domingo, 3 de março de 2024

Sobre o sentido do trabalho


 Autor: Fábio Rezende (*)

"Ó Voltaire! Ó humanidade! Ó imbecilidade! A "verdade", a busca da verdade não é coisa fácil."

(Nietzsche, em “Além do bem e do mal”, p. 39)

 

1.DO TRABALHO

O conceito de trabalho encontra muitas ressonâncias e definições, a depender da época, mas, talvez, haja um ponto em comum entre a maioria delas. A descrição de Marx, em "O Capital", através de extratos feitos por Paul Lafarge (2014), parece abrangente ao dizer:

"A força de trabalho se realiza por sua manifestação exterior. Ela se afirma e se constata pelo trabalho, o qual, de seu lado, exige dos músculos, dos nervos, do cérebro do homem dispêndio que deve ser compensado. Quanto maior for o desgaste, maiores serão as despesas de reparação. Se o proprietário da força de trabalho trabalhou hoje, ele deve poder recomeçar, amanhã, nas mesmas condições de vigor e de saúde. É preciso, portanto, que a soma dos meios de subsistência seja suficiente para manter seu estado de vida normal." (p. 121-122).

Podemos dizer que, no limite, na compreensão hegemônica, saúde e capacidade laboral se definem mutuamente, ou seja, um sujeito saudável é aquele capaz de exercer plenamente sua força de trabalho e estar inserido no mercado e na produção de bens e serviços. Isso seria o bastante para a concepção de saúde, seja ela individual ou coletiva? Seria o mercado de trabalho o grande balizador, por exemplo, do DSM ("Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais"), na medida em que os marcadores dos transtornos se orientem, sobretudo, por sua interferência direta na produtividade dos "doentes"?

Segundo Raymond Williams (2007), há uma distinção social e cultural entre trabalho e emprego. Assim, como exemplifica o autor, "uma mulher ativa, que cuida de uma casa e cria seus filhos, distingue-se de uma mulher que trabalha, isto é, tem um emprego remunerado. (p. 396)." Prossegue o autor, ao dizer que a palavra 'trabalho' "deslocou-se, em parte, do próprio esforço produtivo para a relação social predominante [estar empregado]. É somente neste sentido que se pode dizer que uma mulher que cuida da casa e cria os filhos não trabalha. (p. 397)."

Neste sentido, podemos afirmar que a noção mesma de trabalho, na representação predominante atualmente, é capturada pela ideia de emprego, o que implica considerar que, se pretendemos falar em trabalho, antes, precisamos ter em mente que este se associa intimamente, no imaginário popular, às corporações e empresas. Aqui, Harari (2018) nos ajuda a compreender o caráter subjetivo e compartilhado do conceito de marca – ou de empresa –, ao se referir à "lenda da Peugeot", símbolo que ele utilizou para demonstrar as consequências materiais e práticas da "imaginação coletiva". O nome e a marca da instituição seriam a abstração necessária para que muitas pessoas se engajem em um mesmo propósito: o de produzir automóveis. Em suas palavras:
"(...) a Peugeot pertence a um gênero particular de ficção jurídica chamado ‘empresas de responsabilidade limitada. A ideia por trás de tais empresas está entre as invenções mais engenhosas da humanidade. O Homo sapiens viveu sem elas por milênios. Durante a maior parte da história de que se tem registro, a propriedade só poderia pertencer a seres humanos de carne e osso, do tipo que anda sobre duas pernas e tem cérebro grande." (p. 38).
Ainda de acordo com o autor:
"Desde a Revolução Cognitiva, os sapiens vivem, portanto, em uma realidade dual. Por um lado, a realidade objetiva dos rios, das árvores e dos leões; por outro, a realidade imaginada de deuses, nações e corporações. Com o passar do tempo, a realidade imaginada se tornou ainda mais poderosa, de modo que hoje a própria sobrevivência de rios, árvores e leões depende da graça de entidades imaginadas, tais como deuses, nações e corporações." (p. 41).
Na obra "Homo Deus" (HARARI, 2016), discorre sobre uma noção que dialoga com a de "ficção jurídica", a qual ele chamará de:

"(...) terceiro nível de realidade": o nível intersubjetivo. As entidades intersubjetivas dependem da comunicação entre humanos, e não das crenças e sentimentos de humanos individualmente. Muitos dos mais importantes agentes da história são intersubjetivos. O dinheiro, por exemplo, não tem valor objetivo. Não se pode comer, beber ou vestir uma nota de um dólar. Porém, como bilhões de pessoas acreditam que ele tem valor, pode-se usá-lo para comprar alimento, bebidas e roupas.!" (p. 150).

