domingo, 28 de maio de 2017

Brasil, o País Mais Depressivo da América Latina




Segundo dados recentes de fevereiro desse ano da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais alto índice de depressão da América Latina.

Infelizmente, nosso Brasil tem a maior taxa de pessoas com depressão na América Latina e média que supera os índices mundiais. 

Dados publicados em fevereiro desse ano pela OMS, apontam que 322 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão, 18% a mais do que há dez anos. O número representa 4,4% da população mundial. Sendo que metade dos 322 milhões de vítimas da doença vivem na Ásia.

No caso do nosso país, a OMS estima que 5,8% da população nacional seja afetada pela doença que faz parte dos transtornos de humor, sendo um transtorno mental.

No caso global, as mulheres são as principais afetadas, com 5,1% delas com depressão. Entre os homens, a taxa é de 3,6%.

De acordo com a OMS, a depressão é a doença que mais contribui com a incapacidade no mundo, em cerca de 7,5%. Ela é também a principal causa de mortes por suicídio, com cerca de 800 mil casos por ano.

Além da depressão, a entidade adverte que, 264 milhões de pessoas sofrem com transtornos de ansiedade, pelo mundo, uma média de 3,6%. O número representa uma alta de 15% em comparação ao ano de 2005. Outra vez, o Brasil lidera na América Latina, com 9,3% da população com algum tipo de transtorno de ansiedade. A taxa, porém, é três vezes superior à média mundial. Os índices brasileiros também superam de uma forma substancial as taxas identificadas nos demais países da região. 

No total, a OMS ainda estima que, a cada ano, as consequências dos transtornos mentais gerem uma perda econômica de US$ 1 trilhão para o mundo.

Diante desse exposto e dessa situação atual em relação a essa infeliz notícia, gostaria de lembrar aqui os sintomas dos episódios depressivos, para que fiquemos atentos e lutemos contra esse mal. Lembrando que, nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão: leve, moderado ou grave, o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Também se observam em geral problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da autoestima e da autoconfiança e frequentemente ideias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves. 

O humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se acompanhar de sintomas ditos “somáticos”, por exemplo perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal da depressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda de peso e perda da libido. O número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três graus de um episódio depressivo: leve, moderado e grave.

Vale ressaltar que num episódio depressivo leve geralmente estão presentes ao menos dois ou três dos sintomas citados anteriormente. O paciente usualmente sofre com a presença destes sintomas, mas provavelmente será capaz de desempenhar a maior parte das atividades. 

Já num episódio depressivo moderado geralmente estão presentes quatro ou mais dos sintomas citados anteriormente e o paciente aparentemente tem muita dificuldade para continuar a desempenhar as atividades de rotina.

No episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos vários dos sintomas são marcantes e angustiantes, tipicamente a perda da autoestima e ideias de desvalia ou culpa. As ideias e os atos suicidas são comuns e observa-se em geral uma série de sintomas “somáticos”. E, no episódio depressivo grave com sintomas psicóticos ocorre como no episódio depressivo correspondente à descrição de um episódio depressivo grave, mas acompanhado de alucinações, ideias delirantes, de uma lentidão psicomotora ou de estupor de uma gravidade tal que todas as atividades sociais normais se tornam impossíveis; pode existir o risco de morrer por suicídio, de desidratação ou de desnutrição. As alucinações e os delírios podem não corresponder ao caráter dominante do distúrbio afetivo.

Então, você que está sentindo e consegue identificar esses sintomas, ou lembra que tem alguém próximo a você se sentindo com o humor deprimido ou que se encaixe com algum desses quadros de sintomas, por favor, aqui vai um apelo, faça uma avaliação psiquiátrica ou psicológica o quanto antes, pois você ou o seu próximo que se sente assim, poderá estar correndo sério riscos.

Vamos cuidar da nossa saúde mental e emocional?

REFERÊNCIA ELETRÔNICA


POR MARCELA ALCANTARA HENRIQUE DA ROCHA- CRP SP 06/118780










-Bacharel em Psicologia - Unicastelo - Universidade Camilo Castelo Branco SP;
-Atuação em Psicologia Clínica - atendimento psicoterápico individual para adolescentes, adultos e idosos. Orientação Vocacional;
-Formação Complementar em Projeto de Extensão: "Plantão Psicológico" - Centro de Formação de Psicólogos - Unicastelo (2014);
-Publicações em Brazilian Journal of Health - artigo: "Depressão Ocupacional: Impacto na Saúde Mental do Colaborador" (2015) (Fabio Pinheiro Santos, Marcela Alcantara Henrique da Rocha) - disponível on-line no endereço eletrônico http://inseer.ibict.br/bjh/index.php/bjh
Telefone: (11) 98370-7839 (whatsapp)
E-mail: marcelarochapsi@gmail.com
NOTA DO EDITOR :
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3 comentários:

  1. Um país onde todos os dias nos retransmitem um noticiário 24 horas de carnificina, inflação, desemprego, roubos, desatinos políticos, como ser um cidadão são? Não sei se é possível acreditar em pesquisa nesse Brasil de meu Deus. Acredito que esse n º seja bem maior...

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  2. Parabéns Marcela. Excelente matéria. Gostaria que o Brasil fosse mais atuante em estatística. Penso wue descubriríamos uma taxa muito maior que a apresentada, pois acho que têm surgido novos fatores favoráveis à depressão, dia a dia, jamais identificados antes.

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  3. Parabéns Marcela. Muito pertinente essas informações. Muito bem elaborado e claro, para que os leitores entendam a importância de se cuidarem. Grande beijo

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