domingo, 6 de dezembro de 2015

Que raiva!!



Que raiva que dá quando queremos demais alguma coisa e não podemos.


Que raiva que dá quando damos de cara com uma situação onde não podemos fazer nada e temos que aguentar a condição que o outro impôs, ou que a vida impôs.

Raiva é esse sentimento forte, que quando nos toma parece que se sobrepõe a tudo o que sentimos.

Às vezes a gente fica com tanta raiva, que não consegue nem raciocinar.

Às vezes sentimos raiva da gente mesmo, e ficamos piores ainda.

Raiva é isso.

É uma carga de energia que se junta no nosso emocional a partir de uma circunstância onde somos contrariados e impedidos de atuar a nosso favor.

Os nossos primeiros acessos de raiva são na infância, quando ouvimos “não pode”.

E a gente explode de raiva, chora e esperneia, diante da total impotência: “Que raiva que não pode ser como eu quero!!!”

E quando a gente cresce, até consegue entender que algumas coisas não podemos mesmo mudar.

Então socialmente conseguimos “nos comportar” e levamos a raiva no peito e na garganta.

Porque ninguém consegue extinguir o processo do sentimento de raiva, ele é natural.

O legal de entender melhor sobre a raiva é que assim podemos esclarecer que sentir raiva não precisa levar à culpa.

Ninguém tem culpa ao ser acometido por ela. Faz parte da nossa natureza e funcionamento.

A complicação está na atitude que podemos ter quando agimos por ela. Geralmente fazemos tudo errado quando estamos com muita raiva. E só vamos constatar isso quando a raiva passou.

Então é legal aprendermos a domá-la.

Se pudermos entendê-la melhor, podemos melhor administrá-la.

Primeiro, estando atentos e observando quando a sentimos.

Segundo, não negando que estamos com raiva.

E terceiro, ao estarmos conscientes da emoção, podemos escolher concentrá-la ou procurar nossa melhor forma para dar vazão, seja desfocando imediatamente, seja canalizando para uma atividade esportiva, seja falando na psicoterapia, seja no desabafo com alguém ou consigo próprio (isso mesmo, gritar de raiva sozinho é ótimo e funciona!).

Porque raiva é carga, e guardada pode gerar desequilíbrios, doenças.

Não é fácil domar a raiva, mas se ela é nossa, cabe a nós conhecê-la de perto, trabalhá-la, para o nosso conforto, afinal não queremos nos arrepender eternamente por nada muito sério que venhamos a fazer num momento de raiva.

Por ROSANGELA TAVARES





- Psicóloga Clínica
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