Schopenhauer (1788-1860), em "Aforismos sobre a sabedoria de vida", nos alerta sobre o perigo da ocupação desmesurada e de uma vida sem espaço para o ócio que proporciona o tempo necessário para o cultivo de uma espécie de jardim interno no qual a própria companhia não seja insuportável. Dito de outro modo, estar sempre negando o ócio (negócio), atarefado, pode ser uma maneira de nada fazer, de nada querer saber a respeito de si, de não cuidar deste mundo interior que nos habita e nos toca a todos. Esse seria um vácuo improdutivo, destituído de sentido e fonte do tédio. Diz o filósofo que:
"É principalmente dessa vacuidade interior que se origina a busca por reuniões, distrações, divertimentos e luxo de todo tipo, busca que conduz tantas pessoas à dissipação e depois à miséria. Nada preserva tanto desse desvio quanto a riqueza interior, a riqueza do espírito. Pois esta, quanto mais se aproxima da eminência, menos espaço deixa para o tédio." (p. 32).
Para falarmos da realidade brasileira que deve estar no horizonte de nossas análises, Darcy Ribeiro (2015) destaca quatro ordens de ação empresarial, produtos da subdivisão do que seria a "empresa Brasil", sendo a principal delas a “empresa escravista", que se dedicava à produção de açúcar e à mineração de ouro, ambas lançando mão da força de trabalho de africanos escravizados. Uma segunda empresa foi a chamada "empresa comunitária", fundada sobre a mão de obra forçada de povos indígenas. Há, também, as "microempresas de produção", que centralizavam seus esforços em gêneros de subsistência e de criação de gado. Assim surge o que chamamos de mercado interno: da exploração e massacre de etnias que serviram apenas como tijolos de uma construção majoritariamente benéfica para o colonizador, com algumas migalhas da sobra destinadas àqueles que operavam tamanho engenho em posições de comando e cuja função era, mais do que fazer a estrutura funcionar, não deixar que os explorados se insurgissem contra o sistema e aceitassem, de maneira servil, seu destino trágico. Diz Darcy Ribeiro sobre essas microempresas, que são "baseadas em diferentes formas de aliciamento de mão de obra, que iam de formas espúrias de parceria até a escravização do indígena, crua ou disfarçada." (p. 133).

Desta forma, para que pensemos no que seria o trabalho, é necessário considerarmos a história do conceito e das práticas laborais, em alguns momentos espontaneamente desejadas e, na maior parte das vezes, exercidas sem reflexão e por obrigação. Só essa distinção – e há, certamente, muitas outras possíveis –, já coloca em choque duas realidades absolutamente diferentes. Aqui, a depender da forma como este se organiza, também haverá mais ou menos propensão dos sujeitos a adoecer.

2. DOS EFEITOS DELETÉRIOS DO TRABALHO

Christophe Dejours (1992), nos indica, em sua obra "A loucura do trabalho", que há uma relação direta entre o "conteúdo significativo" das tarefas realizadas pelos trabalhadores e as formas de seu sofrimento, associando-os ao aspecto narcísico dos sujeitos, como uma relação de identidade mais ou menos proporcional ao tipo do trabalho. Deste modo, há, para além das consequências práticas e matérias do trabalho, uma dimensão simbólica que lhe é inerente, a qual é capturada ou não pelos operadores das tarefas, produzindo pertencimento ou sofrimento, como nos diz Dejours:

"O conteúdo significativo do trabalho em relação ao objeto: ao mesmo tempo que a atividade de trabalho comporta uma significação narcísica, ela pode suportar investimentos simbólicos e materiais destinados a um outro, isto é, ao Objeto. A tarefa pode também veicular uma mensagem simbólica para alguém, ou contra alguém. A atividade do trabalho, pelos gestos que ela implica, pelos instrumentos que ela movimenta, pelo material tratado, pela atmosfera na qual ela opera, veicula um certo número de símbolos. A natureza e o encadeamento destes símbolos dependem, ao mesmo tempo, da vida interior do sujeito, isto é, do ele põe, do que ele introduz de sentido simbólico no que o rodeia e no que ele faz." (p. 50).
Não seria o caso, também, de cogitarmos a possibilidade de haver sujeitos mais ou menos dotados de capacidade de simbolização e tarefas mais ou menos capazes de estimular tais potenciais? Uma hipótese amplamente debatida versa sobre a exploração que, ao contrário do que querem os otimistas, não é coisa de um passado sombrio, mas uma visão de mundo que se adapta ao zeitgeist (espírito da época), se transfigurando de tempos em tempos e assumindo novas modalidades. Dejours argumenta que:

