sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Marçal, a direita, a esquerda e a cadeira


 Autor: Álvaro Santos(*)

Há milhares de anos o ser humano busca de forma incansável algumas fórmulas; "como transformar terra em ouro" e "como ser imortal." Nesta busca, tateamos literaturas, a bíblia e os penduricalhos das artes das trevas. Tudo baseado em teorias e ideologias toscas. que cabem em mentes ocas e deturpadas. Eis o estágio em que nos encontramos.

Há cinquenta anos, o povo brasileiro busca de forma insana, buscar no passado um herói, um líder que resgate aquela sensação de segurança e de vida feliz que foi transmitida por nossos avós e nossos pais. Essa geração que não viveu e não vivenciou a escassez de alimentos, o esquadrão da morte e a verdadeira censura, onde, não eram seis manés espertalhões que se enriquecem falando bobagens e incitando uma parcela de falsos patriotas que eram censurados, mas uma nação.

Eleições municipais

Assim como Lula, Bolsonaro busca um substituto. Os filhos de ambos não têm carisma muito menos habilidades políticas. Os zeros nada apresentaram nestas duas últimas décadas algo relevante aos seus municípios, seu estado ou ao seu país. O filho do outro vive escondido, tudo que temos dele são as teorias dos adversários onde rezam as lendas que de tratador de elefantes virou dono de grandes empresas. Lula tentou o Haddad, mas o homem é polido e culto mas não tem aquela empatia popular necessária para reger grandes massas. Bolsonaro busca na família e tenta emplacar sua  esposa como sua substituta, não só pela sua pseuda inelegibilidade mas por outros fatores que entre um deles é ver sua força de alavancar multidões enfraquecer.

Lula encontra em Boulos algo próximo aos seus ideais. Vem dos movimentos, "lógico que invadir propriedades públicos ou privadas" espantam uma boa parte do eleitorado mas é visível que o olhar social da esquerda é um dos fatores preponderantes que o eleitor da periferia e do funcionalismo público usam para definir seu voto. Bolsonaro, sequestrou nosso sete de setembro e as cores de nossa decadente seleção brasileira com sua dita direita conservadora patriota além de cristã. Acontece, que ele não esperava o advento Pablo Marçal. Marçal não leva essa prefeitura, mas será sua pedra no sapato em 2026. É melhor articulado, usa a própria estratégia de Bolsonaro de se fazer de vítima do sistema, de estar lutando sozinho e com recursos próprios, é extremamente hábil no manejo da internet, muito diferente do zero dois. O medo de Bolsonaro ficou estampado ao negar ao menino acesso ao seu palanque.

Bolsonaro sempre foi repelente a qualquer tentativa de lhe imputar algo ruim. Foi assim na rachadinha, nos absurdos da pandemia e na sua não reeleição. Marçal parece herdar sem esforço essa repelência. Virou um bolo, quanto mais se bate, mais cresce. Nunes, é o xuxu da direita. Se contenta em comer pelas beiradas e não ousa ofuscar seu padrinho e o dono dele, um pastor de gado. Datena, só saiu candidato por uma boa grana. Boa mesmo. Senão como seu partido iria colocar a mão no butim do famigerado fundo eleitoral. Seu maior feito? Uma cadeirada 🤪

Conclusão

Boulos e Nunes disputando o segundo turno. Não importa quem leve, os maiores vencedores serão Tarcísio e Marçal. Tarcísio porque se mostra potente para transferir votos e será instado pelo sistema a sair candidato a presidente e Marçal que terá potencial inimaginável para tomar a direita do incompetente Bolsonaro. Enquanto isso, o maior câncer de nossa democracia, estes mais de trinta partidos fingindo democracia, elegem e reelegem bandidos e tiriricas para elaborarem leis e asfixiar qualquer prefeito que saia deste teatro das cadeiradas.

https://www.tse.jus.br/partidos/partidos-registrados-no-tse


ÁLVARO SANTOS







-Microempresário na área de prestação de serviços
-Autodidata formado pela Faculdade da Vida.

Nota do Editor:

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