sexta-feira, 8 de março de 2024

Os espertalhões da esquerda


 Autor: Alberto Schiesari (*)



Quando preciso classificar uma pessoa dentro de minha memória, levo em consideração se ela é honesta ou desonesta, correta ou pilantra, corrupta ou incorruptível, ingênua ou espertalhona, do mal ou do bem. Para mim, só há bandidos ou mocinhos, não existem pessoas meio bandidas, assim como não há mulher meio grávida.

Uma pessoa boa irradia esperança e paz. Uma pessoa ruim, um canalha, semeia o sofrimento, a desesperança e a discórdia. O mundo tem muitas pessoas boas, mas está repleto de canalhas espertalhões.

Na política não gosto dos termos "direita", "esquerda" e "centro", pois não revelam as verdades sobre quem é ou se diz em um desses "lados".

Há políticos que se dizem de centro e vivem amasiados com comunistas ou com ditadores de direita. Há também os de direita que flutuam a seu bel prazer para o centro ou até para a esquerda, conforme lhes seja conveniente. São os camaleões venais, que hasteiam qualquer que seja a bandeira que vença o leilão que eles fazem de sua honra.

Infelizmente, com o objetivo de me fazer entender melhor, às vezes sou obrigado a usar esses termos, que mostram apenas uma parte da alma política da pessoa, mas não revelam a intensidade com que ela se dedica a fazer o bem ou o mal, se são moderadas ou radicais ou se fazem acordos espúrios nos bastidores.

A política deveria ser sinônimo de diálogo, mas políticos radicais, de esquerda ou de direita, não aceitam nenhuma conversa. Agem assim, e ainda transferem para outrem a culpa que é só deles, acusando seus oponentes de não aceitarem dialogar.

Um partido político, como qualquer organização, é formado por pessoas, que podem ser boas ou más. Há canalhas em empresas privadas e públicas, em instituições de todos os tipos, em quaisquer profissões, agremiações, grupos de pessoas. Até nas corregedorias e na justiça. E também na política.

O comunismo

Um bom exemplo de pessoas do mal são os espertalhões que fazem da mentira e do estelionato cultural grande parte do seu modo de vida. Como é o caso de quem defende que a Terra é plana, ou que o ser humano não foi à Lua.

Muitos desses espertalhões ganham poder, dinheiro e notoriedade defendendo ideias e conceitos retrógrados, que são massa falida há séculos. É essa a técnica dos comunistas.

O comunismo como sistema econômico nunca deu certo em nenhum país. Todos os países que se diziam (ou ainda se dizem) comunistas adotaram o capitalismo como sistema econômico.

O comunismo como sistema político e de governo é obsoleto, ditatorial. Já não mais existe em quase nenhum país. A única exceção é a Coreia do Norte, com economia totalmente fechada ao exterior. Esse país sobrevive recebendo esmolas de outras nações que têm interesse em que os norte coreanos façam certos trabalhos sujos. Assim, ela sustenta seus militares e o programa nuclear, enquanto o povo passa fome.

A "democracia" ditatorial

Uma grande tragédia do mundo atual é que é mais fácil para alguém ser ditador pelo método que aqui denomino "democracia ditatorial".

Nesse "sistema", para chegar ao poder, o mandatário da nação é eleito pelo povo em eleições justas ou "justas", e, uma vez instalado no assento maior da nação, ele abre sua caixa de Pandora e se transforma em ditador, de fato ou de "direito".

O "de direito" nada mais é do que a pilantragem de alterar as leis do país para permitir a reeleição indefinidas vezes, e, em paralelo, "ter fé" que o resultado das eleições seja favorável ao "presidente" ditador. Para fechar o pacote, um parlamento formado por puxa-sacos subornados dá sustentação ao ditador.

É um faz de conta que serve para uma ditadura fingir que é democracia. É o caso, por exemplo, da Rússia, da Venezuela e da Nicarágua atualmente.

A democracia

A democracia ainda é um sistema muito imperfeito. Mas ela ostenta em seu currículo histórico séculos de vivência, aprendizado e evolução, e muitos casos de sucesso. Mas isso é assunto extenso, a ser discutido em outro momento, pois aqui o foco é outro: a esquerda, com sua personalidade fortemente ditatorial.

Comunismo, nazismo, socialismo

Da mesma forma como alguns espertalhões tiraram do túmulo a ideia enterrada há séculos de que a Terra é plana, , outros fazem de tudo para o comunismo e o nazismo continuarem vivos. Assim, podem usar a ditadura inerente a esses sistemas como sustentáculo para seus crimes.

