sexta-feira, 17 de abril de 2020

Nada será como antes?

Autora: Ana Paula Stucchi (*)


Nada será como antes na terra de Abrantes? (não me lembro se assim é a rima, mas tem a ver com o momento em que vivemos). 

Fica a pergunta, quase retórica, porque muita coisa há pra se pensar e refletir nesses tempos de pandemia mundial versus necessidade de isolamento social.


Antes: quando mais aglomerado melhor, veja essas imagens:

Acima vemos as pessoas aglomeradas, encostando umas às outras, como se isso fosse "normal". Mas não é. Independente de covid-19 outras doenças e vírus podem se disseminar facilmente.


Dentro dos vagões a situação é alarmante, dando oportunidade a furtos, assédio... Mas agora é bem diferente e creio que depois dessa pandemia as pessoas vão querer algo diferente... a desconfiança de a pessoa ter um vírus contagiante pode fazer que as pessoas vivam em constante vigilância, o afeto sendo comprometido...



Economia tornou-se uma incógnita, pois o avanço do tal vírus compromete a atividade econômica em função das autoridades sanitárias decretarem o isolamento social total. Daí muitas pequenas empresas tendem a fechar, pois nem todos têm reserva para grande parcela de tempo, outros foram pegos de surpresa. As expectativas para o começo do ano que eram alvissareiras, se tornaram mais sombrias. Ainda não se sabe como vai ser, tudo ainda é incerto, pois uma pandemia mundial nunca se espera e não se sabe o estrago que pode causar e o que vem pela frente.
No lado dos consumidores, antes as estratégias das empresas eram consolidadas, estatisticamente comprovadas, mas agora tudo torna-se novo.

Quem não consumia pela internet agora consome. Quase 40% dos atuais compradores online fizeram sua primeira compra em março, de acordo com estudo da SmartCommerce (Crédito: istock) 

Os dinossaurinhos que se recusavam a aderir à tecnologia, agora se vêem obrigados porque senão não vão conseguir sobreviver. tudo sofrerá mudanças: comportamento, consumo, relacionamentos pessoais, profissionais, sentimentais... só o tempo dirá como as pessoas vão se adaptar ao incerto/novo e para uns, cheios de incertezas, para outros, cheio de esperanças. Sim, porque na história, toda vez que acontece um fenômeno coletivo que deixe a humanidade na incerteza, logo vem uma inovação tecnológica (ou mais) que depois melhoram as coisas. Assim foi na revolução do fogo, da pedra lascada para pedra polida, invenção da roda, agricultura, domesticação de animais... revolução industrial e agora revolução tecnológica...

Tem uma frase que diz: numa crise, uns choram, outros vendem lenços. Os lenços se transformaram em máscaras, o que se tem de anúncio em profusão na internet...

O que virá? Só nos resta #vamosemfrente 

*ANA PAULA STUCCHI



-Economista de formação;
-MBA em Gestão de Finanças Públicas pela FDC - Fundação Dom Cabral;
-Atualmente na área pública
Twitter:@stucchiana

Nota do Editor:

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