentes e relevantes. Finalmente aprenda a comprar ações das empresas que você acredita. A prosperidade conjunta é uma dádiva do capitalismo.

Vai continuar votando em quem impede a mudança e o desenvolvimento que só o capitalismo é capaz de produzir? Então você já sabe que é cúmplice de todos os problemas do nosso país.

Você vai continuar comprando do contrabandista? Então já sabe que estará prejudicando os empresários cumpridores das suas obrigações.

Você vai insistir em usar drogas? Então você é um financiador de criminosos que matam inocentes, que mantém comunidades na miséria e destroem a sociedade. 

Há uma grande disputa em curso. Uma guerra entre liberdade/capitalismo versus socialismo/imobilismo. Todos temos que nos envolver nesta batalha. O consumo consciente é um passo relevante. O Voto consciente é uma decisão importante.

Como já foi dito, tudo é espiritual, e devemos lutar pelo destino do Brasil para impedir que o Estado (corpo) prevaleça sobre a Nação (alma). 

*LUCIANO ALMEIDA 


-Marido, Pai,Advogado, Escritor 

















Nota do Editor:

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Um comentário:

  1. Excelente Luciano, parabéns pela analogia. Mais consciência e menos modismo. Capitalismo é energia em movimento. Movimento é vida.

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