domingo, 5 de novembro de 2023

O que eu fiz para reduzir as minhas crises de ansiedade?


 Autora: Karla Kratschmer (*)

Vou te falar quatro pontos que me foram úteis quando me percebi tendo crises de ansiedade durante o final do período de isolamento devido a Covid-19, mas antes quero começar dizendo que quando falamos em ansiedade a primeira coisa que precisamos pensar é que ela não é de todo ruim; um pouco de ansiedade nos impulsiona a ir atrás do que almejamos e isso também é necessário para movimentar a vida.

Ela se torna ruim quando fica tão intensa que queremos dar conta de tudo e acabamos por fazer nada e também quando nos causa sensações fisiológicas desconfortáveis como, por exemplo, taquicardia e respiração ofegante; coisas que mexem na nossa qualidade de vida e atrapalha nossos relacionamentos.

Na época eu me dei conta que algo não estava bem quando me percebi tendo taquicardia; foi inclusive o momento em que abri uma exceção e sai do isolamento para me consultar com um cardiologista.

Após todos os exames solicitados terem dado normal comecei a me dedicar a observação de quatro pontos: autoconhecimento, ambiente, alimentação e sedentarismo.

Se você estiver passando por crises de ansiedade, primeiro tenha em mente que além de muito útil, a psicoterapia pode também ser extremamente necessária.

No mais, no seu dia a dia, você pode:

- Trabalhar o autoconhecimento, se fazendo perguntas do tipo, "aconteceu algo que me incomodou?", "em quais momentos a ansiedade aparece e em quais momentos ela é maior?", "o que eu posso fazer para amenizá-la?";

- Observar o ambiente em busca de gatilhos que podem estar acionando a sua ansiedade e após detectá-los ver o que pode ser evitado ou até mesmo tirado de vista;

- Analisar a alimentação para ver se há alimentos ou bebidas que podem estar causando sensações fisiológicas de ansiedade; e

- Avaliar a rotina buscando incluir exercícios físicos.

Esses foram os quatro pontos para o qual eu refinei o meu olhar; pois quando pensamos na nossa saúde é de grande ajuda pensarmos de forma multidisciplinar.

E lembre-se: é um olhar que contribui para o nosso bem estar, mas não substitui a psicoterapia; e pode ser que você precise da psicoterapia para passar pelas suas crises; e está tudo bem precisar de ajuda.

KARLA KRATSCHMER










-Sou psicóloga há quase 10 anos e atuei na área clínica até o ano de 2021, quando decidi dar uma pausa nos atendimentos e na criação de conteúdo.

-Este ano, 2023, retornei com a produção de conteúdo e compartilho em minhas redes sociais um dia a dia com equilíbrio e sem restrições; visando sempre o bem-estar, tendo a psicologia e a psicanálise como fundamentais.

Nota do Editor:

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