segunda-feira, 15 de abril de 2019

Sem Reformas o Brasil Quebra? Afinal, quem está mentindo?

Autor: Aluisio Nogueira(*)


A confusão gerada pela guerra de informações e, sobretudo, as "Fake-News", mostram o quanto as MENTIRAS prevalecem sobre os fatos nos dias atuais, principalmente com a difusão nas Redes Sociais de todo tipo de loucura, de afirmações absurdas e um verdadeiro terrorismo verbal produzido pelos inimigos das Reformas, em particular contra a Reforma da Previdência. Quem está mentindo afinal? 

Vamos aos fatos: 

1. A economia brasileira está estagnada há anos e continua estagnada agora, com desemprego e queda de arrecadação. Dizer que não há crescimento na economia, equivale dizer que as receitas estão diminuindo. Imagine seu salário estagnado e diminuindo ano após ano... ;
2. As despesas do governo aumentaram ano após ano desde 2002 até 2017, mesmo com o Teto de gastos aprovado no Governo Temer para tentar barrar o déficit fiscal bilionário; 
3. Os déficits fiscais (arrecadação total da União – despesas totais) resultado do item 1, Arrecadação total de impostos feita pela União, menos o item 2 , fizeram a dívida interna do Governo saltar de cerca de R$ 600 bilhões em 2002, para cerca de R$ 4 trilhões em 2019; 
4. Os juros da dívida sozinhos, consomem hoje, algo em torno de R$ 400 bilhões/ano, ou seja, os juros anuais de hoje, equivalem a 60% do que era a dívida total em 2002, corroendo, portanto, uma parte significativa dos recursos do governo. Isso impede o crescimento do país, sobretudo, por falta de capacidade de investimentos em infra-estrutura; 
5. A despesa com Previdência em 2018 equivale a cerca de R$ 721 Bilhões, para uma arrecadação total em impostos de R$ 1,5 Trilhão, ou seja, a previdência sozinha, equivale a quase 50% do Orçamento Total da União; 
6. A Previdência Social no modelo atual sofre com a redução da base de contribuição, ao mesmo tempo em que cresce o número de beneficiários de forma exponencial. Enquanto a base de contribuintes privados está em torno de apenas 33 milhões de empregados com carteira assinada, e de 13, 5 milhões de funcionários públicos, entre pensionistas e aposentados temos algo em torno de 30,5 milhões de pessoas; 
7. O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), apurou que em alguns estados brasileiros, o número de inativos chega a 9 para cada 10 servidores ativos Fonte: Valor Econômico; 
8. Estima-se que as despesas com Previdência no modelo atual deverão superar as receitas totais com impostos, em menos de uma década, ou seja, não haveria como pagar a previdência social, simplesmente porque não haveria dinheiro, nem arrecadação para tanto; 
9. Sem reformas não há crescimento, porque não há investimento. Sem investimento não há emprego, portanto, não há arrecadação. Considerando que o número de aposentados poderá dobrar em alguns anos com o envelhecimento da população e a redução da base de contribuintes, fica fácil concluir que a conta não fecha, portanto, ou quebra a Previdência ou quebra o país! 
10. Há prevalecer o modelo atual, o governo terá que optar por quebrar a previdência social, porque obviamente não poderá deixar de gastar com saúde, segurança e educação para pagar pensões e aposentadorias. Se a arrecadação é de R$ 1,5 Trilhão, com juros que consomem R$ 400 bilhões, como poderá arcar com R$ 1,1 trilhão em aposentadorias daqui a 5 anos? 
A conta é simples, uma conta de padaria, como diria um amigo meu. O estado tem obrigações constitucionais que precisam ser garantidas, como Educação, Saúde e Segurança. Hoje, a União gasta cerca de R$ 70 bilhões/ano com Educação, o que equivale a 10% dos gastos com previdência social em 2018. 

Os inimigos da Reforma então, apresentam soluções mágicas como aumentar impostos dos ricos para cobrir os rombos das contas públicas. Seria essa a solução? 

Imaginemos que poderíamos dobrar os impostos cobrados dos bancos, por exemplo? O que acha que aconteceria se isso fosse feito na prática? 

Como alguém que trabalha a 35 anos no mercado financeiro, posso lhe responder muito facilmente essa questão, pois para os bancos qualquer imposto se converte em custo de operação, ou seja, é automaticamente repassado ao mercado. Isso faria explodir ainda mais as taxas de juros e aumentaria drasticamente as dificuldades de empréstimos e financiamentos por retirada de capital de circulação livre. 

Mas, existe a possibilidade de taxação das Grandes Riquezas, outra solução mágica apresentada aos berros pelos opositores das reformas estruturantes do país. Seria essa uma solução viável? 

Estima-se que as grandes fortunas do país somam algo em torno de R$ 2,3 trilhões, incluídos os investimentos em bolsa. 

Bem, vamos cobrar 50% de impostos desses "opressores maldosos"? Sem considerar que a simples ideia de taxar essas fortunas, já faria com que quase todo esse capital fosse embora do país, antes mesmo da aprovação de tal taxação, pois seria transformar os investidores em inimigos ou rejeitar capital, o que, por si só, já seria uma loucura! Mas, vamos fantasiar que isso não ocorresse, assim conseguiríamos confiscar R$ 1,15 trilhão. 

Nós somos o único país do mundo que viveu na história recente um confisco parecido, o tal Plano Collor. Lembra dele? Confiscou dinheiro de todos, empresários e poupadores... 

Pois é, a Previdência arrecada hoje algo em torno de R$ 430 bilhões/ano e paga R$ 721 bilhões/ano. Um déficit de R$ 291 bilhões/ano. 

Com o confisco de R$ 1,15 trilhão dos ricos, na nossa hipótese ilusória, irreal e ridícula, nós conseguiríamos cobrir quase 4 anos de rombo da previdência social. 

Depois de 4 anos, o resultado seria de um país sem nenhum rico, com todo Brasil pobre, o Governo Quebrado e o tal socialismo instalado, ou seja, todos miseráveis! 

Esse é realmente o sonho da esquerda brasileira, deixar todos na miséria, menos, eles próprios! 

Bem vindo a Venezuela, a Disney da esquerda! O resultado máximo do socialismo, das mentiras da esquerda e da fábrica de pobreza das ideologias marxistas. 

A simples existência da esquerda como força política capaz de retornar ao poder, mesmo tendo trazido o caos ao país, já é fator de inviabilização do Brasil como escolha de país para se investir, por isso, não conseguimos parar de patinar. Problemas como a insegurança jurídica e a capilaridade e força das ideias de esquerda afastam investidores. Talvez por isso, países como o Chile e o Peru estejam hoje recebendo mais investimentos que o Brasil. 

Tire suas próprias conclusões!

*ALUISIO NOGUEIRA













É Escritor, Romancista, Terapeuta, Consultor de Empresas e de Economia 

Nota do Editor:

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