segunda-feira, 23 de maio de 2016

Olha o nível!(e não é da água)





Vendo comentários da entrevista de Roberto Jefferson no Roda Viva da Tv Cultura em 11 de abril último https://youtu.be/wnpQRw01ztQ nas redes sociais, deparei-me com algo interessante: muitos criticaram a postura de Jefferson “fazendo uma defesa deslavada de FHC”. Fui assistir. A parte onde ele mostrava as diferenças no trato com o Congresso, realmente tive que concordar com Jefferson quando disse do nível das conversas. A fala dele era sobre tipo de linguagem, mais erudita no caso de FHC e mais notoriamente chula no caso do governo do PT. Daí fiquei pensando...

Tem pessoas bem nascidas, com dinheiro e acesso a cultura. Algumas optam por serem mal educadas socialmente, não se intelectualizam, nem para cunho profissional nem para cunho comportamental. Outras nascem sem nenhuma condição, mas sentem vontade de ser diferentes daquele meio limitado onde vivem. Temos relatos de garis doutores, pessoas formadas através de muito esforço e dedicação. Numa discussão entre duas pessoas é bem interessante observar como realmente a natureza da pessoa é. Se é mansa, educada ou truculenta. Demonstra autocontrole ou desanda a falar coisas que depois se arrependa amargamente...

Eu posso dizer que sofro uma espécie de “bullying” ou preconceito. Mesmo que conviva com pessoas de vários níveis culturais sofro mais da parte de quem tem nível universitário, mas não tem cultura. Explico: gosto de usar termos eruditos para xingamentos. Ou sempre que alguém tem alguma dúvida sobre algo, tenho alguma explicação. Sou ultimamente chamada de “enciclopédia ambulante”. Só porque dou meus pitacos desde astronomia, política, filosofia, artes, culinária, moda, história, religião... além de minimamente falar umas poucas palavras em cada idioma... faz um “sucesso”... outro dia, ao findar uma parte do dia em meu trabalho, entreguei ao diretor os papéis e declarei: “finitum est”... a plateia foi abaixo... outro dia comentando sobre redes sociais, disseram que não tinham interesse por twitter, eu inocentemente falei: “é apenas pra quem gosta de criar conteúdo”. #mimimi geral. Ofendidíssimos por que se auto denominaram “sem conteúdo”. 

O conteúdo é uma busca pessoal. Conhecimento não ocupa espaço. Mas parece que tem cérebros maiores e menores, mais e menos “HD” e mais e menos “memória RAM”. Espero apenas que vivamos respeitando diferenças.

#vamosemfrente

Por ANA PAULA STUCCHI











- Economista de formação;
- MBA em  Gestão de Finanças Públicas pela FDC- Fundação Dom Cabral;

- Atualmente na área pública
- Twitter:@stucchiana 

3 comentários:

  1. Adorei o texto, também sofro esse bullyng, e essa semana alguém me chamou de enciclopédia, não gostei muito, num barzinho, bebendo, isso afasta muita gente rsrs

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  2. Prezadas Maristela e Marta,

    Infelizmente no nosso país o bullying é às avessas... e Marta... já me acostumei a ser chamada de "enciclopédia"... pensando bem... melhor que piriguete? Porque quem te chama de enciclopédia você provavelmente, como eu, não teria paciência de toda hora ficar explicando a piada =)

    Abraços meninas! =)

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