quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Para Renan, governo precisa cortar gastos antes de aumentar impostos (Notícia)




O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a defender nesta quarta-feira (9) que o governo primeiro corte gastos antes de propor aumento de impostos.

Segundo Renan, esta é a posição defendida pelo PMDB e que foi ratificada por governadores e ministros do partido que participaram de um jantar, nesta terça (8), com o vice-presidente da República Michel Temer.

"Foi uma conversa boa com os governadores. Os governadores estão preocupados com a situação financeira e fiscal dos estados. Não é para menos, há uma crise muito grande, há uma preocupação muito grande dos governadores e o partido entende que o dever de casa que deve ser feito é cortar despesas, extinguir ministérios, cortar gastos em comissão e só depois pensar em ampliar o espaço fiscal", disse Renan nesta quarta.

O senador afirmou que o PMDB não é contrário a um eventual aumento da carga tributária, mas o entendimento do partido é de que isso só poderá ocorrer após o corte de gastos que o governo deve promover.

"O PMDB não tem uma posição de defesa com relação à necessidade urgente da elevação da carga tributária e do aumento de imposto, não. Isso é uma coisa que mais adiante pode ser discutida, mas há uma preliminar que é o corte de despesa, a eficiência do gasto público, e é isso que precisa, em primeiro lugar, ser colocado", afirmou.

Para aumentar a arrecadação, o governo estuda pelo menos duas ideias emrelação ao Imposto de Renda. Uma delas seria criar uma quarta faixa de cobrança para pessoas de renda mais alta, com alíquota entre 30% e 35%. Outra seria aumentar a tributação de pessoas que recebem rendimentos de suas próprias empresas, que pagam 4% a 5% de IR em vez da alíquota de 27,5% cobrada dos assalariados da faixa de renda mais alta existente hoje.

De acordo com o senador, apesar da grande dificuldade dos Estados para pagar suas contas, os governadores concordaram que, para suprir o deficit fiscal, é preciso primeiro fazer o corte de despesas, apesar de terem defendido a recriação da CPMF.

A proposta foi abandonada pelo governo federal após a repercussão negativa de empresários brasileiros.

PRESSÃO

Segundo o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que também participou do encontro, os governadores relataram que estão sofrendo grande pressão com o aumento de gastos devido ao pagamento de pessoal, aposentados e pensionistas.

"É natural que qualquer governador está atrás de boias de salvação. Mas o problema de um aumento de impostos é que pode ser um tiro pela culatra porque nem sempre isso significa aumento de arrecadação", disse.

Após o jantar, Temer afirmou que uma proposta de criação de receitas para evitar um deficit nas contas públicas no ano que vem deve partir do governo federal, e não do Congresso Nacional.

Segundo os presentes, o peemedebista relatou conversa que teve com o ex-ministro Delfim Netto sobre a ideia de aumentar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), imposto cobrado sobre combustíveis.

No discurso, ele afirmou que ficou impressionado com a proposta, mas evitou fazer uma defesa pública da ideia.

Ao ter evitado defender o aumento da Cide, a impressão de peemedebistas que estavam no encontro é de que o vice-presidente recuou do aumento da tarifa após conversa no inicio da noite desta terça-feira com a presidente Dilma Rousseff.



Notícia redigida por Mariana Haubert no dia e postada no dia 09.09.2015 em http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/09/1679413-para-renan-governo-precisa-cortar-gastos-antes-de-aumentar-impostos.shtml

Comentários

Ainda existem gastos para cortar antes de mexer no nosso bolso. 
Porque não cortam seu salários? Vocês fazem nada ou pouco...

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