domingo, 10 de dezembro de 2017

Pensamentos como Ponte entre a Interpretação e o Comportamento



Até onde seu modo de pensar está direcionado a lhe causar sofrimentos?

Você já tentou controlar seus pensamentos? E identificá-los? Vamos tentar? Pare um instante e preste atenção no que está pensando neste exato momento. Tente escrevê-lo. E ai, conseguiu? 

Se conseguiu, parabéns. Se não conseguiu, você está entre a maioria das pessoas que é contaminada constantemente por pensamentos distorcidos e não se dá conta do por que muitas vezes seu humor se altera sem nenhuma justificativa plausível, ou determinadas reações são muito mais intensas do que era de se esperar para aquela situação e por vezes se depara com algum tipo de aborrecimento.

O que acontece é que nossos comportamentos estão intimamente ligados aos nossos pensamentos e a forma com que interpretamos as situações/eventos. Ou seja, é a sua maneira de interpretar a situação que faz com que ela seja boa ou ruim – é óbvio que existem situações que são realmente ruins, mas não essas, o foco de nossa conversa -. Por exemplo, se você ouve alguma coisa e interpreta como uma ofensa, você terá um comportamento arredio ou agressivo, em contrapartida, se interpretar como uma crítica construtiva poderá considerá-la positiva e até agradecer a pessoa por lhe mostrar a situação por outro prisma.

A questão é que, assim como aprendemos a falar, a andar, a escrever ao longo do nosso desenvolvimento, também vamos aprendendo a pensar, de acordo com nossas vivências, e muitas vezes, esses pensamentos ganham certos condicionamentos negativos, que disparam em determinadas circunstâncias e te faz sentir como naquele momento passado, em que esse pensamento foi condicionado e distorcido em sua interpretação. 

Assim, a terapia cognitivo-comportamental visa identificar esses pensamentos para que seja realizada uma reestruturação cognitiva, em outras palavras, para que aprendamos a reconhecer nossos pensamentos distorcidos que nos causam mal e busquemos uma resposta alternativa, livre das crenças que causam essas distorções e assim, entendamos e modifiquemos nossa maneira de pensar e agir, nos tornando mais assertivos e adaptativos nas situações presentes.

Portanto, prestar atenção no que se pensa é tão importante quanto uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos regularmente. O que você pensa te faz ser quem você é. Foco neles!

POR SUELI DONISETI DOS SANTOS







-Psicóloga e Neuropsicóloga;-
-Graduada pela Universidade Cruzeiro do Sul;

-Especialização em Neuropsicologia pela USP;  
Atua na Psicologia Clínica sob a abordagem Cognitivo-Comportamental, com atendimentos a crianças, adolescentes e adultos.
Contato:11 95319-0439 

Nota do Editor:
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4 comentários:

  1. Olha,amigo Werneck, já atingi uma idade que sei muito bem (na maioria das vezes) no que estou pensando e no "porque estou pensando..." Procuro estar sempre focada nos meus pensamentos e atitudes! Às vezes dou minhas "derrapadas",(rsrs) mas no geral acho que estou de bem comigo mesma! Um abç!

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    1. Fico muito feliz em ler isso. Tudo de melhor pra você. Grande abraço.

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  2. Realmente na atualidade,especialmente no Brasil, e necessário um controle bem intenso no nosso comportamento e a nossa relação com nossos pensamentos.
    Especialmente em relação aos nossos valores e os valores que a sociedade mos impõe.

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    1. Exatamente Eli, o importante é mantermos a integridade e sermos coerentes com o que acreditamos, não é mesmo? Grande abraço

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