segunda-feira, 20 de abril de 2020

A Economia e o coronavirus:reféns da política e da idiocracia


Autor: Alberto Schiesari(*)




A economia

A ciência erra? Os economistas erram?

Sim, até a ciência erra. Há cerca de cinco séculos, antes de a Igreja Católica aceitar o fato de que a Terra não é o centro do universo, os poucos fiéis letrados foram extremamente férteis criando falsas teorias sobre esferas celestes para tentar explicar alguns fenômenos observados nos céus, que não se coadunavam com o geocentrismo.

O conhecimento da época era absolutamente insuficiente e incapaz de provar e também de contestar tais teorias, todas elas dogmáticas, sustentadas pelo poder que então a Igreja tinha e exercia, movida por seus interesses extremamente escusos.

Mas a ciência tem a decência de ser implacável em sua autocrítica.

A ciência econômica abrange a matemática e a sociologia. Neste último segmento ela não é precisa como as ciências exatas. As teorias econômicas, sob certos aspectos, são bastante similares às esferas celestes do geocentrismo. Elas se sucedem tentando modelar os fenômenos econômicos e propondo ações, à medida que a vida real revela surpresas não previstas pelos teóricos. Em alguns países elas se mostram bem sucedidas, mas em outros elas são inúteis, devido a uma armadilha que transforma o destino de planos econômicos em retumbantes fracassos, o que será abordado adiante.

O esforço que os grandes economistas fizeram – e ainda fazem – para produzir joias do conhecimento humano falha no entendimento do processo econômico tal como ele ocorre de fato em alguns países, entre eles o Brasil.

Adam Smith [1723-1790] foi um visionário. Assim como o pioneiro Alan Kardec fez com o espiritismo, Smith foi o primeiro a estabelecer o arcabouço conceitual daquilo que passou a ser, figurativamente, um novo rio do conhecimento humano, ao qual se deu o nome de Economia.

Ele advogou a ideia de que a riqueza das nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos pelo seu próprio interesse causavam crescimento econômico e inovação tecnológica.

Karl Marx [1818-1883] trouxe muitas luzes ao palco dominado pelos que então detinham o poder econômico, o qual era mantido à base da exploração praticamente escravocrata dos trabalhadores.

Marx queria resolver a canalhice dos donos do capital, e morreu pobre, exilado em Londres, onde trabalhou como correspondente de um jornal norte-americano, condição na qual demonstrava profunda admiração por Lincoln. Esse é um trecho de sua biografia sempre omitido pelos comunistas, que insistem em qualificar os norte-americanos como "imperialistas" e em considera-los inimigos da "brava e não imperialista (!)" ex-União Soviética.

Essa União, diga-se de passagem, foi formada à custa do derramamento de muito sangue, a começar pelo da família real russa, incluindo suas criancinhas, todos reunidos em um salão pensando que iriam ser fotografados, mas na realidade foram metralhados pelos covardes revolucionários. Sim, os comunistas, assim como os capitalistas e outros "istas", matam criancinhas, sem dó nem piedade.

O britânico John Maynard Keynes [1883-1946], guru da macroeconomia, criou ideias importantes que contribuíram para o entendimento e solução da crise de 1929, e para a recuperação da economia do mundo após as duas Grandes Guerras. Nessas ocasiões foram implementadas com sucesso políticas econômicas intervencionistas, algo que Keynes defendia com entusiasmo, e que foi linha mestra do New Deal [1933-1939], plano colocado em prática nos EUA pelo então Presidente Franklin Roosevelt, para conseguir superar a crise de 1929. De modo geral, Keynes era favorável à intervenção do estado na economia.

O norte-americano Milton Friedman [1912-2006], premiado com o Nobel de Ciências Econômicas de 1976, detalhou aspectos referentes ao consumo. Suas ideias liberais que advogam intervenção mínima do Estado na economia tornaram-no o desafeto intelectual de Keynes.

Aconselhado por Friedman, Ronald Reagan conseguiu sólidos índices de crescimento do PIB dos EUA durante o período em que governou o país. Além disso, a crise que houve em 2007-2008 foi combatida com sucesso por meio da aplicação eficaz das ideias de Friedman.

O coronavírus

No instante em que estas linhas estão sendo escritas o coronavírus já infectou mais de 1 milhão e 400 mil pessoas e matou mais de 75 mil no mundo. No momento em que o leitor faz esta leitura os números certamente estarão maiores.