Todos esses espertalhões pilantras fazem da mentira seu meio de vida, faturam dando "palestras" e entrevistas, organizando partidos, ONGs, congressos, passeatas, manifestações e eventos, obcecados por engordar seus próprios bolsos.

Em todos os países do mundo a política é um foco de espertalhões de vários tipos. Há muitos partidos políticos que nascem e sobrevivem para os sustentar.

Além dos espertalhões-mentores, sempre há os espertalhões-abutres, que apoiam os mentores e ganham muito dinheiro criando websites, aplicativos, vídeos, filmes, canções, livros, panfletos e outras ferramentas de divulgação. Com falsidades, essa escória alimenta a cadeia do estelionato cultural.

É o caso de neonazistas e nazistas, canalhas doentios que, entre outras maldades, pregam e praticam o antissemitismo. Esses espertalhões fingem desconhecer coisas e verdades comprovadas, modificam a História, negam o óbvio ululante, fazem apologia de mentiras, criam notícias e cenários falsos, fazem referência a eventos fictícios como se tivessem existido de fato.

Abusam da credulidade ingênua e ignorante de quem se deixa facilmente influenciar.

É esse também o caso dos comunistas, que defendem a "ditadura do proletariado". Em mais de um século de existência, o comunismo deu inúmeras provas de que busca muito mais as benesses dos donos do poder, ao invés de fomentar o bem estar dos cidadãos.

Alguns partidos usam outros nomes, para falsamente atenuar o peso do mal que a palavra "comunista" carrega em seu currículo histórico.

"Socialismo" e "socialista" são palavras comumente utilizadas para designar posição política que teoricamente é mais branda do que "comunismo" e "comunista". Mas na prática muitos partidos socialistas são radicais e extremistas, tão espertalhões e do mal quanto os comunistas.

O comunismo e o socialismo radical (explícito ou dissimulado) são farinhas do mesmo saco.

Sabe quem foi um dos pioneiros a usar "socialista" para designar um partido político? Foi um fulano chamado Adolf Hitler, o tresloucado que em 1920 fundou o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Em alemão o nome era Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, com a sigla NSDAP.

Abreviando a primeira palavra (Nationalsozialistische) resulta "Nati", cuja pronúncia em alemão é "natsi". Essa também é a pronúncia de "nazi", e, por decorrência, o partido socialista passou a ser chamado de nazi ou partido nazista.

Essa agremiação socialista doentia rejeitava o marxismo, mas defendia a ditadura. Hitler foi o ditador nazista. De "direita".

O comunismo é também ditadura, mas "de esquerda".

As ditaduras

É algo totalmente ilusório na mente dos menos avisados que uma ditadura pode ser exercida por "proletários", que se contem às centenas de milhões. Ou por qualquer grupo grande de cidadãos. Em qualquer sociedade as ações e decisões que envolvem todos os cidadãos sempre são tomadas por poucos em nome de muitos.

E quando "poucos" é apenas um único canalha absolutista que compra seus puxa-sacos para que lhe deem sustentação, a história prova que nunca houve no mundo um regime de governo ditatorial que tivesse dado certo. Quanto mais terror ele instaura, mais tempo vive a ditadura. Quanto mais enérgica ela for, mais sangrenta é a transição para um regime menos totalitário.

Nenhuma ditadura deu certo. Nem comunista, nem nazista, nem socialista, nem fascista. Nem de direita , nem de esquerda, nem do centro.

O que é "dar certo"? É o fato de todos os cidadãos terem supridas suas necessidades básicas para uma vida digna, e terem essa mesma perspectiva para a vida de seus filhos e netos. Também é preciso haver liberdade (com responsabilidade), para que os cidadãos possam, por exemplo, se manifestar elogiando, criticando ou sugerindo coisas aos seus representantes, elegendo-os ou derrubando-os.

E para fechar esse pacote de itens que fazem um regime político dar certo, o país precisa ter ordem, progresso e preparação adequada para dias incertos no futuro.

Não é fácil, mas não é impossível. Há nações que chegaram a esse estágio. Nenhuma delas é comunista.

Em todas as ditaduras, principalmente as comunistas, quando uma ou mais das condições citadas chegou a existir, o preço que foi pago pelos cidadãos foi sempre muito alto. Dissidentes foram esmagados, executados, eliminados a ferro, fogo, balas e veneno.

Quando um povo tem a boca cheia de comida, essa mesma boca quer expressar coisas que podem não ser do agrado de ditadores. Por isso é comum a carência de gêneros alimentícios nos regimes ditatoriais.

Ditaduras de direita e de esquerda precisam ter uma cortina de fumaça para que seus líderes consigam perpetrar seus crimes.

