sábado, 11 de junho de 2016

Educação que mata (mas pode curar)


Sou uma psicóloga indignada com a educação. Não sou professora nem pedagoga nem trabalho e nunca trabalhei em escolas mas já fui criança. Já frequentei esse lugar por muitos anos e sofri bastante, assim como eu vejo meus filhos sofrendo quando tem que ficar 5hs enfileirados escutando assuntos completamente desconexos com a realidade deles, tornando-os cada vez mais desinteressados por esses mesmos assuntos. Essa “dinâmica unilateral” faz com que o namoro, as drogas, o funk sejam o “respiro” (totalmente nocivo) para o sufocamento em massa exercido pela escola. Sim pretendo tirá-los de lá mas ainda não tenho um bom plano e não é fácil. Nossa sociedade exerce enorme pressão para que essa situação se mantenha. Preciso reunir estratégia e coragem. 

Nunca jamais pensei em ser psicóloga escolar porque nunca pensei que o problema de qualquer aluno fosse do aluno mas sim de todo esse sistema. 
Inspirada pelos pensamentos de Claudio Naranjo psiquiatra e escritor, apoio e reforço a ideia de que a educação atual é obsoleta porque foi criada para produzir força de trabalho em massa para o crescimento do Estado, por meio da escravidão laboral das pessoas.

Segundo ele e concordo, educar seria desenvolver as pessoas para serem o máximo que podem ser. Desenvolver o seus potenciais. 

Nossa sociedade é infeliz e complicada porque as pessoas não chegam a serem humanas. Elas são semi-humanas, robotizadas. Desde que entramos na escola, somos invadidos pelas necessidades de uma autoridade central e assim abandonamos a nossa criança interior que possui necessidades e potencialidades que precisam se desenvolver continuamente.

Mudar a educação envolve mudar a maneira de pensar das pessoas, que muitas vezes não querem repensar a forma de educar porque essas mesmas pessoas foram treinadas para não pensar, mas apenas para repetir aquilo que lhes foi transmitido. 

Sonho com uma escola que prioriza o desenvolvimento mental e emocional, valoriza o ser individual, dá suporte para o desenvolvimento de talentos e habilidades, apoia a geração de novas ideias, favorece a cooperação, a construção em conjunto a partir do melhor de cada um.

O entendimento e o desenvolvimento emocional, faria com que o número de pessoas que passam por depressão, estresse, problemas com drogas, crimes e violência despencasse, já que todos eles tem origem na negligencia em massa da estrutura central que sustenta a saúde mental, que são as emoções.

Os professores tem um papel primordial. Tive poucos ótimos professores e muitos péssimos. Os bons, eram afetuosos, me viam o quanto podiam, queriam saber de mim e dos outros, olhavam nos nossos olhos. Esses professores gostavam do que estavam ensinando, tinham comprometimento com o seu conhecimento e com o vínculo a ser criado entre aluno e conhecimento. Já os professores ruins, não tinham comprometimento, não viam matéria e nem alunos. Eram pessoas robotizadas, cansadas, sem propósito. Olhando desta perspectiva, um bom caminho seria que não só o sistema, que não existe por si só, mas é constituído de pessoas, mas os próprios professores soubessem exatamente o poder e o tamanho do impacto positivo ou negativo que exercem sobre o aluno e consequentemente sobre o sistema. Um bom caminho seria que parassem de buscar reconhecimento de fora, do governo, dos pais, dos diretores e fortalecessem a sua própria autoestima, questionassem as suas escolhas. Um mal professor causa grandes estragos, destrói curiosidades, mata esperanças e talentos.

Mas essa é uma crítica de alguém otimista. Acredito que estamos em constante evolução. Apesar de existirem grupos retrógrados, entendo a fase humana atual como a fase de uma pequena planta, ainda no início da vida, crescendo numa onda inevitável de maturação. Espero e acredito que estamos no início de um tornado evolutivo. A educação formal está desmoronando para dar nova base para mais sólidas estruturas de progresso. 

Por GRAZIELA RAMOS DE SOUZA BERGAMINI









- Psicóloga

Graziela Ramos de Souza Bergamini
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Um comentário:

  1. Perfeitamente Graziela, é preciso valorizar o potencial de cada aluno. O si tema é o culpado também. Existem formas baratas de se resolver é preciso vontade política.

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