Ele ainda perde fragorosamente da gripe espanhola de 1918, que estimativas calculam deve ter infectado mais de 500 milhões de pessoas, um quarto da população da Terra à época, e matado mais de 50 milhões de vítimas. Como se hoje fossem mais de 1,7 bilhão de infectados e mais de 170 milhões de mortos. Com um terrível agravante: a economia vivia a terrível realidade de uma guerra mundial.

Vale aqui uma nostra culpa atual. Uma falha terrível dos economistas foi não prever uma surpresa como o coronavírus. Principalmente no Brasil, permanecemos extremamente atarefados com duas coisas. A primeira delas é o acompanhamento e o cálculo de mais de 50 índices de inflação, trabalho que é apenas uma aplicação de fórmulas a respeito de fatos passados – matemática pura. A outra é a tentativa de justificar erros nos cálculos das previsões, que na verdade são decorrentes da imprecisão das fórmulas, que não consideram variáveis políticas de extrema importância, como o humor dos gestores máximos da política econômica – sociologia e psicologia puras.

Um Estado precisa obrigatoriamente pensar e agir pensando no futuro. Pouquíssimos fazem isso. Os donos do poder no Brasil, nas últimas décadas, fingem desconhecer essa necessidade, são omissos em relação a isso. Fogem dessa responsabilidade como o diabo foge da cruz.

Como garantir vida econômica aceitável para o país e para seus cidadãos se surgir uma epidemia de grandes proporções ou pandemia grave? Deverão ser usadas ou não as reservas monetárias? Por que não utilizar o malfadado e imoral fundo eleitoral para atenuar catástrofes?

O que nosso país fará se o preço do petróleo se multiplicar por dez novamente, devido a conflitos no exterior, como aconteceu na década de 1970?

Quais as consequências e as medidas a tomar se Nicolás Maduro decidir invadir nossas fronteiras, como a Argentina fez décadas atrás com as Malvinas? O ditador venezuelano, com toda sua insensatez e sem-vergonhice certamente seria capaz de fazer isso para desviar a atenção de seus cidadãos da inaceitável corrupção que ele comanda no país vizinho.

O que acontecerá em nosso país se os EUA desativarem o uso civil do sistema GPS, do qual somos extremamente dependentes? Isso é altamente provável em caso de guerra que envolva os norte-americanos.

Como deve ser gerido o orçamento do país em situações emergenciais? Nesses momentos quais “segmentos verticais” da sociedade deverão ser sacrificados? Quais emendas o Legislativo irá querer barganhar para autorizar alguma ação do Executivo? Qual será o juiz mais desejado e conveniente para ser sorteado como relator dessa decisão?

Quais são as dificuldades sociais que podem afetar intensamente a economia? Quais podem ser previstas e quais ações seriam recomendadas caso elas viessem a existir?

Assim como nas empresas, também países necessitam visceralmente de planos de contingência, para minimizar impactos negativos e consequências dramáticas se surgirem surpresas desagradáveis como é o caso agora do coronavírus.

Deixar tudo para ser enfrentado apenas no momento em que as dificuldades surgem, para, então, adotar medidas impensadas e tendenciosas, decididas de afogadilho, é receita infalível para o cometimento de asneiras. Como as que assolam o Brasil neste momento.

A política e a economia

Mas uma importante função que deveria ser exercida pelos políticos é justamente preencher essas lacunas dos economistas e de todos os outros conselheiros e assistentes governamentais que devem dar suporte aos dirigentes do país. Cabe aos nossos representantes seguir os conselhos e solicitar informações complementares antes de assinar ou revogar decretos. Eles e seus milhares de assessores são pagos com o suado dinheiro dos cidadãos, a peso de ouro (ao menos no Brasil), entre outras razões, para proporcionar estabilidade geral, resolver problemas, prever as possíveis contingências que podem afetar a sociedade. Fazer o hoje com eficiência e planejar um amanhã melhor e aceitável.

Há muito tempo os políticos deveriam ter encomendado estudos aos economistas, aos sociólogos, aos médicos, às universidades, a quem quer que seja especialista, para prever as consequências de uma pandemia ou outra catástrofe capaz de afetar profundamente o trôpego caminhar de nossa pátria. E ter planos prontinhos na prateleira para serem usados com agilidade. Nas áreas econômica e social o planejamento é fundamental pois elas são profundamente afetadas por quaisquer eventos malignos.

