sexta-feira, 26 de maio de 2023

Bode em Pele de Cabra


 Autor: Mateus Machado (*)

No livro A Nova Era e a Revolução Cultural, de 1994, o professor Olavo de Carvalho refuta as previsões de Fritjof Capra em sua obra The Turning Point (O Ponto de Mutação), nome extraído de um hexagrama do I Ching, em que Capra já anuncia, ainda no século XX, o fim de uma era com a humanidade deixando de usar combustíveis fósseis (derivados do petróleo), o fim do patriarcado e o surgimento de uma nova ciência, com base holística.

O livro foi publicado em 1981, aqui no Brasil temos a primeira tradução em 1982, a década anunciada por Capra finalizou em 1990. Sobre a primeira previsão Capra nos diz: "Esta década será marcada pela transição da era do combustível fóssil para uma nova era solar, acionada por energia renovável oriunda do sol".

O professor Olavo mostra que Capra deu um salto desproporcional entre etapas; afinal, como a humanidade sairia da era dos combustíveis fósseis saltando direto para a energia solar, sem ao menos passar pela energia atômica na qual a humanidade já vinha fazendo uso? A questão que levanto é: Como a energia solar poderia dar conta de abastecer todo o planeta, como ficariam as populações que vivem em regiões frias, chuvosas ou de muita umidade? O uso da energia solar funciona, atualmente, apenas como fonte alternativa, como a energia eólica e outras; cada uma segundo as necessidades e adaptadas às situações favoráveis; só se pode investir em energia eólica em regiões com muito vento; a não ser, é claro, que a humanidade adote o ensacamento de vento da Dilma Rousseff.

É de se pensar que essa fixação pelo Sol, que existe entre cientistas holísticos como Capra e ecomilitantes, remonta aos adoradores do astro rei, encontrados em várias épocas e culturas, que acreditavam que uma ínfima parte da criação, o sol, seria o Supremo Criador. Esse novo paradigma científico, que propõe o Fritjof Capra, é uma tentativa de desconstruir toda a estrutura judaico-cristã e seus símbolos, fragmentando o monoteísmo em pequenas partículas panteístas; dando em troca um novo caminho espiritual, de culto panteísta ou antropocêntrico, que se multiplica em várias seitas, religiões e filosofias anticristãs. Culminando então na tentativa de destruir o patriarcado. E essa transição acaba se integrando, ainda que em certa medida, em uma rede mais complexa dentro da Revolução Cultural

Sobre o patriarcado, propriamente dito, Fritjof Capra divide a questão em três elementos: o domínio do homem sobre a mulher, o domínio da espécie humana sobre a natureza, e por fim o predomínio da razão sobre a intuição. São os três aspectos do mesmo fenômeno. Em resumo, para Capra, trata-se da hegemonia do yang sobre o yin.

O professor Olavo brinca com o fato de que Capra escolhe ser ilógico usando de lógica. Nas palavras do professor:

"Sendo a lógica, no seu entender, uma expressão do abominável patriarcado cujo fim ele deseja, ele não poderia mesmo obedecê-la sem tornar-se, ipso facto, ilógico".

O físico teórico Fritjof Capra não é o representante mor da Nova Era, como bem disse o professor Olavo, isso porque ele está longe de representar esse movimento cultural, filosófico e religioso em sua totalidade. Os pilares da Nova Era foram sedimentados por organizações e escolas ocultistas como a Sociedade Teosófica, fundada em 1875 em Nova York pela russa Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891) que ajudou a introduzir no ocidente a espiritualidade oriental.

O surgimento do paganismo moderno, também chamado neopaganismo, que agrega um conjunto de religiões pré-cristãs adaptadas aos dias atuais, como wicca, neo-druidismo, xamanismo, estruturam as bases da Nova Era com seus simbolismos, suas filosofias e práticas. O ocultista neo-druida Isaac Bonewits define o neopaganismo, entre outras coisas, como um !esforço consciente para eliminar, tanto quanto possível, o monoteísmo, o dualismo e o puritanismo tradicionais do ocidente".

Aliados a tudo isso temos o próprio feminismo, como movimento político, que desde o início vem lutando contra o patriarcado, seus costumes e tradições, na tentativa de libertar a mulher da supremacia masculina, desconstruindo a família tradicional. Veremos que movimentos como Feminismo, Veganismo e outros se intercalam e se comunicam e acabam desaguando dentro do marxismo cultural, servindo como instrumentos da Revolução Cultural. E se entre eles existem diferenças inconciliáveis, por outro lado, todos acabam tendo o mesmo inimigo em comum.

No livro A Nova Era e a Revolução Cultural, de 1994, o professor Olavo de Carvalho refuta as previsões de Fritjof Capra em sua obra The Turning Point (O Ponto de Mutação), nome extraído de um hexagrama do I Ching, em que Capra já anuncia, ainda no século XX, o fim de uma era com a humanidade deixando de usar combustíveis fósseis (derivados do petróleo), o fim do patriarcado e o surgimento de uma nova ciência, com base holística.

