sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

2016 #vamosemfrente






Ano novo, problemas velhos. 

Quem pensou que passaríamos o revellon com outra pessoa na cadeira da Presidência da República passou triste. Dilma segue fragilizada mas firme, mesmo com todos os problemas e o pedido de impeachment aceito...




Pois é... mas agora temos que pensar em pagar as contas e principalmente os impostos do início do ano... então preferi pensar em mostrar idiossincrasias e ao mesmo tempo olhares de ideias para que o otimismo apareça e melhore seu 2016 de alguma forma.

RISCOS DO BRASIL PERDER O BONDE DA HISTÓRIA..

Veja a imagem abaixo:

Essa é a trajetória global do Brasil no desempenho de sua economia frente as economias de países emergentes como China e Índia. Nossa comparação com esses países é importante porque são países emergentes, e pelo andar da carruagem já perdemos no ranking para a China. Pense: vendemos para a China Commoditties e compramos produtos manufaturados. Isso faz com que ainda em 2015 sejamos quase que exportadores de matérias primas, que não movimentam a economia como outras cadeias produtivas, como por exemplo, a indústria automobilística. Em 4 anos perdemos 3 posições, enquanto a China segue firme e forte, com previsão de deixar em 2030 (conforme gráfico abaixo) os EUA com menos hegemonia, caindo sua participação no PIB mundial de 25% para 20%, enquanto que a China aumentará seu PIB para 22,2 trilhões, quase empatando com EUA. 











Esse é o lado triste: em 2030 poderemos ser ultrapassados até mesmo pela Índia, que em 2030 terá a maior população economicamente ativa, enquanto que o Brasil já aponta sinais de envelhecimento como em países da Europa (a grosso modo). Em média ficaremos na sexta posição, mas o que qualquer estrategista vê nesses números é que poderíamos estar muito melhor.

O lado bom é que mesmo com essa crise que estamos enfrentando, podemos fazer desse limão uma limonada. Os setores exportadores, por exemplo, vão muito bem obrigado. O que poderia vender menos agora vende mais. Mercado interno desabastecido é um risco, pois pode gerar inflação por demanda, mas com a atividade econômica enfraquecida a inflação não tem tanto força pra subir. É como disse Delfim Neto "não temos competência para acabar com o Brasil" (ainda bem).

Vamos olhar apenas para o que podemos melhorar, principalmente com as questões de abertura de mercado, pois muitas empresas mesmo saindo, outras ainda vêem o Brasil com possibilidades de investimento a longo prazo. Quem tem para investir investe. quem tem que pagar as contas, corre para rentabilidade a curto prazo.

Portanto, se você leitor, trabalha direta ou indiretamente com setores exportadores, anime-se. Nessa crise tem os que choram, mas os que vendem "lenços" (remédios) também, pois o setor farmacêutico do país anda rindo à toa, ações em 2015 valorizaram mais de 20% num cenário onde PIB quase zero? Pois é... vamos mudar nosso olhar e entender que assim como os Mercados são voláteis por conta mais de incertezas plantadas do que de realidades, vamos desvolatilizar nossa economia e pressionar para que o governo faça o ajuste fiscal para corrermos atrás do prejuízo histórico em relação a economia mundial.

#vamosemfrente 2016 

Por ANA STUCCHI



-Economista de formação
MBA em Gestão de Finanças P´´ublicas pela FDC - Fundação Dom Cabral; e

- Atualmente na área pública
Twitter:@stucchiana 

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