Todas essas questões deveriam obrigatoriamente ser pauta contínua de setores especializados do Estado. Mas os políticos não se preocuparam com isso até agora, nem demandaram trabalhos técnicos para abordar essas questões. Por que?

Para estarrecimento do leitor, segue uma lista de preocupações de nossos representantes e seus amiguinhos no mês de março de 2020, quando o coronavírus aflorou com toda sua força:

  • Propor (e querer) emendas ao invés de costuras;
  • Querer comer lanches e pagar o preço de banquetes;
  • Tirar proveito do sofrimento alheio para se autopromover;
  • Mimar e paparicar bandidos e criminosos;
  • Continuar delinquindo e recebendo benesses com base em corrupção, mesmo que réus e condenados por tal delito;
  • Fazer apologia de canalhas, como Nicolás Maduro;
  • Advogar interesses escusos;
  • Dar festinhas para “amigos” idiotas, talvez na tentativa de espalhar mais rapidamente o vírus, e, ao mesmo tempo, escancarar ignorância, prepotência e canalhice;
  • Antecipar a cobrança do imposto de 2021, quando o correto seria postergar o vencimento do imposto a ser pago em 2020. Quer saber quem? Sugiro que sua pesquisa comece pela cidade de Recife;
  • Estimular procedimentos contrários ao que recomenda a ciência e o bom senso, alegando que algum dia todos vão morrer. Quer saber quem? Sugiro que inicie sua pesquisa por Brasília;
  • Redigir e apresentar projetos para "...garantir o bem-estar animal e a preservação da espécie...". Bem-estar e preservação sabe de quem? De galos de briga! Não, não é piada, é tragicomicamente verdadeiro. Quer saber quem é o autor dessa pérola da idiotice? Pesquise no Google "senador apresenta projeto para proteger galos de briga";
  • Entender que loteria é uma atividade essencial para uma nação;
  • Fingir que acreditam que na reunião de centenas de pessoas em cultos religiosos a proteção "divina" irá proteger os fieis de qualquer vírus ou bactéria;
  • Tentar se dar ao direito de ser transportado (se necessário for) por ambulâncias VIP, às custas do imposto que pagamos. Tentem buscar confirmação iniciando pesquisa pelo Estado do Espírito Santo;
  • Subir os juros e se negar a repactuar dívidas dos credores, medidas que os "coitadinhos dos bancos" fazem de forma recorrente e reforçam nesta época de grande crise.
É fundamental dizer que todos esses exemplos são oriundos de apenas um dia de noticiário. Imaginem o que todas essas pessoas físicas e jurídicas são capazes de fazer durante 365 ou 366 dias por ano. Provavelmente adoram anos bissextos, como 2020, pois são 24 horas adicionais para engordar o resultado anual de imbecilidades e sem-vergonhices. Estas não descansam nos fins de semana, nem tiram férias. Imaginem o estrago que isso acarreta na combalida economia brasileira, na estrutura da nação, no sofrimento dos cidadãos.

É assim que as teorias econômicas são desmontadas. Não há teórico de estatística, nem Keynes nem Friedman capaz de fazer simulações considerando variáveis tão desarmônicas à economia, mas agindo harmonicamente entre si.

As decorrências dos atos políticos e do caráter dos donos do poder de uma nação, eivados intensamente com tanta amoralidade e dolo, fazem com que qualquer estudo, planejamento e teoria econômica se transforme em pó.

Quais os erros dos grandes economistas?

Adam Smith esqueceu que, assim como os interesses próprios dos indivíduos causam crescimento econômico, também causam a atraso econômico, cultural, tecnológico e científico, algo usado por espertalhões do mal como poderosa ferramenta para se aproveitar dos menos favorecidos.

Um dos erros de Marx, também nunca citado em suas biografias e nos textos em defesa do comunismo, é sua visão binária das coisas. Ele imaginou que havia apenas dois tipos de seres humanos: os terríveis donos do capital ("coxinhas" bandidos) e os miseráveis trabalhadores ("mortadelas" mocinhos). Numa análise bastante simplória, sua ingenuidade o fez esquecer de que existem sim donos de capital que são mocinhos, e também que há trabalhadores (e seus líderes) que são bandidos.