O livro foi publicado em 1981, aqui no Brasil temos a primeira tradução em 1982, a década anunciada por Capra finalizou em 1990. Sobre a primeira previsão Capra nos diz: "Esta década será marcada pela transição da era do combustível fóssil para uma nova era solar, acionada por energia renovável oriunda do sol".

O professor Olavo mostra que Capra deu um salto desproporcional entre etapas; afinal, como a humanidade sairia da era dos combustíveis fósseis saltando direto para a energia solar, sem ao menos passar pela energia atômica na qual a humanidade já vinha fazendo uso? A questão que levanto é: Como a energia solar poderia dar conta de abastecer todo o planeta, como ficariam as populações que vivem em regiões frias, chuvosas ou de muita umidade? O uso da energia solar funciona, atualmente, apenas como fonte alternativa, como a energia eólica e outras; cada uma segundo as necessidades e adaptadas às situações favoráveis; só se pode investir em energia eólica em regiões com muito vento; a não ser, é claro, que a humanidade adote o ensacamento de vento da Dilma Rousseff.

É de se pensar que essa fixação pelo Sol, que existe entre cientistas holísticos como Capra e ecomilitantes, remonta aos adoradores do astro rei, encontrados em várias épocas e culturas, que acreditavam que uma ínfima parte da criação, o sol, seria o Supremo Criador. Esse novo paradigma científico, que propõe o Fritjof Capra, é uma tentativa de desconstruir toda a estrutura judaico-cristã e seus símbolos, fragmentando o monoteísmo em pequenas partículas panteístas; dando em troca um novo caminho espiritual, de culto panteísta ou antropocêntrico, que se multiplica em várias seitas, religiões e filosofias anticristãs. Culminando então na tentativa de destruir o patriarcado. E essa transição acaba se integrando, ainda que em certa medida, em uma rede mais complexa dentro da Revolução Cultural.

Sobre o patriarcado, propriamente dito, Fritjof Capra divide a questão em três elementos: o domínio do homem sobre a mulher, o domínio da espécie humana sobre a natureza, e por fim o predomínio da razão sobre a intuição. São os três aspectos do mesmo fenômeno. Em resumo, para Capra, trata-se da hegemonia do yang sobre o yin.O professor Olavo brinca com o fato de que Capra escolhe ser ilógico usando de lógica. Nas palavras do professor:

"Sendo a lógica, no seu entender, uma expressão do abominável patriarcado cujo fim ele deseja, ele não poderia mesmo obedecê-la sem tornar-se, ipso facto, ilógico".

O físico teórico Fritjof Capra não é o representante mor da Nova Era, como bem disse o professor Olavo, isso porque ele está longe de representar esse movimento cultural, filosófico e religioso em sua totalidade. Os pilares da Nova Era foram sedimentados por organizações e escolas ocultistas como a Sociedade Teosófica, fundada em 1875 em Nova York pela russa Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891) que ajudou a introduzir no ocidente a espiritualidade oriental.

O surgimento do paganismo moderno, também chamado neopaganismo, que agrega um conjunto de religiões pré-cristãs adaptadas aos dias atuais, como wicca, neo-druidismo, xamanismo, estruturam as bases da Nova Era com seus simbolismos, suas filosofias e práticas. O ocultista neo-druida Isaac Bonewits define o neopaganismo, entre outras coisas, como um "esforço consciente para eliminar, tanto quanto possível, o monoteísmo, o dualismo e o puritanismo tradicionais do ocidente".

Aliados a tudo isso temos o próprio feminismo, como movimento político, que desde o início vem lutando contra o patriarcado, seus costumes e tradições, na tentativa de libertar a mulher da supremacia masculina, desconstruindo a família tradicional. Veremos que movimentos como Feminismo, Veganismo e outros se intercalam e se comunicam e acabam desaguando dentro do marxismo cultural, servindo como instrumentos da Revolução Cultural. E se entre eles existem diferenças inconciliáveis, por outro lado, todos acabam tendo o mesmo inimigo em comum.

*MATEUS MELO MACHADO




















-Poeta, escritor e crítico literário;
-Vencedor de Prêmios Literários, entre eles Ocho Venado (México), e um dos finalistas do Mapa Cultural Paulista (edição 2002);
-Autor dos livros: 
-"Origami de Metal" – Poemas – 2005 (Editora Pontes);
-"A Mulher Vestida de Sol" – Poemas – 2007 (Editora Íbis Líbris);
-"Pandora" – Romance em parceria com Nadia Greco – 2009 (Editora Íbis Líbris);e
-"As Hienas de Rimbaud" – Romance -2018 (Editora Desconcertos),"
Contatos: mateusmachadoescritor@gmail.com
Cel/whats app (11) 94056-0885

Nota do Editor:

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