segunda-feira, 5 de outubro de 2015

As Turbinadas





A maioria das mulheres se acham feias, acima do peso ideal, encalhadas... E por aí vai. Até que um dia são descobertas por alguém que lhes dizem: você é linda! E de repente se olha no espelho como se fosse pela primeira vez, e se diz: Não é que ele tem razão...!

Tudo na vida é uma questão de convenção. Se convenciona tudo: a moda, os costumes,até as condutas.Mas voltando ao início,quando eu falava de beleza...essa foi a mais convencionada. E,o padrão de beleza da mulher atual, hoje em dia, na visão de um bom esteta,deixa a muito à desejar...A mulher magra,esquálida,sem peito e sem bumbum é o tipo ideal para as passarelas da moda,enquanto as demais, tentam ser magras com protuberâncias apenas em dois pontos estratégicos;e como é difícil conciliar o paradigma estético ideal,apela-se para a lipo, o silicone, etc.Daí é que surgem as “turbinadas”são as adeptas da musculação, que não contentes com os resultados dos exercícios se utilizam de anabolizantes, com isso,chegam a descaracterizar completamente sua anatomia feminina,aumentam tanto a musculatura que parecem seres andrógenos. E olhem, que o termo “turbinado” era designado a motores de automóveis, aeronaves...

Muitas mulheres com ajuda de alguns artifícios, tais como: metacrilato, botox, fios de ouro, e lentes coloridas, perdem completamente a originalidade de suas feições faciais. Ao ponto de não se poder mais definir seus traços familiares. Algumas chegam mesmo a parecer com seres alienígenas desses saídos das páginas de algum livro ou filme de ficção científica. Antigamente se reconhecia uma pessoa por certas características hereditárias; falava-se assim: os olhos são do pai, o nariz é da mãe, e a boca da avó... Hoje em dia já se fala dessa maneira: O nariz é metacrilato, a boca é botox, e os olhos são bausch & lomb (lentes de contato). Quão bom seria se essas mulheres lembrassem de priorizar em primeiro lugar o cérebro em vez de preocupar-se tanto com o visual externo,mas tudo isso é decorrente dessa inversão dos valores, de nossa sociedade individualista e consumista que nos induz a fazer escolhas que nem sempre é o que realmente queremos ou precisamos;quando o ideal seria que cada pessoa seguisse seu próprio estilo, sem rótulo, e viver sua vida desapegado daquilo que é convencionado pelas massas, como: moda,música, vestuário,etc.

 Por ZINAH ALEXANDRINO



-Pedagoga e Escritora e 
-Mora em Fortaleza - Ceará

Um comentário:

  1. A aceitação de si é o primeiro passo para a felicidade. O resto, é perfumaria

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