O grande erro de Keynes, se pensarmos na aplicação de suas teorias em países como o Brasil, é que o foco delas era a solução de problemas na área econômica, e para isso ele tinha como premissa o fato de que os donos do poder querem resolver os problemas de uma nação, o que no Brasil não é verdade. Eles querem proteger os capitalistas selvagens.

Uma análise baseada na economia de países em dificuldades, como o nosso, revela que, de maneira similar ao que ocorreu com Keynes, Friedman também desenvolveu seu trabalho com a boa vontade e ingenuidade de quem tem como objetivo a solução de problemas, e para tal busca soluções alternativas. Dessa forma, não levou em consideração que, na prática, a implementação de ações baseadas em qualquer teoria, encontra obstáculos políticos intran$poníveis e também burocratas tran$poníveis.

Quanto pior é o caráter e a moral dos que determinam, planejam, legislam e executam a política econômica, mais a economia é dependente da política.

Quanto maior e mais intensa é a dependência da economia em relação à política, como ocorre no Brasil, mais as teorias econômicas fracassam. Seus autores não consideram essa realidade, ou dão pouco valor a ela, que é determinante na forma como nossa economia se comporta.

O milagre econômico vivido pela Alemanha (então Ocidental), pelo Japão e pelos Estados Unidos após a Segunda Grande Guerra, dura há décadas e teve sucesso absoluto não apenas por seguir a cartilha de algum economista, mas principalmente devido à correção moral dos líderes dessas nações à época: pessoas que de fato queriam resolver os problemas, preparar o futuro de seus países, que se empenharam para tal. E obtiveram inegável sucesso.

Elas planejaram e executaram harmonicamente ações que envolviam seus líderes máximos e os representantes de outros poderes, entidades e organizações, no âmbito civil e militar. Todos com objetivo único, compartilhado e sincronizado, sem falsas considerações ideológicas usadas para camuflar interesses escusos. Eles priorizaram somente os interesses do povo. Eles eram despidos de todo e qualquer interesse de cunho pessoal ou de confrarias mal intencionadas. Não voavam de jatinhos pagos pelos pobres para ir a compromissos particulares. A "ideologia" não era de direita, nem de esquerda e nem do centro. Era apenas fornecer bem-estar aos cidadãos e levantar o país de forma duradoura.

Hoje os citados países são três das maiores potências econômicas e sociais da Terra.

Como alguma teoria econômica pode dar certo se a rotina de uma nação é a revelação diária, durante anos, de escândalos econômicos e morais praticados impunemente por quem tem poder e que cinicamente alega inocência? Se há oposição sistemática a medidas contra corrupção? Se diuturnamente são tomadas medidas imorais para proteção de agentes econômicos corruptos? Se os textos das leis que fazem a política econômica são incoerentes e ambíguos, formatados para atender interesses conflitantes, exceto os do povo, e nada têm a ver com alguma escola de Economia?

Nas últimas décadas tivemos à frente de nossa Economia vários economistas de "renome", marionetes extremamente capazes de distribuir benesses seletivamente a quem era de interesse dos donos do poder. Com isso, as teorias econômicas foram desprezadas, deformadas e distorcidas, pisoteadas, e quem não era amigo do rei foi esquecido ou prejudicado. Dessa forma destruíram nosso hoje e jogaram no lixo nosso amanhã. As "novas matrizes econômicas" elaboradas por mestres e doutores trataram com escárnio a obra de Smith, Keynes, Friedman e tantos outros. E prejudicaram principalmente toda a camada de carentes da população brasileira.

Não importa se há intervencionismo ou liberalismo. Isso não faz a menor diferença se os agentes econômicos não tiverem honradez.

O Brasil, por culpa de quem detinha o poder até pouco tempo atrás, infelizmente enxerga as coisas de forma binária: mocinhos e bandidos, mortadelas e coxinhas, sim ou não, oi ou adeus, ébano ou marfim. Com a devida vênia aos Beatles pela inevitável inspiração.

E agora essa maldita postura também está sendo repetida e alimentada pelos atuais detentores do poder. Feia ou bonita, jornalistas ou a verdade, confinamento horizontal ou economia.

