sábado, 16 de junho de 2018

Utilização de Games na Aprendizagem

A aprendizagem é fundamental em todas as esferas, principalmente no âmbito educacional, sendo importante inovar e sempre buscar novas possibilidades para atingir o sucesso no processo de ensino-aprendizagem.
Com o avanço tecnológico fomos contemplados com um mundo cheio de novidades, cheio de tecnologias e com novos recursos a serem utilizados; facilitando e auxiliando na vida moderna que vivemos.
Mundo este que está mais ágil, mais dinâmico, em que o tempo não para, ou seja, estamos em constantes transformações, gerando pessoas de múltiplas tarefas e funções; aparecendo novas necessidades, habilidades, utilidades e novas aprendizagens.
Mundo esse em que se encontra uma cultura da convergência, que segundo Henrry Jenkins é "o fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de mídia, a cooperação de múltiplos mercados midiáticos e o comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que desejam". (2009, p. 29). Este termo é baseado na recriação do cenário cultural da humanidade junto a utilização de velhas e novas mídias que se migram, se completam e reconfigurando-se a relação entre tecnologias, indústrias, mercados, gêneros e públicos, modificando o mundo, as experiências, as pessoas e assim a cultura de forma geral.
Com essa recriação do cenário cultural da humanidade o âmbito educacional também sofreu grandes transformações diante de cada comunidade e de suas necessidades, surgindo estudos e pesquisas que interferiram e contribuíram para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da educação e de como educar.
Transformações que trouxeram novos objetos de ensino como o uso das tecnologias nas práticas educacionais. Dentro dessas práticas vemos um grande incentivo para utilização dos games como complemento dos conteúdos ensinados. Realidade encontrada em muitas instituições escolares e até organizações-não governamentais (ONG’s) que se utilizam dos jogos como recursos de aprendizagem e desenvolvimento das múltiplas habilidades.
Desta forma, os educadores devem transmitir conhecimentos e auxiliar os alunos a transformarem seus próprios conhecimentos, em grandes aprendizagens, saindo de uma teoria conteudista e copista, para uma teoria de aprendizagem valorizada e verdadeira, através da possibilidade de inserção dos jogos (games) na rotina de aprendizagem e na credibilidade de que os educadores podem atuar com jogos na utilização de softwares comuns e conhecidos pelos alunos e praticando uma atividade lúdica como recurso na prática educacional, como dizia a  pedagoga Gilda Rizzo (2001, p.40): “...A atividade lúdica pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual”.
            Sabemos que a utilização dos jogos (games) junto ao ensino dos conteúdos é de extrema importância, pois estimula a aprendizagem de forma lúdica com interação com os alunos.
       Buscando e compreendo o significado da palavra “jogo” diz isto: é um termo do latim “jocus” que significa gracejo, brincadeira, divertimento. Ao refletirmos percebemos que os games são fundamentais no processo de ensino-aprendizagem.
       Este processo pode acontecer com a transformação das aulas em momentos de diversão e desafios, visando a estimulação das diversas habilidades e objetivando a aprendizagem da prática, de forma lúdica por intermédio dos games (jogos), devendo haver sempre um planejamento com objetivos a serem alcançados e ter ligação com o conteúdo ou conteúdos trabalhados, pois como dizia Romero Tori (2012): “um jogo introduzido na aula sem planejamento adequado pode ser tão desmotivante quanto decorar fórmulas sem sentido”.
       No âmbito educacional, podemos utilizar diferentes tipos de games/jogos: mentais, físicos e virtuais, pois os mesmos são recursos potenciais para o desenvolvimento social e cognitivo. Os mesmos, formam complementos e práticas dos conteúdos trabalhados, partindo de uma prática diferenciada, prazerosa e interessante, sendo importante serem modificadores e transformadores da aprendizagem.
       Muito importante pensar no que o jogo trará e desenvolverá na aprendizagem dos alunos, levando em consideração os requisitos de: liberdade de falhar, liberdade de experimentar, liberdade de modelar identidades, liberdade de despender esforço, liberdade de interpretar. Requisitos fundamentais que visam a interação das pessoas com o ato de jogar como propõem Klopfer er al. (2009).
       Como também deve ser pensado em questões preliminares em que devemos: estabelecer as considerações sobre o conteúdo do jogo; nomeação do jogo; criação do jogo; escolha do programa para criação; decisões das questões e desafios que irão acontecer ao longo do jogo; retorno e simulação das respostas; objetivos centrais do jogo; e outros.
       Utilizando dessas questões preliminares o educador conseguirá escolher pela melhor forma de se trabalhar com um jogo na sua sala de aula, inserindo uma aprendizagem diversificada, interessante e significativa para seus alunos.

POR GABRIELLE ROCCO




















-Me chamo Gabrielle Rocco tenho 33 anos, fiz magistério e nessa época encontrei um grande amor pela educação. Sou uma apaixonada pela área de tecnologia educacional e do uso das tecnologias na aprendizagem.
-  Atuei por mais de 10 anos na área de informática educacional, como professora e coordenadora, desenvolvendo métodos e atividades para a utilização de computadores e tablets interligados aos projetos desenvolvidos na sala de aula.
 -Graduada em Pedagogia com pós-
graduação em Tecnologias da Aprendizagem; e

-Atualmente ministro aulas de Robótica.
Nota do Editor:

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