A ditadura da Argentina provocou a Guerra das Malvinas (ou das Falklands...). Maduro está tentando seguir essa mesma estrada na Venezuela. Na Nicarágua a guerra não declarada, mas bem viva, é contra a Igreja Católica.

A Rússia, a mais imperialista das nações hoje em dia, vive há décadas em conflito com os Estados Unidos. Inicialmente denominado Guerra Fria, esse conflito foi um pouco atenuado na década de 1990, enquanto a Rússia recuperava sua falida economia comunista, e se transformava em uma nação capitalista.

Mas o imperialista Putin sempre mostrou suas garras expansionistas, promovendo várias guerras (quentes...), como no Afeganistão, Crimeia, e, agora, em toda a Ucrânia, o que faz a Guerra Fria ainda estar muito viva.

Mais facetas do nazismo e do comunismo

Nazismo e comunismo são ditaduras cujas ideias, palavras e ações objetivam coisas que são inadmissíveis numa nação realmente democrática.

Felizmente em grande parte do mundo os partidos nazistas e seus simpatizantes foram banidos, em geral com base no pérfido preconceito que eles têm contra os judeus.

Infelizmente os partidos comunistas ainda existem em alguns países, apesar da feroz segregação e perseguição que fazem contra os não comunistas. Nunca houve um regime comunista democrático. Nunca.

Os que "não concordam" com isso citam sempre dois exemplos: o Chile de Allende e a Rússia de Putin. Ambos chegaram ao poder por meio de eleições. O caso de Putin é facilmente contestado: há alguém que acredita que as eleições na Rússia são legítimas? Os russos manipulam até as eleições dos Estados Unidos, imagine o que fazem com as eleições em sua própria casa!

O caso do Chile, que viveu um curto período de democracia sob Allende, é diferente. É preciso lembrar que ele foi o primeiro esquerdista eleito por voto direto. Embriagado por esse feito, ele foi incapaz de manter a ordem em seu país. Os chilenos viveram momentos de carência e tensão. Como esquerdista Allende talvez fosse um ícone, mas como presidente foi um desastre, por tentar aplicar preceitos do comunismo numa "democracia", algo totalmente impossível.

Ele abriu caminho para a transição de uma ditadura em potencial, comandada por militares de esquerda, para a real ditadura de direita, comandada por Pinochet.

Com Allende o país ficou dividido, os a favor e os contrários ao regime de esquerda. Com Pinochet o país também se dividiu: de um lado os que eram a favor do governo, e do outro lado os que eram exterminados. Dividir, para eliminar a oposição, é a tática padrão dos extremistas, tanto de direita quanto de esquerda.

A esquerda sempre gasta mais recursos para se vingar do passado do que para melhorar o presente e preparar o futuro. Não existe nenhum país de esquerda que esteja convenientemente preparado para o futuro.

Comunistas, esquerdistas

Seguem alguns fatos sobre países que adotaram o comunismo.

A União Soviética (URSS) – lembram dela? – se livrava de quem discordasse do ditador do momento. Ainda hoje Putin, na Rússia, se esmera em prender e matar seus oponentes.

Em Cuba o "paredón" ainda funciona para exterminar quem contesta o regime. A ilha é um dos países mais atrasados do mundo, dependente em larga escala de “ajuda” externa, como a que generosamente recebe dos governos de esquerda brasileiros.

Na ilha caribenha, há décadas, vive-se a escassez crônica de produtos alimentícios. Turistas que vão à Cuba-non-libre, comem à vontade, como fazem em seus países livres. Porém, os cubanos "normais" precisam se submeter à libreta de racionamiento, que , por exemplo, dá (gratuitamente) direito a um adulto receber do governo cerca de 1/4 de um frango por mês.

Da Coreia do Norte nem é necessário comentar nada, tamanha é a radicalização comunista do aloprado que tem o poder nas mãos por lá, pior do que foi na URSS.

A América do Sul tem vários exemplos de regimes de esquerda pró-comunistas, que transformaram países em paraísos de guerrilhas, em nações subdesenvolvidas, atrasadas m todos os aspectos, como Cuba.

A China, por sua vez, é comunista apenas na rigidez ditatorial do comandante da vez do partido comunista. Economicamente, ela é um país capitalista por excelência.

Os esquerdistas antissemitas

Impossível não comentar sobre a classe "especial" de desavergonhados espertalhões de esquerda que criminosamente fazem apologia do antissemitismo, assim como Hitler. São esquerdistas da mesma laia que os nazistas.

São hipócritas que, convenientemente, esquecem as dezenas de milhões de judeus assassinados na Segunda Guerra, nas Olimpíadas de Munique e em inúmeras outras ocasiões na história da humanidade, como a Noite dos Cristais.