Isolamento de idosos ou sobrevivência de empresas. Nada mais torpe, boçal e de má fé. A Organização Mundial de Saúde e o Fundo Monetário Internacional já se manifestaram em conjunto dizendo que escolher entre salvar vidas ou salvar empregos é um falso dilema. As duas coisas (e todas as outras) precisam e devem ser protegidas e gerenciadas simultaneamente, com a mesma intensidade, a mesma prioridade e o mesmo propósito: o bem estar da população. Os problemas precisam ser todos enfrentados: pessoas e instituições não podem escolher o que enfrentar.

O que fazem pais e mães quando um filho tem fome e outro é doente? Alimentam o primeiro e deixam o outro morrer? Afinal de contas todos vão morrer algum dia... Compram remédios mas não compram comida?

Escolher acelerar a infecção e a consequente morte de milhares ou milhões de pessoas para proteger o empresariado é coisa digna de Calígulas.

Escolher isolamento sem se preocupar com a Economia é coisa digna de Neros.

A idiocracia

A você leitor ou leitora destas linhas, recomendo fortemente que, se puder, assista ao filme "Idiocracia"” (Idiocracy, EUA, 2006). É uma comédia, ficção, mas que pode ser objeto de associações com fatos e situações bem reais desta época que estamos vivendo, de maneira bem acentuada com a realidade brasileira.

Idiocracia é um neologismo autoexplicativo. Juntando prefixo e sufixo derivados do grego, idhios (peculiar) e kratos (domínio, poder), o sábio criador desta palavra conseguiu um modo interessante de referir governantes peculiares.

As peculiaridades em questão não estão associadas a, por exemplo, beber champanhe no café da manhã, como fazia Churchill. Nem expressar-se usando mesóclises como alguns de nossos ex-presidentes o faziam.

A palavra idiota era usada depreciativamente na antiga Atenas para quem não participasse da vida política. Alguém que não tinha interesse em participar da pioneira e bem intencionada política dos tempos dourados da Grécia, que buscava uma forma de organização social mais justa do que a imposta pelos soberanos do mal daquela época, e que infelizmente existem à saciedade até os dias de hoje.

Há diversas razões para alguém não querer participar da política. Mas cumpre notar o fato de que há, neste planeta, inúmeros "políticos" e "não políticos" que não sabem, não querem, não fazem a “inocente” política dos antigos gregos. Eles não zelam pelos cidadãos comuns. Primam apenas pela defesa de interesses próprios e de seu círculo de parentes e colegas de sem-vergonhice, para maximizar vantagens e ganhos desonestos, imorais e criminosos.

Em resumo...

Os ganhadores do Prêmio Nobel de Economia de 2019 foram o indiano-americano Abhijit Banerjee, a francesa-americana Esther Duflo, e o norte-americano Michael Kremer, pelos trabalhos que desenvolveram referentes a como aliviar a pobreza global. É um tema que poderia e deveria ser prioritário nas instituições que lidam com Economia aqui no Brasil. Mas os três prêmios Nobel vivem nos Estados Unidos. Oportunamente comentarei o trabalho deles, e de antemão vale a pena destacar que é obra de cunho eminentemente social.

Mas infelizmente os responsáveis de maior nível pela área econômica aqui no Brasil têm seu tempo ocupado para negociar politicamente medidas técnicas, e seu trabalho direcionado para fortalecer os alicerces de barro que sustentam falsas ideologias. Planos econômicos devem ser conduzidos tecnicamente. A economia precisa dar prioridade às demandas da sociedade e da Medicina, a qual precisa ter alcance universal, equitativo e isonômico.

Os planos econômicos devem ser praticados e ajustados até que um deles dê certo e resolva os problemas. Para qualquer cargo eletivo os representantes devem ser eleitos e, se não honrarem o cargo, devem ser escorraçados para que a oportunidade de não ser idiota seja dada a outro candidato.

Com o perdão somente pela rima dolosa, tentativas de isolamento vertical devem ser retribuídas com rejeição total e com fracasso eleitoral (de toda a família).

Ao menos no Brasil, NENHUM político merece uma segunda chance.

*ALBERTO ROMANO SCHIESARI














-Economista;
-Pós-graduado em Docência do Ensino Superior;
-Especialista em Tecnologia da Informação, Exploração Espacial e Educação STEM; 
-Professor universitário por mais de 30 anos;
-Consultor e Palestrante.

 Nota do Editor:

Todos os artigos publicados no O Blog do Werneck são de inteira responsabilidade de seus autores.

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