domingo, 31 de janeiro de 2021

Um bom ano ou um ano bom


 Autora: Ana Flávia Santos(*)

Em alguns momentos, vi-me desejando um "bom ano" em lugar de um “feliz ano novo”. Pois que não são o mesmo. Ser bom, não significa um feliz ano ou um ano feliz. Também não remete ao contrário de mau. Posto não haver possibilidade de um ano ou coisa alguma ser apenas feliz, bom ou mau.

Também não se refere a um predomínio do bom em relação ao mau. Antes, a diz respeito a uma integração. A possibilidade de, no ano, poder viver o que ele contiver, em sua inteireza e integridade. Pois em uma definição abrangente, ampliada, em que não se concebe algo pela ausência do seu oposto, compreende-se, então, que não o exclui, mas o engloba. Pois até o que é mau se pode atravessar, e diante dele sobreviver. E a partir do qual até mesmo renascer.

Assim, quer se deseje um bom ano ou um ano bom, o que se encontra em seu bojo é a esperança. Que se associa a, independente de seus acontecimentos concretos, externos e observáveis, possa-se, internamente, conservar a condição de transformar, desenvolver-se, recriar-se. Reinventar-se. Pois bom não é atributo do que acontece, mas qualidade do que se pode ser. Apesar de....

*ANA FLÁVIA DE OLIVEIRA SANTOS













-Psicóloga Clínica (CRP 06/90086);
-Graduada em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP);
-Mestre em Psicologia pela  Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP);
-Especialista em Psicologia Clínica pelo Conselho Federal de Psicologia;
-Membro Titular do Instituto de Estudos Psicanalíticos de Ribeirão Preto - IEPRP, onde também integra a Diretoria de Ensino e o quadro de psicólogos clínicos e supervisores;
-Possui experiência nas áreas clínica, da saúde, escolar/educacional, social e judiciária, além de ensino e pesquisa;
Atualmente, atende criança, adolescente e adulto na abordagem psicanalítica nas cidades de Batatais-SP e Ribeirão Preto-SP e
-Ainda, atua como professora em curso de Especialização em Psicologia, Orientadora de Monografia e como funcionária pública do Tribunal de Justiça de São Paulo.

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