domingo, 28 de abril de 2019

Ansiedade Infantil



Autora: Keity Teixeira Fonseca Valim(*)



Nos dias de hoje é muito comum falarmos sobre ansiedade. Mas, esse transtorno também está presente na infância. São poucos os países que possuem práticas de saúde mental para atender as necessidades da infância e adolescência. [1]
A ansiedade é uma reação defensiva comum diante de um perigo ou situação ameaçadora. Todos nós já passamos por situações estressantes até mesmo as crianças.

A ansiedade passa a ser uma questão psiquiátrica quando o evento (estressante) impede o indivíduo de realizar suas tarefas cotidianas.  Em crianças, os transtornos de ansiedade impedem que elas possam se desenvolver cognitiva e emocionalmente. Tarefas simples, como ir à escola necessitam de muito esforço da criança.

As crianças necessitam de operações metais para lidar com adversidades ou com momentos estressores, como por exemplo regular e avaliar ações de proteção que são mais adequadas diante da situação em que se encontra.

As crianças com idade pré-escolar têm como mecanismo o referencial das figuras parentais ou aquelas que possuem vínculo, por isso a importância da formação de vínculos na primeira infância.

Na idade escolar as crianças já desenvolvem habilidades para se manter protegidas e já sabem reconhecer a ineficácia de algum mecanismo de ação protetora, o que possibilita que busquem novas estratégias.

É importante dizer que existem vários transtornos de ansiedade, como: transtorno de ansiedade de separação, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de estresse pós traumático, mutismo seletivo, fobia específica, ansiedade social entre outros.

A origem do transtorno tem como componentes fatores biológicos e familiares, alguns autores ainda incluem a transmissão genética, em torno de 50%. O diagnóstico na infância é uma tarefa complexa, pois as crianças apresentam sintomas singulares.

A melhor forma para ajudar as crianças com esse transtorno requer um esforço conjunto entre pediatras, psicólogos, psiquiatras[2] e demais profissionais de saúde. Além da presença e orientação familiar diante do quadro.

Referências:

DSM – V

Ansiedade em crianças – um olhar sobre transtornos de ansiedade e violência na infância


[1] Um estudo que avaliou a presença de políticas públicas de saúde mental para crianças e adolescentes em 191 países pertencentes à Organização das Nações Unidas constatou que nenhum país tinha uma política específica para crianças e adolescentes. Apenas 7 deles tinham políticas de saúde mental claramente articuladas para atender as necessidades da infância e adolescência (Shatkin; Belfer, 2004);

[2] Levantamento tomando por base o número de psiquiatras da infância e adolescência habilitados pela Associação Brasileira de Psiquiatria indica haver um psiquiatra especializado para cada 35 mil adolescentes brasileiros. Nos Estados Unidos, onde a relação jovem/psiquiatra é considerada pequena, existe uma relação de um psiquiatra infantil para cada 15 mil adolescentes (Pinzon, 2004).


* KEITY TEIXEIRA FONSECA VALIM












-Psicóloga Clínica;
-Especialista em Neuropsicologia pelo CEPSIC-ICHC/FMUSP;
Especialista clínica na abordagem analítica – Unicamp;
Experiência como coordenadora pedagógica, formação de professores e assessoria educacional;
contato: keityteixeirafonseca@yahoo.com.br

Nota do Editor:

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