"(...) parece que a exploração do corpo passa sempre e necessariamente por uma neutralização prévia da vida mental, através da organização do trabalho. A submissão dos corpos só seria possível por meio de uma ação específica sobre os processos psíquicos, etapa fundamental, cujas peças podem ser desmontadas. Tornar dócil um corpo não é coisa simples, pois ele, normalmente, está submetido a seu chefe natural, chamado 'personalidade'. A desapropriação do corpo só é possível graças a uma operação específica sobre a estrutura da personalidade, cujos efeitos, duráveis ou reversíveis segundo o caso, fazem parte integrante da carga de trabalho. Assim, a ‘carga psíquica’ de trabalho não seria apenas um efeito acessório do trabalho, mas resultaria, exatamente, de uma etapa primordial, da qual dependeria a submissão do corpo, etapa cujo sucesso seria assegurado pela própria organização do trabalho." (p. 136).
Byung-Chul Han (2017), subverterá a lógica vigente à época da publicação de Dejours, ao introduzir uma noção que extrapola a de sociedade disciplinar de Foucault, na qual haveria um agente externo e autoritário (a figura do chefe, por exemplo) capaz de impor sua vontade. Conforme propôs o filósofo sul-coreano, a sociedade do desempenho se organiza de maneira mais eficaz, porque:

"O sujeito de desempenho está livre da instância externa de domínio que o obriga a trabalhar ou que poderia explorá-lo. É senhor e soberano de si mesmo. Assim, não está submetido a ninguém ou está submisso apenas a si mesmo. É nisso que ele se distingue do sujeito da obediência. A queda da instancia dominadora não leva à liberdade. Ao contrário, faz com que liberdade e coação coincidam. Assim, o sujeito de desempenho se entrega à liberdade coercitiva ou à livre coerção de maximizar o desempenho. O excesso de trabalho e desempenho agudiza-se numa autoexploração. Essa é mais eficiente que uma exploração do outro, pois caminha de mãos dadas com o sentimento de liberdade. O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos. Essa autoreferencialidade gera uma liberdade paradoxal que, em virtude das estruturas coercitivas que lhe são inerentes, se transforma em violência. Os adoecimentos psíquicos da sociedade de desempenho são precisamente as manifestações patológicas dessa liberdade paradoxal." (p. 29-30).

As observações feitas pela filosofia e pela psicanálise nos dão provas de que, se os sujeitos produzem o trabalho e são a causa das implicações materiais que este tem no mundo sensível, o próprio trabalho produz sujeitos mais ou menos identificados com suas tarefas e suscetíveis, tanto a construir sentidos simbólicos para elas, quanto a serem afetados por estas, seja para obtenção de satisfação ou mesmo para padecer das chamadas "doenças do trabalho", inicialmente concebidas como um efeito de atividades repetitivas e, na acepção mais recente, como consequência do esvaziamento de sentido de certa tarefa. Mais do que peças na linha de produção, os sujeitos buscam a si mesmos naquilo que fazem. Como afirma Noam Chomsky (2018): "Sendo criaturas reflexivas, ao contrário das outras, vamos adiante procurando ganhar uma compreensão mais profunda dos fenômenos da experiência. Esses exercícios são chamados de mito, magia, filosofia ou ciência." (p. 145).

CONCLUSÃO

A faceta moderna do trabalho se distanciou da cena de um explorador poderoso, que se apossa da mão de obra alheia para enriquecer, e tornou-se mais romântica, colocando como co-protagonista o sujeito que se explora a si mesmo, o workaholic sem tempo para contemplação da vida, mas sempre compromissado com obrigações que, por serem imperativas, suspendem sua capacidade de desejar temporariamente – em intervalos cada vez maiores –, até que não lhe reste qualquer traço de intimidade radical, despossuindo-o de si mesmo e enfileirando-o na linha de produção até que se torne mais um produto à ser consumido – e descartado.

O modus operandi do "senhor do engenho" se sofisticou. Podemos mesmo dizer que, em nossos tempos, tornou-se mais refinado e persuasivo, alinhado ao conceito de empreendedorismo que defenderá a possibilidade inequívoca de ascensão social por meio da capacitação, do esforço e do trabalho. Ora, se tal retórica fosse verdadeira, haveria uma relação de causa e efeito entre riqueza e dedicação, e outras variáveis fundamentais, como descendência e herança, especulação financeira e sorte estariam sendo ignoradas.