Outro exemplo que inspira asco vem de quem advoga boicote a empresas de judeus, A cadeia seria uma punição muito branda para ratos desse calibre.

Há também os pilantras espertalhões que, por covardia, não reconhecem o terrorismo praticado pelos membros do Hamas, como que aprovando as barbaridades que esse grupo pratica, apenas para defender os interesses de super espertalhões que vivem no luxo, sãos e salvos da zona de guerra.

Há esquerdistas que dizem ser necessário "dialogar" com terroristas, como se isso fosse possível. Por que não vão eles "dialogar" com os chefões do Hamas? Por que esses hipócritas não pedem a libertação imediata de Michel Nisenbaum, o refém brasileiro do Hamas?

Há os hipócritas que, para não explicitar sua posição preconceituosa antissemita, preferem ficar em cima do muro na questão da guerra entre Israel e Hamas. Ficam em cima do muro, doidinhos para pular para o lado dos terroristas. Provavelmente fazem isso às escondidas. Sinto cheiro de terrorismo, de covardia, um cheiro de ralo nessa "hesitação".

Esses covardes de esquerda não recriminam o Hamas que mata quem quiser, do jeito que quiser e quando quiser. Para esses covardes, os terroristas podem cometer atentados, sequestrar, estuprar e matar mulheres e crianças, de forma cruel. Porém, os atacados só podem se defender com concessões, inúteis diálogos e tréguas. Há canalhice maior do que essa?

A memória seletiva dos esquerdistas

Há esquerdistas que convenientemente esquecem a ficha corrida que a História registra contra os espertalhões comunistas.

Esquecem as dezenas de milhões de inocentes contrários a Stalin que foram sumariamente executados por esse facínora comunista.

Esquecem também do ignominioso crime comandado por Putin, que ordenou o uso de gás venenoso para matar centenas de reféns que estavam dominados por terroristas islâmicos da Chechênia, no teatro Dubrovka (Moscou), em 2002. Exatamente igual às câmaras de extermínio de judeus nos campos de concentração nazistas da Segunda Guerra.

Esquecem também do "original" método de extermínio por envenenamento usado por Putin para se livrar de seus opositores, e do cinismo desse fulano ao "explicar" a sua falsa "verdade" sobre esses fatos, como pode ser visto na entrevista que ele concedeu ao jornalista norte-americano Tucker Carlson.

Esquecem dos milhares de executados pelo regime castrista.

Esquecem da nojenta e incansável proteção com que o assassino confesso Cesare Battisti foi presenteado pela esquerda brasileira, somente pelo fato de ele ser da esquerda. Nunca um assassino "de direita" nem um inocente de direita tiveram tanto privilégio quanto Battisti.

Esquecem do ocorrido com os dois jovens boxeadores cubanos (Guillermo Rigoundeaux e Erislandy Lara), covardemente forçados a voltar para Cuba em 2007, por um figurão de esquerda brasileiro, apesar de terem pedido asilo político ao Brasil. O "pecado" deles era não serem nem assassinos e nem da esquerda, como Battisti.

Esquecem o sucateamento da Venezuela feito por Maduro, e apoiam a "profunda amizade" que une esse ditador e altas autoridades esquerdistas do Brasil.

Uma triste constatação

Comunismo, comunistas, esquerdismo, esquerdistas radicais, tudo isso tem o cheiro político de formol (para ser bem educado), tem o ranço causado pela total ineficiência de um regime de governo que nasceu falido, contaminado pela volúpia de poder de todos os seus ditadores, algozes de submissos cidadãos que anseiam ser livres.

Não há como uma pessoa de bem, atualmente, ser comunista, e muito menos se orgulhar de ser comunista, tanto é o mal que essa a praga do comunismo espalhou pela humanidade. As pessoas que ainda hoje são comunistas deveriam se envergonhar de sua escolha.

Assim como é feito na maioria dos países com os nazistas e com quem manifesta preconceito racial, os comunistas deveriam ser legalmente intimidados e estigmatizados.

Apesar de tudo isso, há quem se sinta feliz por haver comunistas ocupando cargos de alto escalão num país. Talvez essa trágica felicidade seja a única verdade que essas pessoas são capazes de dizer.

*ALBERTO ROMANO SCHIESARI

















-Economista;
-Pós-graduado em Docência do Ensino Superior;
-Especialista em Tecnologia da Informação, Exploração Espacial e Educação STEM; 
-Professor universitário por mais de 30 anos;
-Consultor e Palestrante.

Nota do Editor:

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