Autora: Cintia Vasconcelos (*)
Trabalhar com inclusão pra alguns é uma bandeira:vamos cuidar e lutar pelos excluídos! E a teoria que fala e ensina sobre ela nos cursos, formações, graduação, pós graduação, palestras, etc nos mostra algo que a dura realidade não nos deixa mentir:é algo que foi banalizado e precisa ser respeitado!
De um lado, temos a família da criança atípica laudada, que lida com as barreiras a serem transpostas (realidade da criança, preconceito, desinformação, despreparo no ambiente escolar, etc); de outro lado temos pessoas que romantizam e até inventam que o filho tem algum laudo, profissionais de escola que desejariam que o aluno laudado ficasse "quieto em casa", sociedade que banaliza a busca por respostas e debocha das características de um laudado.
De todos os lados falta conscientização do que acontece de verdade no mundo da inclusão de crianças e pessoas atípicas. Precisamos não apenas buscar informações e capacitação, como também precisamos ter paciência com o processo que é moroso, uma vez que cada aluno atípico tem sua particularidades que precisam ser compreendidas para posteriormente serem trabalhadas, e lidar com o tempo necessário para esse processo evoluir.
Precisamos entender também que nem tudo é autismo ou TDAH. As vezes, são apenas sintomas de pessoas que tiveram algum trauma que deixou marcas e precisam ser tratados e superados.
Para cada pessoa que precisa entender que em tudo é laudo, existe outra que precisa entender que os laudos existem e que todos nós, em algum momento da vida, teremos dificuldades a serem vencidas. E precisamos entender também que a realidade do aluno atípico não é fácil, mas é totalmente possível de ser melhorada através do empenho dos profissionais designados para isso, e de toda a sociedade que ainda não aprendeu, em pleno século XXI, a lidar com as diferenças.
*CINTIA VASCONCELOS
-Pedagoga graduada pela Universidade Anhanguera(2011);
- Pós-graduada em Neuropsicopedagogia pela Faceminas (09/2024);
- Pós graduando em Tecnologias para a Educação Profissional pelo IFSC;
- Atua como professora de ensino médio técnico - novotec; e
-Atualmente, trabalha também com Educação Especial em escola pública do Estado de São Paulo.
Nota do Editor:
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