Autora: Vanessa Rocha (*)
Imagine o desespero de uma mãe que vê seu filho sendo levado para uma visita de final de semana e, ao término do período combinado, não recebe a criança de volta. O telefone do outro genitor está desligado, e não há notícias. A angústia toma conta, as noites sem dormir se acumulam, e o desespero de não saber onde está seu filho vira a única realidade possível.
Essa situação, que parece cena de novela, acontece com mais frequência do que imaginamos. E, muitas vezes, poderia ter sido evitada com uma simples ação judicial para regularizar a guarda e a convivência.
A prevenção evita sofrimentos desnecessários.
Muitas famílias só percebem a importância de regulamentar a guarda e a convivência após enfrentarem situações de risco ou conflito. Mas prevenir é sempre melhor do que remediar — especialmente quando o "remédio" pode ser ineficaz ou demorado.
Quando um dos pais retém a criança sem autorização, inicia-se uma batalha judicial desgastante. O genitor que tomou a decisão unilateral pode até "conseguir uma liminar favorável, dificultando ainda mais o retorno da criança à rotina original. Esse processo é emocionalmente exaustivo e, acima de tudo, extremamente prejudicial para a criança.
O impacto emocional nas crianças
As crianças são as maiores vítimas em casos de disputas entre os pais. A ruptura da convivência com um dos genitores ou a instabilidade causada pela ausência de regras claras pode gerar sentimentos de abandono, insegurança e traumas que afetam o desenvolvimento emocional e psicológico.
Segurança para todos
Regularizar a guarda e a convivência não é apenas um ato jurídico; é um ato de amor e responsabilidade. É garantir que a criança tenha estabilidade e previsibilidade em sua rotina, promovendo um ambiente saudável para o seu crescimento.
• Para os pais: Evita conflitos desnecessários e garante proteção jurídica em situações adversas;
• Para a criança: Oferece segurança emocional e reduz o risco de disputas traumáticas.
Não deixe para agir depois do problema.
Buscar orientação jurídica antes de um conflito é um ato de cuidado e proteção para você e sua família. Se a guarda e a convivência com seu filho ainda não foram regulamentadas, procure um advogado especializado em Direito de Família. Prevenir é sempre o caminho mais sábio para proteger os laços familiares e, principalmente, a felicidade e o bem-estar da criança.
* VANESSA ROCHA
-Graduada pela Faculdade Brasileira de Ciências Juridicas -RJ (2002);
-Advogada especializada em Direito de Família há mais de 22 anos, com atuação voltada para o atendimento humanizado a mulheres em questões como guarda, pensão alimentícia, divórcio e violência doméstica;
-Co-fundadora do escritório Aguiar e Rocha Advocacia, combina técnica jurídica e empatia para promover justiça e transformar vidas.
São suas palavras:
"Direito não é apenas sobre leis, é sobre vidas. E cada vida merece justiça."
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