sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Setembro Amarelo e as eleições municipais


 Autor: Michel dos Santos Reis (*)


Estamos em setembro amarelo, um mês dedicado à saúde emocional. É um período em que tanto o governo quanto entidades públicas e privadas focam na conscientização sobre os malefícios de uma saúde emocional desregulada. No entanto, o que fazer quando aqueles que deveriam promover essa conscientização são exemplos de desregulação emocional?

Nos últimos dias, as eleições para a prefeitura de São Paulo têm se destacado nos noticiários do Brasil, mas não por causa das propostas dos candidatos para a principal capital da União. Infelizmente, as eleições em São Paulo têm se evidenciado pelo descontrole emocional dos participantes, o que acende um alerta para essa questão, especialmente considerando que os próximos gestores precisarão implementar políticas públicas municipais voltadas para esse fim. O que vemos, contudo, é um retrato de pessoas destemperadas que refletem, especialmente entre os eleitores que defendem ou criticam essas posturas, o adoecimento emocional da população.

Deixando questões ideológicas de lado para essa análise e sem avaliar qual seria a melhor opção para São Paulo, ousamos apenas apontar o descontrole emocional:
  • Datena tem demonstrado instabilidade, especialmente quando confrontado por opositores, revelando que não sabe lidar com frustrações ou provocações. Não se trata apenas do episódio da "cadeirada", mas de um padrão de comportamento. O que esperar de um chefe do Executivo que não responde bem às pressões? Como lidará com manifestações? Distribuirá cadeiradas aos manifestantes?
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  • Marçal, o "ex-coach", tem mostrado habilidade em provocar o descontrole emocional de seus adversários. Ele conhece bem os pontos fracos deles e os ataca diretamente, levando-os a respostas destemperadas. Isso não é um sinal de inteligência, mas de uma falta de limites, alguém que provoca até ser agredido para se colocar como vítima. Ele aponta verdades sobre os adversários, mas, como já diziam os antigos cristãos, "toda verdade, sem amor e respeito, é mera crueldade". A questão é: como lidará com a oposição e manifestantes contrários? Usará falácias e provocará conflitos para se fazer de mártir? Será o típico aluno problemático que provoca os outros e, depois, se apresenta como o inocente diante dos pais e professores?
  • É evidente que poderíamos analisar outros candidatos, mas, como mencionado, o episódio da "cadeirada" tomou os noticiários e nos faz refletir sobre a saúde emocional dos candidatos. Isso acende um alerta: como poderão trabalhar para tratar nos outros aquilo que não conseguem trabalhar em si mesmos? Além disso, estamos realmente torcendo pelo sucesso do município e suas políticas públicas, ou estamos reduzindo a discussão a um maniqueísmo: o bem contra o mal? Como estamos, enquanto sociedade, com nossa saúde emocional se nossos representantes não controlam a si mesmos e partem para a agressão diante de provocações? Isso explica, em parte, a situação social em que nos encontramos.

    Que a reflexão gerada pelo setembro amarelo não se restrinja a meras políticas e campanhas vazias, mas nos leve a considerar o que precisamos para nosso bem-estar emocional e mental em outubro e nos anos seguintes.

* MICHEL DOS SANTOS REIS
















- Graduado no Curso de Pesquisa e Extensão sobre combate ao Bullying pela Universidade Estadual Sudoeste da Bahia;

Graduado no  curso livre de "Política Contemporânea" , da plataforma SABERES, oferecido pelo Instituto Legislativo Brasileiro(ILB), do Senado Federal ; 

-Graduando em História  pela UNOPAR EAD;
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-Palestrante e escritor amador

Nota do Editor:

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