domingo, 20 de março de 2016

Reflexões sobre o medo


             
DEFINIÇÕES:

A palavra medo provém do termo latim metus. Trata-se de uma perturbação angustiosa perante um risco ou uma ameaça real ou imaginária. O conceito também se refere ao receio ou à apreensão que alguém tem de que venha a acontecer algo contrário àquilo que pretende.

Definição: Estado afetivo suscitado pela consciência do perigo. O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta, demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente.

O medo é uma emoção que se caracteriza por um intenso sentimento habitualmente desagradável, provocado pela percepção de um perigo, seja ele presente ou futuro, real ou suposto. O medo é uma das emoções primárias que resultam da aversão natural à ameaça, presente tanto nos animais como nos seres humanos. 

O medo tem vários conceitos, alarme, acovardamento, ansiedade, angústia, apavoramento, desassossego, enlouquecimento, etc., para Freud o termo utilizado é angústia (angust), e além do sofrimento psíquico o indivíduo fóbico vivencia o sofrimento físico, o que fora corroborado por Vanier (2006)

A angústia tem com o nosso corpo a mais estreita vinculação, como nos é mostrado pela etimologia (do latim angustia): designa um mal-estar psíquico, mas também físico – sensação de aperto na região epigástrica, de bolo na garganta, com palpitações, palidez, impressão de que as pernas vacilam, dificuldade para respirar, em suma, a angústia afeta o corpo. (VANIER, 2006, p 286) 

Reflexões: 

Após lermos algumas definições sobre o medo: peço você leitor a pensar novamente sobre essas indagações: O que é medo? Quais os sinais e sintomas do medo? O medo é patológico? Partindo deste princípio, o medo é “caracterizado por referir-se a um objeto mais ou menos preciso” (DALGALARRONDO, 2006, p. 107). 

Não me proponho a falar sobre todas essas questões, mas gostaria de levar vocês leitores, a refletir rapidamente sobre esse assunto: MEDO. O medo é necessário na vida humana, se não o tivéssemos, ficaríamos "desprotegidos", de qualquer e toda ameaça à nossa vida. Contudo em excesso nos trazem danos muitas vezes irreparáveis. Bom estarmos informados que quando percebemos em nosso comportamento algumas alterações e alguns excessos no comportamento como medo de sair de casa, medo de falar com outras pessoas, medo de entrar em alguns lugares fechados, entre outros, precisamos atentarmos para uma possível patologia, e atualmente temos alguns profissionais(psicólogos, psicanalistas, psiquiatras e outros) que podem ajudar a orientar, tratar ou prevenir essas doenças, no que diz respeito principalmente nesse artigo o que vem proveniente do excesso do medo. 

Segundo Dalgalarrondo (2006) apud Mira y López (1964), o medo se apresenta em escalas até a sua inativação, ou seja, ele vai paulatinamente tomando uma proporção até que o indivíduo tenha seus sentimentos e emoções estabilizados, dividindo-se em seis fases de acordo com o grau de extensão e imensidão, são eles: 1. Prudência; 2. Cautela; 3. Alarme; 4. Ansiedade; 5. Pânico (medo intenso); 6. Terror (medo intensíssimo).

O medo é uma alteração das emoções e dos sentimentos, também é fundamental para a nossa autopreservação. Já imaginou se não o tivéssemos? O que seríamos capazes de fazer? Atravessar uma rua sem temer a um possível acidente, pôr em risco a própria vida.

Segundo Dalgalarrondo (2006),

O medo não é uma emoção patológica, mas algo universal dos animais superiores e do homem. O medo é um estado de progressiva insegurança e angústia, de impotência e invalidez crescentes, ante a impressão iminente de que sucederá algo que queríamos evitar e que progressivamente nos consideramos menos capazes de fazer. (DALGALARRONDO, 2006, p. 109)

Conclusão:

Concluo que é importante atentarmos para a importância do conhecimento sobre o medo em nossas vidas, tanto para autopreservação, como para o excesso dele(medo). Enfatizando que o excesso desencadeia possíveis patologias(doenças), menos qualidade de vida, e que há possibilidade de prevenir, ou tratar essas patologias, que acometem a nossa saúde física e psicológica, mas seria mais interessante evitarmos, trabalhando com um olhar mais reflexivo e analítico sobre nossos comportamentos com relação a essa emoção chamada Medo. Contudo, é através das informações, prevenções, e mudanças de comportamentos, estaremos contribuindo para uma vida mais saudável, e também menos suscetível as doenças causadas pelo MEDO.

Referência bibliográfica: 

Vanier (2006);DALGALARRONDO, 2006; site:Psicologados; Freud: Obras Completas.