Aqui, é preciso fazer uma marcação importante a respeito do sofrimento como sendo mais do que uma informação individual de certo desvio, mas como alguma coisa indissociável do tecido social. Assim sendo, por ser fundamentalmente social, a divisão do trabalho implica, como a política, a economia etc. uma afetação coletiva direta e a construção partilhada de conjuntos de valores inerentes às condições de trabalho e ao que este pode proporcionar aos sujeitos, inclusive no tocante aos seus sintomas e adoecimentos. Vladimir Safatle (2018), escreve:

"Neste sentido, podemos dizer que as patologias são setores fundamentais de processos de socialização. Socializamos sujeitos, entre outras coisas, ao fazer com que eles internalizem modos de inscrever seus sofrimentos, seus ‘desvios’ e descontentamentos em quadros clínicos socialmente reconhecidos. Não se socializa apenas levando sujeitos a internalizarem disposições normativas positivas, mas principalmente ao lhes fornecer uma gramática social do sofrimento, ou seja, quadros patológicos oferecidos pelo saber médico de uma época. Não se socializa apenas através da enunciação da regra, mas principalmente através da gestão das margens." (p. 09).
Construímos a fantasia de que o trabalho apenas liberta "Arbeit Macht Frei", sem nos darmos conta de que as prisões mais eficientes da história tinham esse lema, ou sobre os portões ou sobre as cabeças dos explorados que nele acreditaram. Há que se pensar criticamente a respeito dos limites do trabalho como sendo uma parte, ainda que importante, da vida, e não a própria vida. Outra advertência a respeito da ilusão, a qual é possível associar a diversos assuntos, inclusive ao discurso mais barato acerca do progresso a qualquer custo, nos vem de Freud (1930), ao dizer: "É difícil escapar à impressão de que em geral as pessoas usam medidas falsas, de que buscam poder, sucesso e riqueza para si mesmas e admiram aqueles que os têm, subestimando os autênticos valores da vida." (p. 14).

Haverá a possibilidade de algum ensaio mais otimista a propósito do trabalho? Evidente que sim. Freud define saúde como sendo a "capacidade de amar e trabalhar", ou seja, de sair de si, de fazer algo significativo para ou outro e a sociedade. A questão aqui colocada é quantitativa, mais do que qualitativa, ou seja, não se trata de uma crítica ao trabalho, mas de uma reflexão a respeito do quantum de tempo e energia a este são dedicados e por quais motivos.

Canguilhem (2022) nos dá esperança: "A vida procura ganhar da morte, em todos os sentidos da palavra ganhar e, e primeiro lugar, no sentido em que o ganho é aquilo que é adquirido por meio do jogo. A vida joga contra a entropia crescente." (p. 186).

Ailton Krenak (2020), publicou "A vida não é útil" como um manifesto, mesmo que não tenha sido assim intitulado, contra a objetificação da vida. Como tudo o que é útil não tem valor em si mesmo, mas para aquilo a que serve, a vida não pode ser útil, precisamente por ter valor em si mesma.

REFERÊNCIAS

• CANGUILHEM, Georges. "O normal e o patológico". (Rio de Janeiro: Editora Forense, 2022);

• American Psyquiatric Association (APA). "DSM-V: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais". Trad. Cláudia Dornelles; 4°ed. Ver. (Porto Alegre, Artmed, 2013);

• FREUD, Sigmund. "O mal-estar na civilização, novas conferências introdutórias à psicanálise e outros textos (1930-1936)". (São Paulo: Companhia das Letras, 2010);

• HAN, Byung-Chul. "Sociedade do cansaço". (Petrópolis, RJ: Vozes, 2017);

• KRENAK, Ailton. "A vida não é útil". (São Paulo: Companhia das Letras, 2020);

• NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. "Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro". (São Paulo: Companhia das Letras, 2005);

• CHOMSKY, Noan. "Que tipo de criaturas nós somos?" (Petrópolis, RJ: Vozes, 2018);

• DEJOURS, Christophe. "A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho". (São Paulo: Cortez – Oboré, 1992);

• WILLIAMS, Raymond. "Palavras-chave: um vocabulário de cultura e sociedade". (São Paulo: Boitempo, 2007);

• HARARI, Yuval Noah. "Homo Deus: uma breve história do amanhã". (São Paulo: Companhia das Letras, 2016);

• SAFATLE, Vladimir. DA SILVA JUNIOR, Nelson. DUNKER, Christian, organizadores. "Patologias do social: Arqueologias do sofrimento psíquico". (Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018);

• MARX, Karl. "O capital: extratos por Paul Lafarge". (São Paulo: Veneta, 2014);

• HARARI, Yuval Noah. "Sapiens – Uma breve história da humanidade". (Porto Alegre, RS: L&PM, 2018);

• SCHOPENHAUER, Arthur. "Aforismos sobre a sabedoria de vida." (São Paulo: Folha de S.Paulo, 2015); e

• RIBEIRO, Darcy. "O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil". (São Paulo: Global, 2015).

*FÁBIO DIAS REZENDE

























-Graduado em Psicologia pela  Faculdade: Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU (2017);

- Pós-Graduado em Clínica Psicanalítica: Conflito e Sintoma pelo Instituto Sedes  Sapientiae (2019) ;

Atendimento psicológico em Consultório Particular

Orientação psicanalítica

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Nota do Editor:

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