domingo, 26 de novembro de 2017

Violências Contra as Mulheres:Uma Triste Realidade

"Violentamente espancada", "insultada por um colega de trabalho", "amarrada dentro da própria casa", "abusada pelo chefe", "ferida com golpes de facão", "incendiada pelo marido"... Essas são algumas das manchetes da violência contra as mulheres. A violência contra a mulher está presente em todo o mundo, em todas as camadas sociais, desconhecendo fronteiras sociais, nacionais ou econômicas.

25 de novembro é o Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres e ainda se faz necessário evoluir e muito nessa questão.

A violência contra a mulher é vista como um problema de saúde pública para a Organização Mundial de Saúde (OMS). Pois os quadros de violência podem afetar a integridade física, emocional e seu senso de segurança.

A violência contra mulheres e meninas é uma questão global e continua sendo uma das violações mais persistentes dos direitos humanos. Afeta mulheres de todas as idades e surge em vários tipos de configurações, incluindo violência física, sexual, moral ou psicológica, bem como abuso e exploração econômica. Pelo menos uma em cada três mulheres em todo o mundo foi espancada, coagida em sexo ou abusada emocionalmente em sua vida, na maioria das vezes por um parceiro.

O termo violência contra a mulher “significa qualquer ato de violência baseada no gênero que resulte ou seja suscetível de resultar em danos ou sofrimentos físicos, sexuais ou psicológicos para as mulheres, incluindo ameaças de tais atos, coação ou privação arbitrária de liberdade” (Declaração sobre a Eliminação da Violência Contra a Mulher, Assembleia Geral da ONU, 1993).

Em todos os países, mulheres e meninas sofrem de formas de violência generalizadas e múltiplas. Isso ocorre em casa, nas ruas, nas escolas, no local de trabalho, durante o conflito ou em tempo de paz. Esta violência impede que o sexo feminino em todo o mundo viva com dignidade, viola os direitos humanos fundamentais e impede que elas atinjam seu pleno potencial. É um dos obstáculos mais potentes para o avanço das mulheres, tem custos sociais e econômicos e compromete seriamente o progresso e a prosperidade do mundo.

A igualdade é o alicerce de toda sociedade democrática comprometida com a justiça e os direitos humanos. Em praticamente todas as sociedades e em todas as esferas de atividade, a mulher está sujeita a desigualdades. Esta situação é causada e agravada pela existência de discriminação na família, na comunidade e no local de trabalho. A discriminação contra a mulher se perpetua mediante a sobrevivência de estereótipos (do homem assim como da mulher), de culturas tradicionais e crenças prejudiciais às mulheres. Poucos países tratam suas mulheres tão bem quanto tratam seus homens.

A violência praticada contra as mulheres não é algo novo. Os motivos para violência são vários, os danos causados são incomensuráveis e profundos. Não apenas os físicos, mas principalmente os de cunho psicológico.

A adoção de leis fortes, respaldadas pela implementação e serviços de proteção e prevenção, é vital para garantir o respeito pelos direitos fundamentais das mulheres e das meninas, principalmente seu direito à segurança e a uma vida sem violência.

A Lei Maria da Penha (11.340/2006) foi uma das grandes vitórias do movimento feminista no Brasil. O nome homenageia a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou paraplégica após anos de violência doméstica, a lei visa punir de forma mais efetiva os homens – normalmente companheiros – agressores no âmbito familiar e doméstico, e contribuiu para a diminuição em 10% sobre os casos de assassinatos contra mulheres, segundo dados do IPEA de 2015.


Infelizmente, ainda existem mulheres que sofreram violência, que evitam a busca de apoio e denúncia por entenderem a situação como algo vergonhoso. Além do rótulo “masoquista” as mulheres são muitas vezes tratadas pela família e pela sociedade como responsáveis pela violência que elas vivem.

A mulher vítima de violência conta hoje com vários tipos de serviços assistenciais que vão desde serviços médicos, psicológicos a aconselhamento jurídicos. 

Cuidar de uma vítima de violência, não é apenas afastá-la de seu agressor, mas é dar a oportunidade para que ela se abra e tente reaver a estabilidade e o equilíbrio que possuía antes de ficar cativa do sofrimento. Neste aspecto de revisitar a si mesma, de refletir sobre a situação em que vive ou que viveu e procurando dar um rumo novo é que se faz necessária à presença do profissional da psicologia que possui as ferramentas, os métodos para auxiliar tais pessoas.

As consequências da violência contra mulheres e meninas são delicadas e podem permanecer durante muito tempo. Além das marcas físicas, a violência contra a mulher costuma causar também vários danos emocionais, como: Influências na vida sexual da vítima; baixa autoestima e dificuldade em criar laços.

Os sintomas psicológicos frequentemente encontrados nas mulheres e meninas vítimas de violência são: insônia, pesadelos, falta de concentração, irritabilidade, falta de apetite, e até o aparecimento de sérios problemas mentais como a depressão, ansiedade, síndrome do pânico, estresse pós-traumático, além de comportamentos autodestrutivos, como o uso de álcool e drogas, ou mesmo tentativas de suicídio.

O papel do psicólogo é fundamental no auxílio a mulheres vítimas de violência, pois ele é capaz de não só realizar um trabalho de acolhimento, mas também contribuir para a compreensão da construção do sujeito e abordar sua relação com a sociedade.

É momento de reforçar a luta contra o feminicídio.

É um direito da mulher viver sem qualquer tipo de violência.

E você, como avalia a questão da violência contra as mulheres?

POR ALEXANDRO GUIDES











-Psicólogo Clínico e Coach;
-Formado em Psicologia pela Faculdade Anhanguera Educacional;
-Formação em Professional Coaching Practitioner pela Abracoaching com certificação internacional;
-Curso de Especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Instituto WP;
-Curso MBA em Gestão Estratégica de Pessoas com Ênfase em Coaching pela Faculdade Unopar;
-Atende em consultório, faz consultorias sobre comportamento humano, ministra treinamentos e palestras sobre desenvolvimento pessoal e inteligência emocional;
-Orientação Vocacional/Profissional;
-Processo de coaching on-line ou presencial;
-Participa de serviços e grupos voluntários;
-Projeto Psicologia Social e Para Todos, oferecendo atendimento psicológico acessível e de qualidade, disponibilizando alguns horários para pessoas que desejam e precisam iniciar um processo psicoterapêutico, mas não possuem condições de custear os valores de mercado. -Trabalho para ser um agente de transformação de pessoas, mudando o comportamento e/ou mentalidade.

Nota do Editor:

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