Por ROSANA PONTES GUERHARD SERPA - CRP 05/32964



- Psicóloga Clínica - Psicanalista;
- Graduada e Licenciada em Psicologia na Universidade Estácio de Sá desde 2005
Pós graduada em Psicofarmacologia e Saúde Mental;
Especialista em:
-Terapia de casais e família e
 em Psicodiagnóstico
Consultório  Clínico(próprio): Rua Demétrio Fragoso, 105 - Imbetiba - sala 201 - Macaé - RJ

17 comentários:

  1. Existe uma fase do medo que precisa de um diagnóstico urgente. O medo estaria a fomentar o comodismo em nosso país? Vejam como exemplo as campanhas onde por medo de mudanças, sem a ousadia devida, os espertalhões se reelegeram e ainda tendem a serem reeleitos em futuro próximo.
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    O medo contingência a moral. Coloca em grilhões a própria liberdade de um ser. Vide uma mulher que viva sob a égide dos maus tratos,da violência, da bebida e ainda assim por medo não rompa o status...
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    Lula&Dilma usaram o medo para driblarem nossa democracia. A Alternância salutar a uma democracia sadia foi burlada em 2009 com o projeto insano de poder, e, o que agora vemos e temos a certeza de que Lula não poderia abrir mão de seus comparsas haja visto O MEDO de que a evolução do MENSALÃO PARA O PETROLÃO fossem descobertas de antemão...
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    Hoje por medo de um COMUNISMO morto na origem mas que ainda habita alguns cérebros ocos, algumas pessoas estão dispostas a retroceder e ceder nossa liberdade.
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    Nossa democracia não é perfeita. Mas nos permite cometer todos esses desatinos que o estamos a fazer a 35 anos, elegendo e principalmente reelegendo essa corja os mantendo na longevidade do poder.
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    Vejam que nossos políticos são especialistas em votos. Depois de eleitos somem e em anos de eleição voltam com discursos e propagandas enganosas, e se não enganosas com baluartes vazios de soluções amenas a um ou outro setor.
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    Por medo não os esvaziamos das casas. Os reelegemos eternamente. Essa é a draga da nossa democracia estar emperrada...
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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Muito bom Álvaro, se todos refletissem a nossa política dessa forma, provavelmente nós seríamos mais transformadores do que só idealizadores!!!!

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  4. Dr Rosana arrasou comentando sobre o medo! Adorei!

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  5. Obrigada pela leitura e atenção!!!

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  6. Muito bom o artigo. Continue a escrever outros artigos dra Rosana, pode ter certeza que nos ajuda muito.
    Parabéns.
    Annie Oliveira.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Parabéns!

    Excelente artigo e uma ótima reflexão para nos atentarmos até aonde o nosso medo pode prejudicar a nossa vida e até que ponto precisaremos chegar para tomar uma decisão para mudar.

    Mais uma vez parabéns!

    Te desejo muitas forças para continuar a trilhar o seu caminho e a escrever seus livros e artigos.

    Att.

    Amanda Almeida

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  9. Parabéns!

    Excelente artigo e uma ótima reflexão para nos atentarmos até aonde o nosso medo pode prejudicar a nossa vida e até que ponto precisaremos chegar para tomar uma decisão para mudar.

    Mais uma vez parabéns!

    Te desejo muitas forças para continuar a trilhar o seu caminho e a escrever seus livros e artigos.

    Att.

    Amanda Almeida

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  10. Parabéns Dra. Rosana!

    O artigo muito ajuda na auto análise, reconhecimento quando precisamos de ajuda e também a combater certos temores imaginários!

    Obrigada!

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  11. Artigo fascinante,tirei muito proveito e pude entender vários auto-questionamentos.Parabéns Dr.A Rosana .

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  12. Boa noite. Obrigada pelo artigo. Trazen do para nossa realidade, penso que é muito propicio desenvolvermos o medo em excesso. A violência por exemplo, medo de assaltos, etc...Como manter nossas mentes saudáveis se somos acometidos por situações alheias a nossa vontade? Muito interessante o artigo.

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  13. Boa noite. Obrigada pelo artigo. Trazen do para nossa realidade, penso que é muito propicio desenvolvermos o medo em excesso. A violência por exemplo, medo de assaltos, etc...Como manter nossas mentes saudáveis se somos acometidos por situações alheias a nossa vontade? Muito interessante o artigo.

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  14. Minha querida amiga, foi muito elucidativo sua apresentação do assunto e que o excesso tem feito mal a tantos ao nosso redor. Sugiro o próximo assunto: depressão. Beijinhos e fique com Deus.

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  15. Minha querida amiga, foi muito elucidativo sua apresentação do assunto e que o excesso tem feito mal a tantos ao nosso redor. Sugiro o próximo assunto: depressão. Beijinhos e fique com Deus.

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