sábado, 15 de abril de 2023

Breves inserções do protagonismo lúdico no cenário educacional


 Autor: Lucio Panza (*)

Atualmente, a metodologia lúdica é a mais almejada entre os educadores na busca por melhores resultados em sala de aula.

Como as brincadeiras significam prazer para as crianças, o momento de aprender também usará essa tática para chamar a atenção dos pequenos. Dessa maneira, ensina-se de forma descontraída, incentiva-se a criatividade e a convivência entre as pessoas.

As formas de ensinar e aprender mudam constantemente na sociedade. Por isso, é fundamental que instituições e professores estejam prontos a se atualizar e inovar em suas metodologias, mesmo que seja retroceder em alguns pontos ou mesclar ferramentas antigas com novo embasamento pedagógico.

Em minhas pesquisas e observações da práxis diária tenho percebido que alguns materiais que produzo no qual a ideia central é promover o protagonismo do aluno tem atraído muito o empenho e o interesse em realizar as tarefas propostas.



Temas clássicos como Cadeia alimentar e Ecossistema podem ser de grande valia em termos de criatividade e potencialização das bases cognitivas na medida que o aluno deve montar o seu próprio ambiente com fatores bióticos e fatores abióticos a sua escolha ou escolher os animais e produtores que irão compor sua cadeia alimentar baseada em uma gama de opções de figurinhas de diversos seres vivos.




Também é possível um corte e colagem que promova os encaixes corretos das etapas dos fenômenos naturais em figurinhas nos lugares apropriados do Ciclo da água.

O tema de rochas também pode ser explorado através do protagonismo: Ao oferecer uma gama de imagens das próprias rochas (algumas bem conhecidas) e atividades em que elas são utilizadas como na agricultura, alvenaria, decoração e estética e fazer as associações como em um álbum de figurinhas.





O fazer e praticar, o vulgo "mão na massa" precisa estar efetivamente na sala de aula. O aluno precisa ter o seu envolvimento e a sua curiosidade junto à atividade realizada. Os livros, de suma importância obviamente, mas na maioria das vezes trazem as ilustrações prontas, exemplos estanques. O aluno precisa sentir que está construindo o “seu livro”, errando, acertando e participando de maneira ativa do processo. O professor não é o detentor do saber, que apenas transmite os conteúdos de modo automático, mas um incentivador da curiosidade do estudante. O seu papel é também direcionar o aluno em sua investigação para aprender.

A noção do protagonismo também considera a coletividade como um ponto importante. Os estudantes constroem seus álbuns e figurinhas, montam seus sistemas ambientais próprios e afins, mas devem estar em dispostos em grupos, com o layout da sala diferente das clássicas fileiras cartesianas, e; assim podem compartilhar o material disponibilizado como tesouras, lápis de cor e colas para realizar também a arte nas suas construções. E assim, os alunos tendem a pensar juntos quando colaboram entre si, melhorando os relacionamentos interpessoais e a formação cidadã plena para a vida prática e em sociedade melhorando assim as experiências em sala de aula.

Bibliografia

COSTA, A. C. G.; VIEIRA, M. A. Protagonismo juvenil: adolescência, educação e participação democrática. Salvador: Fundação Odebrecht, 2000

GALIAZZI, M. do C. Educar pela pesquisa: espaço de transformação e avanço na formação inicial de professores de ciências. 2000. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2000. https://doi.org/10.24873/j.rpemd.2018.06.219

MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. 2. ed. Campinas: Papirus, 2007. NÉRICI, I. G. Metodologia do ensino: uma introdução. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1989

*LÚCIO PANZA

















-Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ  (2006);
  -Pós-graduação  em:
    - Biociências e Saúde pela Fiocruz (2013) e
    -Ensino de Ciências e Biologia pela UFRJ (2015)
-Atua como professor regente no magistério público estadual e municipal da cidade do Rio de Janeiro;
-Possui experiência em mediação de exposições científicas em espaços formais e não formais;
Elabora projetos de jogos didáticos com foco no aspecto lúdico como instrumento de aprendizagem; 
-Participa de atividades de extensão cultural com projetos pedagógicos desenvolvidos nas Unidades escolares.
-Escritor com poemas publicados em diversas coletâneas e vencedor de diversos prêmios literários e
-Autor do livro de poesias "O tempo não existe: Catraio-tamborim no Morro Aquarela"

Nota do Editor:
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